quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Pilotos do jato Legacy negam ter desligado transponder

Equipamento anticolisão não funcionou na hora do acidente, em setembro de 2006.

Choque causou a queda de um Boeing da Gol e matou 154 pessoas.

Os pilotos norte-americanos do jato executivo Legacy, que se envolveu no acidente com o vôo 1907, da Gol, em setembro de 2006 e causou a morte de 154 pessoas, foram ouvidos nos Estados Unidos na semana passada.


Os depoimentos duraram três dias e foram prestados em Washington. Os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino ouviram a transcrição da caixa preta do jato executivo Legacy. Eles afirmaram que não desligaram o transponder, equipamento anticolisão que na hora do acidente não funcionou.

O depoimento foi dado na semana passada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, ligada ao Ministério da Defesa.

“Os pilotos puderam esclarecer uma vez mais que não houve, por parte deles, nenhuma conduta culposa negligente, e que, pelo contrário, eles agiram com profissionalismo”, disse o advogado dos pilotos Joe Lepore e Jan Paladino, Theo Dias.

Homicídio culposo

Em junho do ano passado, a Justiça brasileira aceitou denúncia do Ministério Público contra os dois pilotos por homicídio culposo.

Em nota, a Aeronáutica confirmou os depoimentos, que teriam esclarecido pontos importantes e vão contribuir para explicar por que o transponder não estava funcionando na hora do acidente.

Uma importante parte do quebra-cabeça que deve ajudar a desvendar os motivos do acidente aéreo ainda está faltando: o depoimento dos controladores. Segundo a Aeronautica, eles se recusam a colaborar.

O relatório do acidente, que está em fase final de elaboração, vai recomendar mais rigor nos pré-requisitos exigidos na aviação de jatos executivos.

Fonte: G1

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