domingo, 18 de junho de 2023

Embraer inaugura simulador de voo para avião cargueiro C-390

O cargueiro é a maior aeronave já produzida no Brasil e principal produto da divisão de Defesa da fabricante brasileira.


A Embraer inaugurou, nesta quinta-feira (15), o primeiro simulador de voo para o avião cargueiro C-390 Millennium, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de representantes da Força Aérea Brasileira (FAB), da Força Aérea Portuguesa, assim como representantes da Rheinmetall, fabricante do simulador com sede na Alemanha.

O cargueiro é a maior aeronave já produzida no Brasil e principal produto da divisão de Defesa da fabricante brasileira. Além da Força Aérea Brasileira, a Embraer tem como clientes do cargueiro países como Portugal, Hungria e Holanda.


Segundo a empresa, o simulador atenderá a demanda de clientes atuais e futuros por treinamento básico e avançado de pilotos. O equipamento permite a prática segura de manobras e procedimentos de emergência, além de simular condições adversas de voo.

De acordo com a Embraer, o simulador de voo do C-390, com qualificação de nível D, inclui a operação em condições normais e emergenciais, pacote para suporte em operações militares e conta com mais de 350 simulações de falhas. Brasil, Portugal e Hungria serão os primeiros países a utilizar o equipamento.

Como é o cargueiro?



A aeronave C-390 é um projeto da FAB com a Embraer para produção de um avião de transporte militar tático que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica brasileira.

A Embraer oferece também a versão do cargueiro com reabastecimento em voo, como é o caso dos modelos entregues à Força Aérea Brasileira. Nestes casos, as aeronaves são batizadas como KC-390.

A aeronave foi usada, por exemplo, no resgate de brasileiros que deixaram Ucrânia após o início da guerra com a Rússia em 2022.

O cargueiro começou a ser desenvolvido em 2009, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Ele foi projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de missões: transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.


Com turbinas a jato, o C-390 pode alcançar a velocidade de 850 km/h. Uma aeronave poderá decolar de Brasília e chegar sem escalas a qualquer capital brasileira com 23 toneladas de carga, sua capacidade máxima.

O compartimento de carga tem 18,54 metros de comprimento, um pouco maior que uma quadra de vôlei. A largura é de 3,45 metros e a altura é de 2,95 metros. O espaço é suficiente para acomodar equipamentos de grandes dimensões, além de blindados, peças de artilharia, armamentos e até aeronaves semi-desmontadas.


Também poderão ser levados 80 soldados em uma configuração de transporte de tropa, 64 paraquedistas, 74 macas mais uma equipe médica ou ainda contêineres, carros blindados e outros equipamentos.

Via g1 - Fotos: Embraer/Divulgação

Embraer entrega sexto KC-390 à FAB

Aeronave foi a primeira entregue com a certificação FOC, que cumpre todos os requisitos de projeto.

Dois esquadrões da FAB operam o KC-390, um em Goiás e outro no Rio de Janeiro
A Embraer entregou à Força Aérea Brasileira (FAB) o sexto KC-390 Millennium, ampliando a frota do avião cargueiro multimissão.

A aeronave em questão é a primeira entregue na configuração Full Operational Capability (FOC, na sigla em inglês), o que atesta que o projeto cumpre todos parâmetros definidos em projeto e exigidos pela FAB. A entrega foi feita pela Embraer na planta de Gavião Peixoto, interior de São Paulo. O novo avião será operado pelo 1º Grupo de Transporte de Tropas – Esquadrão Zeus, em Anápolis, Goiás.


"É especial entregar à FAB a primeira aeronave na configuração FOC. Ainda que a FAB já tenha empregado a aeronave nas mais diferentes missões, dentro e fora do Brasil, poderá agora usufruir de forma completa e definitiva da capacidade total do C-390, mostrando ao mundo tudo o que essa aeronave é capaz de entregar", disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.

A FAB terá uma frota de 19 unidades do cargueiro que tem múltiplas capacidades, como reabastecimento em voo, transporte de tropas, lançamento de paraquedistas, transporte de diversas cargas e de veículos blindados. Ainda somam-se à lista, a capacidade de operar em pistas não preparadas, evacuação aeromédica e combate à incêndios.

Além do Brasil, já adquiriram o C-390 Portugal, Hungria e Holanda. Os portugueses adquiriram cinco delas, com a primeira já entregue; os húngaros, dois e os holandeses, cinco. No caso da Holanda a compra foi da versão C-390, sem a capacidade de reabastecimento em voo, caracterizado pela letra "K".

Via Aero Magazine - Foto: Embraer/Divulgação

Você sabia? Piloto de avião de caça tem de usar até fralda para fazer xixi durante voos

Pilotos possuem diferentes maneiras de 'ir ao banhairo' fazer xixi durante o voo
(Imagem: Madeline Herzog/Força Aérea dos Estados Unidos)
Os pilotos de caça, ao contrário daqueles da aviação comercial, não contam com um banheiro a bordo para se aliviarem. A maneira como eles fazem xixi acaba sendo um pouco inusitada quando necessário, principalmente por estarem a velocidades que muitas vezes ultrapassam os 1.000 km/h.

Um caça tem um espaço muito apertado para os pilotos e, por isso, não teria como ter instalado um banheiro. Com isso, se torna necessário, quando a situação exigir, se aliviar na própria cabine de comando.

Um dos jeitos mais comuns de fazer xixi durante o voo é utilizando fraldas. Embora pareça precário, esse sistema funciona muito bem como segurança caso não dê para o piloto se segurar.

Ainda hoje ele é utilizado em diversos países, ainda mais em situações de voos mais curtos.

Um outro modelo utilizado é um recipiente com uma substância absorvente, como o das fraldas, onde quem estiver no voo pode urinar. Tanto pessoas com pênis quanto com vagina possuem um modelo específico para cada anatomia.

Após urinar, o líquido se transforma em uma espécie de gel, que fica dentro de uma bolsa flexível. Com isso, o piloto pode guardá-lo sem risco que vaze.

Nesse caso é preciso abrir o zíper da calça para utilizar o coletor, diferentemente da fralda. Essa ação deve ser feita com o avião em movimento, tendo o piloto de manter o controle da aeronave caso ela não possua piloto automático.

Copinho e descarte no ar


Uma alternativa a esses dois sistemas é fixa em alguns aviões militares, e consiste em uma espécie de funil conectado a uma mangueira fina. Esse "caninho", por sua vez, solta o xixi na atmosfera, evitando que o líquido vaze dentro do avião.

Essa situação é mais peculiar, sendo encontrada em poucos modelos, como o T-27 Tucano, modelo utilizado pela Força Aérea Brasileira. Uma de suas desvantagens, relatam pilotos, é o risco de vazamento e a pouca vazão, sendo necessário urinar aos poucos para evitar problemas.

Sistemas com bombas


Sistema coletor de urina Skydrate para pilotos de caça (Imagem: Reprodução/Omni Defense Tech)
Um dos sistemas mais modernos de coleta de urina para pilotos de caça é composto por coletor, mangueira, bomba e saco de resíduos. Entre os principais modelos dessa linha estão o Skydrate e o AMXDmax.

Estes dispositivos possuem modelos para ambas as anatomias, e podem funcionar de maneira automática, sugando a urina do coletor logo que percebe a presença de líquido. Quando precisar, quem estiver pilotando conecta a mangueira do coletor na bomba movida a bateria, que faz a sucção para uma bolsa onde o líquido ficará alojado.

Após o uso, é possível guardar guardar esse reservatório com os resíduos até ser necessário de novo. A principal vantagem desse sistema é que ele pode ser reutilizado várias vezes.

Se aliviar é preciso


Evitar ter de urinar em voo apenas restringindo a ingestão de líquidos pode causar desidratação, ainda que de maneira leve.

A falta de água no organismo pode tornar o piloto mais suscetível às forças exercidas sobre seu corpo durante manobras mais intensas. Em situações mais drásticas, essas forças ultrapassam sete vezes a força da gravidade, podendo causar desmaios.

Esse cenário não é nem um pouco desejável durante um voo, ainda mais a mais quando se está a centenas de quilômetros por hora.

Não se preocupar com a bexiga ou com o incômodo causado pela vontade de ir ao banheiro também auxilia o piloto a se manter concentrado.

Ainda assim, fazer xixi (ou onde fazer) é uma das menores preocupações de um piloto durante um combate real.

Raramente é necessário


Fazer xixi a bordo é algo que dificilmente será realmente necessário de se fazer durante um voo de caça. Entre os principais motivos estão a preparação que esses pilotos fazem antes das missões, ingerindo menos líquido e comendo adequadamente.

Outra questão que diminui a necessidade extrema de se aliviar no ar é que os voos de caça duram pouco tempo quando comparados com voos comerciais. Muitas vezes, em pouco mais de uma hora de operação já é necessário pousar para reabastecer.

Voos mais longos só são possíveis quando os aviões estão sem cargas (como mísseis e armamentos) e com tanques de combustível extra. Ou, ainda, quando são reabastecidos em voo.

Nessas situações, o uso de algumas das alternativas citadas anteriormente faz mais sentido e pode acabar sendo necessário. Em muitas situações, como em voos de rotina feitos para treinamento, o piloto pode nem mesmo usar algum dos equipamentos de coleta de urina, já que sabe que ficará pouco tempo longe de um banheiro.

Mesmo com todo avanço nesse tipo de tecnologia, ainda não existe algo eficiente quando estamos falando de fazer cocô para esses pilotos. Nessa situação, o importante é conseguir segurar para não acabar virando um meme.


Fontes: Enio Beal Jr., comandante da aviação executiva e ex-piloto de caça; Omni Defense Tech; e Departamento de Defesa dos Estados Unidos via Alexandre Saconi (UOL)

sábado, 17 de junho de 2023

Sessão de Sábado: Filme "Marcado Pela Fé" (dublado)


É criada uma nova tecnologia de microchip biométrico com o objetivo de monitorar informações pessoais, algo muito perigoso se cair em mãos erradas. Com a economia internacional prestes a entrar em colapso, o chip é implantado no braço do ex-soldado Chad Turner (Craig Sheffer), sem o consentimento dele, e lhe é dada uma missão: pegar um avião para Berlim e entregar as informações do chip no encontro do G20. Só que durante o voo, um grupo de mercenários liderado por Joseph Pike (Gary Daniels) sequestra o avião a fim de capturar Chad e roubar o chip. O soldado deve reencontrar a sua fé para superar as forças do mal que querem tomar a Marca da Besta, símbolo que o chip deixou em sua pele.

("The Mark", EUA, 2012, 1h32min, Ação, Ficção Científica, Fantasia, Dublado)

Aviões se chocam enquanto taxiavam em aeroporto dos EUA

Asa do Boeing 737 Max atingiu a cauda de um Airbus A321.


O Boeing 737-9 MAX, prefixo N37545, da United Airlines e o Airbus A321-211, prefixo N123DW, da Delta Air Lines, se envolveram em uma colisão nesta sexta-feira (16) enquanto taxiavam no Aeroporto Boston-Logan, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

O choque ocorreu em baixa velocidade. Todos os passageiros desembarcaram normalmente e foram reacomodados em um outro avião.

O acidente, no entanto, ilustra a importância do uso de segurança desde o instante em que a aeronave começa a se movimentar.


De acordo com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), o Boeing 737, que cumpriria o voo 369 da United Airlines, estava taxiando quando a ponta de sua asa direita atingiu a cauda do Airbus da Delta que operaria o voo 1657.

Via Luiz Fara Monteiro (R7) e @JacdecNew

Aconteceu em 17 de junho de 1989: Grave acidente no Aeroporto de Berlim com o voo 102 da Interflug


Em 17 de junho de 1989, às 6h20, horário de Berlim, a aeronave Ilyushin IL 62M, prefixo DDR-SEW, da Interflug (foto acima), deu partida em seus quatro motores Soloviev D-30KU para se preparar para a decolagem para o voo 102 do Aeroporto Schönefeld de Berlim, na então Alemanha Oriental, em direção ao Aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, na Rússia, na então União Soviética. A bordo da aeronave estavam 103 passageiros e 10 tripulantes.

Posteriormente, o desbloqueio dos controles de voo aconteceria imediatamente. De acordo com o gravador de voz da cabine (CVR), a tripulação não executou essa tarefa. A tripulação não verificou o painel de avisos das condições do elevador. Quando o capitão estava taxiando para a pista, ele verificou uma segunda vez para o movimento do elevador. Ele não percebeu que os elevadores estavam trancados e não podiam se mover.

A aeronave foi liberada para decolagem na pista 25L e os motores foram ajustados para a potência reduzida, pois o avião pesava 113 toneladas. Às 06h28m05s, horário local, a aeronave atingiu a velocidade de rotação (VR). 

A tripulação puxou o manche, mas o avião não respondeu. Quatro segundos depois, o capitão decidiu abortar a decolagem. Neste momento, a velocidade do avião era de 293 km/h (182 mph). O engenheiro de voo desligou todos os quatro motores, o que impediu o uso de empuxo reverso. O avião agora viajava a 303 km/h (188 mph), a 940 m (3.080 pés) do final da pista.

O avião ultrapassou a pista a 262 km/h e saiu da linha central. Durante a frenagem de emergência, cinco pneus do trem de pouso principal foram destruídos. O avião entrou em um poço de construção com 40 cm (16 pol.) de profundidade, causando o colapso do trem de pouso principal. A direção ativa não estava disponível neste momento. 

Em seguida, quebrou-se em três pedaços e o avião pegou fogo depois de atingir um tanque de água, estacas de concreto da cerca que cerca o aeroporto, um aterro de estrada e seis árvores. Às 06h28m37s, hora local, o avião parou.


Equipes de resgate chegaram às 6h38, e 82 passageiros foram resgatados da fuselagem nos primeiros 2 minutos. A parte frontal da fuselagem estava intacta e parte da tripulação pôde usar as janelas da cabine para escapar do avião em chamas. A tripulação ajudou na evacuação dos passageiros. As chamas foram extintas às 8h09. 

O acidente custou 21 vidas; dois morreriam devido aos ferimentos no hospital, todos eles passageiros.


As investigações não conseguiram determinar a causa exata do acidente. Não foi possível excluir um problema técnico com os controles ou componentes do leme e não foi possível comprovar um erro por parte da tripulação.

Mas foi levantado que contribuiu para o acidente o travamento de alguns dos controles de voo. Se isso foi devido a um problema mecânico ou a erro de checagem por parte da tripulação, isso não pôde ser provado.


Todos os Il-62s da Interflug foram temporariamente aterrados. Nove dos 11 Il-62s restantes da Interflug foram liberados no dia seguinte ao acidente.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN, Wikipedia e baaa-acro

Aconteceu em 17 de junho de 1979: A queda do voo 248 da Air New England em Massachusetts (EUA)


Em 
17 de junho de 1979, o avião de Havilland Canada DHC-6 Twin Otter 300, prefixo N383EX, da Air New England (foto acima), estava programado para realizar o voo 248, entre o Aeroporto LaGuardia, em Nova Iorque, e o Aeroporto Hyannis-Barnstable, em Massachusetts, ambas localidades dos EUA.

Antes de carregar a aeronave para decolagem de LaGuardia, a tripulação de voo verificou o clima em rota para o voo de volta a Hyannis e descobriu que um pouso na parada de rota em New Bedford pode não ser possível. Ao serem avisados ​​da situação do tempo, os passageiros com destino a New Bedford decidiram permanecer em LaGuardia.

Às 21h32, o voo 248 partiu de LaGuardia para Hyannis na última etapa do dia. Havia oito passageiros e dois tripulantes a bordo.  A aeronave, era pilotada pelo co-fundador da Air New England, George Parmenter. 

Às 22h34min08s, o voo 248 contatou o Controle de Aproximação da Otis e reportou nível a 5.000 pés. Às 22h39min05s, o voo recebeu o clima atual de Hyannis, que incluía um teto indefinido de 200 pés, céu obscurecido, visibilidade de 3/4 de milha no nevoeiro, vento de 210° a 10 nós. Ele também incluiu uma visibilidade de 1 1/8 na garoa leve na pista 24. 

Às 22h44:36, o voo 248 estava 4 milhas náuticas ao norte-nordeste do marcador externo quando o Controle de Aproximação Otis deu ao voo um vetor de 210° para interceptar o localizador a 1.700 pés para uma aproximação ILS para a pista 24 no Aeroporto de Barnstable. 

Às 22h45min34s, o voo 248 foi instruído a entrar em contato com a torre do Aeroporto de Barnstable. Por volta de 22h47, o voo atendeu a esta solicitação e relatou cruzar o marcador externo. 

O voo foi liberado para pousar, no entanto, nenhuma outra transmissão foi ouvida da aeronave. O Centro de Controle de Tráfego da Rota Aérea de Boston (Boston Center) conseguiu rastrear o voo 248 com precisão de 2,8 milhas náuticas do ponto de pouso pretendido na pista 24. 

A impressão do computador do Boston Center mostrou a posição do voo às 22h46:51, cerca de 0,35 milhas náuticas a nordeste do marcador externo ILS a 1.700 pés. Também mostrou o voo a cerca de 0,15 milhas náuticas a sudoeste do marcador externo a 1.500 pés às 22h47:03. 

A última posição do radar mostrada para o voo foi de cerca de 1,1 milhas náuticas a sudoeste do marcador externo às 22h47:27 a 1.100 pés. O primeiro oficial afirmou que o capitão estava pilotando a aeronave durante a aproximação a Hyannis. Ele disse que fez as seguintes chamadas: localizador ativo, marcador externo, 500 pés acima, 200 pés acima, 100 pés acima, mínimos e 100 pés abaixo. Ele disse que o capitão não atendeu a nenhuma dessas ligações. 

O primeiro oficial disse que quando chamou 'mínimos', a aeronave estava um ponto abaixo do glidepath do ILS. O primeiro oficial disse que parecia que a aeronave estava em uma descida contínua sem taxas de afundamento excessivas ou ângulos de descida de 5.000 pés até o impacto, com a velocidade no ar próxima a 130 nós durante toda a aproximação. Ele afirmou que, ao chamar '100 pés abaixo', olhou para fora da cabine porque acreditava que o capitão tinha as luzes de aproximação à vista. 

O primeiro oficial disse ainda que não viu o solo antes de a aeronave cair por volta das 22h48 em uma área densamente arborizada localizada a 1,5 milhas náuticas do final da pista 24, no prolongamento da linha central da pista. 


O acidente ocorreu durante as horas de escuridão. O capitão morreu, enquanto todos os outros ocupantes ficaram feridos, alguns deles gravemente. A aeronave caiu no meio de Camp Greenough, um acampamento de escoteiros da América densamente arborizado. 

Uma passageira escapou ilesa conseguindo abrir caminho através de mata fechada até a Rodovia Mid Cape (Rota 6) e lá sinalizou para um carro que passava. O motorista a levou ao aeroporto, onde ela alertou as autoridades sobre o acidente. As equipes de resgate, com a ajuda de um caminhão de remoção de mato, conseguiram abrir caminho no mato até o local do acidente e ajudar os sobreviventes.



O National Transportation Safety Board determinou que a causa provável do acidente foi a falha da tripulação em reconhecer e reagir em tempo hábil ao desvio grosseiro dos parâmetros de aproximação aceitáveis, resultando na continuação da descida bem abaixo da altura de decisão durante uma precisão aproximação sem contato visual com o ambiente da pista. 


Embora o Conselho não tenha conseguido determinar conclusivamente o motivo da falha em reconhecer e reagir ao desvio grosseiro, acredita-se que a condição fisiológica degradada do capitão prejudicou seriamente seu desempenho. Além disso, a falta de práticas e procedimentos adequados de coordenação da tripulação contribuiu para que o primeiro oficial não detectasse e reagisse à situação em tempo hábil.

Em junho de 2009, o autor Robert Sabbag, um dos passageiros a bordo do voo 248 da Air New England, lançou um livro chamado "Down Around Midnight", um relato em primeira mão da acidente de sobreviventes e equipes de resgate.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN, Wikipedia e baaa-acro

Aconteceu em 17 de junho de 1975: Voo Varig 236 - Acidente em Pedro Afonso


Em 17 de junho de 1975, o avião Hawker Siddeley HS-748-235 Srs. 2A, prefixo PP-VDN, da VARIG (foto acima), operava o 
voo 236, que partiu às 7h05min de São Paulo, com destino a Belém, no estado do Pará, com escalas nas cidades de Porto Nacional e Pedro Afonso, ambas – na época – no estado de Goiás.

Após o embarque de mais cinco passageiros, o avião de prefixo PP-VND, decolou do Aeroporto de Pedro Afonso, às margens do Rio Tocantins, para cumprir a etapa final de seu voo, levando a bordo estavam três tripulantes e doze passageiros.

Pouco depois de levantar voo, a aeronave apresentou problemas e teve que retornar para realizar uma aterrissagem forçada.

O avião aproximou-se com o excesso de velocidade e tocou a pista apenas nos seus últimos 300 metros, a ultrapassando, atravessando a rua e indo ao encontro de uma residência.


Os três ocupantes da casa morreram na hora, assim como o copiloto Nilo Sérgio Lemos, que morreu com o choque.

O piloto, Fayet, sofreu fratura numa das pernas. O comissário J. Nelson e os 12 passageiros nada sofreram.


Esta mesma aeronave já havia se acidentado em 1971, tendo sido recuperada.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN e baaa-acro

Aconteceu em 17 de junho de 1948: Voo United Airlines 624 - Falso alarme de incêndio


Em 17 de junho de 1948, o avião DC-6 da United Airlines caiu perto de Mount Carmel, na Pensilvânia, depois que os pilotos relataram um incêndio no porão de carga. Todas as 43 pessoas a bordo morreram quando os pilotos foram atingidos pelo CO2 do sistema de extinção de incêndio, fazendo com que perdessem o controle do avião.

No início de 1948, os engenheiros da Douglas estavam testando a interação do novo sistema de ventilação com os bancos aprimorados de extintores de CO2 do DC-6 quando ocorreu um incidente perturbador. Após acionar os extintores para apagar um incêndio simulado, altas concentrações de dióxido de carbono retornaram do compartimento de bagagem para a cabine, causando a incapacitação parcial da tripulação, que quase perdeu o controle do avião antes de recuperar a consciência. Um inspetor da CAA e um representante do sindicato dos pilotos também estavam no avião no momento e testemunharam a quase catástrofe. 

O incidente levou Douglas a instalar uma válvula de alívio no sistema de ventilação que poderia ser acionada antes da liberação dos extintores de incêndio, a fim de reduzir a quantidade de CO2 que entrava na cabine. A empresa também contratou o Dr. Clayton White, um médico especialista, para revisar os testes e compilar pesquisas conhecidas sobre os efeitos do CO2 no corpo humano.

Alguns pequenos pedaços do DC-6 ainda podem ser encontrados no local do acidente no
Parque Nacional Bryce Canyon (Michael McComb/Lost Flights)
O CO2 desloca o oxigênio do ar, causando asfixia, e também é tóxico em grandes concentrações. No entanto, em 1948, não se sabia com certeza quanto CO2 deveria estar presente no ar antes que as condições se tornassem inseguras. Dr. White concluiu que os dados mais confiáveis ​​pareciam indicar que concentrações de CO2 acima de 5% seriam perigosas. 

Ele também concluiu que os testes de Douglas após a instalação da nova válvula de alívio foram lamentavelmente inadequados para determinar se as concentrações de CO2 permaneceriam abaixo desse limite, porque Douglas não monitorou as concentrações com cuidado suficiente, não acionou todos os extintores simultaneamente e não realizou testes em todas as configurações de descida de emergência aprovadas. White escreveu que Douglas deveria refazer os testes com mais cuidado para “evitar algum constrangimento no futuro” e recomendou que Douglas compartilhasse o relatório com a CAA, a Airline Medical Doctors' Association e a Air Transport Association.

Mas em vez de seguir o conselho do Dr. White, o principal piloto de testes de Douglas escreveu “não discuta com a CAA” na capa do relatório e arquivou-o longe de olhares indiscretos. Posteriormente, a CAA aprovou as alterações no projeto do DC-6, certificando que atendiam aos requisitos federais, sem perceber que um consultor contratado por Douglas havia considerado seus testes insuficientes para demonstrar a conformidade. As únicas salvaguardas eram as válvulas de alívio e uma linha na lista de verificação de resposta a incêndios lembrando os pilotos de abrir as válvulas antes de liberar o agente extintor, a fim de evitar o acúmulo “excessivo” de CO2 dentro do avião. 

A CAA originalmente queria que usassem a palavra “letal”, mas Douglas convenceu a agência a deixá-los usar “excessivo”, aparentemente para evitar a impressão de que o sistema de extinção de incêndio era perigoso.

Um Lockheed Constellation da TWA, semelhante à envolvida no incidente de 13 de maio de 1948
(The Aviation History Online Museum)
Então, em 13 de maio de 1948, um Lockheed Constellation da TWA recebeu um falso aviso de incêndio que levou a tripulação a ativar os extintores de CO2 no compartimento de bagagem dianteiro. Ao entrarem em uma descida de emergência, o CO2 vazou do porão e se acumulou na cabine, fazendo com que os pilotos ficassem parcialmente incapacitados. 

Felizmente, eles conseguiram se recuperar e pousar com segurança em Chillicothe, Missouri. Após uma investigação que durou um mês, a Air Transport Association, grupo de interesse das companhias aéreas, enviou um telegrama a todos os operadores do Douglas DC-6, informando-os das circunstâncias do incidente, discutindo o que poderia ser feito para se recuperar de tal situação. e alertando que eles tinham motivos para acreditar que um evento semelhante poderia ocorrer no DC-6. O telegrama terminava recomendando que as operadoras realizassem testes para saber se isso de fato acontecia.

Um trecho da resposta de Douglas ao telegrama da ATA (Department of Trransportation)
Em 15 de junho, a Douglas Aircraft Company respondeu com um telegrama conciso de sua autoria. Douglas exigiu que a ATA contatasse todos os destinatários do telegrama original a fim de retirar qualquer referência ao DC-6, uma vez que Douglas já havia realizado tais testes com “resultados totalmente satisfatórios”; além disso, argumentou, os testes eram bastante perigosos e não era sensato recomendar que as companhias aéreas os realizassem. 

A empresa concluiu escrevendo que as suas próprias recomendações para lidar com o CO2 no cockpit foram “baseadas em testes extensivos realizados sob condições variadas, com aprovação da CAA”, e que a ATA não deveria recomendar soluções que possam não ser igualmente aplicáveis ​​a diferentes aeronaves. Mais tarde naquele dia, a ATA cedeu às exigências de Douglas e enviou um novo telegrama informando a todos os operadores do DC-6 que o avião havia sido testado adequadamente para garantir que concentrações perigosas de CO2 não pudessem ocorrer.

Um DC-6 da United Airlines semelhante ao envolvido no acidente do voo 624
Dois dias depois, em 17 de junho de 1948, o avião Douglas DC-6, prefixo NC37506, da United Airlines, operando o voo 624, partiu de Chicago com destino a Nova York. No comando estavam o capitão George Warner, que tinha apenas cerca de 30 horas no DC-6, e o primeiro oficial Richard Schember, que tinha 129. Dois comissários de bordo e 39 passageiros também embarcaram no voo do meio-dia. Devido à ofuscação de Douglas, nenhum deles tinha o menor conhecimento da falha mortal que se escondia no DC-6 modificado.

As primeiras horas de voo transcorreram sem incidentes, até que o avião chegou ao leste da Pensilvânia. Enquanto navegavam a 17.000 pés, os pilotos repentinamente receberam um aviso de incêndio no compartimento de bagagem dianteiro. Na verdade não houve incêndio, mas eles não poderiam saber disso.

Um dos pilotos conseguiu enviar uma mensagem distorcida e de pânico para LaGuardia: “624… 624… Fogo. Descarregando o poço de bagagem dianteiro [ininteligível]…”

“Não consigo ouvir, tente novamente, por favor”, disse o controlador.

“624, emergência!”

Outro piloto ouviu o que parecia ser um grito, seguido por alguém gritando: “Esta é uma descida de emergência!”

“Não consigo ouvir, tente VHF!” o controlador disse novamente.

“624”, disse o piloto, “descendo, eu… ah… ah…” E então houve silêncio.

Nenhuma outra transmissão foi ouvida do voo 624 da United Airlines, mas o avião continuou voando por mais dez minutos. O DC-6 passou sobre o aeroporto de Sunbury a 4.000 pés, mas não fez nenhuma tentativa de pousar, depois virou à esquerda perto da cidade de Shamokin enquanto descia entre 500 e 1.000 pés acima do solo, em direção a uma área montanhosa. 

O avião foi visto novamente vários minutos depois, perto do Monte Carmelo, onde voou a 60 metros do solo e, em seguida, entrou em uma curva ascendente à direita em direção a terreno elevado. Momentos depois, o avião bateu em uma clareira de linha de transmissão na encosta de uma montanha arborizada, destruindo um transformador de 66 mil volts e cortando linhas de energia antes de atingir o solo e se desintegrar, espalhando destroços várias centenas de metros montanha acima. 

Testemunhas correram para o local para ajudar, mas era óbvio que ninguém poderia ter sobrevivido; todos os 43 passageiros e tripulantes morreram no impacto do fogo.

No LaGuardia, o controlador perguntou a um voo próximo da United se eles conseguiam ver o voo 624, pois o avião não estava respondendo às transmissões. De forma assustadora, o piloto respondeu: “O voo 624 não precisa mais de assistência – naufragou no Monte Carmelo”.

O avião impactou uma subestação elétrica ao atingir a montanha
(Mount Carmel Community Organization)
Com base nas transmissões captadas pelo LaGuardia, ficou claro que os pilotos pensaram que havia um incêndio na bagagem e haviam descarregado os extintores. No entanto, o exame dos destroços mostrou que nenhum incêndio ocorreu antes do impacto; o aviso era de fato falso. Isto não era incomum; já em 1948, tinham havido 22 avisos falsos de incêndio em aviões norte-americanos e mais de 280 avisos falsos de fumaça, muito mais do que o número de eventos reais de incêndio e fumo. 

Na verdade, foi a tentativa de extinguir esse incêndio imaginário que originou o acidente. Marcas de testemunhas deixadas nas válvulas de alívio no momento do impacto mostraram que elas estavam fechadas – em pânico para extinguir o fogo, a tripulação esqueceu de abri-las. 

Tragicamente, a versão da lista de verificação de incêndio da United Airlines omitiu o aviso sobre as consequências de não abrir as válvulas, tornando esta etapa muito mais fácil de encobrir. Não havia como saber exatamente o que aconteceu a bordo do avião após esse erro, mas a ausência de novas transmissões, a trajetória de voo errática e o fato de a tripulação aparentemente ter sobrevoado vários locais de pouso adequados sugeriram que a tripulação estava parcial ou totalmente incapacitada por CO2 durante aqueles angustiantes minutos finais.

A primeira página do New York Times do dia seguinte ao acidente
A investigação subsequente do CAB mostrou que mesmo com as válvulas de alívio abertas, em certas configurações de descida as concentrações de CO2 na cabine ainda poderiam atingir níveis perigosos. 

No caso do voo 624, as válvulas provavelmente estavam fechadas e as evidências sugeriam que o avião provavelmente não estava na configuração mencionada, mas as descobertas apenas reforçaram a advertência do Dr. Clayton White de que os testes de Douglas foram inadequados para garantir que o avião era seguro. 

Só muito mais tarde, durante uma ação movida contra Douglas e United pela família de uma das vítimas, o relatório de White foi revelado. A sua apresentação como prova levou a um escândalo próprio, quando o juiz penalizou o advogado de defesa de Douglas por tentar apagar as palavras “não discuta com a CAA” da capa.

Equipes de resgate trabalham no local do acidente do voo 624
(Bureau of Aircraft Accidents Archives)
A investigação também descobriu que, em março de 1948, a Air Line Pilots' Association pressionou a CAA para exigir máscaras faciais de oxigênio puro para os pilotos de linha aérea, citando o fato de que as máscaras existentes do tipo rebreather, que misturam oxigênio no ar circundante, poderiam não protege contra fumaça ou gases tóxicos como o CO2. 

No entanto, a CAA rejeitou a proposta, argumentando que os procedimentos existentes para a remoção de fumos e gases do cockpit já eram suficientes e que máscaras de oxigénio puro não eram necessárias. Após a tragédia no Monte Carmelo, a CAA rapidamente reverteu o rumo, exigindo que todos os aviões fossem equipados com máscaras de oxigénio puro e exigindo que os pilotos as colocassem antes de ativarem os sistemas de supressão de incêndios. Essas máscaras ainda são padrão em todas as aeronaves hoje, mas chegaram tarde demais para evitar a queda do voo 624.

O avião caiu a cerca de dois quilômetros do município de Centralia, que hoje é conhecido como uma cidade fantasma abandonada desde 1962 devido a um incêndio de longa duração em um poço de carvão sob a cidade (Bloomsburg Archives)
Após o acidente, a Douglas Aircraft mudou o design do DC-6 para que puxar as alças do extintor abrisse automaticamente as válvulas de alívio para manter o CO2 fora da cabine. 

No seu relatório final, o CAB fez a observação astuta de que não se pode confiar nos seres humanos para seguir perfeitamente um procedimento de múltiplas etapas numa situação de emergência intensa, e que um único botão que ativa múltiplos sistemas de emergência, como o instalado por Douglas após o acidente, é uma forma muito mais eficaz de prevenir erros humanos. Por esta razão, todos os sistemas de aeronaves hoje são projetados desde o início com este princípio em mente.

Outra visão da área de destroços até a zona de impacto inicial (Bloomsburg Archives)
Numa época diferente, esta sequência de acidentes evitáveis ​​poderia ter prejudicado irreversivelmente a reputação do avião. Mas em poucos anos, o papel de Douglas nos acidentes foi esquecido, e o DC-6 tornou-se um dos aviões de maior sucesso de sua época, com mais de 700 unidades construídas antes do término da produção em 1958. 


Alguns deles ainda são voando hoje com a Everts Air Cargo no extremo norte do Alasca, aparentemente com bastante segurança. Mas permanece o facto de que a Douglas Aircraft escolheu chegar lá da maneira mais difícil, lutando a todo o custo para manter uma impressão de segurança sem garantir que o seu avião principal era realmente seguro. 


Melhores testes do sistema de combustível poderiam ter evitado a queda do voo 608, e a queda do voo 624 também poderia ter sido evitada se a Douglas tivesse ouvido os especialistas que contratou. Douglas aparentemente aprendeu muito pouco com essas lições, já que seus aviões continuaram a sofrer de falhas de projeto catastróficas e evitáveis ​​até a era dos jatos. 


Por outro lado, a indústria da aviação como um todo aprendeu bastante, levando a mudanças na forma como cada avião é equipado e projetado. Naquela época, a segurança da aviação era uma vasta fronteira inexplorada, cheia de perigos mortais e soluções inovadoras. E quando olhamos para aquela era da aviação, uma era que dentro de poucos anos até os mais velhos entre nós deixarão de lembrar, vale a pena avaliar o quão longe chegamos.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Admiral Cloudberg, ASN e Wikipédia

Aconteceu em em 17 de junho de 1929: A queda do avião da Imperial Airways no Canal da Mancha

O acidente de 1929 com o  Handley Page W.10 da Imperial Airways ocorreu em 17 de junho de 1929, quando o avião sofreu uma falha de motor e posteriormente se afundou no Canal da Mancha em Dungeness, com a perda de sete vidas. A aeronave operava em um voo internacional programado de Croydon para o Aeroporto Le Bourget , em Paris, França.

Um Handley Page W.10 similar ao envolvido no acidente
A aeronave do acidente foi o Handley Page W.10, prefixo G-EBMT, da Imperial Airways, batizada de "Cidade de Ottawa", que foi entregue à empresa aérea em 25 de dezembro de 1925.

O G-EBMT estava operando um voo internacional programado do aeroporto de Croydon para o aeroporto de Zurique, na Suíça, via Paris - Aeroporto Le Bourget e Aeroporto de Basileia, na Suíça. 

Tendo partido de Croydon às 10h30, a aeronave estava a cerca de 15 milhas (24 km) sobre o Canal da Mancha, voando a uma altitude de 2.500 pés (760 m), quando uma biela do motor de estibordo quebrou.


Um mayday foi transmitido por rádio e o piloto tentou desviar para o aeroporto de Lympne. Como ele não conseguiu chegar à terra, o piloto pousou no mar a cerca de 50 jardas (46 m) da traineira belga Gaby e a 12 milhas (19 km) da costa.

O nariz da aeronave mergulhou na água ao pousar. Os passageiros da frente da aeronave foram lançados de seus assentos e presos. Quatro passageiros sentados na cauda da aeronave escaparam, assim como os dois tripulantes. 

Uma equipe de resgate foi ajudar o avião atingido e resgatou os seis sobreviventes. O corpo de uma das vítimas também foi recuperado. Eles foram transferidos para a embarcação Dover que os levou para Folkestone. O navio entrou no porto de Folkestone às 14h45 enviando o sinal EDY, significando que as ambulâncias eram necessárias, e com sua bandeira vermelha a meio mastro. 


Os sobreviventes feridos foram levados para o Royal Victoria Hospital, em Folkestone. O corpo da vítima foi desembarcado em Folkestone, mas mais tarde foi transferido para Lydd.  

Foram recuperados mais três corpos naquele dia. Eles foram transferidos para uma lancha de propriedade do postmaster Lydd e levados para um necrotério em Lydd. Após o resgate dos destroços do G-EBMT, os mesmos foram rebocados para Dungeness, onde uma busca revelou apenas bagagens e pertences pessoais dos passageiros. Três vítimas não foram encontradas nessa fase.

Um inquérito foi aberto pelo Lydd Coroner em 19 de junho na Prefeitura de Lydd sobre as mortes das quatro vítimas cujos corpos foram recuperados.


Foram apresentadas evidências de que o piloto, Capitão Brailli era experiente, com 1.000 horas de voo. Ele trabalhava para a Imperial Airways há um ano. A aeronave mostrou estar em condições de navegar na partida de Croydon. O piloto foi o último sobrevivente a deixar a aeronave, por insistência dele. Todas as quatro vítimas morreram afogadas. Vereditos de "morte acidental" foram devolvidos em todos os casos.

O Ministério da Aeronáutica abriu uma investigação sobre o acidente de acordo com os Regulamentos de Navegação Aérea (Investigação de Acidentes) de 1922. A investigação foi iniciada em 25 de junho no Royal Courts of Justice de Londres, com Sir Arthur Colefax no comando. 

A causa da falha do motor foi a fratura da biela nº 4 do motor de estibordo. O motor funcionou por 126 horas desde a última revisão, sendo o tempo permitido entre as revisões de 300 horas. A biela havia falhado devido à falha dos pinos do rolamento da extremidade grande.


O Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave havia sido renovado pela última vez em novembro de 1928 e era válido por um ano. Sua carga máxima permitida era de 2.946 libras (1.336 kg); a carga da aeronave era 2.494 libras (1.131 kg) na partida de Croydon. 

A prova foi dada por três dos quatro passageiros sobreviventes e ambos os tripulantes. O quarto passageiro sobrevivente não foi chamado porque era legalmente menor na época e havia perdido o pai no acidente. 

O inquérito foi encerrado em 3 de julho. A Imperial Airways e a Napier, o fabricante do motor, foram inocentados de qualquer culpa pelo acidente. O relatório da investigação foi publicado em 12 de julho. Entre as recomendações estavam que os passageiros deveriam receber cintos de segurança e que as aeronaves incapazes de manter voo nivelado com um motor inoperante e não projetadas para pousar na água deveriam ser retiradas das rotas continentais após 1º de julho de 1930.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia e ASN

Hoje na História: 17 de junho de 1929: Delta Air Lines faz seu primeiro voo

Há 94 anos, a Delta iniciou seu primeiro serviço comercial, evoluindo da pulverização aérea de colheitas para uma das maiores transportadoras de serviços completos do mundo.

Delta Air Service (Foto: Museu do Voo Delta)
Fundada em 1925, a Delta Air Lines tem a distinção de ser uma das companhias aéreas mais antigas do mundo e a mais antiga dos Estados Unidos. Inicialmente estabelecida como a primeira empresa de pulverização aérea do mundo, a Huff Daland Dusters, a Delta expandiu suas operações para incluir serviços de passageiros apenas quatro anos depois, marcando o início de sua notável jornada no setor de companhias aéreas de passageiros.

Desde o início até o primeiro voo


As origens da Delta remontam a um esforço colaborativo no início da década de 1920, combinando agricultura e aviação para lidar com o impacto da infestação do bicudo nas plantações de algodão. Esse esforço lançou as bases para o nascimento da Delta e sua subsequente jornada na indústria da aviação.

Um Huff-Daland Dusters (Foto:jay8g)
Apenas três anos após a fundação da Huff Daland Dusters, CE Woolman, o fundador do que viria a se tornar a Delta Air Lines, liderou a aquisição da empresa. Huff Daland Dusters foi posteriormente renomeado para Delta Air Service, inspirado na região do Delta do Mississippi que atendia e oficialmente incorporado em 3 de dezembro de 1928.

Um ano depois, em 17 de junho de 1929, a Delta fez seu primeiro voo de passageiros em um avião monomotor Travel Air S-6000, de Dallas a Jackson, Mississippi, via Shreveport e Monroe, Louisiana. Curiosamente, naquele primeiro voo, os cinco passageiros sentaram-se em cadeiras de vime e puderam abrir as janelas para ventilação necessária. O voo de 687 quilômetros durou cinco horas e incluiu uma parada de meia hora para almoço em Monroe.

O avião Travel Air S-6000 alojado no Museu Delta (Foto: Pete Webber via Flickr)
O primeiro piloto de voo de passageiros da Delta foi um aviador de Arkansas, JD "Johnny" Howe. Com seis anos de experiência em voo, Howe teve a distinção de ser um dos primeiros pilotos do país a obter uma licença de piloto comercial.

As tarifas de ida de Dallas para Jackson custam $ 47,25, enquanto as tarifas de ida e volta custam US$ 90,00. O serviço operava três vezes por semana, com voos para o leste às segundas, quartas e sextas-feiras e voos para o oeste às terças, quintas e sábados.

Expansão de rota


Em menos de três meses, a Delta expandiu sua rota inicial de Jackson para incluir Meridian, Mississippi, Tuscaloosa e Birmingham, Alabama, em agosto de 1929.

No início de 1930, a Delta Air Service havia crescido para fornecer serviços diários usando uma frota de três Travel Airs. A rota Dallas-Birmingham apresentava dois voos diários, um indo para o leste e o outro indo para o oeste. Novo serviço para Tyler e Fort Worth, iniciado em maio de 1930.

A maioria dos primeiros clientes da Delta eram pessoas de negócios que viajavam a trabalho. Viagens aéreas de lazer e férias não eram esperadas.

No primeiro ano de serviço de passageiros, a Delta cobriu uma distância estimada de cerca de 251.000 milhas em junho de 1930. Notavelmente, ao longo de seu ano inaugural, a Delta alcançou uma operação sem acidentes, o que foi excepcional considerando a frequência geral de tragédias naquela época.

Suspensão das operações de passageiros


Em outubro de 1930, a companhia aérea decidiu interromper os serviços de passageiros e vendeu sua frota de Travel Airs. Esta ação foi tomada porque a Delta não conseguiu garantir um contrato de correio aéreo do governo. Os serviços de correio aéreo tinham um potencial significativo para companhias aéreas em busca de sucesso financeiro.

A Delta estava buscando ansiosamente um contrato de correio para a rota que havia inicialmente estabelecido. No entanto, suas esperanças foram frustradas quando os Correios dos EUA concederam o contrato de correio aéreo transcontinental do sul à Aviation Corporation (AVCO). Reorganizando-se como Delta Air Corporation, a Delta voltou a ser uma empresa de pulverização agrícola.

O Douglas DC-3 de 1940 no Delta Heritage Museum (Foto: Wally Gobetz via Flickr)
Quatro anos depois, os Correios dos EUA decidiram cancelar os contratos de correio aéreo e abrir as rotas para uma nova licitação. A Delta Air Corporation garantiu com sucesso a Air Mail Route 24 com uma oferta vencedora de 24,8 centavos de dólar por libra de correspondência. Esta rota se estendia de Fort Worth a Charleston, Carolina do Sul.

Pouco depois, em 5 de agosto, o serviço de passageiros foi retomado. Notavelmente, isso marcou a primeira ocasião em que o nome Delta Air Lines foi exibido nas laterais dos aviões e, a partir de então, a Delta começou a operar sob o nome Delta Air Lines.

Douglas DC-8 da Delta Air Lines (Foto: RuthAS via Wikimedia)
Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Simple Flying

Passageiro atrasado cai ao saltar rampa para embarcar em avião e ainda pagará multa na Espanha

Homem foi filmado ao cair da ponte de embarque depois de tentar, sem sucesso, embarcar em voo da Ryanair no Aeroporto de Málaga.


“Sem escada, então vou descer.”

Assim gritou em espanhol, mas com sotaque estrangeiro, o passageiro irresponsável que decidiu pular no ar na tentativa de chegar a tempo à rampa de embarque que dá acesso ao avião.

O homem não identificado tentou se livrar do final do “jetwalk” antes de perder o equilíbrio e mergulhar vários metros no asfalto abaixo, enquanto passageiros atônitos no avião a alguns metros de distância observavam.

Ele caiu de costas, com sua pequena mochila amortecendo ligeiramente a queda. Antes de se sentar e depois se levantar, ele parecia estar gravemente ferido quando funcionários do aeroporto correram para ajudá-lo.

Surpreendentemente, o homem descontente que caiu no chão foi visto caminhando em direção ao avião depois de alguns momentos parado para descansar e se recuperar, e parecia atingir seu objetivo de embarcar com sua exibição perigosa.


Um porta-voz da operadora aeroportuária espanhola Aena confirmou que o incidente ocorreu nos últimos dias e disse que a Guarda Civil tratou do assunto.

O homem estava tentando embarcar em um voo da Ryanair que ia de Málaga para a cidade marroquina de Fez.

Um porta-voz da Guarda Civil confirmou: “Os oficiais foram chamados e agiram de acordo com o protocolo estabelecido, identificando a pessoa e denunciando-a por violação da legislação de segurança aérea.”

A autoridade de aviação civil da Espanha, Aesa, emitirá uma multa pesada. O valor da multa ainda não é conhecido.