quarta-feira, 6 de abril de 2022

Por que viajar de avião está cada vez mais caro - e o que vem por aí

Repórter Ivan Martínez-Vargas comenta a escalada de preços das passagens aéreas no Brasil, conta como a competição pode ficar mais acirrada com as viagens de ônibus e quais são as previsões que afetam o bolso de quem planeja embarcar em breve, dentro do país ou para o exterior.

Aumento da demanda interna por voos, passado o período mais turbulento da pandemia,
também fez os voos domésticos encarecerem (Foto: Arte/O Globo)
Quem procurou passagem aérea recentemente já percebeu que viajar de avião ficou mais caro. E não é só para bilhetes em feriadões como esses agora de abril. 

Nos primeiros meses do ano, especialmente, os preços dos voos atingiram altas expressivas, principalmente no mercado doméstico. 

Levantamentos realizados pelas plataformas Decolar e Kayak com base nas tarifas médias de março deste ano mostram aumentos acentuados nas rotas de alta demanda pelos brasileiros.

Na comparação com fevereiro, algumas tarifas superam os 40% de aumento. Um dos casos mais chamativos é o da tradicional ponte aérea Rio-SP. Há relatos de consumidores que pagam até mais de R$ 2 mil pelas duas pernas. 

O aumento do preço do petróleo, insumo para o querosene de aviação, é um dos fatores que pesam nessa disparada dos preços de passagens aéreas. Mas não só. O aumento da demanda interna por voos, passado o período mais turbulento da pandemia, também fez os voos domésticos encarecerem. E ainda tem o câmbio. Com a queda do dólar nas últimas semanas, e a valorização do real, as viagens ao exterior têm pesado menos no bolso do brasileiro do que viajar dentro de casa. 

Voar hoje de São Paulo a Buenos Aires pode sair mais barato do que de São Paulo ao Rio de Janeiro. Mesmo assim, as companhias aéreas ainda estão longe de retomar os níveis de operação pré-pandemia. E as viagens de ônibus voltaram ao páreo na competição pela preferência de quem vai viajar.


Via O Globo

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