segunda-feira, 28 de julho de 2014

Segurança aérea no Brasil não é preocupação, dizem especialistas

Em 2014, 802 pessoas morreram em desastres com aviões. É o segundo pior ano da história da aviação civil. Mas a segurança aérea no Brasil não deve ser preocupação, defendem entidades e especialistas.

Uma aeronave operada pela Air Algérie decolou ontem de Burkina Fasso, país da costa oeste da África, à 1h17min pelo horário local. Deveria ter aterrissado em Argel, capital da Argélia, às 5h10min, horário local. Não chegou. A queda foi confirmada. Nele, estavam 116 passageiros a bordo. Em uma semana, três aviões caíram pelo mundo, o que reabre o debate sobre a segurança aérea. Especialistas e entidades ouvidas pelo "O Povo" afirmam que o transporte aéreo comercial não é perigoso e que o espaço aéreo brasileiro é seguro.

Destroços do Boeing 777, da Malaysia Airlines, que caiu na semana passada. 
Desde então, houve outros dois acidentes - Foto: AFP

Conforme a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que congrega TAM, Gol, Azul e Avianca, a segurança é uma preocupação básica das empresas. “O último acidente com vítimas no País (Brasil) aconteceu em 2011, quase cinco anos após o registro anterior, em 2007. Em 2012 e 2013, a aviação comercial no Brasil transportou mais de 220 milhões de passageiros em aproximadamente 2,2 milhões decolagens domésticas e internacionais, sem qualquer fatalidade”, afirmou em nota ao "O Povo".

No mundo, em 2014, até agora, já foram 802 mortos na queda de cinco aviões, conforme dados da International Civil Aviation Organization (Icao). É o segundo pior ano da história da aviação civil, atrás de 2005, quando morreram 824 mortos.

A entidade ressalta ainda que a média de idade da frota nacional é uma das menores do mundo, com 6,7 anos de idade. Por exemplo, a United e da Delta (ambas dos EUA), têm, respectivamente, 13,4 e 16,4 anos de idade. Dados de até o final do ano passado. “A aviação continua sendo o meio mais seguro de transporte e atravessa, estatisticamente, um dos períodos mais seguros da história”, disse a entidade.

A International Air Transport Association (Iata) também se posicionou sobre esses dias trágicos para a aviação. Relembrou que, em 2013, mais de três bilhões de pessoas voaram no mundo. Houve 210 mortes. 

Confiança não muda


O comandante de linha aérea há 16 anos, piloto Victor Medeiros, ressalta que os acidentes não devem afetar a confiança do passageiro na aviação comercial, principalmente, no Brasil. “Na África, independente do acidente, a aviação já é questionada, em função da falta de infraestrutura deles. Em regiões de conflito, sempre é perigoso”, argumenta, para ressaltar que um acidente não pode abalar a segurança das pessoas de viajarem de avião. 

"O Povo" procurou TAM, Gol e TAP para falar sobre segurança aérea. A TAM disse que se posicionaria por meio da Abear. A Gol afirmou que não comenta o assunto. A TAP diz que não teve impacto em suas rotas, pois não passa por áreas de conflito.

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Fonte: Andreh Jonathas (andreh@opovo.com.br  - opovo.com.br)

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