terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Para evitar ataques terrestres, EUA testam novo helicóptero não tripulado no Afeganistão

Os militares dos EUA estão testando um novo drone (aeronave não tripulado): um helicóptero conduzido sem piloto que deve ser usado para transportar carga para locais distantes onde ataques a bomba ameaçam o acesso de comboios pelas estradas do Afeganistão.


Drones de vigilância usados para monitorar a atividade de inimigos e drones equipados com armamentos para ataques aéreos tornaram-se uma marca dos EUA em seus combates no Afeganistão, Iraque e em regiões do Oriente Médio. Mas esta é a primeira vez que um helicóptero projetado para transporte será usado.

Um equipe de 16 técnicos e oito marines está avaliando dois modelos de helicópteros Kaman K-MAX, em Camp Dwyer, na província de Helmand, Afeganistão, por um período de seis meses.

A aeronave já participou de 20 missões de transporte desde seu voo inaugural, em 17 de dezembro, disse o major Kyle O'Connor. Os militares americanos entregaram cerca de 18 toneladas de carga, principalmente refeições prontas e peças de reposição, por meio do drone.

"O Afeganistão é um país altamente minado e a possibilidade de se deparar com dispositivos explosivos é sempre um problema quando se pretende levar carga por terra por meio de comboio de veículos", disse O'Connor.

"Toda carga que conseguirmos tirar de um comboio terrestre reduz o perigo e o risco enfrentados pelos nossos fuzileiros, soldados e marinheiros", disse ele. "Com um helicóptero não tripulado, até a tripulação não corre riscos".

Um computador de bordo carrega os planos da missão, mas um operador na base de controle monitora o drone e pode substituir o piloto automático para a operação manual.

A versão tripulada do helicóptero K-MAX apareceu pela primeira vez na década de 1990, e o protótipo sem piloto foi lançado em 2008. Ele pode transportar uma carga máxima de 3.100 kg e custa cerca de US$ 1.100 por hora para operar.

Depois de um período de teste de seis meses, os militares vão determinar se a aeronave entrará em operação regular.

Fonte: Slobodan Lekic (Associated Press) via UOL Notícias - Foto via armyrecognition.com

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