A Força Aérea Brasileira está utilizando o Aeroporto Regional Silvio Name Júnior, em Maringá, no Estado do Paraná, como uma das bases na segunda fase da Operação Ágata II, lançada pelos Ministérios da Defesa e da Justiça para combater atividades ilegais na região de fronteira.
No total, a Força Aérea Brasileira participa com mais de 30 aeronaves, incluindo aviões de caça e um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). Em Maringá, o número de aeronaves varia de acordo com as atividades, mas segundo o superintendente do Aeroporto Regional, Marcos Valêncio, são de quatro a seis aeronaves que estão baseadas no local.
Assista o vídeo com entrevista do Comandante da FAB na Operação e imagens dos aviões que participam das atividades.
"O comando da Aeronáutica de Canoas solicitou, no dia 6 de setembro, a utlização do aeroporto para exercícios e operações", confirmou Marcos Valêncio. "Claro que nós cedemos o local para a Aeronáutica. Eles são bem independentes, até geradores próprios de energia os militares trouxeram." Os militares ocupam uma área restrita no aeroporto.
Cerca de 70 militares da Aeronáutica estão acampados em Maringá (PR)
Cerca de 70 militares das Forças Aéreas do Brasil (FAB) estão acampados em uma área anexa ao Aeroporto Sílvio Name Júnior, em Maringá, desde sexta-feira (16). Os oficiais atuam junto a Operação Ágata II, que mobiliza cerca de 7 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica para realizar patrulhamento nas fronteiras da região Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul.
Em Maringá, estão alojados somente oficiais da FAB. "É a primeira vez que utilizamos o aeroporto da cidade como base. O local foi escolhido em função da boa infraestrutura que oferece e sua proximidade com a fronteira", explica o tenente-coronel Luiz Marques de Lima.
Nesta segunda-feira (19) havia quatro caças, um avião de transporte e um helicóptero em Maringá. O número de aeronaves e militares no acampamento, no entanto, é variável. "Todo o dia recebemos aeronaves e mandamos outras para bases distintas, conforme a necessidade de cada local", ressalta Marques.
Não há data prevista para o fim da Operação. "Não sabemos quanto tempo ficaremos em Maringá, por motivos estratégicos não há uma data limite. Tudo depende da decisão do comando, em Brasília", diz Marques.
Operação Ágata II
A operação Ágata II, foi lançada pelos Ministérios da Defesa e da Justiça para combater atividades ilegais na região de fronteira. A FAB participa com mais de 30 aeronaves. Segundo o tenente-coronel Marques, os oficiais da aeronáutica vão atuar fiscalizando e interceptando aeronaves suspeitas.
"Essas aeronaves, em caso de necessidade, são acionadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro e interceptam aquela aeronave considerada como suspeita para uma averiguação", explica o tenente-coronel Marques.
Além de Maringá, a FAB mantêm aviões de caça F-5EM e A-29 Super Tucano nas cidades de Dourados (MS), Canoas (RS) e Campo Grande (MS). Oficiais do Exército e Marinha estão localizados em cidades nas fronteira.
Postos de controle e fiscalização foram colocados em toda a faixa abrangida pela operação. "As vias principais, os pontos focados pela inteligência, aqueles locais mais previsíveis estarão sendo monitorados. E onde não tivermos tropas serão monitorados pela inteligência.", afirma o general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do Sul, em entrevista coletiva à imprensa em Porto Alegre.
Assim como a Ágata 1, ocorrida em agosto na Amazônia, a nova operação faz parte das ações do Plano Estratégico de Fronteira, instituído por decreto presidencial com a previsão de estabelecer uma coordenação conjunta e consensual para atuar nas áreas limítrofes do País.
A Ágata 2 vai levar equipes do Exército, Marinha e Aeronáutica, da Agência Brasileira de Inteligência, das polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, da Receita Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para pontos de passagem terrestres, lacustres e fluviais.
Os grupos trabalharão integrados, sob coordenação de um comando central, em Porto Alegre, para detectar e impedir tráficos de drogas, armas e animais, contrabando de mercadorias, destruição ambiental e ilícitos fiscais, entre outros crimes típicos de regiões fronteiriças.
Fontes: Elder Ogliari, Rubia Pimenta e Clóvis Augusto Melo (maringa.odiario.com) / Agência Estado / Força Aérea Brasileira (FAB) - Fotos: João Paulo Santos
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