Causas do acidente serão conhecidas no fim de junho, diz ministro francês.
Acidente com Airbus da Air France matou 228 sobre o Atlântico em 2009.
O exame das caixas-pretas do voo 447 mostra que os pilotos da Air France teriam evitado zonas de turbulência, disse nesta quinta-feira (19) o jornal francês "Le Parisien", citando fontes da investigação sobre o acidente que matou 228 pessoas.
Uma primeira leitura das caixas-pretas do A330 da Airbus que caiu em 2009 no Oceano Atlântico indica que "não houve uma disfunção maior" da aeronave, o que não significa que não tenham ocorrido "disfunções menos importantes", disse na véspera um diretor do BEA, órgão francês que investiga as causas do acidente.
"A primeira leitura não evidenciou uma disfunção maior, como uma interrupção elétrica total, dos motores ou dos alarmes que fosse incompreensível para os pilotos", explicou à France Presse Alain Bouillard, diretor de investigações técnicas do acidente aéreo do Escritório de Investigações e Análises (BEA).
Bouillard disse que isto não significa que "não pode ter havido disfunções menos importantes".
Na segunda-feira, uma nota interna enviada pela Airbus a seus clientes conhecida como AIT (Accident Information Telex) afirmava que as "análises preliminares" de uma das caixas-pretas do A330 não indicavam que a fabricante precisasse fazer "recomendações imediatas" às companhias aéreas.
Informações publicadas na imprensa francesa na terça-feira destacam que a análise das caixas-pretas do avião parecia deixar a Airbus de fora da questão, embora o BEA tenha dito em um comunicado que esta avaliação era sensacionalista e precipitada.
Causas do acidente do voo 447 saem só no final de junho, diz França
As causas e responsabilidades do acidente do voo AF447 da Air France que caiu no Atlântico quando realizava a rota Rio-Paris, em junho de 2009, serão conhecidas no "final de junho", após o exame das caixas pretas, disse nesta quinta-feira (19) o secretário francês dos Transportes, Thierry Mariani.
"Penso que saberemos no final de junho", declarou Mariani à emissora France Info. Até o momento, as previsões apontavam para uma solução durante o verão (inverno no Brasil).
As caixas-pretas foram recuperadas no início de maio, no fundo do Oceano Atlântico e, na segunda-feira passada, foi divulgado que as informações estavam em condições de leitura.
Desde então, circulam numerosos rumores sobre a responsabilidade do acidente. A BEA, órgão francês que investiga o acidente, disse que as informações divulgadas até agora são precipitadas e sensacionalistas.
"Há interesses enormes em jogo: um fabricante de aviões (...), uma companhia aérea, famílias das vítimas", destacou Mariani.
"Há várias centenas de parâmetros e embora a imensa maioria já tenha sido examinada, as conclusões sobre o ocorrido só poderão ser apresentadas quando todos eles tiverem sido avaliados", acrescentou.
Fontes: G1 / AFP / Globo News
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