Três novos concorrentes além da Bombarbier, eterna rival da fabricante brasileira, vão lançar novos aviões de médio porte até 2014
A Embraer teve um reino quase absoluto na última década ao lado da canadense Bombardier. A fabricante brasileira conquistou com a introdução dos E-Jets a liderança no segmento de aviões comerciais de porte médio.
A partir do fim deste ano, as duas empresas vão enfrentar um esquadrão nos céus. Fabricantes de aviões da China, Rússia e Japão desenvolveram ao longo dos anos 2000 novas aeronaves, mais modernas, para capturar parte do segmento de aviões que vão de 60 a 120 assentos.
Além disso, a Bombardier colocará outra aeronave no mercado para rivalizar com a Embraer e um outra ainda maior, esta para concorrer com as gigantes Boeing e Airbus.
Conheça os novos aviões:
ARJ-21
Fabricante: Comac (China)
Lançamento previsto: fim de 2010
Motor: General Electric
Número de assentos: 70 a 100 em duas versões
A Comac, formada por um consórcio de empresas e controlada pelo governo chinês, contou com a ajuda de 19 grandes fornecedores de componentes europeus e americanos - como General Electric que fornecerá o motor - para construir um avião comercial na tentativa de reduzir a dependência da China pelas aeronaves da americana Boeing e europeia Airbus.A Embraer teve um reino quase absoluto na última década ao lado da canadense Bombardier. A fabricante brasileira conquistou com a introdução dos E-Jets a liderança no segmento de aviões comerciais de porte médio.
A partir do fim deste ano, as duas empresas vão enfrentar um esquadrão nos céus. Fabricantes de aviões da China, Rússia e Japão desenvolveram ao longo dos anos 2000 novas aeronaves, mais modernas, para capturar parte do segmento de aviões que vão de 60 a 120 assentos.
Além disso, a Bombardier colocará outra aeronave no mercado para rivalizar com a Embraer e um outra ainda maior, esta para concorrer com as gigantes Boeing e Airbus.
Conheça os novos aviões:
ARJ-21
Fabricante: Comac (China)
Lançamento previsto: fim de 2010
Motor: General Electric
Número de assentos: 70 a 100 em duas versões
Mas o primeiro modelo a sair da linha de montagem é o jato de médio porte, o ARJ-21. A primeira fase do programa foi o desenvolvimento de um avião de 70 e 80 lugares, podendo ser estendido para 90 a 100 assentos. Concluída sua montagem em 2007, o ARJ-21, que vem fazendo voos testes, deve começar a voar comercialmente no fim deste ano. Até agora, a fabricante já garantiu quase 250 pedidos e 20 opções - praticamente tudo para o mercado chinês, um dos que mais cresce no mundo.
Os chineses dizem que o modelo foi desenvolvido de forma independente, mas os críticos dizem que foi inspirado no MD90, da McDonnell Douglas, quando a antiga fabricante, que se fundiu à Boeing, operava por meio de uma joint venture na China. Com esse jato, a Comac já pensa no futuro. Ela deseja concluir a tempo o desenvolvimento do modelo C919 - um jato maior que espera colocar no mercado em 2016 para bater de frente o Airbus A320 e o Boeing 737.
Superjet 100
Fabricante: Sukhoi (Rússia)
Lançamento previsto: fim de 2010
Motor: Joint venture entre Snecma (França) e NPO Saturn (Rússia)
Número de assentos: 75 a 100 em três versões
Lançado em 2001 e tratado como o maior avanço da indústria aeronáutica russa, a família de três jatos regionais da Sukhoi, de 75 a 100 assentos, foi colocada como uma das prioridades do governo para substituir os antigos Tupolev-134 e Yakovlev-42, aviões de grande uso na era soviética, que ainda equipam a frota da companhia aérea russa Aeroflot.
O programa envolveu 30 fornecedores, em sua maioria europeus. Mas contou também com a participação da americana Boeing no desenvolvimento de mercado. O primeiro avião, um modelo para 95 lugares, foi montado em setembro de 2007, na fábrica da empresa na Sibéria.
Se fosse cumprido o cronograma, o Superjet 100 já estaria voando desde 2008. Mas a joint venture entre a francesa Snecma e a russa NPO Saturn, responsáveis pela entrega dos motores, enfrentou dificuldades para concluir seu trabalho e atrasou o programa. Agora, a Sukhoi trabalha com a previsão de colocar o avião no mercado comercialmente até o fim do ano. A empresa já garantiu 145 pedidos e 80 opções - em sua maioria na própria Rússia e no leste europeu.
MRJ
Fabricante: Mitsubishi (Japão)
Lançamento previsto: fim de 2014
Motor: Pratt & Whitney, unidade da americana UTC
Número de assentos: 70 a 90 em quatro versões
A Mitsubishi Heavy Industries deu início ao seu programa de construção de um jato regional em março de 2008, com apoio do governo japonês. O jato em desenvolvimento, que terá quatro versões diferentes de 70 a 90 lugares, é esperado para chegar ao mercado em 2014.
Como inovação, a avião traz o motor da Pratt & Whitney, que cuja caixa de redução permite diminuir o consumo de combustíveis e baixar os níveis de poluentes e ruídos. Além disso, uma parcela significativa da fuselagem é de fibra de carbono, material mais leve e resistente. Na comparação com os E-Jets da Embraer, o MRJ tem maior autonomia.
Os primeiros pedidos - 15 firmes e 10 opções - vieram da All Nippon Airways (ANA), empresa aérea japonesa. A Trans States Airlines, empresa de porte médio dos EUA, encomendou 50 unidades firmes e outras 50 opções. Como parte do processo de recuperação judicial da Japan Airlines (JAL), o governo japonês negocia a substituição da frota de cerca de 50 aviões da companhia por jatos MRJ.
CS Series
Fabricante: Bombardier (Canadá)
Lançamento previsto: 2013-2014
Motor: Pratt & Whitney
Número de assentos: 110 e 15
A ideia de uma nova família de aviões começou a ser estudada em 2004 pela Bombardier. Entre idas e vindas, a empresa bateu o martelo em 2007 – o avião será financiado com boa parte de recursos do governo do Canadá.
O CS 100, modelo para 110 lugares, fará a Bombardier competir na seara do Embraer 195 no fim de 2013. Mas a aposta mais ousada da eterna rival da empresa brasileira é o CS 300, o modelo de 130 a 150 lugares. Com ele, a Bombardier tentará captar uma fatia do mercado das gigantes Boeing e Airbus a partir de 2014, quando o jato estiver operando comercialmente.
Para compensar a acirrada competição, a empresa pretende seguir a receita utilizada pela japonesa Mitsubishi: o uso de motores da Pratt & Whitney e materiais mais leves de forma a reduzir o consumo de combustível.
A alemã Lufthansa fez uma encomenda de 60 aviões (incluindo 30 opções) - um terço de todos os pedidos já feitos à fabricante canadense.
Fonte: André Vieira, iG - Imagens: Divulgação
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