segunda-feira, 10 de agosto de 2009

TAP e SATA recuperam domínio do Funchal em julho

A TAP e SATA Internacional, que ainda acusam os efeitos da entrada da easyJet nas ligações entre o Funchal e Lisboa em finais de Outubro de 2008, no mês de Julho voltaram a ter o domínio do aeroporto madeirense, tendo sido as transportadoras de 53% dos passageiros embarcados e desembarcados, quando há um ano representavam 51,6%.

Esta evolução deve-se por inteiro à companhia açoriana, que em Julho foi a segunda companhia que mais cresceu no Funchal, tendo um aumento do número de passageiros em 24,6% ou cerca de 5,1 mil, para 26,35 mil, o que equivale a 12,3% do total do Aeroporto, quando no ano passado representava 9,5%.

A “contribuição” da TAP foi um decréscimo do número de passageiros em Julho menos acentuado que nos meses anteriores, tendo passado de uma queda média em 9,2% no primeiro semestre para -6% ou cerca de 5,6 mil (que é a queda mais forte do mês em valor absoluto), para 87,6 mil.

A TAP representou assim em Julho 40,8% do total de passageiros no mês, menos 1,27 pontos que no mês homólogo de 2008, mas mais 6,05 pontos do que a média do primeiro semestre (34,72%, menos 1,27 pontos que no primeiro semestre de 2008).

A progressão da quota de mercado das portuguesas TAP e SATA teve adicionalmente uma atenuação do efeito easyJet que no primeiro semestre teve um aumento médio do número de passageiros em 86,6% e no passado mês de Julho, mantendo-se como a companhia que mais cresce, o fez de forma mais moderada, em 48,3% ou cerca de 9,3 mil, para 28,56 mil.

A easyJet representou assim 13,3% do total de passageiros no Aeroporto do Funchal no mês de Julho, quando há um ano representava 8,7%, mas aquém dos 13,75% que teve em média no primeiro semestre (6,9% nos primeiros seis meses de 2008).

A atenuação do crescimento da easyJet em Julho está centrada na evolução das rotas internacionais que tem de e para o Funchal, designadamente Bristol e Londres – Stansted, nas quais é a única operadora aérea, a primeira com uma queda de 40,7% ou cerca de 3,4 mil passageiros, para cino mil, e a segunda com um decréscimo em 31,3% ou cerca de 1,6 mil, para 3,58 mil.

Outra rota da easyJet em queda é a de Londres – Gatwick (em 28,3% ou quase 33 mil, para 83,4 mil), mas neste caso a low cost tem a concorrência da TAP e os dados publicados pela ANAM não permitem verificar a evolução de cada uma das companhias.

Em todo o caso, os dados apontam para ser a rota de Lisboa que alimenta o crescimento da easyJet no Funchal, e que a sua progressão nessa rota não se faz apenas por conquista de mercado à TAP e SATA, mas pelo próprio crescimento da rota, que em Julho registou um aumento em 22,5% ou cerca de 16,26 mil passageiros, para 88,68 mil.

Além da easyJet e da SATA estiveram em alta no Aeroporto do Funchal em Julho a Thomsonfly (+69,2% ou mais 6,56 mil, para 11,1 mil), a Norwegian Air Shuttle, que no ano passado não operava e teve 1.484 passageiros embarcados e desembarcados, a Travel Servis, com +84,2% ou mais 1,2 mil que no ano passado, para 2,7 mil, e a Jetairfly, com +22% ou mais cerca 0,46 mil, para 2,56 mil.

As quedas mais fortes em valor absoluto, depois da TAP, foram as Hapag-Lloyd Express, em 25,8% ou cerca de 2,2 mil, para 6,4 mil, Binter Canárias, em 69,1% ou quase dois mil, para 0,88 mil, Thomas Cook Airlines, em 36,7% ou cerca de 1,8 mil, para 3,2 mil, SAS, em 59,5% ou cerca de 1,6 mil, para 1,09 mil, e Transavia França, em 49,6% ou cerca de 1,1 mil, para 1,15 mil, a que se somaram a não existência de voos em Julho da JetX (1,87 mil no ano passado) e Hamburg International (1,09 mil no ano passado).

Nos sete meses de Janeiro a Julho, em que o tráfego de passageiros no Funchal baixa 5,5% ou cerca de 78,85 mil, a TAP tem a queda mais forte em valor absoluto, em cerca de 46,1 mil passageiros ou 8,6%, para 487,8 mil.

Depois surgem as quedas da Austrian Airlines (em 47,6% ou cerca de 12 mil, para 13,23 mil), Thomas Cook Airlines (em 33,1% ou cerca de 8,3 mil, para 16,8 mil), SAS (em 40,7% ou cerca de 7,1 mil, para 10,36 mil), JetX (em 29,2% ou cerca de 5,2 mil, para 12,6 mil), Binter Canárias (em 56,9% ou cerca de cinco mil, para 3,83 mil), Hapag-Lloyd Express (em 8,8% ou cerca de 4,3 mil, para 44,9 mil) e Transavia Holanda (em 15,1% ou cerca de quatro mil, para 22,2 mil).

A easyJet, apesar das rotas Bristol, Londres Stansted e Londres Gatwick registarem quedas, respectivamente, em 34,7% ou cerca de 12,1 mil, para 22,74 mil, 39,3% ou cerca de 21,4 mil, para 22 mil, e em 28,3% ou cerca de 33 mil, para 83,4 mil, é a companhia que mas cresce no Funchal nos primeiros sete meses, tendo um aumento de 79,5% ou quase 83 mil passageiros, para 187 mil.

Depois surge a Thomsonfly, com +82,5% ou mais cerca de 42 mil passageiros, para 93 mil, a Travel Servis, com +101% ou mais quase seis mil, para 11,8 mil, a N L Luftfahrt, com +66,7% ou mais cerca de 3,5 mil, para 8,8 mil, a Air Post Europe, com +16,7% ou mais cerca de 2,5 mil, para 17,7 mil, a SATA Internacional, com +1,9% ou mais cerca de 2,5 mil, para 137,1 mil, e a Luxair, com +16,4% ou mais cerca de mil, para 7,1 mil.

A estes crescimentos somaram-se ainda os inícios de operações por parte da Norwegian (10,3 mil passageiros), TUI Airlines (4,4 mil), Axis Airways (3,4 mil) e Jet2com (2,3 mil).

Fonte: PressTur (Portugal)

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