A Polícia Civil de Goiás indiciou uma pessoa ao concluir o inquérito que apura a queda de um avião sobre o estacionamento de um shopping em Goiânia, em março, que deixou duas pessoas mortas. O instrutor de voo José Luiz Gonçalves de Souza deve responder por duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
No dia 12 de março, o desempregado Kleber Barbosa da Silva, 31, roubou um avião monomotor no aeroclube de Luziânia (cidade goiana próxima a Brasília), sobrevoou Goiânia por cerca de 40 minutos e caiu no estacionamento do maior shopping da cidade. Com ele na aeronave estava a filha, de cinco anos. Na queda, os dois morreram, mas ninguém em terra ficou ferido.
Em depoimento, o instrutor disse que foi ameaçado por Silva com uma arma e teve de entregar a aeronave. A Polícia Civil, porém, não encontrou arma nos destroços e considerou que ele foi negligente ao deixar o desempregado, antes do voo, ocupar o assento destinado ao piloto da aeronave.
Silva havia contratado um passeio em um voo panorâmico pela região. "É como alguém que entrega a chave de um veículo a uma pessoa não habilitada e essa pessoa vem a atropelar e matar. Quem entregou responde", afirmou o delegado Manoel Borges.
A Polícia Civil disse que o desempregado, antes do acidente, violentou uma adolescente e tentou matar a mulher. Para o delegado, Silva tinha ideias suicidas no dia do acidente, mas não atirou o avião contra o shopping. No estacionamento, 22 carros foram atingidos.
O instrutor não foi localizado pela Folha nesta sexta-feira. No aeroclube de Luziânia, funcionários disseram à reportagem que ele não trabalha mais no local.
Destroços do avião monomotor roubado que caiu em Goiânia; homem e filha de 5 anos morreramNo dia 12 de março, o desempregado Kleber Barbosa da Silva, 31, roubou um avião monomotor no aeroclube de Luziânia (cidade goiana próxima a Brasília), sobrevoou Goiânia por cerca de 40 minutos e caiu no estacionamento do maior shopping da cidade. Com ele na aeronave estava a filha, de cinco anos. Na queda, os dois morreram, mas ninguém em terra ficou ferido.
Em depoimento, o instrutor disse que foi ameaçado por Silva com uma arma e teve de entregar a aeronave. A Polícia Civil, porém, não encontrou arma nos destroços e considerou que ele foi negligente ao deixar o desempregado, antes do voo, ocupar o assento destinado ao piloto da aeronave.
Silva havia contratado um passeio em um voo panorâmico pela região. "É como alguém que entrega a chave de um veículo a uma pessoa não habilitada e essa pessoa vem a atropelar e matar. Quem entregou responde", afirmou o delegado Manoel Borges.
A Polícia Civil disse que o desempregado, antes do acidente, violentou uma adolescente e tentou matar a mulher. Para o delegado, Silva tinha ideias suicidas no dia do acidente, mas não atirou o avião contra o shopping. No estacionamento, 22 carros foram atingidos.
O instrutor não foi localizado pela Folha nesta sexta-feira. No aeroclube de Luziânia, funcionários disseram à reportagem que ele não trabalha mais no local.
Fonte: Agência Folha - Foto: Weimer Carvalho (EFE)
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