O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o governo vai promover discussões internas para descobrir maneiras de ampliar o uso de aviões da Embraer no Brasil. Lula voltou a afirmar que as demissões feitas pela fabricantes de aeronaves foram causadas pelos cancelamentos de encomendas por clientes internacionais, que formam 90% da carteira da Embraer.
- O desafio é pensar como usar os aviões da Embraer em voos regionais. Não podemos nem nos queixar das empresas (estrangeiras) que cancelaram pedidos, pois as empresas brasileiras não compram aviões da Embraer - disse Lula em São Paulo, lembrando que as aéreas locais utilizam aeronaves Boeing e Airbus.
No último mês, a empresa anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários , o correspondente a cerca de 20% de sua força de trabalho. A medida no entanto está suspensa até quinta-feira por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas.
Reunião com MP termina sem acordo
Na tarde desta segunda-feira, terminou sem acordo a reunião entre representantes da Embraer, do sindicato dos metalúrgicos e do Ministério Público do Trabalho. O procurador Roberto Ribeiro propôs a reintegração dos 4,2 mil funcionários e, na sequência, a abertura de negociação para a redução de gastos. A Embraer, que foi representada por dois advogados, não aceitou a proposta.
- Nossa posição é que a demissão coletiva tem de ser precedida de negociação, o que não aconteceu no caso da Embraer - afirmou Ribeiro.
Como o processo ainda corre na esfera administrativa, ele afirmou que antes de tomar qualquer decisão vai esperar pelo resultado de audiência de conciliação marcada para esta quinta-feira no Tribunal Regional do Trabalho.
Café com o presidente
Mais cedo, em seu programa de rádio "Café com o presidente", Lula admitiu que o desemprego aumentará em fevereiro. Ao comentar o corte de 20% nos postos de trabalho pela Embraer, o presidente avaliou o caso como "uma grande anomalia".
- Chamei a direção da Embraer e disse que eles foram precipitados, que poderiam ter negociado com os trabalhadores. Já tínhamos outras experiências no Brasil em que a negociação é o melhor caminho. Obviamente que vamos trabalhar para ver se a Embraer consegue ter as encomendas, produzir os aviões e vender, porque essa é a certeza de que teremos os postos de trabalho ocupados pelos trabalhadores outra vez.
Apesar das declarações em seu programa, Lula comentou no evento em São Paulo que "as críticas que tinha que fazer" à Embraer já foram feitas à empresa juntamente com o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Miguel Jorge. O presidente fez os comentários após recepção do primeiro-ministro dos Países Baixos, Jan Peter Balkenende, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Fonte: O Globo
- O desafio é pensar como usar os aviões da Embraer em voos regionais. Não podemos nem nos queixar das empresas (estrangeiras) que cancelaram pedidos, pois as empresas brasileiras não compram aviões da Embraer - disse Lula em São Paulo, lembrando que as aéreas locais utilizam aeronaves Boeing e Airbus.
No último mês, a empresa anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários , o correspondente a cerca de 20% de sua força de trabalho. A medida no entanto está suspensa até quinta-feira por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas.
Reunião com MP termina sem acordo
Na tarde desta segunda-feira, terminou sem acordo a reunião entre representantes da Embraer, do sindicato dos metalúrgicos e do Ministério Público do Trabalho. O procurador Roberto Ribeiro propôs a reintegração dos 4,2 mil funcionários e, na sequência, a abertura de negociação para a redução de gastos. A Embraer, que foi representada por dois advogados, não aceitou a proposta.
- Nossa posição é que a demissão coletiva tem de ser precedida de negociação, o que não aconteceu no caso da Embraer - afirmou Ribeiro.
Como o processo ainda corre na esfera administrativa, ele afirmou que antes de tomar qualquer decisão vai esperar pelo resultado de audiência de conciliação marcada para esta quinta-feira no Tribunal Regional do Trabalho.
Café com o presidente
Mais cedo, em seu programa de rádio "Café com o presidente", Lula admitiu que o desemprego aumentará em fevereiro. Ao comentar o corte de 20% nos postos de trabalho pela Embraer, o presidente avaliou o caso como "uma grande anomalia".
- Chamei a direção da Embraer e disse que eles foram precipitados, que poderiam ter negociado com os trabalhadores. Já tínhamos outras experiências no Brasil em que a negociação é o melhor caminho. Obviamente que vamos trabalhar para ver se a Embraer consegue ter as encomendas, produzir os aviões e vender, porque essa é a certeza de que teremos os postos de trabalho ocupados pelos trabalhadores outra vez.
Apesar das declarações em seu programa, Lula comentou no evento em São Paulo que "as críticas que tinha que fazer" à Embraer já foram feitas à empresa juntamente com o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Miguel Jorge. O presidente fez os comentários após recepção do primeiro-ministro dos Países Baixos, Jan Peter Balkenende, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Fonte: O Globo
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