terça-feira, 24 de março de 2009

Não temos risco de liquidez, afirma Gol

Pensando em manter os investimentos no longo prazo, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes anunciou hoje um aumento de capital social de R$ 203 milhões. "Nosso objetivo é o investimento. Não temos nenhum risco de liquidez para cumprir com nossas obrigações financeiras, a empresa está gerando caixa", afirma Leonardo Pereira, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Gol.

A operação ocorrerá mediante a emissão de 26.093.722 ações, sendo 6.606.366 ações ordinárias e 19.487.356 ações preferenciais. O preço foi fixado em R$ 7,80 por ação ordinária e preferencial. De acordo com a empresa, os acionistas detentores de ações ordinárias terão direito de subscrever ações representando 6,140270814% dos papéis. Enquanto as preferenciais 12,999646983%.

O aumento de capital foi anunciado após a companhia informar prejuízo líquido de R$ 687,1 milhões no último trimestre de 2008, ampliando sensivelmente resultado negativo de R$ 6,5 milhões sofrido no mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2008, a Gol sofreu um prejuízo líquido de R$ 1,387 bilhão.

"O fator de maior impacto no prejuízo foi o resultado financeiro negativo que por sua vez foi em função da variação cambial sobre ativos e passivos em dólar", disse Anna Cecilia Bettencourt, diretora financeira da Gol.

Em 31 de dezembro de 2008, a Gol possuía hedges de aproximadamente 7% do consumo de combustível no quarto trimestre de 2008. No mesmo período, a empresa possuía hedge para 20% do consumo de combustível e 13% de suas obrigações em dólar com efeito caixa para 2009.

"O que temos de hedge para 2009 é um pouco mais de 20% e um pouco mais de 10% para 2010", destaca Anna Cecilia Bettencourt.

"Do ponto de vista de liquidez não temos nenhuma ameaça em vista. O fator determinante da nossa revitalização é que nós temos lucro operacional para transportar os passageiros", avalia Leonardo Pereira.

Além disso, em função do atual cenário econômico, a Gol revisou seu crescimento no mercado doméstico, passando de 6% em RPK, para algo em torno de 2% a 4% em 2009.

Outro ponto que a empresa ressaltou é que dificilmente os preços das tarifas aumentem este ano. "A tendência é que os preços no mínimo se mantenham este ano", afirma Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol.

Em relação a operação no Aeroporto Internacional Santos Dumont Rio de Janeiro, a companhia aérea informou que submeteu a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o pedido de operação a partir deste aeroporto para atuar nos prováveis mercados, Brasília, Campinas, Belo Horizonte, Curitiba e Vitória.

'Nosso esforço é para no mínimo três voos por dia para cada mercado, mas Brasília poderá ter até 5 ou 6 por dia. Mas a confirmação da agenda de voos só teremos após a aprovação da Anac', destaca Leonardo Pereira. Quando deliberados, os voos terão início em 22 de abril de 2009.

Fonte: Déborah Costa (InvestNews)

Nenhum comentário: