terça-feira, 16 de setembro de 2008

Depois de 17 dias, corpo de brasileiro morto em Paris chega a São Paulo

Oscar Kodama sofreu uma embolia pulmonar em aeroporto francês.

Ele será velado e enterrado amanhã em Dourados (MS).

Oscar Kodama, que morreu em Paris em 31/8

Passados 17 dias desde a sua morte no aeroporto internacional de Paris, o corpo do paranaense Oscar Kodama chegou a São Paulo na tarde desta terça-feira (16). De lá segue para Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde será velado e enterrado na manhã de quarta-feira.

Natural de Maringá, Kodama viajava para o Japão (com escala em Paris) para trabalhar em uma empreiteira japonesa. No entanto, em 30 de agosto, ao embarcar no vôo Paris-Tóquio da companhia japonesa All Nippon Airways (Ana), ele passou mal e foi retirado do avião para ser atendido.

Kodama passou aquela noite no serviço médico do aeroporto e tentou embarcar novamente no dia seguinte, mas voltou a sentir-se mal. Segundo o jornal "Zero Hora", a polícia foi chamada e Kodama teria sido algemado e interrogado antes de receber atendimento médico. Seu corpo chegou sem vida a um hospital em Paris. Descobriu-se pela autópsia que o brasileiro sofreu uma embolia pulmonar.

'Fim da primeira parte'

Por e-mail, Gustavo Kodama, irmão do meio de Oscar, disse que a chegada do corpo ao Brasil encerra a "primeira parte da tragédia" vivida por sua família.

O irmão mais velho do brasileiro, Vagner Kodama, viajará a Paris para ouvir as partes envolvidas na história. A família havia dito ao G1 que desconfiava que o brasileiro havia sido confundido com um traficante (levando drogas no estômago) e que, por isso, ele teria sido interrogado antes de receber atendimento médico. Depois da viagem de Vagner, os Kodama decidirão se levarão o caso à Justiça.

A companhia áerea japonesa Ana respondeu ao G1 por e-mail que "definitivamente" não suspeitava que Kodama carregava drogas. "Em 31 de agosto, o encontramos deitado no chão perto do balcão de check-in e ele [Kodama] não conseguia ficar de pé. Ligamos mais uma vez ao centro médico e obedecemos à sugestão do médico de contatar a polícia", declarou Atsushi Asano, gerente da Ana em Paris.

A família também se queixou do tratamento recebido das autoridades brasileiras e francesas. O Itamaraty respondeu que acompanhou o caso de perto e que a demora na liberação do corpo aconteceu por causa de trâmites locais sobre os quais não há como influir.

Fonte: G1 - Fonte: Foto: Divulgação

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