O primeiro satélite panafricano de telecomunicações e televisão em direto, RASCOM-1, que teve alguns problemas depois do seu lançamento pelo foguete Ariane a 22 de Dezembro último em Kourou, na Guiana Francesa, foi colocado em órbita segunda-feira, anunciou o construtor, Thales Alenia Space, num comunicado transmitido à PANA.
"O RASCOM 1 foi colocado em órbita a cerca de 36 mil quilômetros de altitude no plano do Equador, na vertical do golfo da Guiné", precisou o construtor do primeiro satélite africano no seu comunicado.
Após uma fuga no sistema de pressurização do seu depósito de combustível, "foram necessários, de acordo com engenheiros da Thales, cerca de quatro semanas para instalar progressivamente o RASCOM 1 com a ajuda dos motores secundários habitualmente utilizados para refinar o posicionamento do satélite".
O salvamento do RASCOM 1 terá consequências na duração de vida deste primeiro satélite panafricano de telecomunicações e televisão em direto.
"Inicialmente previsto para durar 15 anos, o RASCOM 1 que vai, desde esta posição geostacionária, transmitir diversos serviços de telecomunicações do gênero televisão em direto ou ligações na internet para numerosos países africanos, tanto nas zonas rurais como em rotas interurbanas e internacionais, apenas viverá mais do que dois anos", indica o comunicado de Thales Alenia Space.
Lançado com o objetivo de reduzir a fratura numérica entre o Ocidente e África, o satélite RASCOM 1, cuja convenção foi assinada em Março de 2005 por 45 dos 53 países africanos, é visto igualmente como um "meio poderoso de integração política, económica, comercial e cultural".
Fonte: Panapress - Imagem: AP
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