quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola cobra Embraer por quebra de asas do Ipanema


Três casos de quebras de asas do avião agrícola Ipanema, da Embraer, em pouco mais de um mês provocou uma forte reação por parte do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). A entidade aponta “descaso” e enviou nesta semana notificação extrajudicial ao Conselho de Administração e ao Comitê de Auditoria, Riscos e Ética da fabricante de aeronaves.

“Descaso com a vida dos pilotos e com todo o setor aeroagrícola”, assim o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, classificou a postura da Embraer em videoconferência com diretores da fabricante. A série de acidentes ocorridos com o modelo – o mais vendido do Brasil – provocou inclusive a morte de pilotos.

“Vínhamos tentando uma reunião de emergência desde dezembro, em contato direto com diretores da Embraer. Aviões caindo, gente morrendo e a única resposta era de que eles estavam em férias e tratado sobre o assunto mais tarde. Somente depois que acessarmos, via Linkedin, o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, é que se conseguiu o encontro”, desabafa Magalhães.

A notificação extrajudicial demanda que a Embraer se manifeste em até 15 dias sobre as sete propostas apresentadas pelo sindicato aeroagrícola na videoconferência. A lista engloba desde a criação de um canal direto com a fábrica para os operadores de aeronaves Ipanema até um trabalho de engenharia para propor uma solução definitiva para o problema, entre outros pontos.

Com 206 associadas, o Sindag abrange cerca de 90% das empresas aeroagrícolas em atividade no País. O modelo Ipanema é fabricado desde os anos 1970 pela Embraer, está atualmente em sua sétima geração – versões EMB 200 até a EMB 203, e representa mais de 50% da frota aeroagrícola nacional (que é a segunda maior do mundo). Porém, uma nova série de acidentes com indício de perda da asa em pleno voo desde o final de 2021 abalou a confiança do setor no modelo.

Posicionamento oficial da Embraer: “A segurança dos seus produtos é prioridade número um da Embraer e, por isso, vem atuando em absoluta cooperação com as autoridades competentes pela busca das causas que contribuíram para os lamentáveis acidentes envolvendo a aeronave agrícola Ipanema, ocorridos nos últimos três meses.

Esses casos recentes de acidentes ainda estão sob investigação pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) e qualquer conclusão em relação às ocorrências é precipitada, especulativa e desprovida de suporte técnico. Dos casos com processos de investigação concluídos, não foram identificados problemas de projeto.

De forma proativa, a empresa tem reforçado a comunicação preventiva com operadores sobre a importância dos procedimentos de segurança e da realização de manutenção periódica em rede de oficinas homologadas pela ANAC.”

Adolescente de 19 anos se torna mulher mais jovem a fazer voo solo ao redor do mundo

Zara Rutherford aterrissa na Bélgica após voo solo de volta ao mundo
Uma adolescente belga-britânica se tornou a mulher mais jovem a voar sozinha ao redor do mundo nesta quinta-feira e a primeira pessoa a fazê-lo em um avião ultraleve após uma odisseia de cinco meses nos cinco continentes.

Zara Rutherford, de 19 anos, pousou de volta no aeroporto Kortrijk-Wevelgem, na Bélgica, depois de voar 51 mil quilômetros passando sobre 52 países desde sua partida, em 18 de agosto, no avião ultraleve mais rápido do mundo.

Seu avião foi recebido por gritos e aplausos quando parou na pista.

“É muito louco, ainda não processei”, disse Rutherford a repórteres, envolta nas bandeiras britânica e belga, com um largo sorriso.

“Houve momentos incríveis, mas também houve momentos em que temi pela minha vida”, acrescentou, escolhendo Nova York e um vulcão ativo na Islândia como seus sobrevoos favoritos.

Depois da América do Norte e do Sul, Rutherford ficou presa por um mês no Alasca por causa do clima e atrasos nos vistos. Uma tempestade de inverno forçou outra longa parada no extremo leste da Rússia, antes de viajar para o sul da Ásia, Oriente Médio e retornar a Europa.

Zara Rutherford pousa sua aeronave ultraleve Shark no aeroporto Kortrijk-Wevelgem, na Bélgica
Para atender aos critérios de um voo ao redor do mundo, Rutherford tocou dois pontos opostos um ao outro no globo: Jambi, na Indonésia, e Tumaco, na Colômbia.

Ela tirou o recorde da norte-americana nascida no Afeganistão Shaesta Wais, que em 2017, aos 30 anos, se tornou a mulher mais jovem a fazer um voo solo ao redor do mundo.

Rutherford também se tornou a primeira belga a circunavegar o mundo sozinha em um avião monomotor. Ela sonha em ser astronauta e espera que sua viagem incentive as mulheres na ciência, tecnologia e aviação.

“Os meninos aprendem por meio de brinquedos, nomes de ruas, aulas de história e filmes que podem ser cientistas, astronautas, CEOs ou presidentes”, disse ela em seu site.

“As meninas são muitas vezes encorajadas a serem bonitas, gentis, prestativas e doces. Com meu voo, quero mostrar às jovens que elas podem ser ousadas, ambiciosas e realizar seus sonhos.”


Reportagem de Francesco Guarascio e John Chalmers em Bruxelas para IstoÉ

Youtuber acusado de saltar e derrubar avião de propósito para ganhar views está sendo investigado


A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre um youtuber que postou um vídeo em que ele salta de paraquedas de um avião enquanto filma a aeronave até ela cair. Trevor Jacob tem sido alvo de críticas por supostamente ter planejado o incidente, derrubando de propósito o veículo.

Nas cenas, o youtuber pilotava um Taylorcraft BL64 que tinha acabado de comprar e que aparentava estar em um estado de “degradação”, precisando de manutenção. Jacob, que é ex-snowboarder olímpico, sobrevoava as colinas da Floresta Nacional de Los Padres, Califórnia, e dizia que estava indo participar de algumas aventuras gerais, como parapente e snowboard.

O youtuber também mencionou que estaria espalhando as cinzas de seu amigo Johnny Strange durante o voo. Strange morreu em 2015, em um acidente de wingsuit, e Jacob explicou que o amigo amava as montanhas de Sierra Nevada.

Enquanto voava, o motor do Taylorcraft supostamente perdeu potência, parou e não pôde ser reiniciado. Jacob então pulou, filmando todo o momento (o avião também estava equipado com câmeras ao longo do corpo, que gravaram as cenas até o momento da queda em uma área isolada).


O rapaz continuou a filmar a si mesmo enquanto descia e disse: “É por isso que eu sempre voo de paraquedas”. Já em solo, o youtuber caminhou até os destroços do avião, filmando as ferragens, e seguiu até o dia escurecer e aparecer alguém que o ajudou.

Até esta manhã de quinta-feira (20/01), o vídeo (postado em 24 de dezembro do ano passado), já contava com mais de um milhão de visualizações e 12 mil curtidas, com os comentários desativados. O site The Drive registrou que, antes da desativação, havia mais de 5 mil comentários, muitos dos quais tratando o acidente como sendo encenado.

O The Drive também apontou sobre as falas de Jacob sempre usar um paraquedas. Isso porque vários youtubers (que revisaram o número limitado de vídeos de voo que o rapaz postou) não conseguiram localizar outro vídeo dele usando um paraquedas ao voar (muito menos um paraquedas esportivo como o que foi usado no vídeo de novembro).

Outro questionamento vem de que muitos pilotos de pequenas aeronaves da aviação geral não voam com paraquedas, pois o espaço da cabine é muito limitado. No entanto, para suavizar o lado de Jacob, o youtuber pode ser visto usando o mesmo arreio em uma foto de setembro, no Instagram.

Há apontamentos estranhando o que parecia ser dois extintores de incêndio amarrados em suas pernas quando ele pulou do avião. Outros elementos estranhos observados no vídeo são uma válvula seletora de combustível desconectada e a câmera voltada para o instrumento sendo desligada pouco antes do problema do motor ocorrer.

A FAA é considerada muito minuciosa em ocorrências como essa. Seu relatório, possivelmente, estará pronto em um ano ou mais. Será quando a agência norte-americana terá decidido se o youtuber mostrou intenção de violar as leis e os regulamentos federais norte-americanos de aviação ou não.

Mulher expulsa de avião por tirar máscara para beber água processa companhia aérea

Passageira de 68 anos supostamente bebia água constantemente devido a uma condição médica documentada. Na ação, viajante pede US$ 10 milhões.


A Southwest Airlines foi processada em 10 milhões de dólares nesta terça-feira por uma mulher de 68 anos da Flórida que disse que a transportadora a expulsou de um voo porque ela precisava periodicamente remover sua máscara para beber água.

Medora Clai Reading disse que foi erroneamente removida de um voo de 7 de janeiro de 2021 para Palm Beach, Flórida, de Washington, DC, depois que uma comissária de bordo hostil continuou exigindo que ela mantivesse sua máscara apesar de problemas médicos, incluindo uma condição cardíaca e baixa açúcar no sangue, exigindo que ela se mantenha hidratada.

A Southwest não fez comentários imediatos, ainda não analisando a reclamação, informou a Reuters.

O processo de Reading no tribunal federal do Brooklyn difere das disputas focadas em viajantes que não estão dispostos a usar máscaras.

A Administração Federal de Aviação disse que as tripulações das companhias aéreas em 2021 enviaram 5.981 relatórios de passageiros indisciplinados, incluindo 4.290 incidentes relacionados a máscaras.

Em sua reclamação, Reading disse que ela se ofereceu para mostrar ao atendente seu cartão de isenção médica, mas foi informada: "não nos importamos", e que o atendente se opôs a ela beber água mais tarde gritando: "Você estava falando!"


Reading disse que um atendente do portão acabou ordenando que ela saísse do voo, pois um piloto desmascarado "riu zombeteiramente" enquanto ela saía em lágrimas.

Ela disse que uma policial próxima a ajudou a pegar uma cadeira e ofereceu água, enquanto comentava que ocorrências semelhantes estavam "ocorrendo com muita frequência" e "geralmente é na Southwest".

Kristina Heuser, advogada de Reading, em entrevista disse que um "avião cheio de testemunhas" viu o encontro, e alguns podem tê-lo gravado em vídeo.

Heuser disse que a conduta "hostil e abusiva" da Southwest reflete uma "insanidade da COVID" que não deve substituir as leis federais que protegem pessoas com deficiências médicas.

O processo de Reading alega violações da Lei Federal de Acesso a Portadores Aéreos e várias leis de direitos civis.

A comissária de bordo, dois funcionários do portão e o piloto, nenhum dos quais identificado pelo nome, também são réus. O caso é Reading versus Southwest Airlines Co e outros, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Leste de Nova York, nº 22-00265.

Por Luiz Fara Monteiro (R7) / Daily Mail

Vídeo: Avião decola em rodovia do interior de SP após pouso forçado

Um dia após apresentar problemas mecânicos na SP-333, em Marília (SP), monomotor usou a mesma pista ainda obras de duplicação para retornar a Presidente Prudente; ao lado, pista aberta para o tráfego não precisou ser interditada e decolagem aconteceu ‘ao lado’ de caminhão-tanque.

Avião decola em rodovia do interior de SP após pouso forçado (Foto: Reprodução/Polícia Rodoviária)
O avião monomotor Cessna 172RG, prefixo PT-WDY, que fez um pouso forçado na Rodovia Rachid Rayes (SP-333) na tarde da última segunda-feira (17), em Marília (SP), decolou da mesma pista na manhã do dia seguinte para retornar a Presidente Prudente (SP), onde mora o piloto e dono da aeronave.

Imagens gravadas pela Polícia Rodoviária mostram a decolagem feita na pista que está em obras de duplicação, e ainda fechada ao tráfego, mas que fica ao lado da pista em operação e que estava com trânsito liberado. Por isso, o avião decolou “ao lado” de um caminhão-tanque que passava pelo local.


Segundo informações da Polícia Rodoviária, esse tipo de operação não exige autorizações especiais dos órgãos de aviação e pode ser feita por conta do piloto. Além disso, segundo a polícia, a decolagem não oferecia riscos na rodovia.

Após decolar, o avião fez uma parada no aeroporto de Marília, reabasteceu, e seguiu viagem para Presidente Prudente.


Na segunda-feira, o avião seguia de Presidente Prudente para São Paulo quando apresentou problemas mecânicos. O monomotor era ocupado pelo piloto e dono da aeronave e sua esposa, sendo que nenhum deles ficou ferido.

O piloto precisou fazer um pouso de emergência e conseguiu descer com a aeronave no trecho que está sendo duplicado da SP-333, no quilômetro 346, ainda fechado ao tráfego, evitando o risco de atingir outros veículos.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave Cessna Aircraft, de matrícula PT-WDY, está registrada em nome de uma administradora nacional de consórcios.

O avião não tem autorização para operar como táxi aéreo, mas está com Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) dentro do prazo de validade.

Via g1

Avião retorna a aeroporto nos EUA após passageiro se recusar a usar máscara em voo internacional

Voo da American Airlines ia de Miami para Londres e precisou retroceder uma hora após a decolagem, segundo estimativa do site Flightradar24.


Um avião precisou retornar ao aeroporto nos Estados Unidos após um passageiro se recusar a usar máscara durante um voo internacional, informou a companhia aérea nesta quinta-feira (20).

O voo 38 da American Airlines (AA) ia de Miami para Londres na noite de quarta-feira (19), mas precisou retroceder uma hora após a decolagem, segundo estimou o site Flightradar24.

A companhia aérea informou, por meio de um comunicado, que "um cliente causou problemas ao se recusar a cumprir com uma ordem federal sobre o uso de máscaras".

De acordo com a AA, o avião retornou ao aeroporto de partida, e as autoridades locais entraram na aeronave para acompanhar a situação.

"Agradecemos nossa equipe por seu profissionalismo e pedimos desculpas aos nossos clientes pelo inconveniente”, disse a companhia em nota.

O g1 entrou em contato com polícia do condado de Miami-Dade, responsável pela segurança da área do aeroporto internacional de Miami, pedindo mais informações sobre o caso. Até a última atualização desta reportagem, as autoridades locais não haviam se pronunciado sobre o incidente.

Via g1

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Avião da Polícia Militar de Minas Gerais se acidenta durante o pouso no Aeroporto da Pampulha

Na tarde desta quarta-feira (19), a aeronave Beechcraft C90A King Air, prefixo PR-OSO, da Polícia Militar de Minas Gerais, se acidentou ao pousar no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O incidente, que ocorreu por volta das 17h, interditou a pista.

Segundo a Infraero, a aeronave de matrícula PT-OSO, estava fazendo um voo de manutenção e tinha quatro pessoas a bordo. Ninguém ficou ferido, mas o avião sofreu danos.

Em nota, enviada hoje, a Infraero informou que a pista foi liberada às 20h33. A causa do incidente não foi informada e, segundo a agência, um voo teve que alterar o trajeto para o Aeroporto de Confins. 

A aeronave foi fabricada em 1981 e é do modelo King Air C90. Ele possui dois motores turboélice e capacidade máxima para sete pessoas. Segundo registros na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião está em situação normal de aeronavegabilidade e tem certificado válido até agosto deste ano.

Via Amigos do Porta de Hangar, UOL e site Desastres Aéreos

Avião bimotor tem problema mecânico e se acidenta ao tentar pouso de emergência em Curitiba (PR)


Um avião com problemas no motor precisou fazer um pouso forçado no Aeroporto Bacacheri, em Curitiba, nesta quarta-feira (19). O bimotor Beechcraft 58 Baron, prefixo PR-JGV, da empresa Pajoara Indústria e Comércioteve um problema mecânico e chegou a bater em um barranco. Por sorte, os três ocupantes da aeronave escaparam ilesos do acidente.

Veja o momento em que o avião se aproxima do aeroporto para tentar o pouso de emergência:


Conforme foi apurado no local, a aeronave saiu de Campo Grande (MS) e teria sofrido problema em um dos motores. O avião começou a voar baixo, atravessou a pista e só parou quando colidiu no barranco.


Equipe de socorristas de uma empresa de táxi aéreo prestou os primeiros atendimentos aos ocupantes do bimotor e todos foram liberados ainda no local.

Via Massa News, XVCuritiba e Site Desastres Aéreos

Helicóptero cai na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC)

Ao menos três pessoas estavam no helicóptero no momento da queda. Vítimas eram turistas e tiveram ferimentos leves, segundo Corpo de Bombeiros.

De acordo com a Guarda Municipal, nenhum banhista foi ferido (Foto: Vera Debastiani)
O helicóptero Robinson R44 Raven II, prefixo PR-NEW, da Icaraí Taxi Aéreo, caiu no mar na praia de Canasvieiras, um dos principais destinos turísticos de Florianópolis, no fim da tarde desta quarta-feira (19).


Três pessoas estavam no helicóptero e tiveram ferimentos leves, segundo informações da Guarda Municipal, que atende a ocorrência. O acidente ocorreu pouco depois das 17h. Apesar da queda ter ocorrido próximo à faixa de areia, nenhum banhista foi atingido.


As vítimas, segundo o 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar Roberto Rosa Machado, eram turistas e tiveram ferimentos leves. Elas foram transportadas para as unidades de pronto atendimento próximas.

Ainda, segundo o tenente, as primeiras informações são de que "o piloto conseguiu pousar o helicóptero em relativa segurança".

Aeronave sobrevoava praia de Canasvieiras, Norte da Ilha de SC, quando caiu no mar
(Foto: Joice Ferrari da Costa/Divulgação)
A aeronave fazia turismo e táxi aéreo. A reportagem não conseguiu contato com a empresa até a última atualização desta matéria. Segundo portaria da Agência Nacional de Aviação (Anac), o helicóptero estava com as licenças em dia.

Via g1, Metrópoles, CNN Brasil e Site Desastres Aéreos

Aconteceu em 19 de janeiro de 2017 - Queda de avião em Paraty (RJ) mata ministro do STF Teori Zavascki


Às 13h01 do dia 19 de janeiro de 2017, o bimotor Beechcraft King Air C90GT, prefixo PR-SOM, da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com o piloto Osmar Rodrigues e quatro passageiros a bordo, sendo eles o ministro do STF Teori Zavascki, Carlos Alberto Filgueiras, dono do avião, Maíra Panas, massoterapeuta e sua mãe Maria Hilda Panas.

O Beechcraft King Air C90GT envolvido no acidente
Meia-hora depois o avião não chegou até Paraty (RJ), seu destino. O aeroporto de Paraty teria dado a permissão para o pouso da aeronave.

De acordo com os regulamentos de tráfego aéreo brasileiro, o pouso visual só pode ser feito com uma visibilidade horizontal mínima de 5 km e teto de 300 metros. Se as condições do tempo estiverem pior do que esse mínimo, os pousos não podem ser feitos. 


No caso do aeroporto de Paraty, no entanto, não é possível determinar com precisão quais eram as condições de teto e visibilidade no momento do acidente. O aeroporto não tem torre de controle, tampouco uma estação meteorológica. Nesse caso, a decisão sobre se há condições ou não para o pouso cabe ao piloto do avião.

Durante a segunda tentativa de aproximação para pouso no aeródromo de Paraty, a aeronave adentrou uma região sob condições meteorológicas de visibilidade restrita, que levaram o piloto a perder contato visual com as referências do terreno, acarretando a perda de controle e o impacto da aeronave contra a água nas proximidades da Ilha Rasa.

Chovia na hora do acidente. Segundo o Clima Tempo, uma chuva moderada. Entre as 13h e 14h, foram 11 milímetros de precipitação. Ainda de acordo com o Clima Tempo, não havia registro de vento forte. A Marinha soube do acidente às 13h45.


A aeronave ficou destruída. O piloto e os quatro passageiros faleceram.


A aeronave teve a asa direita arrancada na altura da nacele do motor e o cone de cauda seccionado na altura do bordo de ataque dos estabilizadores horizontais. A ponta da asa esquerda teve uma deformação significativa para baixo e para trás, em cerca de 2,90m.

Ilustração do alcance visual do piloto (estimado em 1.500m), em relação à trajetória da
aeronave (aeronave fora de escala)
Ambos os motores se desprenderam das asas. A seção dianteira da fuselagem permaneceu relativamente preservada, com enrugamentos nas laterais e um amassamento significativo na parte superior da cabine de pilotagem. Os danos de rasgamento observados na lateral esquerda da fuselagem decorreram da ação de resgate dos corpos das vítimas.


O presidente Michel Temer manifestou pesar pela morte do ministro e decretou luto oficial de três dias. Além do presidente, políticos e juristas lamentaram a morte de Teori, dentre eles os ex-presidentes Dilma Rousseff, Lula, José Sarney; a ministra Cármen Lúcia, ex-presidente do STF, e os ministros e ex-ministros da Corte; associações de magistrados, procuradores e delegados da Polícia Federal; Ordem dos Advogados do Brasil; e muitos líderes e partidos políticos. A morte do ministro também teve repercussão nos principais veículos da imprensa internacional.


O corpo foi liberado pelo IML um dia após do acidente e transportado para o Rio de Janeiro para embalsamamento. O velório aconteceu no plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, e sepultamento ocorreu às 18h45 no cemitério Jardim da Paz, na zona leste da capital gaúcha.


O Relatório Final do acidente apontou as seguintes conclusões: 

3.1.Fatos.

a) o piloto estava com o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válido; 

b) o piloto estava com as habilitações técnicas de classe avião multimotor terrestre (MLTE) e de voo por instrumentos (IFR) válidas; 

c) o piloto estava qualificado e possuía experiência no tipo de voo;
 
d) a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido;
 
e) a escrituração das cadernetas de célula, motores e hélices estava atualizada;
 
f) não se evidenciou qualquer condição de falha ou mau funcionamento de sistemas e/ou de componentes da aeronave que pudesse ter afetado o desempenho ou o controle em voo;
 
g) não se evidenciaram alterações de ordem médica, no período anterior ao acidente, que pudessem ter afetado o desempenho do piloto em voo;
 
h) a cultura presente, à época, valorizava os pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas;
 
i) houve um atraso de uma hora e trinta minutos na decolagem devido à demora na chegada de um dos passageiros, fato este que incomodou o operador;
 
j) as informações meteorológicas, observadas antes do horário de decolagem, indicavam condições favoráveis ao voo visual, com possibilidade de degradação por chuva contínua e a presença de TCU na região de Paraty, RJ;
 
k) não houve anormalidades durante a decolagem, subida, voo em rota e descida da aeronave;
 
l) o aeródromo de SDTK permitia, exclusivamente, operações sob regras de voo VFR;
 
m) na primeira tentativa de aproximação, o trem de pouso foi baixado e houve um aumento significativo da razão de descida, seguido de um alerta de Sink Rate;
 
n) a primeira tentativa de aproximação foi cancelada e o piloto informou que iria aguardar a passagem da chuva e a melhoria da visibilidade;
 
o) havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty;
 
p) a visibilidade horizontal, registrada por uma câmera de segurança, localizada em um heliponto da Baía de Paraty, equivalia a 1.500m;
 
q) havia indicações de que o piloto estava tenso durante as tentativas de aproximação;
 
r) cerca de dois minutos e dez segundos após o recolhimento do trem de pouso, na primeira tentativa de aproximação, a aeronave iniciou nova tentativa;
 
s) o campo visual do piloto estava restrito e com poucas referências visuais do solo que pudessem permitir a sua correta orientação; 
 
t) as condições de voo encontradas pelo piloto favoreciam à ocorrência de ilusão vestibular por excesso de “G” e de ilusão visual de terreno homogêneo;
 
u) houve a perda de controle e a aeronave impactou contra a água, com grande ângulo de inclinação das asas;
 
v) a aeronave ficou destruída; e
 
w) todos os ocupantes sofreram lesões fatais.


3.2.Fatores contribuintes.

- Características da tarefa - indeterminado.

As operações em Paraty, RJ, demandavam que os pilotos se adaptassem à rotina dos operadores, o que era característico da aviação executiva. Além disso, entre os operadores, possivelmente por desconhecimento dos requisitos mínimos de operação em SDTK, perdurava o reconhecimento e a valorização dos pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas. 

Embora não houvesse indícios de pressão externa por parte do operador, essas características presentes na operação em Paraty, RJ, podem ter favorecido a pressão autoimposta por parte do piloto, levando-o a operar com margens reduzidas de segurança.
- Condições meteorológicas adversas - contribuiu.

No momento do impacto da aeronave, havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty, e a visibilidade horizontal era de 1.500m. Tal visibilidade horizontal estava abaixo da mínima requerida para operações de pouso e decolagem sob VFR.

Uma vez que o aeródromo de SDTK permitia, unicamente, operações sob regras de voo VFR, as condições meteorológicas se mostraram impeditivas para a operação dentro dos limites mínimos de segurança requeridos.

- Cultura do grupo de trabalho - contribuiu.

Entre os membros do grupo de pilotos que realizava voos rotineiros para a região de Paraty, RJ, havia uma cultura de reconhecimento e valorização daqueles que operavam sob condições adversas, em detrimento dos requisitos estabelecidos para a operação VFR. Esses valores compartilhados promoveram a adesão a práticas informais e interferiram na percepção e na adequada análise dos riscos presentes na operação em SDTK.

- Desorientação - indeterminado.

As condições de baixa visibilidade, de curva à baixa altura sobre a água, somadas ao estresse do piloto e, ainda, às condições dos destroços, os quais não evidenciaram qualquer falha que pudesse ter comprometido o desempenho e/ou a controlabilidade da aeronave, indicam que o piloto muito provavelmente teve uma desorientação espacial que acarretou a perda de controle da aeronave. 

- Estado emocional - indeterminado.

Por meio da análise dos parâmetros de voz, fala e linguagem, foram identificadas variações no estado emocional do piloto que evidenciaram indícios de estresse nos momentos finais do voo. O elevado nível de ansiedade do piloto pode ter influenciado a sua decisão de realizar nova tentativa de aproximação para o pouso, sob condições meteorológicas adversas, e ter contribuído para a sua desorientação.

- Ilusões - indeterminado.

As condições de voo enfrentadas pelo piloto favoreceram a ocorrência da ilusão vestibular por excesso de “G” e da ilusão visual de terreno homogêneo. Tais ilusões provavelmente tiveram, como consequência, a sensação do piloto de que o ângulo de inclinação estava se reduzindo e de que ele se encontrava em uma altura acima da real.
 
Essas sensações podem ter levado o piloto a tentar corrigir, equivocadamente, as condições as quais estava experimentando. Assim, a grande inclinação de asas e o movimento em descida, observados no momento do impacto da aeronave, provavelmente são consequência dos fenômenos das ilusões.

- Processo decisório - contribuiu.

As condições meteorológicas presentes em SDTK resultaram em restrições de visibilidade que eram impeditivas ao voo sob regras VFR. Nesse contexto, a realização de duas tentativas de aproximação para o pouso denotou uma inadequada avaliação sobre as condições mínimas requeridas para a operação no aeródromo.


Sobre Teori Zavascki



Teori tomara posse em 29 de novembro de 2012 na Suprema Corte para assumir a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Antes, cumpriu uma trajetória brilhante no Superior Tribunal de Justiça, entre 2003 e 2012, e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, o qual presidiu no biênio de 2001 a 2003.

Sua carreira jurídica e acadêmica foi construída no Rio Grande do sul, embora fosse natural de Faxinal dos Guedes, Santa Catarina, nascido a 15 de agosto de 1948. Teori era viúvo, pai de três filhos e gremista apaixonado, clube no qual atuou como conselheiro.

No STF, foi o relator de um dos casos mais complexos e notórios do Tribunal, os processos da operação "lava jato", mas não foram só eles. Segundo dados apresentados na memória jurisprudencial do ministro Teori Zavascki, entre 2013 e 2016 ele julgou como relator 2.203 casos no STF.

Mas surgiram ainda 60 casos de 2017 a 2019 que estavam sob sua relatoria, sobre os quais já havia proferido voto, que foram julgados após a sua morte. Com isso foi um total de 2.263 casos julgados no Supremo Tribunal Federal.

Toda a trajetória do ministro Teori Zavascki, desde os tempos em que começou como advogado, trabalhou e dedicou grande parte da vida ao magistério e à magistratura até sua precoce morte, em 19 de janeiro de 2017.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com g1, Estadão, Folha de S.Paulo, Wikipedia.

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Bristow 56C - Helicóptero ao Mar

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1995: Bristow Helicopters voo 56 - Helicóptero ao Mar

O voo 56C da Bristow Helicopters foi um voo de helicóptero que voou entre Aberdeen, na Escócia, e a plataforma de petróleo Brae Alpha no Mar do Norte.


Em 19 de janeiro de 1995, o helicóptero AS 332L Super Puma, prefixo G-TIGK, da Bristow Helicoptersdenominado 'Cullen' (foto acima), foi atingido por um raio. 

O voo transportava 16 trabalhadores do petróleo de Aberdeen para uma plataforma de petróleo no campo de petróleo de Brae . Todas as 18 pessoas a bordo sobreviveram.

O comandante do voo foi Cedric Roberts (44). Ele estava com a Bristow Helicopters Ltd desde 1974. Ele era um piloto muito experiente, com mais de 9.600 horas de voo em seu currículo. O primeiro oficial foi Lionel Sole (39). Sole trabalhava na Bristow Helicopters Ltd desde 1990. Ele tinha mais de 3.100 horas de voo em seu crédito.

O voo de Aberdeen para a plataforma OIl é de 200 quilômetros, o que levaria cerca de 1 hora. No caminho para a plataforma de petróleo, os pilotos notaram algo - embora a previsão fosse de céu claro, nuvens começaram a se formar ao redor da rota de voo do Super Puma, sugerindo uma tempestade. 

Por sua vez, os pilotos quiseram voar mais alto para evitar uma tempestade, mas as nuvens se estenderam ao redor da rota de voo do helicóptero, principalmente devido ao clima imprevisível do Mar do Norte. 

Cerca de 1 hora após a partida, o Super Puma estava se aproximando da plataforma de petróleo Brae Alpha, mas o tempo piorou - nuvens cumulonimbus começam a se formar, o que significava que eles estavam se dirigindo para uma tempestade potencialmente violenta. Apesar disso, o Super Puma foi projetado para resistir a quedas de raios normalmente.

Porém, o helicóptero de repente foi recebido por um granizo leve. Apesar de não representar uma ameaça, sem aviso, o Super Puma foi repentinamente atingido por um raio e começou a tremer. 

Por sua vez, os pilotos começaram a descer enquanto o helicóptero vibrava. Os pilotos também transmitiram uma chamada de socorro, dizendo que foram atingidos por um raio. 

Isso foi ouvido por outro Super Puma da Bristow Helicopters, junto com um navio, o Grampian Freedom. 

O helicóptero continuou voando com dificuldade em direção a Brae Alpha, e logo, quando os pilotos verificam os controles, um grande estrondo foi ouvido e o Super Puma sacudiu violentamente e começou a girar fora de controle. 


Os pilotos percebem os graves danos causados ​​pelo raio ao rotor de cauda . Embora o helicóptero tenha conseguido se sustentar por mais alguns minutos, o rotor de cauda finalmente falhou completamente e o piloto foi forçado a realizar uma autorrotação de emergência no mar agitado. 


O bote salva-vidas, destinado apenas a 14, ficou sobrecarregado com todos os ocupantes a bordo, e os passageiros. Com pressa para evacuar a aeronave que afundava, esqueceram de trazer a sinalização de socorro. 

Além dos problemas de montagem, a porta do helicóptero perfurou o bote salva-vidas. Apesar do mar agitado, cerca de 1 hora após o desembarque na água, todos os 18 ocupantes foram então localizados por outro Super Puma da Bristow Helicopters 

O navio Grampian Freedom que resgatou os tripulantes do helicóptero
Apesar das ondas altas e do mau tempo, todas as pessoas a bordo do voo foram resgatadas pelo navio Grampian Freedom.

O relâmpago foi isolado na tempestade e pode ter sido induzido pelo helicóptero voando pela nuvem. 


A investigação do acidente também revelou problemas potenciais com o material composto com design de tira de latão dos rotores, o que tornava as pás do rotor sujeitas a explosão e danos causados ​​por raios.

O helicóptero acidentado após ser retirado do mar
Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e live.warthunder.com)

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Trans Colorado 2286 - Aproximação Perigosa

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1988: Voo 2286 da Trans-Colorado Airlines- Piloto sob efeito de cocaína

No dia 19 de janeiro de 1988, o voo 2286 da Trans-Colorado Airlines estava em aproximação final a Durango, no Colorado (EUA), quando atingiu uma encosta coberta de neve, matando 9 dos 17 passageiros e a tripulação. 

Os sobreviventes foram obrigados a buscar ajuda por conta própria, à noite com mais de um metro de neve no chão. 

Mas a parte mais dramática da história ainda estava para ser contada. Em uma descoberta que inquietou a indústria da aviação, a investigação chegou à perturbadora conclusão de que o primeiro oficial era perigosamente incompetente e o capitão estava sob a influência de cocaína.

A história incomum do voo Trans-Colorado 2286 começa na noite anterior na casa do capitão Stephen Silver. Depois de jantar com os pais, ele não foi dormir, preparando-se para o turno do dia seguinte, que começaria ao meio-dia.

Em vez disso, ele saiu com sua noiva, e os dois passaram a noite usando cocaína. Embora não se saiba quando o capitão Silver foi dormir, ou se ele mesmo dormiu, estava claro que ele estava muito cansado e ainda sentindo os efeitos de sua aventura noturna quando se apresentou ao trabalho na manhã seguinte.

O capitão Silver foi emparelhado com o primeiro oficial Ralph Harvey em quatro voos programados para aquele dia. 

O capitão Silver registrava 4.184 horas de experiência de voo, incluindo 3.028 horas no Metro III. O primeiro oficial Harvey tinha 8.500 horas de voo, com 305 delas no Metro III.

Um Swearingen SA227-AC Metro III similiar ao acidentado
Sua aeronave, o turboélice Swearingen SA227-AC Metro III, prefixo N68TC, pertencente à Trans-Colorado Airlines e operando voos de conexão para a Continental Express, acomodava apenas 19 pessoas e não tinha espaço para um comissário. 

Os primeiros dois voos do dia, de Denver, Colorado a Laramie, Wyoming e depois de Laramie de volta a Denver, passaram sem incidentes, apesar da quantidade significativa de neve em todas as Montanhas Rochosas. Os próximos dois voos formariam um salto de ida e volta semelhante entre Denver e a cidade de Durango, no sudoeste do Colorado. 

O voo 2286 saiu de Denver atrasado devido ao clima. Isso não caiu bem para o capitão Silver, que era conhecido por sua habilidade de ganhar tempo e manter os aviões dentro do cronograma.

A maior parte da hora de voo transcorreu normalmente, até chegar a hora da descida para Durango. Na época, o primeiro oficial Harvey estava no controle. 

O controle de tráfego aéreo deu ao Capitão Silver duas opções de abordagem: uma abordagem guiada do sudoeste usando o Sistema de pouso por instrumentos, ou uma abordagem de não precisão (manual) do nordeste. 

Como dar uma volta para o sudoeste adicionaria dez minutos ao voo, o Capitão Silver escolheu a abordagem de não precisão.

No entanto, Harvey foi seriamente desafiado quando se tratava de gerenciar abordagens de alta tensão e tinha habilidade manual de voo muito pobre em condições apenas de instrumentos. Na verdade, ele havia perdido a promoção a capitão por causa desses problemas e recentemente falhou em um teste de proficiência de voo por instrumentos.

Lutando para lidar com a difícil aproximação em baixa visibilidade e com um forte vento de cauda, ​​o primeiro oficial Harvey começou a descer tarde demais - quando deveriam estar a 10.400 pés, o avião ainda estava a 14.000. 

Para compensar, ele iniciou uma descida íngreme em direção a Durango, mas compensou, enviando o avião a mais de 3.000 pés por minuto - mais de três vezes a taxa de descida normal. 

Harvey, que era conhecido por fazer um péssimo trabalho de escaneamento de seus instrumentos, não percebeu que estava voando em uma abordagem que faria o avião cair antes do aeroporto. 

O capitão Silver deveria ter notado facilmente a alta taxa de descida - na verdade, era seu trabalho como piloto não voador monitorar os instrumentos e ficar de olho no voo de Harvey. 

Mas o Capitão Silver estava passando por abstinência de cocaína, causando fadiga severa, incapacidade de foco e má percepção. Sem condições de voar (ou mesmo monitorar) uma abordagem tão difícil, ele também não percebeu que seu primeiro oficial estava prestes a pousar o avião no solo.

Como o Metroliner não tinha sistema de alerta de proximidade do solo, os pilotos só perceberam que estavam em perigo quando uma crista de floresta apareceu na frente deles. 

Eles tentaram tomar uma atitude evasiva, mas era tarde demais. O voo 2286 atingiu árvores, cortando uma asa e rolou para o telhado. O avião rolou várias vezes e deslizou de cabeça para baixo em seu telhado através da neve, finalmente parando em uma encosta íngreme.

O violento acidente matou instantaneamente 6 dos 17 passageiros e tripulantes, incluindo o capitão Silver e o primeiro oficial Harvey.

O avião caiu em um cume 10 km (seis milhas) a nordeste do aeroporto e cerca de 0,8 km (meia milha) da US Highway 160, a infraestrutura mais próxima de qualquer tipo.

Um sobrevivente saiu sozinho e conseguiu localizar uma casa solitária cerca de uma hora após o acidente. O residente ligou para os serviços de emergência imediatamente, confirmando os relatórios anteriores do controle de tráfego aéreo sobre o desaparecimento da aeronave. 

Enquanto isso, mais cinco sobreviventes, incluindo uma criança de 2 anos, seguiram para o norte e sinalizaram para um caminhoneiro na rodovia 160. Um caminhoneiro transportou os sobreviventes até que eles encontrassem os serviços de emergência. 

O local do acidente em si só foi localizado três horas após o acidente, e demorou mais 48 minutos para que os primeiros socorros chegassem. Dois sobreviventes presos nos destroços morreram durante o resgate e outro morreu no hospital no dia seguinte,

Os investigadores enfrentaram uma tarefa extremamente difícil. Não só os dois pilotos estavam mortos, mas seu avião não tinha nenhuma caixa preta, porque aviões tão pequenos como o Fairchild Metroliner não eram obrigados a tê-los em 1988. 

Ainda assim, usando dados de radar e registros de treinamento de funcionários, eles foram capazes de deduzir como o primeiro oficial voou com o avião até o solo. 

Mas a descoberta final não veio até que um membro do público contatasse a investigação para relatar o uso de cocaína do Capitão Silver. O interlocutor, um colega piloto, afirmou ter falado com a noiva de Silver, que admitiu ter “feito um saco de cocaína” na noite anterior ao acidente. 

Os investigadores nunca conseguiram entrevistar a noiva, que negou toda a história, mas os patologistas encontraram quantidades significativas de cocaína e seus metabólitos no sangue do capitão Silver.

A investigação levou a mudanças na indústria da aviação que superaram em muito a magnitude relativamente pequena do acidente. 

Primeiro, testes de drogas mais rigorosos foram introduzidos para os pilotos. Alguns testes de drogas foram feitos anteriormente, mas não com frequência suficiente para detectar o uso de drogas de maneira confiável, e a maioria da indústria e do público voador presumiram que os pilotos estavam sempre limpos. 

Após a queda do voo 2286, isso não era mais dado como certo. Além disso, pequenos aviões comerciais como o Metroliner eram obrigados a ter gravadores de voo de caixa preta e um sistema de alerta de proximidade do solo, características-chave de aviões maiores que faltavam no voo 2286. Ao todo, essas mudanças contribuíram muito para tornar a aviação mais segura.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com Admiral Cloudberg, ASN, Wikipedia e baaa-acro.com

Aconteceu em 19 de janeiro de 1960: Voo 871 da Scandinavian Airlines System - Erro na aproximação final

O voo 871 da Scandinavian Airlines System era um voo programado de Copenhagen, na Dinamarca, para a capital egípcia do Cairo, com várias escalas intermediárias. 

Em 19 de janeiro de 1960, o Sud Aviation SE-210 Caravelle I, prefixo OY-KRB, da SAS - Scandinavian Airlines System (foto acima), que voava o serviço caiu durante a operação de um trecho entre o Aeroporto Yeşilköy e o Aeroporto Internacional Esenboğa, na Turquia. 

O voo 871 decolou de Copenhagen-Kastrup às 09h44 UTC. A aeronave já havia parado em Düsseldorf, na Alemanha, e em Viena, na Áustria, antes de chegar a Istambul às 17h20 UTC, onde uma nova tripulação embarcou na aeronave para operar o restante do voo.

Ele partiu do Aeroporto Yeşilköy de Istambul às 18h00 UTC em um voo para o Aeroporto Internacional Esenboğa de Ancara, na Turquia. Havia 35 passageiros e 7 tripulantes a bordo da aeronave. O voo transcorreu sem intercorrências até que a tripulação iniciou a abordagem ao aeroporto. 

Às 18h41 UTC, a tripulação informou ao controle de tráfego aéreo que a aeronave estava descendo do FL135 (aproximadamente 13.500 pés/4.115 m) para FL120 (aproximadamente 12.000 pés/3.658 m). 

Às 18h45 UTC, a tripulação relatou a chegada a uma altitude de 6500 pés (1.981 m), ainda em uma descida. 

Às 18h47 UTC a aeronave atingiu o solo a uma altitude de 3.500 pés (1.067 m), entre a cordilheira de Ancara e o aeroporto. O acidente matou todos os 42 passageiros e tripulantes a bordo.

Como causa do acidente foi apontado que: "O acidente ocorreu devido a uma descida não intencional abaixo da altitude mínima de voo autorizada durante a aproximação final ao Aeroporto de Esenboga. O motivo desta descida não pôde ser apurado devido à falta de evidências conclusivas."

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Como os aviões turboélices são entregues a clientes distantes?

Quando se trata de entregar uma nova aeronave, os jatos widebody maiores geralmente não têm problemas para ir da fábrica para a casa dos clientes em todo o mundo. Cada vez mais, os jatos de corredor único também têm recursos de longo alcance. Mas que tal entregar jatos regionais e aeronaves turboélice para clientes distantes? Afinal, existem companhias aéreas em todo o mundo que possuem aeronaves turboélice em suas frotas.

A aeronave turboélice de Havilland Dash 8-400 teve que passar por uma jornada
de várias etapas para chegar à Ethiopian Airlines (Foto: Getty Images)

Poucos locais de produção


O alcance dessas aeronaves limita-os aos serviços regionais. Isso geralmente os vê conectando comunidades menores, umas às outras ou a centros urbanos maiores. No entanto, as fábricas de aeronaves como o Dash 8 e o ATR 42/72 são poucas e distantes entre si. O Dash 8 é fabricado no Canadá, enquanto os aviões ATR são montados na França.

O ATR 72-600 tem um alcance de cerca de 1.500 km (825 NM). Como tal, não seria capaz de voar sem escalas de sua fábrica em Toulouse, França, para clientes como a Buddha Air do Nepal . Portanto, algum planejamento especializado é necessário para ir do ponto A ao ponto B.

Minimizando peso


Minimizar o peso é uma forma de aumentar o alcance da aeronave. Existem várias maneiras de fazer isso. Talvez o mais evidente seja que, quando aeronaves como essas são entregues, não há passageiros a bordo. A ausência de 60-70 passageiros e suas bagagens podem fazer uma enorme diferença no alcance do avião.

Os ATR72s da Air India teve que parar várias vezes entre a França e a Índia
(Foto: Sebastien Mortier via Wikimedia Commons)
Além disso, como os próprios assentos podem ser adições pesadas, eles geralmente são enviados ao destino separadamente, em vez de instalados na fábrica. Portanto, sem assentos, passageiros ou bagagem, o alcance do turboélice é aumentado, geralmente em algumas centenas de milhas náuticas ou mais.

Combustível extra


Também é relatado que tanques de combustível extras podem ser instalados para aumentar ainda mais o alcance do avião. De acordo com o Relatório Robb , dependendo do tamanho da aeronave, eles podem variar de tanques de metal feitos sob medida até simples bolsas de borracha que são colocadas em assentos vazios.

Obviamente, há muitos locais potenciais dentro da aeronave para colocar esses tanques auxiliares sem passageiros ou assentos a bordo.

A companhia aérea regional britânica Flybe foi a maior operadora do Dash 8-400. Essas aeronaves tiveram que fazer várias paradas ao serem entregues à transportadora com base em Exeter (Foto: Getty Images)

Voos 'pinga, pinga'


A estratégia final para fazer uma aeronave de curta distância percorrer uma viagem de longa distância é fazer várias paradas ao longo do caminho. Por exemplo, a Ethiopian Airlines é conhecida por ter seus Dash 8s entregues na seguinte rota: Toronto - Goose Bay - Reykjavík - Manchester - Roma - Cairo - Addis Abada. Para viagens transpacíficas, paradas de combustível podem ser feitas no Alasca e na Rússia.

Mesmo com aeroportos adequados ao longo do caminho, algumas rotas exigem cálculos extremamente cuidadosos devido à distância até o próximo aeroporto adequado. Ventos e clima devem ser levados em consideração, e às vezes os voos só podem operar quando essas condições forem favoráveis.

A Czech Airlines representa um dos clientes mais acessíveis do ATR72 de
fabricação francesa (Foto: Jake Hardiman - Simple Flying)

Não sem seus perigos


Talvez em uma extensão maior do que o normal, os pilotos nesses voos de balsa com várias etapas precisam se preparar para o pior. Este é especialmente o caso ao voar sobre oceanos. Isso significa incluir equipamentos de sobrevivência e botes salva-vidas adicionais como parte da viagem. O Relatório Robb cita um piloto que até embalou “uma série de camisetas vermelhas para que as pessoas pudessem prontamente me localizar - ou meu corpo - do ar. É o tipo de problema de mortalidade que alguém é forçado a resolver. ”

Pelo que parece, embarcar em um voo de longo curso em uma aeronave turboélice é semelhante a um desafio de resistência, que requer um planejamento cuidadoso e a capacidade de se divertir por longos períodos de tempo.

Família constrói avião particular em jardim de casa

Durante dois anos, Ashok reuniu a parceira Abhilasha e as duas filhas para construir um avião no quintal de casa.

Ashok e sua família levaram cerca de 1.500 horas para finalizar a aeronave
(Foto: Reprodução/The Sun)
Ashok Aliseril, de 38 anos, realizou um sonho ao lado da esposa Abhilasha Dubey, 35, e das filhas Tara e Diya. O britânico, que tem licença de piloto, construiu o próprio avião junto com a família em dois anos!

O homem de Essex disse ao The Sun que a conquista “é como ter um brinquedo novo, só que muito mais emocionante”. A família gastou ao todo £ 140.000 (aproximadamente um milhão de reais na cotação atual).

Abhilasha explicou que o parceiro trabalhou muito nos últimos dois anos para tornar o sonho real. “Começamos a economizar dinheiro durante o primeiro bloqueio e sabíamos que sempre queríamos ter nosso próprio avião e, nos primeiros meses, estávamos economizando muito dinheiro, então pensamos em tentar”, falou.

(Foto: Reprodução/The Sun)
A mãe de Tara e Diya afirmou que as meninas nunca voaram com o pai no comando, e estão animadas para poderem usufruir do novo ‘veículo’ da família. “Vai ser incrível, e depois de todas as horas e madrugadas, valerá a pena quando estivermos no céu”, ressaltou.

“Custou muito e levou o que parece uma vida inteira para construir, mas tenho certeza de que, a longo prazo, toda a nossa família vai adorar. Reservamos uma viagem de avião para Newquay como nossas primeiras férias em família”.