quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Seis meses após acidente da TAM, 80% das famílias esperam indenização


41 famílias aceitaram propostas de indenização da companhia aérea.

Parentes criam associação e cobram justiça por seus 199 mortos.

Seis meses após a maior tragédia da história da aviação brasileira, as famílias de 80% das vítimas ainda discutem com a TAM o valor das indenizações.

No dia 17 de julho do ano passado, o Airbus A-320 que aterrissou no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 18h48, não conseguiu frear, atravessou a Avenida Washington Luís e chocou-se contra o prédio da TAM Express matando 199 pessoas.

Segundo a companhia aérea, 41 acordos foram concluídos até agora – 30 foram pagos e 11 estão em vias de pagamento. Cerca de 50 famílias que não concordaram com o valor proposto entraram com ações na Justiça dos Estados Unidos.

“É desgastante ouvir quanto vale a vida da sua filha”, afirmou Archelau Xavier, que perdeu Paula, de 24 anos. O engenheiro, vice-presidente da associação de parentes das vítimas, preferiu recorrer à Justiça norte-americana, onde aciona a TAM, a Airbus, as fabricantes do reverso e do freio, além da empresa que faz manutenção das aeronaves da companhia aérea.

De acordo com ele, a Defensoria Pública, o Ministério Público, o Procon e a Secretaria de Direito Econômico discutem com a TAM as bases para a criação de uma câmara de conciliação para agilizar as indenizações e dar amparo às famílias na negociação.

Sem conclusões

As investigações continuam e as causas ainda não são conhecidas. “Até agora muitos dados foram colhidos, mas ainda há muitas vertentes e nenhuma permite uma conclusão satisfatória”, disse Antônio Nogueira, perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC).

Até o momento, não é possível saber se um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso por falha mecânica ou por erro humano. Os peritos não descartam tampouco a possibilidade de a pista de Congonhas ter contribuído para o acidente.

O IC estima que seu laudo seja concluído em maio deste ano. O inquérito da polícia, que reúne 5,4 mil páginas, ouviu 300 pessoas, entre elas 37 pilotos. A previsão é que a apuração seja entregue ao Ministério Público de São Paulo no mês seguinte, quando a instituição poderá decidir se arquiva ou denuncia os supostos responsáveis pelo acidente.

“Tenho um medo terrível que isso termine em nada. Todas as noites, vou dormir pensando que a morte da minha filha não pode ser em vão”, afirmou a professora Ana Silvia Scott, que perdeu Thaís, de 14 anos, sua filha única.

Organizados em uma associação, os parentes pedem justiça. “Eu só quero saber o que ocorreu naquele avião. Depois do que aconteceu, não existe transparência, muitos documentos não são fornecidos. Eu também quero investigar a morte do meu marido”, disse a consultora gastronômica Eliane de Mello.

Flores homenageiam mortos diante dos escombros do prédio da TAM Express (Foto:Arquivo/G1)

Mudanças

Na Aeronáutica, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estima que seu relatório final fique pronto entre junho e julho deste ano. Mas, a partir da apuração, o órgão já fez recomendações de segurança de vôo.

O reverso da turbina direita do Airbus da TAM, equipamento que ajuda a aeronave a frear, estava travado na hora do acidente. Três meses após a tragédia, o Cenipa pediu às companhias aéreas que não realizem pousos ou decolagens com o reverso pinado. À TAM, recomendou enfatizar aos pilotos o uso correto dos manetes em caso de reversor inoperante.

O Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) restringiu vôos em Congonhas que, até a data do acidente, era o mais movimentado do país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reduziu o número de pousos e decolagens. Os vôos foram remanejados para outros aeroportos, principalmente, Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O aeroporto não tem mais escalas e conexões, enquanto os pousos e decolagens, que chegaram 48 por hora antes do acidente, somam hoje 32 movimentos por hora em Congonhas. O uso de táxi aéreo no aeroporto também foi limitado porque a Anac proibiu os chamados slots de oportunidades.A distância máxima dos vôos foi limitada a 1 mil km. Entretanto, durante a alta temporada de verão, o raio foi ampliado para 1,5 mil km até o dia 15 de março.

Fonte: G1

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Avião cai no Havaí e piloto não é encontrado

O piloto da Alpine Air, empresa a serviço do Correio dos EUA no Havaí, identificado como Paul Akita, 38, está desaparecido desde segunda-feira (14) quando o bimotor Beechcraft King Air 1900 que pilotava desapareceu a cerca de 7,2 milhas do Aeroporto Internacional de Lihue.

A aeronave estava transportando cerca de 4 toneladas de correspondência num vôo regular entre Honolulu e Kaua'i, no Havaí. O avião partiu às 4:43 hs. do Aeroporto Internacional de Honolulu (HNL/PHNL) e estava programado para chegar ao Aeroporto Internacional de Lihue. (LHI/PHLI), na Ilha Kauai, (ambos no Havaí) às 5:15 hs., de acordo com Ian Gregor, porta-voz da Federal Aviation Administration-Região do Pacífico Ocidental.

O avião desapareceu do radar às 5:08 hs. a cerca de 7,2 milhas à sudeste de Lihu'e quando ele estava a cerca de 100 pés acima da água. O correto seria voar a uma altitude de 1500 metros.

Nenhum pedido de socorro foi recebido e o piloto não estava em contato com os controladores de tráfego aéreo durante o voo, disse o porta-voz.

O avião foi equipado com um transmissor de localização, que normalmente é ativado com o impacto da aeronave, mas as autoridades não receberam nenhum sinal, segundo a Guarda Costeira.

Às 8:50 hs., membros da tripulação a bordo de um barco da Guarda Costeira de Kaua'i avistaram destroços do avião sobre uma superfície de 2,5 km no mar. Um avião C-130 da Guarda Costeira confirmou o avistamento dos destroços dois minutos depois. Partes do avião, 15 sacos dos correio e uma balsa salva-vidas inflada foram recuperadas.

As buscas pelo piloto continuam.

Fonte: The Honolulu Advertiser

Primeiro Kodiak em testes

O Quest Kodiak

A firma Quest Aircraft começou os ensaios em vôo com o protótipo do seu novo monomotor turbo-hélice de múltiplo emprego "Kodiak".

A aeronave, propulsada por um grupo PT6 da Pratt Whitney Canada, pode transportar carga ou até 10 passageiros e tem estrutura reforçada para operar em aeroportos curtos, não preparados.

A Quest está sediada em Sandpoint (Idaho-EUA) e tem já encomendas para três anos de produção da aeronave, que tem aviônicos avançados e pode operar com trem de pouso triciclo ou flutuadores.

Fonte: Aerobusiness

Prefeitura inaugura passagem subterrânea para acesso a Congonhas dia 25

A passagem subterrânea sob a avenida Washington Luís que dará acesso ao estacionamento do aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) sem necessidade de parada no semáforo, será entregue no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo.

O anúncio da inauguração da obra foi feito nesta quarta-feira pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), em visita ao local. A passagem é resultado de uma parceria entre a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e a Prefeitura de São Paulo.

Segundo a administração municipal, o acesso irá melhorar o tráfego de veículos na região do aeroporto. O atual semáforo chega a receber picos de 1.800 veículos por hora no sentido de Congonhas - para embarque e desembarque de passageiros - e 3.600 veículos por hora em direção ao centro.

A passagem tem 310 metros de extensão, sendo 160 metros cobertos --com altura estimada em cerca de 5 metros - e 150 metros descobertos. A largura do túnel é de 9,5 metros, com duas pistas no sentido Washington Luís - Congonhas que dará acesso ao estacionamento e ao terminal de passageiros.

Fonte: Folha Online

'Acidente não tem explicação', diz marido de ferida por hélice

Sérgio Braga conta que é mais alto que sua esposa, mas não se feriu ao sair da aeronave. Camila Braga foi operada pelo cirurgião plástico Ivo Pitanguy e passa bem.

Todos nós descemos juntos do helicóptero, mas só ela se feriu. O acidente não tem explicação”, disse ao G1 na manhã desta quarta-feira (16) o empresário Sérgio Campos Braga, 31 anos, marido da designer Camila Souza Lobo Braga, de 28 anos, que foi ferida pela hélice de um helicóptero na manhã de terça-feira (15) em Angra dos Reis, Sul Fluminense.

A vítima teve o couro cabeludo arrancado pela hélice da aeronave quando desembarcava no heliponto de um shopping. De acordo com a 166ª DP (Angra dos Reis), que investiga o caso, os cabelos da jovem foram puxados pela hélice da aeronave.

Ainda traumatizado com o acidente, Sérgio, que é de Cuiabá (MT), conta que ele, sua esposa, a filha de um ano e três meses e sua babá viajavam do Rio para Angra dos Reis para fazer um passeio a barco. Ele afirma que, quando o helicóptero pousou no heliponto do Shopping Pirata’s Mall, em Angra, o piloto saltou da aeronave e abriu a porta traseira para eles desembarcarem.

“A aeronave estava totalmente parada quando nós descemos. Eu tenho 1,84 m de altura, sou 20 centímetros mais alto que minha esposa e ainda estava com nossa filha no colo quando sai do helicóptero, mas não aconteceu nada comigo. A babá é mais alta que minha esposa e tem o cabelo maior do que o dela, mas também não sofreu nada. Todos nós descemos do helicóptero abaixados. Estamos acostumados a viajar de helicóptero. Por isso eu digo que o acidente não tem explicação, não tem lógica”, contou.

Sérgio disse ainda que viaja com o piloto da aeronave há cinco anos, e que confia plenamente nele. “Não acho que houve negligência por parte do piloto. Ele é muito profissional e capacitado para voar com segurança. Assim que puder quero conversar com ele, numa boa, sobre o acidente. Não é minha intenção processar ninguém”, disse.

Vítima foi operada por Pitanguy

O empresário contou que sua esposa foi operada na tarde de terça-feira pelo cirurgião plástico Ivo Pitanguy para reconstituir o couro cabeludo, que foi arrancado no acidente. Camila foi transferida para a clínica do cirurgião, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, após receber os primeiros socorros no Hospital Codrato de Vilhena, em Angra.

Segundo Sérgio, Camila passa bem, mas não poderá receber visita enquanto se recupera da operação.

“Foi o próprio Pitanguy quem realizou a cirurgia. Fiquei muito honrado com isso. Aliás, queria agradecer muito o Pitanguy, os funcionários do shopping, bombeiros, policiais e todos que me ajudaram durante os trabalhos realizados para salvar a vida da minha esposa. Ela é a mulher que eu amo, a quem jurei estar ao lado na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, disse.

Polícia investiga falta de orientação

O delegado Francisco Benitez Lopes, titular da 166ª DP (Angra dos Reis), disse na manhã desta quarta-feira que está investigando se houve negligência por parte do piloto ao orientar a jovem na hora de descer do helicóptero.

”O piloto já prestou depoimento e disse que orientou a jovem a se abaixar ao descer do helicóptero. Agora, queremos ouvir a vítima. Estou vendo também se a equipe de solo teria alguma responsabilidade em orientar a jovem a descer da aeronave”, disse.

Segundo o delegado, técnicos da aeronáutica analisaram a aeronave e os documentos do piloto na tarde de terça-feira e não encontraram nenhuma irregularidade. O delegado informou ainda que a vítima ainda não fez uma representação do acidente na delegacia.

“Só depois da representação é que poderemos encaminhar o caso para o Juizado Especial Criminal, que vai julgar se houve lesão corporal”, disse.

Fonte: G1

Lufthansa compra aviões antigos para vôos nostálgicos

A companhia aérea alemã Lufthansa comprou três aviões Lockheed "Super Star Constellation", utilizados nos anos 50 e 60 para as rotas transatlânticas, para oferecer aos seus clientes vôos nostálgicos na Alemanha a bordo de uma aeronave que contribuiu para escrever a história de aviação civil mundial. As informações são da agência Ansa.

A companhia alemã comprou os três aviões em um leilão nos Estados Unidos em dezembro passado e deve começar em breve os trabalhos de restauração (que serão realizados nos Estados Unidos) com o objetivo de oferecer o novo serviço até 2010.


O trabalho solicitado aos especialistas americanos, assessorados por um ex-engenheiro alemão que conhece bem o "Super Star Constellation" não será simples. Reconstruir nos mínimos detalhes um avião de época capaz de voar utilizando os componentes das três aeronaves a disposição.

Conhecido pelo apelido de "Connie", o Lockheed Constellation era um quadrimotor com hélices construído na Califórnia pela empresa norte-americana homônima entre 1943 e 1958. Este modelo, célebre nas décadas de 50 e 60, foi o avião oficial do presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower, utilizado não apenas no setor civil, mas também com objetivos militares, quando participou da Operação "Ponte Aérea de Berlim", que este ano completa 60 anos.

Fonte: Terra - Fotos: Lufthansa Technik

Airbus quer entregar 470 aviões este ano

A Airbus anunciou nesta quarta-feira que pretende entregar mais de 470 aviões este ano e que comunicará "medidas adicionais" ao plano de ajuste "Power8" para enfrentar a queda do dólar em relação ao euro.

Em entrevista coletiva, o presidente da Airbus, Tom Enders, explicou que a companhia está discutindo medidas adicionais ao "Power8", anunciado no fim de fevereiro de 2007 e que previa um corte de 10 mil funcionários na Europa.

Enders especificou que não há planos para cortes adicionais em 2008. Ele não adiantou em que consistirão as novas medidas, além de insistir em que é preciso "resistir" ao impacto da desvalorização da moeda americana frente à moeda única européia.

O diretor-geral, Fabrice Brégier, informou que deve haver uma decisão após o fim deste mês. Ao ser questionado sobre os possíveis conteúdos do plano, lembrou que a matriz Eads fixou o objetivo de ter 20% de seu elenco fora da Europa.

Brégier pareceu convencido de que é possível conseguir um reequilíbrio da atividade da Airbus "sem destruir o emprego na Europa".

Ele comentou que uma parte desse reequilíbrio poderia vir com a criação de uma montadora nos Estados Unidos, caso o fabricante europeu ganhe no país um contrato para aviões-tanque do Exército com a Northrop Grumman.

A fábrica, que estaria localizada no Alabama, teria um quadro de mil funcionários e se dedicaria, além dos aviões-tanque do contrato, à montagem da versão de carga do Airbus A330. As peças seriam fabricadas na Europa, ressaltou Enders.

O presidente da Airbus disse que o projeto é uma tentativa de enfrentar a cotação do dólar, moeda na qual as aeronaves são vendidas, embora este ainda não seja um risco imediato, já que a companhia tem cobertura financeira da taxa de câmbio até 2010.

Enders disse também que o "Power8" "não é apenas um plano de corte", mas um programa para completar a integração da companhia e torná-la mais competitiva.

De acordo com o presidente da companhia, os objetivos do "Power8" de 2007 foram cumpridos. Dos 10 mil cortes na Europa, 3 mil já foram feitos.

Com relação às despesas gerais, a meta de pelo menos 300 milhões de euros foi ultrapassada, com um número próximo dos 500 milhões.

Enders disse que a Airbus tem a intenção de entregar este ano "mais de 470 aviões", depois dos 453 de 2007. Para isso, aumentará as cadeias de produção.

A empresa produzirá 34 unidades do modelo A320 este ano e deve elevar o ritmo de fabricação da família dos A330/A340 para até oito aviões ao mês em 2008 e para dez em 2010.

Com relação ao avião gigante A380, Enders disse que a intenção para este ano é entregar 13 aviões.

Outro objetivo para 2008 é "estabilizar o programa do A350", o futuro avião de capacidade média e longo percurso. Em 2007 a Airbus recebeu pedidos para 290 unidades do A350, que deve entrar em serviço em 2013.

A Airbus também informou hoje que a estimativa final das perdas pelos atrasos na entrega do avião de transporte militar A400M é de cerca de 1,4 bilhão de euros.

A companhia agora pretende cumprir o calendário fixado em novembro para este programa, o que significa que o primeiro vôo do A400M deve acontecer no meio do ano.

A pasta de pedidos do A400M é atualmente de 192 aparelhos. EFE

Fonte: EFE

Boeing supera Airbus pelo segundo ano consecutivo

Nunca na história da aeronáutica os dois gigantes haviam registrado tal demanda. Ambas as companhias superaram seus próprios recordes de pedidos.

A Airbus obteve 1.341 pedidos de aviões comerciais em 2007 e foi superada pelo segundo ano consecutivo pela norte-americana Boeing, que recebeu 1.413 pedidos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) em Toulouse, na França, pela empresa européia.

Nunca na história da aeronáutica os dois gigantes haviam registrado tal demanda, totalizando 2.754 pedidos concretos.

A Airbus superou seu recorde de 1.055 pedidos concretos, de 2005, e a Boeing o de 2006, com 1.044 pedidos. Os pedidos antes da confirmação à Airbus em 2007 chegaram a 1.458 aeronaves, antes dos cancelamentos.

Em termos de entrega, a Airbus segue à frente com 453 aviões comerciais entregues ano passado - recorde -, contra 441 da Boeing.

Fonte: AFP

Embraer: FAB recebe dois aviões modelo Ipanema

A fabricante de aeronaves Embraer comunicou hoje a entrega de dois novos aviões Ipanema à Força Aérea Brasileira (FAB), em cerimônia realizada no mês passado. Segundo a empresa, as unidades integram um contrato firmado no segundo semestre de 2007. "Com a aquisição, a FAB conta agora com cinco aeronaves do modelo na frota utilizada para o reboque de planadores para treinamento na AFA (Academia da Força Aérea Brasileira)".

De acordo com a Embraer, o Ipanema tem 37 anos de produção ininterrupta e mais de um mil unidades entregues, podendo ainda ser utilizado em combate a incêndios, reboque de planadores, entre outras aplicações.

Conforme a empresa, a aeronave é a primeira produzida em série no mundo a sair de fábrica certificada para voar a álcool.

Fonte: Agência Estado

Infraero responde pesquisa que coloca aeroportos brasileiros entre piores

A Infraero divulgou nesta quarta-feira (16) uma nota sobre a pesquisa divulgada pela Revista Forbes que aponta três aeroportos brasileiros entre os piores, segundo ranking internacional.

O primeiro lugar desse ranking, o que representa o último em termos de pontualidade, é ocupado pelo Aeroporto Internacional de Brasília, onde em 2007 menos de 27% dos vôos saíram na hora prevista e o atraso em média foi de 52 minutos.

Na terceira posição aparece o Aeroporto de Cumbica, de Guarulhos (SP), onde 41% dos vôos saíram na hora prevista. O de Congonhas, na capital paulista, ficou com índice de 43% e aparece em quarto lugar.

Na nota a Infraero coloca a responsabilidade pelos atrasos nas companhias aéreas e não nos aeroportos e informa que "não teve acesso aos dados da pesquisa mencionada pelo que foi noticiado por meio da imprensa, e que a avaliação foi feita seguindo índices de pontualidade, o que na visão da empresa é incorreto, pois índices de pontualidade deveriam medir (e medem, segundo boletim da ANAC) a eficiência de empresas aérea".


A Infraero informar ainda que "administra 67 aeroportos e que pode e deve ser avaliada pelas atividades e serviços que ela desenvolve e oferece no que diz respeito à infra-estrutura aeroportuária, salas de embarque; acoplagem e desacoplagem de pontes de embarque; esteiras de bagagem, saguões e áreas de inspeção de bagagens (raios-X); pátios, pistas; entre outros".

Segundo a nota, "o Aeroporto de Brasília (DF), um dos apontados pela Revista em questão, representa, dentro da malha aérea, um aeroporto hub da aviação, ou seja, sua característica principal é a de servir de ligação com todo o país, principalmente por sua localização geográfica. Cerca de 30% do fluxo é de passageiros em conexão, o que pode potencializar os atrasos dos vôos das companhias aéreas".

Já dentro do Aeroporto de Guarulhos (SP), a Infraero informa que "operam 44 empresas aéreas brasileiras e estrangeiras, com uma média de 517 pousos e decolagens diários e cerca de 51 mil passageiros transportados por dia. O Aeroporto de Guarulhos é o principal hub hoje no país".

A empresa diz ainda que "o Aeroporto de Congonhas, também citado, recentemente, entregou as seguintes obras: ampliação da área de embarque, de 2.950 m² para 7.100 m²; instalação de oito (8) pontes de embarque; ampliação da área de desembarque de 1.300 m² para 2.800 m²; instalação de escadas rolantes e elevadores; e de de mais 15 posições de check-in, totalizando 92 balcões de atendimento, entre outras melhorias".

A Infraero enfatiza que "divulga em seu site, de forma transparente, o ranking de atraso das principais empresas aéreas".

Por fim, a Infraero informa que "registra cerca de duas mil decolagens/dia em seus aeroportos e está permanentemente realizando obras de melhorias e adequação na infra-estrutura de sua rede de aeroportos. Atualmente, mais de 20 obras (muitas com o auxílio do PAC) estão sendo realizadas em todo o Brasil".

Fonte: G1

Aeroportos do Brasil estão entre os piores em pontualidade, diz Forbes

Brasília é o pior do mundo. Congonhas e Cumbica estão entre os top 5 dos piores.

Aeroporto do Rio não foi relacionado por não entrar no critério da revista.

Aeroporto Internacional de Brasilia - Foto: Mauricio Lima (AFP/Getty Images)

Três aeroportos brasileiros se encontram entre os piores do mundo quanto à pontualidade na saída de seus vôos, segundo ranking divulgado pela revista Forbes.

Em primeiro lugar desse ranking, o que representa o último em termos de pontualidade, é ocupado pelo Aeroporto Internacional de Brasília, onde em 2007 menos de 27% dos vôos saíram na hora prevista e o atraso em média foi de 52 minutos. A Infraero se defendeu e comentou a pesquisa (leia acima).

Calcula-se que no ano passado utilizaram esse aeroporto pelo menos dez milhões de passageiros, ainda conforme a Forbes, que assegura que os terminais aéreos do país são os que acumularam os piores históricos com relação à pontualidade.

Com a ‘medalha de bronze’, aparece o aeroporto de Cumbica, de Guarulhos (SP), onde 41% dos vôos saíram na hora prevista. O de Congonhas, na capital paulista, ficou com índice de 43% e aparece em quarto lugar.

A Forbes diz ainda que o aeroporto Antonio Carlos Tom Jobim (Galeão), no Rio, também entraria na lista com uma porcentagem parecida com a dos aeroportos de São Paulo, mas não está na relação porque “não entrou no nosso critério por causa de seu tamanho relativamente pequeno”, ainda conforme a publicação americana.

“Nós consideramos apenas os aeroportos que tiveram no mínimo 10 milhões de passageiros em 2006, de acordo com o Conselho Internacional de Aeroportos (os dados de 2007 ainda não foram liberados)”, diz a reportagem. Para as estatísticas de chegada e saída, a Forbes diz ter usado os dados do site da FlightStats.

A ‘prata’ ficou com o Aeroporto Internacional de Pequim, o segundo mais popular da China e de onde apenas saíram de forma pontual 33% dos vôos em 2007, a apenas um ano da realização na cidade dos Jogos Olímpicos.

Completam o ranking da Forbes o Aeroporto Internacional do Cairo, o segundo mais freqüentado da África, com percentagem de pontualidade em decolagens de 47%, e o Charles de Gaulle, de Paris, com 50%.

A publicação americana também divulgou uma lista dos aeroportos que mais atraso acumularam nas chegadas de vôos em 2007.

Congonhas foi o pior entre os brasileiros aparecendo em terceiro lugar com 54% dos vôos de chegada na hora prevista.

Os líderes são o Aeroporto Internacional Chhatrapati Shivaji, de Mumbai, com pontualidade de 44%, e o Aeroporto Internacional Indira Gandhi, de Délhi, com 45%. Completam a lista os nova-iorquinos de La Guardia, com pontualidade de 58%, e Internacional de Newark, com 58%.

Com estes dados, não foi à toa que a Forbes começou assim a reportagem sobre os aeroportos mundiais (em inglês): “Se você está esperando sentado o seu avião em Chicago, Londres ou Ásia, mantenha a esperança. As coisas poderiam estar muito pior. Você poderia estar no Brasil.”

Fonte: G1 / EFE

Hélice arranca couro cabeludo de turista no Rio

Uma turista que viajou de Mato Grosso do Sul para a cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ficou ferida ontem, depois de ser atingida pela hélice de um helicóptero. O acidente aconteceu quando a vítima, Camila Souza Lobo Braga, 28 anos, desembarcava da aeronave.

Ela teve parte do couro cabeludo arrancada. Camila, foi levada para o Hospital Codrato de Vilhena, em Angras dos Reis. Não há informações sobre o estado de saúde dela.

Fonte: O Dia

Aeromoças chinesas recebem aulas de drinks

Em virtude dos Jogos Olímpicos, cerca de 300 aeromoças foram contratadas pela principal companhia aérea da China, a Air China. Elas estão sendo treinadas especialmente para receberem os turistas que circularão no país durante a época da competição.

As aulas vão desde o preparo de coquetéis para os viajantes até como reagir aos pedidos feitos por eles. O penteado adotado pelas moças e a distância com que elas devem interagir com os passageiros também são itens que estão na cartilha.

Os principais critérios para a seleção das mulheres foram a aparência e a fluência no inglês.

Fonte: Terra

Anac terá fiscais em aviões para reduzir atrasos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou nesta quarta-feira a Operação Hora Certa, para detectar e corrigir possíveis falhas das companhias aéreas que vêm ocasionando atrasos nos vôos domésticos. A meta da agência é reduzir significativamente os atrasos em mais de uma hora até julho. Para isso, a Anac terá fiscais em locais como nas oficinais e dentro das cabines das aeronaves.

Segundo a Anac, quatro companhias aéreas terão seus vôos incluídos na fiscalização extraordinária. Foram selecionadas as empresas com mais de 1% de participação no mercado doméstico brasileiro: TAM, Gol, Varig e Ocean Air.

Em terra, os fiscais da Anac atuarão junto às oficinas de manutenção das empresas, na operação de embarque de passageiros e na movimentação de aeronaves no pátio dos aeroportos. Além disso, inspetores de aeronavegabilidade e de operações da Anac acompanharão vôos das quatro companhias, dentro da cabine dos aviões.

Em todos os casos, serão checados os procedimentos operacionais das equipes e tripulações e também a manutenção e correto funcionamento dos equipamentos das companhias em terra e no ar.

Os vôos serão inspecionados por amostragem, sem conhecimento prévio da empresa aérea. A companhia mais fiscalizada será a Ocean Air, devido a seu alto índice de atrasos e cancelamentos de vôos. Em dezembro de 2007, de acordo com dados da Anac, a Ocean Air teve o pior índice de pontualidade entre as quatro maiores companhias aéreas do País.

Além disso, segundo dados da Infraero, nas duas primeiras semanas de janeiro a empresa vem mantendo uma média diária de mais de 40% de vôos com atrasos de mais de 1 hora, bem acima dos indicadores das demais companhias aéreas.

Durante a Operação Hora Certa, pelo menos 40% da frota da Ocean Air terão inspetores da Anac a bordo. Para as empresas TAM, Gol e Varig, o número de aeronaves com inspetores acompanhando os vôos será de no mínimo 20%. A operação começa nos próximos dias, segundo a agência.

Fonte: Terra

Rio: secretaria divulga avião de traficante errado

Um Piper PA-31 semelhante ao do traficante

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro divulgou uma nota em que informa que o avião apresentado nesta quarta-feira era do traficante Gustavo Duran Bautista e não do traficante Juan Carlos Ramirez Abadia.

Ambos foram presos na mesma época pela Polícia Federal de São Paulo. "Houve uma confusão de nomes por conta de investigações que buscam provar a ligação entre os dois traficantes. A Secretaria pede desculpas pelo engano", diz a nota.

Veja a notícia anterior abaixo.

Fonte: Terra

Avião de Abadia será usado para combater crime no Rio

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, vai receber hoje o avião modelo P-31 Navajo que pertenceu ao traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadia, preso em agosto, em São Paulo. De acordo com a secretaria, o governo estadual conseguiu na Justiça a autorização para utilizar a aeronave no combate à violência no Estado, principalmente na transferência de bandidos do Rio que forem detidos em outros Estados.

O avião, avaliado em R$ 400 mil, ficará com o governo fluminense pelo menos até o fim do processo contra o criminoso. O P-31 pode carregar até seis passageiros e dois tripulantes, atinge velocidade máxima de 399 km/h e altitude de quase 5,5 quilômetros (26,3 mil pés). A aeronave tem cerca de dez metros de comprimento e quatro metros de altura. A autonomia de vôo é de 5 horas e 30 minutos.

Fonte: A Tarde

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Polícia quer saber quem liberou pista de Congonhas após reforma

Para investigadores, falta de informações pode atrasar inquérito policial.

Depoimentos ainda devem ser colhidos em Porto Alegre, Rio e Brasília.

As investigações do acidente do vôo 3054 da TAM pela polícia de São Paulo permanecem sem conclusão. Ainda faltam a análise de documentos – alguns ainda não fornecidos à polícia – e oitivas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília.

A polícia quer saber quem liberou a pista do Aeroporto de Congonhas após a reforma no primeiro semestre de 2007. Para o delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º DP, a informação é "crucial". A polícia informou que a Infraero, em ofício, atribuiu a liberação à torre de controle de Congonhas, resposta não considerada satisfatória pelo delegado.

"Nesta semana, um policial irá até a presidência da Infraero com um ofício reiterando o pedido", disse o delegado. O responsável pela liberação pode esclarecer as condições da pista logo após a reforma. O G1 procurou a assessoria de imprensa da Infraero que informou que a estatal se manifestaria sobre o tema na quarta-feira (16).

A polícia também requisitou judicialmente relatórios da pista de Congonhas realizados antes e depois do acidente pela Aeronáutica. Segundo a perícia, documentos já obtidos não indicam que o coeficiente de atrito da pista estivesse abaixo do recomendado.

A perícia ainda quer ter acesso a um laudo elaborado pela Polícia Federal sobre a pista após o acidente. Segundo o delegado, a ausência dessas informações atrasa o laudo da perícia. Entretanto, os investigadores ponderam, entretanto, que os órgãos também têm colaborado.

Dario Scott, da associação de parentes das vítimas, criticou o atraso dos documentos. "Acho que é uma postura antiética. Os órgãos deveriam contibuir para elucidar esse caso."

Radiografia

Os investigadores também aguardam 23 minutos de gravações de conversas da cabine dos pilotos. "Já requisitamos esses dados à Aeronáutica e acredito que eles devem vir nos próximos dias", afirmou o promotor de justiça Mário Luiz Sarrubo.

O Ministério Público de São Paulo fez uma "radiografia" da TAM, focando desde a parte operacional quanto administrativa. Segundo o promotor, a partir desse trabalho é mais fácil localizar possíveis responsáveis se as causas forem concluídas.

O promotor criticou o adiamento por três vezes do depoimento à polícia de Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação (Anac). "Denise Abreu está tendo um comportamento de ré. Ela não é ré, e sim testemunha", disse ele. A defesa da ex-diretora pediu o reagendamento da oitiva para Brasília, onde mora atualmente. A polícia deve tomar o depoimento na capital federal.

Fonte: G1

Investigações sobre avião da TAM

Parentes das vítimas do acidente com o Airbus da TAM, em Congonhas, tiveram acesso, nesta terça-feira, a detalhes da investigação e viram porque está tão difícil descobrir a causa da tragédia.

Ferro queimado, retorcido. Engrenagens desalinhadas. Pela primeira vez, as imagens do que sobrou das manetes, do comando de aceleração do Airbus 320, da Tam, que caiu em São Paulo, no dia 17 de julho de 2007, e matou 199 pessoas.

É no resto de peça que os peritos tentam descobrir se o avião caiu por erro humano ou falha mecânica. A caixa preta mostrou que um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso. Isso não significa que a manete ficou em aceleração, dizem os investigadores.

Eles lembram que há uma articulação mecânica de transmissão de dados entre as manetes e a caixa de aceleração e ela pode ter tido algum problema. Com isso, o motor teria permanecido em alta rotação e a caixa de dados registrado isso.

Seis meses depois, o instituto de criminalística apresentou à Polícia Civil, ao Ministério Público e aos parentes das vítimas o que foi investigado até agora.

"O que me intrigou ainda é a questão de posição de manetes, que se fala muito. Posição de manete errada, posição de manete certa e até agora não existe um laudo conclusivo para dizer se os manetes estão ou não na posição correta", criticou o presidente da Associação dos Parentes das Vítimas, Dario Scotch.

"É apenas uma prévia desse laudo. Então, não dá para dizer que hoje temos definido uma responsabilidade", disse o delegado Antônio Carlos Barbosa.

As autoridades de São Paulo querem concluir as investigações antes que a tragédia complete um ano. O instituto de criminalística afirmou que pretende divulgar os laudos com as causas do acidente em maio, para um mês depois a Polícia Civil concluir o inquérito.

Aí sim o Ministério Público do estado vai decidir se arquiva ou denuncia os supostos culpados pelo maior acidente da aviação comercial brasileira.

Fonte: Jornal Nacional (15/01/08)

Veja imagens dos manetes do avião acidentado da TAM

Peritos analisam peça para saber se houve erro humano ou falha mecânica. O que restou dos manetes foram ferros retorcidos e engrenagens desalinhadas.


O Jornal Nacional mostrou pela primeira vez imagens do que sobrou dos manetes do Airbus A320 da TAM que se acidentou em Congonhas em julho passado. As imagens mostram o que restou da peça: ferro queimado e retorcido e engrenagens desalinhadas.

Em 17 de julho de 2007, a aeronave chocou-se contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e pegou fogo, causando a morte de 199 pessoas, que estavam a bordo e no solo. O acidente é o maior da aviação no país.

A partir do que restou desta peça, os peritos tentam descobrir se o avião caiu por erro humano ou falha mecânica. A caixa preta mostrou que um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso. Entretanto, isso não significa que a manete ficou em aceleração, dizem os investigadores.

Eles lembram que há uma articulação mecânica de transmissão de dados entre os manetes e a caixa de aceleração e ela pode ter tido algum problema. Com isso, o motor pode ter permanecido em alta rotação e a caixa de dados registrado isso.

Causas desconhecidas

Quase seis meses após o acidente do vôo JJ 3054 da TAM, as investigações do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC) e do Ministério Público de São Paulo permanecem sem conclusões. "Até agora muitos dados foram colhidos, mas ainda há muitas vertentes e nenhuma permite uma conclusão satisfatória”, afirmou o engenheiro mecânico Antônio Nogueira, perito do IC.

Entretanto, o perito acredita que o laudo pericial pode ser concluído em maio. Ele apresentou a parentes das vítimas informações sobre a perícia, fotografias e slides no 27º Distrito Policial, na Zona Sul. Dario Scott, presidente da associação de familiares das vítimas, se disse satisfeito com a exposição do perito e vai apresentar as informações em uma reunião com as famílias neste final de semana, em São Paulo.

O perito do IC tampouco descartou uma possível contribuição da pista do Aeroporto de Congonhas para o acidente. O delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º DP, disse ter ouvido 37 pilotos a respeito da pista. “Eles relatam dificuldades (na hora do pouso). Disseram que a pista parecia um sabonete”, disse.

Fonte: G1

O incrível Aeroporto de Lukla no Everest

O aeroporto de Lukla chama a atenção por estar localizado a mais de 9.000 pés e ser o aeroporto mais próximo do Monte Everest, servindo de ponto de partida para muitos alpinistas.

Fontes: YouTube / Site Desastres Aéreos

Sonda americana faz vôo rasante sobre o planeta Mercúrio

Espaçonave Messenger já começou a transmitir dados de volta para Terra.

Segundo cientistas, objetivos da manobra foram 100% atingidos.

Imagem do planeta Mercúrio obtida durante a aproximação da sonda americana Messenger (Foto: Nasa)

A sonda americana Messenger concluiu nesta segunda-feira (14) o primeiro sobrevôo rasante sobre o planeta Mercúrio. Outras manobras parecidas ainda serão feitas, até que a sonda entre em órbita daquele mundo, em 2011. Com o sucesso parcial, a espaçonave já se tornou o segundo veículo na história a sobrevoar o planeta.

Os cientistas estão agora analisando os dados científicos coletados durante o sobrevôo, assim como as imagens enviadas à Terra.

Fonte: G1 Ciência

50 famílias de vítimas do acidente da TAM pedem indenização nos EUA

Parentes esperam julgamento mais rápido pela Justiça norte-americana. Familiar de vítima critica propostas de indenização no Brasil.

Cerca de 50 famílias recorreram à Justiça dos Estados Unidos por indenizações pelas mortes de seus parentes no acidente da TAM em julho passado, segundo o vice-presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do Vôo TAMJJ3054, Archelau Xavier.

“Preferi entrar com ação lá fora, porque na Justiça daqui demora muito tempo”, disse ele, citando ações ainda não concluídas de parentes de vítimas do Fokker 100 da TAM que caiu perto do Aeroporto de Congonhas em outubro de 1996.

Archelau, que perdeu a filha de 24 anos no acidente, acionou nos EUA a TAM, a Airbus, as fabricantes do freio e do reverso e a empresa que faz as manutenções de aeronaves da TAM. Ele definiu as propostas de indenização da seguradora da companhia aéra, que negocia os valores, como “indecentes”.

A expectativa dele é que, em um ano e meio, haja uma conclusão nos EUA. Caso a Justiça norte-americana não aceite o caso, Archelau tem a expectativa de receber uma proposta de indenização mais alta nos EUA.

Assédio

O presidente da associação, Dario Scott, diz que até hoje, quase seis meses após o acidente, os parentes das vítimas são assediados por grande escritórios norte-americanos. “Alguns nos procuram camuflados de advogados brasileiros”, relata.

Com sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a associação, que reúne cerca de 200 familiares de 120 vítimas, realiza reuniões mensais, a maioria delas em São Paulo. “Em dezembro, não tivemos reunião, porque seria muito duro para nós”, disse Ana Sílvia Volpi Scott referindo-se ao Natal. Ela perdeu sua filha única de 14 anos.

Fonte: G1

TAM: atraso de documentos prejudica inquérito

Autoridades e representantes dos familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, em julho de 2007, se reuniram na tarde desta terça-feira em São Paulo (SP) para apreciar tudo o que foi apurado até agora pelas investigações do desastre. Pela primeira vez desde a tragédia que matou 199 pessoas foram reveladas imagens das peças do avião. Segundo os participantes da reunião, o atraso na entrega de documentos por parte dos órgãos ligados à aviação civil atrasa a conclusão das investigações.

O presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do acidente, Dario Scott, afirma que o atraso na entrega dos documentos por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero (estatal que administra os aeroportos) e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é antiética.

"Até hoje não se sabe ao certo quem liberou a pista do aeroporto de Congonhas após as obras", criticou. Ele afirma que a Anac ainda não informou aos titulares do inquérito se a norma que proibia o pouso de aviões com o reverso pinado em Congonhas estava em vigor na época do acidente, e acusa o Cenipa de ter suprimido 23 minutos da transcrição da caixa preta do vôo A320.

O delegado responsável pelo inquérito, Antônio Carlos Barbosa, confirma a supressão deste trecho das gravações, porém afirma que a maior negligência na prestação de informações por parte do Cenipa é no fornecimento das atas de reuniões de autoridades da Aeronáutica sobre as condições da pista de Congonhas. "Solicitamos em outubro os relatórios destas reuniões desde 2006, já que os problemas de Congonhas vêm desde bem antes da reforma da pista, mas nada foi entregue ainda", disse.

Segundo ele, a principal pergunta que paira sobre as investigações policiais é quem teria autorizado o uso da pista do aeroporto sem as ranhuras para aumentar o atrito da pista. "A Infraero afirma que são os controladores de vôo que liberam a pista, mas sabemos que não funciona assim.

O perito do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, Antonio Nogueira, responsável pelo laudo, afirma que ainda não há conclusão sobre a importância da pista no acidente. "Não descartamos a possibilidade de falha da tripulação", disse.

Segundo o delegado Barbosa, 37 pilotos foram ouvidos pela polícia e todos descreveram as dificuldades de pousar em Congonhas, principalmente em dia de chuva. "Eles descrevem a pista como um sabão", afirma o delegado.

A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, adiou pela terceira vez o comparecimento à delegacia para prestar esclarecimentos. Ela agora solicita ser ouvida em Brasília.

Manete

Uma das imagens mostradas na tarde de hoje no 27° Distrito Policial foi a da manete do avião.

Um componente desta peça aparece avariado, o que pode indicar que estava com defeito e não teria transmitido o comando de freio ao computador de bordo.

"Ainda não temos certeza se a manete deixou de ser puxada pelo piloto ou se, mesmo puxada, o mecanismo não respondeu", afirmou Scott.

Antes de um ano de acidente

Todas as autoridades responsáveis pela investigação manifestaram o desejo de concluir o inquérito antes do aniversário de um ano do acidente, em julho. "Não queremos que o inquérito faça aniversário junto com o acidente", afirmou o promotor de Justiça do Ministério Público, Mario Luiz Sarrubo.

Nogueira afirma que o laudo deve ser concluído até maio e Barbosa prevê que as investigações terminem um mês depois, em junho.

Fonte: Terra

Boeing deve atrasar concorrente do avião gigante, diz jornal

O aparelho wide-body, com lugar para entre 200 e 300 passageiros

A fabricante de aeronaves Boeing está prestes a anunciar um atraso na produção do 787 Dreamliner, seu concorrente para o Airbus A-380, o maior avião do mundo. O fato poderia ameaçar a capacidade da Boeing de entregar o número de aeronaves planejado pela empresa no primeiro ano de produção do 787 Dreamliner. As informações são do jornal americano Wall Street Journal.


O jornal diz que fontes ligadas ao projeto dizem que a Boeing enfrenta dificuldades no projeto e que o primeiro vôo do 787 Dreamliner pode não acontecer antes de junho. Estes atrasos poderiam afetar os planos da empresa de entregar 109 aeronaves deste modelo até o final de 2009.

Se isto ocorrer, a Boeing pode sofrer prejuízos por ter que pagar penalidades às companhias aéreas pelo atraso na entrega dos aviões.

Fonte: Invertia

Linhas aéreas cooperam para melhorar salas de espera

Passageiros esperam por vôo em sala no aeroporto internacional de Los Angeles

Uma sala de espera de aeroporto já não é uma coleção de sofás em um lugar tranqüilo. Em um momento no qual os passageiros da maior parte das linhas aéreas mal recebem um saquinho de amendoins em suas viagens, as salas de espera nos aeroportos estão se tornando mais luxuosas e espaçosas. A mudança surgiu porque as linhas aéreas descobriram que manter seus passageiros de primeira classe e executiva felizes é crucial para os lucros.

"As pessoas que sentam na dianteira do avião são as que geram a margem de lucro", disse Henry Harteveldt, principal analista de viagens na Forrester Research, um grupo de consultoria sediado em Cambridge, Massachusetts.

Este ano, mais linhas aéreas estarão combinando recursos para construir salas de espera conjuntas que oferecerão a alguns passageiros mais privilégios e conforto nos grandes aeroportos internacionais, e alguma economia de custos para as empresas.

A rede Star Alliance, que inclui a United Airlines, Lufthansa e Singapore Airlines, opera salas de espera compartilhadas em Zurique e Nagoya, Japão. Duas outras serão inauguradas em 2008, no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, perto de Paris, e no aeroporto londrino de Heathrow.

No Aeroporto Internacional de Los Angeles, as três alianças entre linhas aéreas - Star Alliance, Oneworld (American Airlines, British Airways e Qantas Airways) e SkyTeam (Delta, Northwest, KLM, Air France e Alitalia) criaram salas de espera compartilhadas no Terminal Internacional Tom Bradley, no último ano. Um espaço que antes abrigava 16 pequenas salas de espera operadas por linhas aéreas individuais agora oferece quatro salões - um para cada aliança, e o quarto para os passageiros de linhas aéreas não afiliadas.

"O conceito das salas de espera das alianças aéreas no terminal Bradley foi estimulado pelos dirigentes do aeroporto, a fim de criar espaço de espera suficiente para todos", diz Steve Clark, vice-presidente sênior de serviço ao consumidor nas Américas da British Airways.

Ainda que as linhas aéreas que integram a Oneworld tenham desenvolvido salas de espera conjuntas entre algumas companhias em certas cidades, o aeroporto de Los Angeles abriga a primeira sala de espera conjunta criada do zero. O espaço é compartilhado por British Airways, Qantas, Cathay Pacific, LAN Airlines e Japan Airlines, e serve a passageiros de primeira classe e classe executiva e a passageiros de alta milhagem nas linhas aéreas participantes. A StarAlliance e a SkyTeam oferecem acesso semelhante aos passageiros de alta milhagem na classe econômica.

A sala de espera combinada de 1,35 mil metros quadrados é quatro vezes maior que o espaço anteriormente reservado à espera no terminal. Os passageiros desembarcam do elevador diretamente na sala de espera, por um saguão pavimentado com lajotas cor de areia. Do lado oposto, uma grande tela de vídeo exibe nuvens em movimento e outras cenas externas.

"Os viajantes são cada vez mais sofisticados" em suas sensibilidades de design, disse Harteveldt. "A sala de espera estende essa sofisticação até o momento do embarque".

Em uma noite recente, Brian Crawford-Greene, do Michigan, estava de passagem pelo aeroporto internacional de Los Angeles, a caminho de uma estadia de quatro meses na Austrália. Ele estava aproveitando a sala de espera da Oneworld para relaxar entre vôos.

"Da última vez que estive aqui, a Qantas tinha uma salinha de espera apertada, horrível", afirma. Ele estava acordado e em trânsito desde as 3h. Depois de um chuveiro, e portando um uísque em uma mão e um livro na outra, sua opinião sobre a sala de espera era "excelente", ainda que dissesse que "algumas tomadas a mais ajudariam".

Oferecer chuveiros aos passageiros é um dos benefícios tangíveis que podem surgir de compartilhar salas de espera com parceiros em uma aliança. Em um dia ocupado, até 500 passageiros usarão os nove chuveiros instalados na sala de espera da Oneworld, de acordo com Margita Sherer, a gerente de atendimento da Qantas no aeroporto de Los Angeles.

"Na maior parte dos mercados, é preciso maximizar o número de assentos", diz Clark. "Não temos espaço para instalar chuveiros".

A British Airways está testando uma nova sala de espera, em Bruxelas (Bélgica) e Filadélfia, que substituirá o espaço mais aberto de suas salas atuais por um jeito de clube de campo, com painéis de madeira revestindo as paredes.

Mas a empresa opta por salas de espera compartilhadas sempre que as condições assim determinam. "As instalações conjuntas funcionam em locais nos quais, caso você não aja assim, sofrerá sérias limitações", disse Clark. "Preferimos ter conceitos próprios de marca, se possível".

A SkyTeam está estudando oportunidades de criar salas de espera compartilhadas nos núcleos de rotas de suas empresas componentes em todo o mundo, disse Giorgio Callegari, vice-presidente de alianças e desenvolvimento de negócios da Alitalia. Além do aeroporto de Los Angeles, a empresa opera sala de espera compartilhada em Narita, Japão. Também está desenvolvendo um projeto do tipo em Heathrow, Londres, com inauguração prevista para este ano.

A SkyTeam está estudando abrir salas de espera compartilhadas em Madri, Barcelona e Moscou, aeroportos em que alguns de seus membros têm grandes operações.

Dado o potencial de receita que os clientes de elite representam, as linhas aéreas individuais continuarão também expandir e acrescentar recursos às suas salas de espera, dizem os especialistas. "As linhas aéreas compreendem, sabiamente, que as salas de espera também são componente essencial da experiência de marca", disse Harteveldt.

Fonte: James Gilden (The New York Times)

Missão do "Atlantis" para instalação de módulo europeu sofre novo adiamento

A missão do ônibus espacial "Atlantis" para instalar o módulo europeu Columbus na Estação Espacial Internacional (ISS) foi adiada mais uma vez, desta vez para 7 de fevereiro, anunciou ontem a Nasa (agência espacial americana) num comunicado.

Na semana passada, a agência espacial americana tinha informado que a nave partiria no dia 24 deste mês, após três adiamentos desde dezembro, quando os engenheiros alertaram para falhas nos sensores do tanque de combustível externo.

A Nasa informou que a transferência do lançamento da missão para 7 de fevereiro só foi decidida depois que engenheiros instalaram sem problemas novas conexões para os sensores.

Segundo o comunicado divulgado, a nave vai ser lançada às 17h47 (de Brasília), com sete astronautas a bordo.

O principal objetivo da missão, que vai durar 11 dias e inclui três caminhadas espaciais, é instalar e pôr em funcionamento o Columbus, que facilitará o trabalho de cientistas de todo o mundo.

Fonte: EFE - Foto: Esa

Atirados de avião em MS corpos de suspeitos de tráfico

A Polícia Nacional do Paraguai confirmou hoje a identidade de dois brasileiros encontrados mortos na zona rural do município de Bela Vista Norte, que faz fronteira com a cidade de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul, a 310 quilômetros de Campo Grande. Envolvidos em sacos plásticos, os dois corpos foram atirados de um avião no domingo, segundo informaram as autoridades paraguaias.

Eles são o piloto Manuel dos Santos Garcia e Conrado Rubens Escurra Rojas. Os dois tinham ligações com o tráfico de drogas, segundo a Polícia Nacional. Rojas era acusado de ter executado, a tiros, o policial civil Alberico de Moura Cavalcante em Ponta Porã (MS). O crime ocorreu em 2005 e ele era réu do processo.

De acordo com as autoridades paraguaias, a polícia foi acionada por funcionários de uma fazenda no Paraguai que viram uma aeronave despejar, durante um rasante, os dois sacos plásticos. Os peões alertaram à polícia temendo que se tratasse de um carregamento de drogas.

Quando os policiais chegaram ao local encontraram os corpos carbonizados. No registro que fez sobre o caso, a polícia paraguaia afirma que Garcia e Rojas teriam morrido na semana passada em um acidente aéreo na Bolívia envolvendo uma aeronave carregada de cocaína. Segundo a polícia, os dois corpos teriam sido despejados no Paraguai pela própria quadrilha.

Segundo as autoridades paraguaias, Garcia e Rojas teriam ligações com o traficante Nilton Antunes Veron, preso no Paraguai em janeiro de 2005 com 100 quilos de cocaína. Extraditado para o Brasil, Veron é acusado de ter encomendado a morte do juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande. As ameaças foram feitas em 2004 e, ainda hoje, o juiz federal circula sob forte escolta da Polícia Federal.

Fonte: Terra

Ausência de Denise Abreu a depoimento provoca protesto em SP

Parentes de vítimas do vôo da TAM se manifestaram na porta do 27º DP.

Acidente que matou 199 pessoas completa seis meses no dia 17 de janeiro.

Parentes pedem Justiça na porta de delegacia em SP (Foto: Silvia Ribeiro/G1)

Parentes de vítimas do acidente da TAM que matou 199 pessoas em julho passado foram na tarde desta segunda-feira (14) à porta do 27º Distrito de Polícia, na Zona Sul da capital, protestar contra o não-comparecimento de Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a depoimento sobre o acidente.

A defesa da ex-diretora pede que ela seja ouvida pela polícia em Brasília, onde ela reside atualmente. “Ela tem tanta vontade de depor quanto todos os interessados no final desse inquérito”, disse o advogado Roberto Podval. Para ele, os adiamentos das oitivas não atrapalham o andamento das investigações, já que o laudo sobre as causas do acidente ainda não foi concluído.

Mesmo sabendo que ela não iria à oitiva, os familiares foram à delegacia com camisetas pretas com a inscrição “Queremos Verdade e Justiça” e uma faixa em que pediam punição criminal pelas mortes. Alguns deles viajaram do Rio Grande do Sul a São Paulo por causa do depoimento.

“Queríamos que ela (Denise Abreu) visse como uma ação irresponsável mudou a vida de todos nós”, afirmou o presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do Vôo TAMJJ3054, Dario Scott.

Dario Scott, que acompanha de perto as investigações, disse que as oitivas estão em estágio avançado, mas afirmou que o inquérito esbarra na morosidade de órgão públicos. “O delegado pediu que a Infraero identificasse quem foi o responsável pela liberação da pista do Aeroporto de Congonhas após a reforma. Até hoje ele não obteve resposta”, exemplificou.

Seis meses após o acidente, os familiares também querem ter acesso à transcrição de 23 minutos de gravações da caixa preta do Airbus. “A Aeronáutica diz que não é relevante. Eu perdi minha filha única, de 14 anos, e acho relevante”, afirmou Dario Scott.

O vice-presidente da associação, Archelau Xavier, pediu que os responsáveis pelo acidente sejam presos. Da TAM, o engenheiro diz gostaria que a companhia aérea assumisse o acidente. “O acidente fica de lição para os políticos que fazem indicações (a órgãos públicos). Eles têm de refletir sobre isso. Se indicam alguém não preparado, acabam dando tiro no pé do próprio governo”, disse ele, que perdeu no acidente uma filha de 24 anos.

Fonte: G1

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Companhias serão punidas por atraso e cancelamento de vôos"

Governo deve discutir nesta semana propostas para aliviar a superlotação dos aeroportos do Estado de São Paulo

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

A nova presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Paiva Vieira, deu nota "seis, talvez sete" para o setor no Brasil, que já foi considerado equivalente ao do Primeiro Mundo e passou por sua pior crise em 2006. Segundo ela, o governo vai punir empresas por atrasos e cancelamentos de vôos.

As punições, afirmou, ocorrerão com o que "dói no bolso das empresas": o cancelamento de autorizações de vôo e da venda de bilhetes. "E vêm boas novidades para o consumidor por aí", disse Solange. Mestre em economia pela Fundação Getúlio Vargas do Rio, Solange, 38, não se preocupa com a concentração da Gol e da TAM no mercado interno - o que chamou de "duopólio competitivo"-, mas defendeu o aumento de 20% para 49% no limite de capital estrangeiro nas companhias aéreas, para aumentar a competição nos vôos internacionais.

Cheia de elogios à Gol, Solange foi dura com a Ocean Air, criticando a compra de aviões Fokker-100, que já não são mais fabricados, não têm manutenção no Brasil e estão sendo aos poucos abandonados pela TAM. Perguntada se a Ocean Air tem fôlego para ser a terceira grande brasileira, respondeu secamente que não.

Em entrevista à Folha, a primeira desde a posse, em 20 de dezembro, ela disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai analisar nesta semana uma solução para São Paulo e defendeu o terceiro aeroporto: "Acho que São Paulo vai precisar de um outro aeroporto nos próximos dez anos, e isso significa começar hoje", disse.

FOLHA - Seu antecessor, Milton Zuanazzi, demorou muito para largar o osso?

SOLANGE PAIVA VIEIRA - É. E essa lentidão fez com que a Anac, que nem tinha se formado direito, se desgastasse muito. Agora, a agência está correndo contra o relógio. Eu não sabia quando o presidente da Anac iria sair, e ele saiu justamente dois dias após meu casamento.

FOLHA - A diretoria anterior era acusada de politização e apadrinhamento. Qual o perfil da nova?

SOLANGE - A diretoria não é apenas consultiva, é também muito executiva, com perfis específicos em segurança de vôo, infra-estrutura aeroportuária e regulação no setores doméstico e internacional.

FOLHA - E a sra.? A sra. também não é do ramo.

SOLANGE - Entro nessa estrutura conciliando o trabalho de todo mundo, e brinco que já me considero do ramo. Fui secretária de Previdência Complementar apenas sete meses, mas até hoje me marcam como especialista do setor. Fiquei quatro meses na Secretaria de Aviação Civil. Ajo tecnicamente, faço escolhas profissionais.

FOLHA - Por que a operação deu certo no pico do final do ano, se continuam os mesmos aeroportos, as mesmas pistas, as mesmas companhias e os mesmos controladores? O que, afinal, gerava o caos de antes?

SOLANGE - A gente correu um grande risco, porque refez toda a malha aérea às vésperas do Natal, do dia 20 para o dia 21. O que a gente fez, com a Infraero e o Decea, foi checar horário por horário e ver se era viável.

FOLHA - Como dizer a quem enfrentou o caos que foi só a Anac fazer um ajuste na malha para tudo voltar a funcionar?

SOLANGE - O ajuste da malha é importante, e não se pode esquecer que houve dois acidentes aéreos, greve dos controladores, problemas meteorológicos. Se o aeroporto fecha por algumas horas, por uma chuva tremenda, por exemplo, as companhias vão carregar o atraso por dois ou três dias, mesmo com o céu azul.

FOLHA - Com a queda do Learjet no Campo de Marte, descobriu-se que há 12 mil jatinhos e helicópteros voando aparentemente sem controle. E o risco?

SOLANGE - O setor é muito auto-regulado, ou seja, o piloto do avião tem uma responsabilidade muito grande, e vamos investir muito em capacitação. É impossível a Anac fiscalizar todas essas 12 mil aeronaves antes da decolagem, da mesma forma que é impossível um departamento de trânsito checar todo carro, ônibus e caminhão sem farol, com pneu careca.

FOLHA - Aviões de segunda mão comprados no exterior não operam no Brasil com características desconhecidas da manutenção?

SOLANGE - Uma das nossas preocupações agora é com o Fokker-100. A fábrica dele não existe mais, e a Ocean Air está trazendo esse aparelho para cá.

FOLHA - A TAM já opera Fokker-100, que já tem uma imagem ruim por causa da queda em Congonhas.

SOLANGE - Mas a TAM tem manutenção própria, é diferente. Estamos observando e preocupados em saber quem e como a Ocean Air vai escolher para a manutenção dos seus aviões.

FOLHA - De zero a dez, que nota a senhora dá ao setor, agora que está dentro do sistema?

SOLANGE - Há cinco, dez anos, a gente tinha muita capacidade ociosa das companhias e de toda a infra-estrutura. Aí, é fácil ser bom. Hoje, eu daria seis pra gente, talvez sete. Há muito o que melhorar, e em todas as áreas, mas nós temos uma das melhores frotas de aviação regular do mundo. Os aviões da Gol são todos novos, com cinco, seis anos. A TAM está renovando toda a frota dela, retirando os Fokker-100. Nos EUA, por exemplo, há muitos aviões antigos, velhos turboélices.

FOLHA - Como compatibilizar o expressivo aumento da demanda com uma infra-estrutura praticamente estável?

SOLANGE - Eu não diria que a nossa infra-estrutura está estável, diria que cresceu menos do que o necessário. Mas vai crescer muito nos próximos anos. Um dos trabalhos que fechamos na Secretaria de Aviação Civil foi o plano para São Paulo. O ministro da Defesa vai se reunir na próxima [nesta] semana com a ministra Dilma e com o presidente [Lula] para discutir opções de investimento.

FOLHA - O terceiro aeroporto?

SOLANGE - Acho que São Paulo vai precisar de um outro aeroporto nos próximos dez anos e isso significa começar hoje. Mas, para construir um novo, é preciso um espaço monstruoso, de uns 10 mil km2, e as pessoas querem descer em locais centrais. Achar um local adequado não é uma tarefa fácil.

FOLHA - Com a área econômica cortando gastos e investimentos pós-CPMF, o projeto tem alguma chance? E o plano B?

SOLANGE - A gente já tem um terceiro aeroporto, Viracopos, e os estudos contemplam a terceira pista e o aumento da capacidade das atuais pistas de Guarulhos e da capacidade de Congonhas, o que é um exercício muito difícil. Temos de analisar também o custo-benefício.

FOLHA - No estudo que o presidente vai analisar, qual o melhor custo-benefício, o terceiro aeroporto ou investir no acesso a Viracopos?

SOLANGE - Viracopos é um aeroporto com bom potencial. Um bom sítio aeroportuário, uma estrutura de espaço aéreo excelente, com toda a lógica técnica para se investir nele. O complicador é logístico: o acesso a ele. Discute-se esse custo.

FOLHA - Do metrô?

SOLANGE - Exatamente. Um trem de 20 minutos.

FOLHA - Isso tudo, somado, não é um quebra-galho que só adia a solução real, que é o terceiro aeroporto?

SOLANGE - O terceiro aeroporto é uma opção também. Mas há um quebra-cabeça de opções. E, mesmo que a gente anuncie hoje um novo aeroporto, ele não fica pronto antes de cinco, seis anos. Então, é preciso também uma solução para os próximos cinco, seis anos.

FOLHA - Ou seja, vai ter uma solução emergencial e uma definitiva, o terceiro aeroporto?

SOLANGE - Parece que sim. O que não há dúvida nenhuma é que Congonhas e Guarulhos precisam ter um terceiro aeroporto, mas Viracopos pode ser esse terceiro aeroporto.

FOLHA - O Galeão opera com ociosidade. Não seria uma boa opção para desafogar São Paulo dos vôos internacionais?

SOLANGE - Não faz muito sentido eu dizer onde o avião "a", "b" ou "c" vai ter de descer. Eu posso e devo dizer que o máximo de Congonhas é tal, o máximo de Guarulhos é tal, mas não posso obrigar ninguém a descer no Galeão.

FOLHA - A sra. teme o duopólio de Gol e TAM?

SOLANGE - O duopólio competitivo não é nenhum ônus para a sociedade. Desde que as duas ocupam quase 90% do mercado, a gente tem visto uma concorrência grande de preços e de qualidade de serviços. A Gol trouxe um conceito de "low cost" [baixo custo] que deu uma dinâmica muito maior para o mercado. Temos concorrência no mercado doméstico, que é completamente livre, só que no internacional ainda não.

FOLHA - Quando a BRA quebrou, a Ocean Air rapidamente se ofereceu para ocupar esse espaço e ser uma das três grandes. Ela tem fôlego para isso?

SOLANGE - O que ela mostrou no final do ano e tem mostrado para a gente até agora, não.

FOLHA - A tendência, então, é manter o duopólio?

SOLANGE - Nós temos que identificar duas coisas. Uma é se o mercado brasileiro é suficiente para comportar três grandes, porque aviação precisa de escala. A gente já teve três grandes, e elas encolheram. Outra coisa é que a Anac não está criando mecanismos adequados para facilitar a entrada de novas empresas. Trabalhamos nisso.

FOLHA - Ampliando o limite do capital estrangeiro das empresas, por exemplo? Para quanto?

SOLANGE - Acho que o primeiro passo seria de 20% para 49%, que permitiria a estruturação de uma nova empresa para entrar no mercado. Isso é lei, precisa do Congresso e acho que há consenso entre vários partidos. Há projeto de até 100%, mas acho um passo muito grande para a estrutura regulatória que nós temos.

FOLHA - Com 100%, as companhias brasileiras sobrevivem?

SOLANGE - Não sei. A Gol, por exemplo, ganhou prêmio por maior eficiência de horas voadas por avião da Boeing.

FOLHA - E o "céu aberto" para as estrangeiras no Brasil, que era tabu para os militares?

SOLANGE - A evolução do mundo é por uma liberdade cada vez maior. Hoje, com exceção dos vôos para a América do Norte, quase todos os nossos vôos têm mais autorizações do que são utilizados para qualquer país. A gente dá muitas autorizações, mas as empresas não utilizam.

FOLHA - Uma das coisas que entopem os aeroportos é o excesso de segurança nos vôos domésticos, mas o 11 de Setembro não foi aqui. Pode amenizar?

SOLANGE - Já começamos a amenizar. O Brasil não precisa do mesmo nível de segurança que os EUA têm, que Londres tem, inclusive porque isso custa dinheiro. No fim do ano, tivemos congestionamento nas áreas de check-in das companhias, mas não na área de embarque da Infraero. Não precisa mais retirar o laptop da pasta, por exemplo. E vem mais até o Carnaval, não sei quais.

FOLHA - Vai ter mudança no valor ou na aplicação das multas por atrasos e cancelamentos?

SOLANGE - No valor, não há muita flexibilidade, mas a gente quer mudar o perfil da penalidade: menos multas e mais corte de autorizações de vôos, de venda de bilhetes. Regular as companhias pelo lado que dói: o bolso. Até o final de fevereiro teremos uma regra nova que exige qualidade e pontualidade. Com isso, vamos montar um índice, e os que não atingirem determinados limites serão penalizados.

FOLHA - E o "overbooking"?

SOLANGE - O ministro da Defesa está preparando um projeto que contempla essa questão. Virão boas notícias para o consumidor.

FOLHA - As empresas são concessões públicas. Como o Estado pode exigir ou estimular que assumam o chamado "osso" da aviação, os vôos necessários e não rentáveis?

SOLANGE - Em 1998, a aviação servia 180 cidades. Hoje, não chega a 140. Alguns vôos acabaram porque não eram lucrativos, porque num mercado aberto em que a gente não dá subsídios para as companhias, não faz sentido obrigá-las a voar para o lugar "a" ou "b", só se esse local envolver uma questão estratégica ou de saúde pública. Nos EUA, nestes casos, o governo tira dinheiro do Tesouro e dá subsídio cruzado.

FOLHA - É bom para o Brasil?

SOLANGE - Para locais estratégicos, não há outro jeito, a não ser subsídio. Ou a FAB faz, ou o o prestador comercial faz, mas, para isso, vai ter de ter subsídio.

FOLHA - Como explicar quase 9.000 passagens aéreas de graça para a Anac só em 2007? Há abuso?

SOLANGE - Seria prematuro eu dizer que há abuso. Esse número vem caindo, mas sempre será alto, porque a gente se desloca muito, para fiscalização. Mas agora só a diretora-presidente pode autorizar passagens internacionais e só os diretores podem autorizar as domésticas. E acabamos com os passes, não vamos mais voar sem pagar e, assim, vamos ter mais controle sobre o uso, com pedido formal.

Fonte: Folha de S.Paulo

domingo, 13 de janeiro de 2008

Queda de helicóptero mata oito no México

O helicóptero acidentado Bell 412 de matrícula XCBEP

Acidente aconteceu em uma região serrana do estado mexicano de Puebla.

Ocupantes distribuiriam brinquedos a crianças carentes.

Oito pessoas, entre elas cinco mulheres, morreram nesta sexta-feira (11) na queda de um helicóptero em uma região serrana do estado mexicano de Puebla (centro-sul), informou uma fonte oficial.

Entre as vítimas fatais está Patricia Rossano, esposa do secretário de Governo de Puebla, segundo comunicado do Executivo regional.

As outras quatro mulheres pertenciam, como Patricia, ao Voluntariado da Secretaria de Governo de Puebla, integrado por esposas de funcionários e empresários do Executivo regional e que realiza trabalhos beneficentes.

No acidente, do qual não há registro de sobreviventes, morreram também os dois pilotos da aeronave e um outro dirigente regional.

As mulheres viajavam para distribuir brinquedos a crianças carentes quando o helicóptero caiu na cidade de Tepango de Rodríguez, região serrana de Puebla, completou uma fonte da Secretaria de Segurança Pública local.

Até agora as autoridades desconhecem as causas do acidente.

Fontes: France Press / EFE

Famílias à espera de Denise Abreu

Ex-diretora da Anac foi intimada a depor na 3.ª; parentes de vítimas de acidente, ocorrido há 6 meses, preparam protesto

A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu deve comparecer, na terça-feira, à sede do 27º Distrito Policial, em São Paulo. Intimada pelo delegado Antonio Carlos Barbosa, terá de prestar depoimento sobre a pior tragédia da história da aviação brasileira: a do vôo TAM JJ3054, que há seis meses, mais exatamente no dia 17 de julho do ano passado, resultou na morte de 199 pessoas no Aeroporto de Congonhas.

Não se sabe se ela virá, uma vez que já fracassaram as duas tentativas anteriores do delegado. Mas, mesmo sem ter a certeza de sua presença, os familiares das vítimas já estão organizados para recepcioná-la, às 14 horas, na porta da delegacia, no bairro do Campo Belo, nas imediações de Congonhas, com uma manifestação de protesto. Para eles, Denise, que dirigia a agência na época do acidente, pode ser uma das responsáveis pela morte de filhos, netos, pessoas amadas.

Apontar e levar a julgamento os responsáveis pelo desastre - quando o Airbus A320 da TAM não conseguiu frear ao pousar, espatifou-se contra um edifício e pegou fogo - virou uma missão para muitas pessoas. Malu Gualberto, advogada de 52 anos, que atuava na área de sucessão familiar, desistiu de seu escritório de advocacia para dedicar-se à apuração das causas da morte de seu marido, Antonio Gualberto Filho, de 56 anos. Funcionário da TAM, ele trabalhava no edifício ao lado da pista, na sala que recebeu o primeiro impacto do avião.

“Não vou descansar enquanto não souber a verdade”, diz ela, na sala de seu apartamento, no bairro do Planalto Paulista, na zona sul. “Aquele avião não poderia ter pousado em Congonhas. Pousou porque puseram incapazes em postos que envolvem a segurança das pessoas."

No canto da mesa com tampo de vidro de sua sala repousa uma revista de circulação interna da TAM, que o marido pôs ali uma semana antes de morrer e ela não tem coragem de retirar.

O administrador de empresas Luiz Moyses, de 36 anos, desfez-se de tudo em Porto Alegre e mudou-se para São Paulo. Instalado num flat em Moema, também na zona sul, dedica-se a acompanhar a investigação do acidente no qual morreu Nádia, sua mulher, aos 33 anos.

“Em nome dela, não vou deixar esse inquérito morrer”, assegura. Ele e Nádia namoraram desde a adolescência e estiveram casados por sete anos. Uma das lembranças dela que Moysés ainda conserva foi a mensagem que enviou pelo celular, ao embarcar no Airbus. “Estou no avião. Ligo quando chegar. Beijos.”

Para conduzir melhor sua luta, eles criaram a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 e reúnem-se uma vez por mês em hotéis de São Paulo ou Porto Alegre. Tudo é custeado pela empresa aérea, em decorrência de um termo de compromisso assinado em setembro, na sede da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo.

A próxima reunião está marcada para o fim de semana que vem, num hotel da zona sul de São Paulo. Ao final, deverão ir para Congonhas e realizar mais um ato de protesto na fila de check-in da TAM, reclamando da falta de esclarecimentos.

O presidente da associação é o professor de Matemática Dario Scott, de 44 anos, morador de Porto Alegre. “Nosso objetivo é descobrir o que aconteceu”, explica. “Não tem sido fácil, porque o inquérito é dificultado pela lentidão das autoridades federais na liberação dos documentos que estão em seu poder. Na transcrição que nos entregaram do material da caixa preta, com 30 minutos, faltam 23 minutos. Cobramos o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, e responderam que não é relevante. Pode não ser, mas temos direito de ouvir.”

A única filha do professor, a menina Thaís, de 14 anos, tinha embarcado no Airbus com o objetivo de passar o restante das férias de julho na casa dos avós, em São Paulo. Ele e a mulher, Ana, de 48 anos, ainda choram todos os dias. “Ela era a alegria da casa”, diz Dario.

Foi só às vésperas do Natal que eles se desfizeram de roupas e brinquedos da filha, doando quase tudo para crianças pobres. “Estamos pensando em recomeçar”, conta o professor. “Estamos tentando um novo filho. Se não conseguirmos, vamos buscar a adoção.”

Thaís tinha convidado para a viagem a amiga Rebeca Haddad, também de 14 anos. Seu pai, o consultor de empresas Christophe Haddad, francês de 41 anos, 30 dos quais vividos no Brasil, também faz parte da diretoria da associação; e sua segunda mulher, Ana Behs, de 43, é voluntária na assessoria de comunicação da entidade.

Haddad, que também é pai de um garoto de 12 anos, diz estar convencido de que a tragédia não foi acidental. “Pelo que estamos vendo no inquérito policial, houve dolo, houve uma seqüência de negligências. Estamos acompanhando para evitar que acabe em pizza, como aconteceu com as duas CPIs do Apagão Aéreo.”

No dia do acidente, Haddad chegou em casa no começo da noite e ligou a TV, para ver novela. “De repente entrou aquela música de edição extraordinária da Globo. Eu fiquei assistindo. Vi, da sala da minha casa, minha filha ser cremada.”

Para vencer o dia-a-dia, o consultor está recorrendo à ajuda de um psicólogo. O filho, a ex-mulher, a madrasta e os avós de Rebeca também freqüentam terapeutas - cujos serviços são pagos pela TAM, dentro do mesmo acordo assinado em setembro.

Nas conversas com os parentes, as queixas voltam-se quase sempre contra o governo federal. A paulistana Lili Mello, de 40 anos, diz que nunca vai esquecer o gesto obsceno que Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República, fez quando soube que a causa do acidente poderia ter sido uma falha mecânica. “Ele riu da morte do meu marido. Deveria ter sido demitido na hora.”

O marido de Lili, o engenheiro Andrei Mello, foi uma das quatro vítimas cujos corpos, de tão destruídos, não puderam ser identificados pelo Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo.

Fonte: O Estado de S. Paulo