sábado, 7 de dezembro de 2024

Aconteceu em 7 de dezembro de 1965: A queda do DC-3 da Spantax nas Ilhas Canárias logo após a decolagem


Em 7 de dezembro de 1965, o avião Douglas C-47A-25-DK (DC-3), prefixo EC-ARZ, da Spantax (foto abaixo), operava um voo doméstico não regular de Tenerife para Las Palmas, nas Ilhas Canárias. A bordo estavam 28 passageiros e quatro tripulantes.


O avião decolou da pista 30 do aeroporto de Tenerife com plano de voo IFR às 18h30 e desapareceu da vista do controlador da torre em nuvens baixas cerca de 500 m antes do final da pista. 

Segundo o controlador da torre, o piloto reconheceu as últimas instruções da torre dois minutos após a decolagem e não restabeleceu o contato posteriormente. 

A aeronave só foi vista alguns momentos antes do acidente, que se presumiu ter ocorrido entre 18h34 e 18h40 horas, segundo testemunhas. 

Posteriormente, foi determinado que o avião mergulhou e caiu a poucos quilômetros do campo de aviação, matando todos os 32 ocupantes, a maioria deles turistas escandinavos.


À luz da investigação, a causa deste acidente foi considerada desconhecida, tendo sido, portanto, classificada como “indeterminada”. 

No entanto, os motivos que podem ter causado o giro da aeronave estão listados abaixo: Uma causa provável foi uma falha na bomba de sucção ou no sistema de vácuo. Se o sistema de vácuo tivesse falhado no horizonte artificial, o giroscópio direcional e o indicador de rotação e inclinação teriam se tornado inoperantes. Uma falha deste tipo, agravada pela turbulência, privaria o piloto dos meios de controlar a aeronave que, nestas condições, poderia ter estolado uma ou mais vezes. 


Outra causa que pode ter produzido um giro foi entrar em turbulência muito severa, com perda de controle levando ao estol. A falha do motor não foi considerada provável, embora não tenha sido descartado o mau funcionamento de uma das hélices. Considerou-se que o piloto teria alertado a torre caso ocorresse uma emergência, ao passo que foi considerado improvável que o tivesse feito se os instrumentos falhassem ou se encontrasse turbulência severa, pois nestas circunstâncias toda a sua atenção teria sido concentrada na tentativa de restaurar a atitude normal da aeronave.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN e baaa-acro

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