quinta-feira, 7 de março de 2024

Exército Brasileiro deverá, em breve, comprar helicópteros de ataque

O Exército Brasileiro caminha para mais uma tentativa de ter uma aviação de ataque para apoio às tropas de solo.

Airbus Tiger (Foto: DepositPhotos)
Durante toda a existência do Exército Brasileiro, nunca um helicóptero foi de fato disposto 100% para o ataque, sendo limitado ao uso do Airbus H125 Esquilo adaptado para lançamento de foguetes não guiados de 70mm, além do uso de canhões.

O mais próximo disso que o Brasil chegou foi com o Mil Mi-35M Hind, a versão de exportação do russo Mi-24V mas com aviônica ocidental, neste caso de Israel. Foi uma compra de oportunidade para fazer contrabalanço comercial com Moscou, que havia tirado as restrições para importação de carne brasileira para o país.

Este foi operado pela Força Aérea Brasileira com base em Boa Vista, em Roraima, em apoio às missões de interceptação do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM. No entanto, devido às complicações conhecidas da logística russa, o helicóptero ficou apenas 10 anos em operação e foi retirado de serviço pouco antes da Rússia invadir a Ucrânia.

No final da década passada várias empresas apresentaram os seus helicópteros para o Exército, incluindo a Airbus com o Tiger e também a TAI (Turkish Aerospace Industries) que levou para o Brasil em um avião Ilyushin IL-76 duas unidades do T129 ATAK, a versão de fabricação local do italiano A129 Mangusta da Leonardo, como mostra o vídeo abaixo:


Inclusive, a Leonardo também já propôs antes o Mangusta para o Brasil, sendo uma das favoritas na provável e futura corrida, dada a grande presença da Leonardo no país e também o fato do substituto do A129, o AW249 Fenice, estar em fase de desenvolvimento, e ser uma grande oportunidade para o Exército comprar uma aeronave novíssima e de um parceiro histórico, a Itália.

Anteriormente, os EUA também ofereceram unidades usadas do Bell AH-1W, o que foi recusado pela força brasileira. Agora, o Exército está de olho novamente para escolher um helicóptero de ataque, como um oficial da força falou durante a International Military Helicopter (IMH) 2024, conferência do setor organizada pela DefenceIQ.

Segundo o Coronel Marco Aurélio de Castro, Chefe do Estado-Maior do Comando de Aviação do Exército Brasileiro, a força irá discutir num encontro no próximo mês a aquisição destas aeronaves.

A grande vantagem para o Exército com as aeronaves é a capacidade de neutralizar blindados e tanques inimigos, canhão rotativo para maior precisão e alcance, diminuindo chance de dano colateral, e olhando para o futuro, lançamento de drones a partir de helicópteros.


Vale destacar que o Exército também deve comprar este ano em torno de 20 helicópteros Sikorsky UH-60 Blackhawk para substituir o Airbus H215 Super Puma e os Blackhawks mais antigos.

Nenhum comentário: