segunda-feira, 5 de junho de 2023

Avião sobrevoa capital dos EUA, não responde chamada, é perseguido por caças da aeronáutica e bate em montanhas

Quatro pessoas estavam a bordo do Cessna, de acordo com fontes não identificadas. Os caças a jato não causaram o acidente, segundo um oficial dos EUA.

Imagens de radar mostram rota feita pelo avião (Imagem: FlightRadar/Reuters)
O avião Cessna 560 Citation V, prefixo N611VG, de propriedade da empresa Encore Motors of Melbourne Inc, violou o espaço aéreo da capital dos Estados Unidos, Washington DC, e o piloto não estava respondendo os chamados dos militares pelo rádio neste domingo (4). Os militares enviaram caças F-16 para perseguir o avião, que acabou se chocando em uma área montanhosa no estado da Virgínia.

Quatro pessoas estavam a bordo do Cessna, de acordo com a agência de notícias Reuters. Segundo a polícia, equipes de resgate foram ao local onde o avião caiu, mas não encontraram sobreviventes.

Os caças a jato não causaram o acidente, conforme um oficial dos EUA.

Os sites que fazem rastreamento de voos mostraram que a aeronave caiu rapidamente, em espiral. Em um momento, o Cessna estava caindo a uma velocidade de cerca de 550 quilômetros por hora para baixo antes de se chocar.

Segundo as autoridades norte-americanas, o avião decolou do Aeroporto de Elizabethton, no Tennessee, e pousaria no Aeroporto Long Island MacArthur, em Nova York. A distância é de cerca de 1.000 km.

Antes de chegar ao aeroporto de Long Island, o avião fez uma volta e mudou de direção, indo em linha reta em direção à capital dos Estados Unidos.

Como o avião caiu?


Sites que fazem rastreamento de voos mostraram que a aeronave perdeu altitude rapidamente, em espiral. Os registros mostram que o Cessna estava caindo a uma velocidade de 550 km/h.

A aeronave caiu em uma área montanhosa, o que fez com que as equipes de resgate demorassem horas para chegar ao local.

Uma autoridade dos EUA disse que os caças que perseguiram a aeronave não provocaram o acidente. Acredita-se que o Cessna estava no piloto automático.

Quem são as vítimas?


O avião, que é um Cessna, está registrado no nome da Encore Motors, que é uma empresa com sede na Flórida. O proprietário da companhia disse ao jornal "The Washington Post" que a aeronave levava a filha dele, um neto e a babá da criança.

"Não sabemos nada sobre o acidente", afirmou John Rumpel ao jornal.

Até a publicação desta reportagem, as autoridades não haviam divulgado uma lista com vítimas. Além disso, a polícia não deixou claro se havia encontrado corpos.

Por outro lado, autoridades do estado da Virgínia disseram que equipes de resgate não encontraram sobreviventes no local do acidente.

Por que caças foram acionados?


Caça F-16 durante exibição em 2019 (Foto: Aijaz Rahi/Associated Press/Arquivo)
Nos Estados Unidos e no Canadá, o espaço aéreo é supervisionado pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, na sigla em inglês). O comando é uma organização militar binacional.

Segundo as autoridades, o piloto do Cessna violou o espaço aéreo da capital dos Estados Unidos e não respondeu a chamados dos militares, que foram feitos por rádio.

Os militares, então, foram autorizados a enviar caças F-16 da Guarda Nacional Aérea. As autoridades informaram que os caças usaram sinalizadores na tentativa de chamar a atenção do piloto do Cessna.


"As aeronaves do Norad foram autorizadas a viajar em velocidades supersônicas", disse a organização em um comunicado.

O que é o Norad?


A organização responsável pela supervisão do espaço aéreo nos EUA é o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad). É uma organização militar binacional formada pelos EUA e Canadá.

A entidade é responsável pelo alerta aeroespacial, controle aeroespacial e alerta marítimo na defesa da América do Norte. Sua principal missão é detectar, dissuadir e defender contra possíveis ameaças aeroespaciais.

Os caças F-16 da Guarda Nacional Aérea foram enviados da Base de Andrews, no estado de Maryland.

Incidentes em que pilotos não dão resposta à Norad não são comuns, mas já ocorreram no passado.

Via g1

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