Um avião monomotor do governo do Paraná, com vacinas contra a Covid-19 a bordo, acabou entrando em rota de colisão com o Boeing 737-8EH (WL), prefixo PR-GUC, da Gol Linhas Aéreas, em Curitiba. Contudo, os aviões manobraram em tempo e evitaram um acidente aéreo.
O caso aconteceu por volta das 12h50 desta terça-feira (19). O avião Cessna 208B Grand Caravan, prefixo PP-MMS, do Governo do Paraná, havia decolado do aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, com destino a Londrina.
O monomotor levava doses da vacina CoronaVac. O voo G3 1212 da Gol vinha do aeroporto de Guarulhos (grade São Paulo) e iria pousar no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba).
Nisso, o monomotor fez uma curva à direita e entrou na rota do avião da Gol. De acordo com um áudio de Controle Aéreo, obtido pelo Aeroin, uma controladora de voo avisou o avião da Gol a abandonar a aproximação ao Afonso Pena, para não colidir com o monomotor.
Os pilotos da Gol fizeram uma curva para evitar a colisão e agradeceram. Depois, o monomotor informou que corrigiu a rota para a curva prevista, que era para a esquerda e não à direita. O avião de pequeno porte seguiu para Londrina e o avião da Gol pousou sem problemas em são José dos Pinhais.
O incidente – chamado de “close call”, quando um acidente fica perto de acontecer – será alvo de investigação.
A Casa Civil emitiu uma nota sobre o ocorrido, na qual explica a trajetória a uma 'atitude inesperada' do piloto automático do avião. Veja a nota na íntegra:
Em atenção ao incidente havido no dia de hoje (19/01/2021), envolvendo aeronave Grand-Caravan, prefixo PP-MMS, do Estado do Paraná, e de aviação comercial, no terminal do aeroporto Afonso Pena, em Curitiba/PR, a Casa Militar da Governadoria tem o seguinte a informar:
Segundo relato do comandante da aeronave prefixo PP-MMS, após todos os procedimentos técnicos de decolagem, o piloto automático, devidamente acoplado, apresentou uma atitude inesperada, curvando à direita. Diante disso, a tripulação tomou os procedimentos técnicos necessários, porém este não respondeu de imediato, e que logo após foi obtida a informação de tráfego. Nesse momento, foi desacoplado o piloto automático e retomado o procedimento de decolagem sem o auxílio do equipamento.
Ressaltamos que não houve um acidente, mas um incidente, o qual foi devidamente reportado às autoridades aeronáuticas. Dentro da dinâmica da aviação, foram tomadas as medidas técnicas mitigadoras para manter a segurança de voo. Isso significa que a tripulação estava atenta e segura em seus procedimentos.
Após a Casa Militar tomar conhecimento do fato, determinou que a aeronave permanecesse em solo, até a intervenção de manutenção. Nesse tocante, destacamos que todas as aeronaves sob responsabilidade do órgão estão com suas manutenções em dia. Em relação ao incidente, sem prejuízo da apuração aeronáutica, a Casa Militar irá realizar uma averiguação interna do ocorrido.
Via Bem Paraná
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