domingo, 19 de junho de 2011

Famoso disco voador era apenas avião soviético, segundo jornalista americana

Jornalista desvenda caso Roswell e diz que não passou de tentativa de apavorar os EUA


Se as teorias conspiratórias sobre ETs fossem religião, provavelmente a cidade sagrada de seus adeptos seria a base militar conhecida como Área 51, no estado americano do Nevada. Para lá teriam sido levados extraterrestres que estavam a bordo de um disco voador que supostamente caiu em Roswell, no Novo México, em 1947. Segredos da base foram revelados pela jornalista americana Annie Jacobsen, que apresenta, em livro recém-lançado, nova teoria para o caso Roswell: em vez de alienígena, a ‘nave’ era... comunista.

Para escrever ‘Área 51, uma história sem censura’, Jacobsen entrevistou militares e ex-funcionários que serviram na misteriosa base da Força Aérea dos EUA. Um engenheiro aposentado relatou a mais bizarra explicação para o incidente de Roswell, ocorrido em plena Guerra Fria entre EUA e União Soviética: o que caiu em território americano era, na verdade, um avião pilotado remotamente por soviéticos.

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A parte mais estranha ainda ainda está por vir: a aeronave, modelo Horton 229, era tripulada por “cobaias humanas”, deformadas de propósito com o auxílio do médico nazista Josef Mengele, para parecerem alienígenas. “Eram cobaias humanas. Pequenos para pilotos, pareciam ser crianças”, escreveu a americana.

A trama teria sido arquitetada pelo líder comunista Josef Stalin, com o objetivo de instaurar o pânico nos EUA. Ainda não está claro como Mengele teria ‘criado’ pilotos deformados, mas ele ficou conhecido por ter feito experiências com judeus em campos de concentração. Ele fugiu para a Argentina na década de 40 e viveu no Brasil antes de morrer.

Apesar de sustentar que não havia ‘aliens’ em Roswell, Jacobsen não frustra quem torce pela existência deles. E garante ter conversado com funcionários da Área 51 que dizem que há muitos mistérios da base a serem desvendados.

Projetos secretos e espionagem

A Área 51 pode não ter sido palco da necropsia de ‘homenzinhos verdes’ de outros planetas, mas abrigou, comprovadamente, muita coisa estranha, segundo o livro. A base, desde 1955, passou a ser o cenário de testes, em plena Guerra Fria, de alguns dos projetos de aeronaves americanas mais avançados da época. Também lá eram analisados aviões soviéticos capturados.

Entre os caças que foram testados na base estão os U-2, A-12, SR-71 Blackbird e os bombardeiros da família F-117 Nighthawk. Todos eram projetos de aviões que deveriam penetrar nas defesas inimigas sem ser detectados por radares. Parte da tecnologia desenvolvida lá teria sido aproveitada até no programa espacial americano.

Além disso, pelo menos dois modelos de aviões soviéticos da Guerra Fria capturados — Mig 17 e Mig 21 — foram destrinchados, e sua tecnologia, analisada na base aérea.

Para escrever o livro, Jacobsen afirma ter entrevistado 74 pessoas com alguma ligação com a Área 51, entre elas 32 que serviram e até moraram na base durante anos.

Fonte: João Ricardo Gonçalves (O Dia) - Arte: O Dia - Outras imagens: Reprodução

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