sábado, 6 de fevereiro de 2010

Burocracia põe em risco operações aéreas da PM do Rio

Ficaram apenas nas promessas as metralhadoras Minimi, com capacidade para efetuar 200 disparos em apenas 15 segundos, óculos de visão noturna e outros equipamentos, todos específicos para operações policiais com helicóptero e previstos nos planos da Secretaria de Segurança desde os Jogos Pan-Americanos de 2006. Segundo reportagem de Ana Claudia Costa, um ofício do governador Sérgio Cabral enviado ao Ministério da Defesa, em novembro do ano passado, pedindo para que seja alterada a portaria número 23 do Exército - que permite apenas às Forças Armadas e à Polícia Federal o uso de determinados armamentos - ainda está sem resposta. Segundo o ministério, a solicitação está em análise.

O pedido de empréstimo de armas similares feito em outubro passado pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ao comando do Terceiro Comando Aéreo Regional (Comar), da Aeronáutica, também não teve retorno. Ambas reivindicações foram feitas dias após a queda do helicóptero da Polícia Militar, abatido por tiros em outubro durante um confronto com traficantes no Morros dos Macacos, em Vila Isabel. A Secretaria de Segurança também aguarda a chegada de dois helicópteros da FAB que não estão sendo mais usados. As aeronaves AF-55 seriam adaptadas para o trabalho das polícias Civil e Militar.

Policiais civis do Serviço Aéreo Policial (Saer), que enfrentam as armas de guerra do tráfico durante as operações, defendem o uso de alguns armamentos hoje restritos às forças federais. O piloto da Polícia Civil Adonis Lopes argumenta que a metralhadora Minimi (calibre .223), por exemplo, tem maior precisão e ajudaria a proteger os policiais que estão em operação em terra.

Fonte: Agência O Globo via Yahoo! Notícias

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