O projeto do Sistema Geoestacionário Brasileiro (SGB), que ficou parado de 2005 até 2008, foi retomado pela AEB no final do ano passado. A agência fez um chamamento público para contratar estudos que atestem a viabilidade técnica, econômica e jurídica do projeto. Dentro de uma semana a AEB deve escolher, entre três consórcios, o vencedor do chamamento que em noves meses deverá apresentar os estudos.
O SGB é uma vontade do governo federal em ter um sistema satelital próprio para servir o Ministério da Defesa – que hoje utiliza dois transponders em banda X nos satélites C1 e C2 da StarOne –, para controle do tráfego aéreo e para aplicações na área da meteorologia, o que é particularmente importante para o País devido à grande participação do agronegócio na balança comercial brasileira.
Como o custo do projeto é elevado, uma das soluções na mesa é a participação do setor privado através de uma PPP. O projeto ainda está numa fase bastante incipiente. Thirso Vilella, diretor de satélites aplicações e desenvolvimento da AEB, explica que esse estudo vai justamente mostrar a viabilidade, do ponto de vista jurídico, de utilização de uma PPP para a construção e operação de um sistema satelital. Além disso, o estudo pretende investigar a viabilidade econômica do projeto e a forma de participação do parceiro privado. "Aparentemente existe uma grande possibilidade de que o modelo de PPP vá para frente", afirma Thirso Vilella. Uma outra possibilidade de financiamento do projeto, com menos chances de dar certo, é a co-participação orçamentária entre vários ministérios.
Thirso explica que o SGB não é um sistema para uso exclusivamente do governo. Dessa forma, o consórcio vencedor poderá vender no mercado a capacidade excedente. "É como se eu contratasse um avião para me levar a um determinado lugar. Não me importo se outros passageiros viajarem junto", exemplifica.
Defesa
O Ministério da Defesa calcula que em três anos a capacidade dos transponders que ocupa deverá não ser mais suficiente. O Coronel Paulo Mourão Pietroluongo, gerente da divisão de projetos especiais do Ministério da Defesa, ainda lembra que caso o Brasil ocupe mesmo um assento no Conselho de Segurança da ONU, deverá aumentar muito a participação do País como mediador em conflitos internacionais, o que gera mais demanda por comunicação. Segundo ele, hoje o Brasil tem 40 terminais em banda X o que não é suficiente para equipar todos os navios e aviões. A necessidade brasileira, segundo ele, é poder ter cerca de 200 terminais em 10 anos. Comparativamente, o coronel mencionou que a Espanha tem dois satélites de uso exclusivo militar e mais de 350 terminais. Lá o sistema é operado por uma empresa – que tem capital do governo, a Hisdesat. França e Inglaterra também têm satélites próprios, mas a operação do sistema fica a carga dos próprios ministérios de defesa de cada País.
Para o Ministério da Defesa, um outro problema que existe é a duração do contrato. Hoje o contrato com a StarOne segue as regras usuais do mercado e, portanto, a cada ano tem de ser renovado. Para o Coronel Pietroluongo, o "melhor dos mundos" seria um satélite exclusivamente para uso militar. Como o custo disso é muito alto, o ministério gostaria que os contratos tivessem duração maior. Com o SGB esse problema não existiria.
Fonte: Teletime News - Arte ATECH
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Saiba mais sobre os Sistema Geoestacionário Brasileiro (SGB), AQUI.
O SGB é uma vontade do governo federal em ter um sistema satelital próprio para servir o Ministério da Defesa – que hoje utiliza dois transponders em banda X nos satélites C1 e C2 da StarOne –, para controle do tráfego aéreo e para aplicações na área da meteorologia, o que é particularmente importante para o País devido à grande participação do agronegócio na balança comercial brasileira.
Como o custo do projeto é elevado, uma das soluções na mesa é a participação do setor privado através de uma PPP. O projeto ainda está numa fase bastante incipiente. Thirso Vilella, diretor de satélites aplicações e desenvolvimento da AEB, explica que esse estudo vai justamente mostrar a viabilidade, do ponto de vista jurídico, de utilização de uma PPP para a construção e operação de um sistema satelital. Além disso, o estudo pretende investigar a viabilidade econômica do projeto e a forma de participação do parceiro privado. "Aparentemente existe uma grande possibilidade de que o modelo de PPP vá para frente", afirma Thirso Vilella. Uma outra possibilidade de financiamento do projeto, com menos chances de dar certo, é a co-participação orçamentária entre vários ministérios.
Thirso explica que o SGB não é um sistema para uso exclusivamente do governo. Dessa forma, o consórcio vencedor poderá vender no mercado a capacidade excedente. "É como se eu contratasse um avião para me levar a um determinado lugar. Não me importo se outros passageiros viajarem junto", exemplifica.
Defesa
O Ministério da Defesa calcula que em três anos a capacidade dos transponders que ocupa deverá não ser mais suficiente. O Coronel Paulo Mourão Pietroluongo, gerente da divisão de projetos especiais do Ministério da Defesa, ainda lembra que caso o Brasil ocupe mesmo um assento no Conselho de Segurança da ONU, deverá aumentar muito a participação do País como mediador em conflitos internacionais, o que gera mais demanda por comunicação. Segundo ele, hoje o Brasil tem 40 terminais em banda X o que não é suficiente para equipar todos os navios e aviões. A necessidade brasileira, segundo ele, é poder ter cerca de 200 terminais em 10 anos. Comparativamente, o coronel mencionou que a Espanha tem dois satélites de uso exclusivo militar e mais de 350 terminais. Lá o sistema é operado por uma empresa – que tem capital do governo, a Hisdesat. França e Inglaterra também têm satélites próprios, mas a operação do sistema fica a carga dos próprios ministérios de defesa de cada País.
Para o Ministério da Defesa, um outro problema que existe é a duração do contrato. Hoje o contrato com a StarOne segue as regras usuais do mercado e, portanto, a cada ano tem de ser renovado. Para o Coronel Pietroluongo, o "melhor dos mundos" seria um satélite exclusivamente para uso militar. Como o custo disso é muito alto, o ministério gostaria que os contratos tivessem duração maior. Com o SGB esse problema não existiria.
Fonte: Teletime News - Arte ATECH
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