As mães de duas adolescentes que viajaram para a Disney na mesma excursão de Jacqueline Ruas (foto), 15 anos, que morreu durante o voo de retorno ao Brasil, acusam a agência de turismo Tia Augusta de omissão. Edione Bento Prata, 46 anos, - mãe de Laryssa, a menina que percebeu que a amiga não respirava - e Carla Soares de Faria, 39 anos, mãe de Fernanda, de 16 anos, outra adolescente que estava na excursão, foram à delegacia registrar um boletim de ocorrência, de caráter não criminal, para reclamar de omissão e negligência no caso.
Segundo Carla, Fernanda também passou mal na viagem, mas a família não foi avisada. A mãe afirmou que os problemas com a estudante começaram logo nos primeiros dias da viagem. Na noite do dia 26 de julho, a adolescente teria reclamado de fortes dores abdominais, chegando até a vomitar. No dia seguinte, um médico teria ido até o local e receitado alguns comprimidos.
A jovem, segundo a autônoma, fez ainda um teste para verificar se estava com a nova gripe, que deu negativo.
- Ela tentou ligar no meu aniversário para falar que estava doente, mas não conseguiu. Ela passou mal na segunda-feira, e somente na quinta conseguiu me ligar para contar o que aconteceu. Ela estava chorando - disse Carla.
Para ela, a empresa de turismo foi displicente no atendimento a sua filha.
- Ninguém me ligou para dizer que a Fernanda havia ficado doente. Tentei vários contatos com a empresa, inclusive pelo e-mail do site da Tia Augusta, e até agora ninguém me retornou - reclama.
A mãe diz que Fernanda deixou o avião chorando.
- Ela foi a primeira a sair e veio correndo nos meus braços, desesperada, falando que a amiga tinha morrido. Todos os outros pais que estavam no local entraram em pânico - lembra.
Carla Soares afirma que a filha ficou traumatizada com a morte de Jacqueline. Diz que, desde que voltou para o Brasil, a filha até hoje não colocou os pés na rua.
- Ela não está bem. Está assustada, doente e com febre. Estou revoltada - reclama.
Edione Bento Prata, mãe de Laryssa, disse que todos no avião viram que Jacqueline havia morrido a bordo.
- Todo mundo viu os médicos tentarem reanimá-la e levá-la para os fundos do avião, quando a embrulharam em cobertores e a colocaram deitada. A guia voltou chorando. Todo mundo entendeu o que havia acontecido.
Para ela, a adolescente não tinha condições de embarcar.
- Houve muita omissão. Não prestaram socorro a ela em nenhum momento. A minha filha diz que ela estava tão fraca que não conseguia fazer as malas, não tinha condições de embarcar - diz ela.
Edione afirmou que o boletim de ocorrência foi feito para demonstrar apoio à família da Jacqueline
- Todo mundo viu que ninguém fez o que deveriam ter feito para salvá-la - afirmou, acrescentando que a filha está com problemas psicológicos, agressiva.
A agência de turismo Tia Augusta disse que a família da estudante Jacqueline Ruas sempre foi informada sobre o estado de saúde da adolescente. A tia da garota, Magda da Paz Santos, de 39 anos, afirmou que a guia de turismo não informou que a menina estava com pneumonia, e que a família pretende processar a Tia Augusta Turismo por negligência.
A empresa disse que ofereceu aos pais, ou outro familiar, uma viagem para Orlando (EUA) para que possam ter acesso aos resultados dos exames realizados pela estudante no Hospital Celebration. Entre eles a radiografia do pulmão e o teste para detectar se a menina estava com a gripe A, que deu resultado negativo. "Não é verdade, portanto, que a Tia Augusta Turismo tenha sonegado qualquer tipo de informação. Foi informado à família que o hospital em Orlando só fornece os exames. a partir do pedido da própria família", diz o comunicado da agência.
A Tia Augusta diz que "entrou em contato com os familiares dos jovens que estavam no mesmo grupo de Jacqueline para explicar os procedimentos adotados durante a viagem em relação à Jacqueline."
A empresa disse que ainda não teve retorno dos comunicados enviados ao Ministério da Saúde e à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, onde pede informações junto ao hospital e as autoridades americanas, para conhecer com detalhes todos os procedimentos adotados no Hospital Celebration, que deu alta para a adolescente no atendimento emergencial realizado na madrugada do dia 31 de julho.
Fonte: Rodrigo Ferreira e Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo
Segundo Carla, Fernanda também passou mal na viagem, mas a família não foi avisada. A mãe afirmou que os problemas com a estudante começaram logo nos primeiros dias da viagem. Na noite do dia 26 de julho, a adolescente teria reclamado de fortes dores abdominais, chegando até a vomitar. No dia seguinte, um médico teria ido até o local e receitado alguns comprimidos.
A jovem, segundo a autônoma, fez ainda um teste para verificar se estava com a nova gripe, que deu negativo.
- Ela tentou ligar no meu aniversário para falar que estava doente, mas não conseguiu. Ela passou mal na segunda-feira, e somente na quinta conseguiu me ligar para contar o que aconteceu. Ela estava chorando - disse Carla.
Para ela, a empresa de turismo foi displicente no atendimento a sua filha.
- Ninguém me ligou para dizer que a Fernanda havia ficado doente. Tentei vários contatos com a empresa, inclusive pelo e-mail do site da Tia Augusta, e até agora ninguém me retornou - reclama.
A mãe diz que Fernanda deixou o avião chorando.
- Ela foi a primeira a sair e veio correndo nos meus braços, desesperada, falando que a amiga tinha morrido. Todos os outros pais que estavam no local entraram em pânico - lembra.
Carla Soares afirma que a filha ficou traumatizada com a morte de Jacqueline. Diz que, desde que voltou para o Brasil, a filha até hoje não colocou os pés na rua.
- Ela não está bem. Está assustada, doente e com febre. Estou revoltada - reclama.
Edione Bento Prata, mãe de Laryssa, disse que todos no avião viram que Jacqueline havia morrido a bordo.
- Todo mundo viu os médicos tentarem reanimá-la e levá-la para os fundos do avião, quando a embrulharam em cobertores e a colocaram deitada. A guia voltou chorando. Todo mundo entendeu o que havia acontecido.
Para ela, a adolescente não tinha condições de embarcar.
- Houve muita omissão. Não prestaram socorro a ela em nenhum momento. A minha filha diz que ela estava tão fraca que não conseguia fazer as malas, não tinha condições de embarcar - diz ela.
Edione afirmou que o boletim de ocorrência foi feito para demonstrar apoio à família da Jacqueline
- Todo mundo viu que ninguém fez o que deveriam ter feito para salvá-la - afirmou, acrescentando que a filha está com problemas psicológicos, agressiva.
A agência de turismo Tia Augusta disse que a família da estudante Jacqueline Ruas sempre foi informada sobre o estado de saúde da adolescente. A tia da garota, Magda da Paz Santos, de 39 anos, afirmou que a guia de turismo não informou que a menina estava com pneumonia, e que a família pretende processar a Tia Augusta Turismo por negligência.
A empresa disse que ofereceu aos pais, ou outro familiar, uma viagem para Orlando (EUA) para que possam ter acesso aos resultados dos exames realizados pela estudante no Hospital Celebration. Entre eles a radiografia do pulmão e o teste para detectar se a menina estava com a gripe A, que deu resultado negativo. "Não é verdade, portanto, que a Tia Augusta Turismo tenha sonegado qualquer tipo de informação. Foi informado à família que o hospital em Orlando só fornece os exames. a partir do pedido da própria família", diz o comunicado da agência.
A Tia Augusta diz que "entrou em contato com os familiares dos jovens que estavam no mesmo grupo de Jacqueline para explicar os procedimentos adotados durante a viagem em relação à Jacqueline."
A empresa disse que ainda não teve retorno dos comunicados enviados ao Ministério da Saúde e à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, onde pede informações junto ao hospital e as autoridades americanas, para conhecer com detalhes todos os procedimentos adotados no Hospital Celebration, que deu alta para a adolescente no atendimento emergencial realizado na madrugada do dia 31 de julho.
Fonte: Rodrigo Ferreira e Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo
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