Empresa disse que 21 pessoas ficaram feridas no voo.
Depois do susto por ter o rosto machucado em uma queda durante turbulência em um voo na noite desta segunda-feira (25), em São Paulo, a empresária Marilda Torres, de 56 anos, tomou duas decisões: não vai mais voar de TAM e quer processar a empresa. No Airbus A330-200, que levava 154 passageiros, 21 pessoas ficaram feridas. Pelo menos duas continuavam internadas até as 13h30 desta terça-feira (26).
“Vou entrar com o processo para reparar os danos. Será que o radar não viu [que viria zona turbulenta?]”, questionou a empresária, que tinha levantado para levar uma bandeja de comida até a cozinha, distante quatro fileiras de onde ela estava. “Eu subi para o teto e senti minhas pernas flutuando. Comecei a gritar. Foi uma coisa de outro mundo. Achei que o avião ia cair e tinha chegado a minha hora”, afirmou ela nesta terça, lembrando o momento em que caiu sentada.
Marilda teve cortes no supercílio e no nariz, além de ter ficado com o olho roxo. “Acho que uma mala caiu em cima de mim”. Ela precisou se arrastar até chegar ao assento. O marido da empresária estava sentado ao lado e não sofreu ferimentos. “Uma senhora foi até lá em cima. Chegou a amassar o teto”, relatou Marilda.
De acordo com ela, o aviso para afivelar o cinto só apareceu depois da primeira queda. “Se o comandante tivesse avisado eu não teria levantado”, disse. Entre os feridos, havia um homem que teve a prótese na perna deslocada. Ele ficou estirado no chão até o momento do pouso. "A mulher dele chorava e dizia que a prótese do quadril tinha se deslocado".
Direitos
Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, José Eduardo Tavolieri disse que, se o aviso para atar os cintos só foi dado depois da primeira perda de altitude, como dizem os passageiros, a TAM pode ser responsabilizada. “A empresa não conseguiu a tempo prever o problema”, justificou o advogado sobre a suposta situação. A assessoria de imprensa da companhia aérea foi procurada, mas, até as 14h30, não havia dado retorno.
Também advogado e passageiro do voo JJ-8095, Alexandre Aleixo, de 38 anos, confirmou que todos foram pegos de surpresa e havia muita gente sem cinto de segurança. “Foi muito inesperado. Num primeiro momento, você nem raciocina. Fica agarrado à cadeira e na expectativa”, contou.
De acordo com ele, a aeronave, que vinha de Miami e pousou no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deu “dois trancos”. “O segundo foi violentíssimo”. Aleixo também viu o passageiro ferido estendido no chão. “O comandante pediu que aqueles que estivessem perto o segurassem. Se não fosse com as mãos, que fosse com os pés”.
Fonte: G1
Um comentário:
" será q o radar não viu?" eu entendo o susto e medo,mas o radares meteorologicos n podem detectar turbulencia de ceu claro,se foi o caso! O q se deve questionar é quanto ao procedimento de usar ou não os cintos e a empresa usa procedimentos padrões internacionais,e esse tipo de acontecimento não é a primeira vez q acontece!
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