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Um convênio entre os dois países permitiu a instalação da Base Área dos Estados Unidos por dez anos (a base se retiraria em novembro deste ano). Desde que assumiu a presidência, Correa foi incisivo não só em não renovar o contrato, como pediu a retirada da forças militares dos EUA do território equatoriano.
Com o argumento de ser utilizada no combate ao narcotráfico, a base tinha permissão para sobrevoar todo o território equatoriano. No entanto, ao longo destes anos foram várias as denúncias encaminhadas às organizações de direitos humanos e ao próprio governo do Equador sobre os mais variados desrespeitos e violações às pessoas próximas ao local.
Foto: Dolores R. Ochoa (The Associated Press)
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Na última quinta (21), uma comissão formada por membros do Legislativo e representantes da Coalizão Sem Bases estiveram em Manta para averiguar algumas dessas denúncias. Segundo documentos elaborados pela Coalizão, as denúncias vão desde impactos ambientais causados pela ingerência dos Estados Unidos no local até casos de violação sexual às moradoras nativas, abuso contra trabalhadoras do sexo, e apropriação de barcos de pescadores.
O governo boliviano chegou a suspeitar que o local tenha sido usado para pelo Exército colombiano durante a operação que matou o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), no dia 1º de março do ano passado. O ataque foi promovido em território equatoriano.
O pretexto de luta antiterrorista e de combate ao narcotráfico é veemente criticado por diversas organizações. A Coalizão lembra ainda que persiste a presença militar estadunidense em bases em Honduras, El Salvador, Cuba, Aruba e Curaçao.
"Esta articulação nos mostra que é fundamental desenvolver uma estratégia articulada da América Latina e Caribe para conseguir a abolição das bases militares estrangeiras na região", afirmou em comunicado a Rede Mundial No Bases.
Fonte: O Vermelho Online
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