Kleber Barbosa da Silva, 31 anos, era um homem introvertido, sem amigos e econômico nos afetos à mulher, Erica, 23 anos, e à filha, Penélope, 5 anos. Estas características eram vistas apenas como as de um rapaz "tímido" e "sistemático" até o final da tarde de quinta-feira por parentes, quando agrediu a companheira, sequestrou a menina e roubou um avião monomotor, que acabou caindo no estacionamento de um shopping de Goiânia.
No enterro de Penélope na tarde de sexta-feira, o comportamento dele foi reavaliado e associado à exaustão a de um "psicopata", "louco" e "assassino", pelos mesmos parentes. Nenhuma pessoa da família relatou que Kleber tinha agredido fisicamente antes a mulher. Kleber e Erica viviam juntos há seis anos. Em 2004, nasceu a única filha do casal. "Nunca percebemos nada de estranho", contou Vanessa Lopes, prima de Erica. "Agora, ele não era um pai amoroso, de brincar com a filha, de fazer chamego."
Erica sempre foi uma mulher extrovertida e que gostava de conversar, contam amigas. A relação com Kleber, porém, era marcada por conflitos e dificuldades. Ele não trabalhava. Desde que passaram a morar juntos, os dois recebiam uma ajuda financeira da mãe de Kleber, que vive na Espanha. O casal e a criança chegaram a morar duas vezes no país europeu, em períodos de seis meses e um ano.
As amigas de Erica contam que ela sonhava com a independência do companheiro. Eles se conheceram numa escola de segundo grau da periferia, viviam na mesma faixa de renda - a classe média baixa -, mas se diferenciaram quando a mãe de Kleber se separou do marido e foi viver como imigrante na Espanha. O dinheiro recebido por Kleber não foi suficiente para manter uma boa relação em casa.
A relação do casal nos últimos seis meses era "conflituosa", disse um primo dela. "Kleber contou várias vezes que iria se matar e matar Erica e a filha", contou o parente. "Ele não era violento, mas sofria de depressão com frequência."
''Boato''
Valdemar Fernandes, tio de Erica, classificou como "boato" a versão divulgada por uma emissora de TV de que Kleber era violento. Ele diz que não consegue enxergar uma explicação para a tragédia analisando a situação financeira e o comportamento de Kleber. "Cientificamente, não tem explicação", disse.
Valdemar lembra que antes da tragédia, Kleber levou a mulher e a filha para um hotel de Caldas Novas, onde ficaram de quarta-feira até a manhã de sexta-feira da semana passada. "Antes de viajar, ele sacou todo dinheiro que estava na conta da Erica. Uma parte pagou o hotel e a outra comprou a arma usada para roubar o avião."
Enterro
Foi enterrada na tarde desta sexta-feira (13) a menina Penélope, de 5 anos. Cerca de 50 pessoas participaram do sepultamento da criança num cemitério público da periferia de Goiânia. A mãe, Erica Correia, 23 anos, agredida pelo marido horas antes da tragédia foi sedada pelos médicos e não acompanhou o enterro. Acompanhou apenas parte do velório. Kleber seria enterrado no início da noite de hoje num cemitério privado da cidade.
O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, ouviu hoje parentes e amigos da família de Erica. Ele pretende ouvir a mulher na próxima semana, quando deverá concluir as investigações e pedir o arquivamento do caso. "Pelo que ouvi, é o caso de um jovem sem emprego e sem objetivos", disse. A polícia não havia encontrado até a tarde desta sexta-feira a arma usada por Kleber nas ferragens do avião. Os destroços foram retirados do estacionamento do shopping no final da manhã de sexta-feira.
Fonte: Agência Estado
No enterro de Penélope na tarde de sexta-feira, o comportamento dele foi reavaliado e associado à exaustão a de um "psicopata", "louco" e "assassino", pelos mesmos parentes. Nenhuma pessoa da família relatou que Kleber tinha agredido fisicamente antes a mulher. Kleber e Erica viviam juntos há seis anos. Em 2004, nasceu a única filha do casal. "Nunca percebemos nada de estranho", contou Vanessa Lopes, prima de Erica. "Agora, ele não era um pai amoroso, de brincar com a filha, de fazer chamego."
Erica sempre foi uma mulher extrovertida e que gostava de conversar, contam amigas. A relação com Kleber, porém, era marcada por conflitos e dificuldades. Ele não trabalhava. Desde que passaram a morar juntos, os dois recebiam uma ajuda financeira da mãe de Kleber, que vive na Espanha. O casal e a criança chegaram a morar duas vezes no país europeu, em períodos de seis meses e um ano.
As amigas de Erica contam que ela sonhava com a independência do companheiro. Eles se conheceram numa escola de segundo grau da periferia, viviam na mesma faixa de renda - a classe média baixa -, mas se diferenciaram quando a mãe de Kleber se separou do marido e foi viver como imigrante na Espanha. O dinheiro recebido por Kleber não foi suficiente para manter uma boa relação em casa.
A relação do casal nos últimos seis meses era "conflituosa", disse um primo dela. "Kleber contou várias vezes que iria se matar e matar Erica e a filha", contou o parente. "Ele não era violento, mas sofria de depressão com frequência."
''Boato''
Valdemar Fernandes, tio de Erica, classificou como "boato" a versão divulgada por uma emissora de TV de que Kleber era violento. Ele diz que não consegue enxergar uma explicação para a tragédia analisando a situação financeira e o comportamento de Kleber. "Cientificamente, não tem explicação", disse.
Valdemar lembra que antes da tragédia, Kleber levou a mulher e a filha para um hotel de Caldas Novas, onde ficaram de quarta-feira até a manhã de sexta-feira da semana passada. "Antes de viajar, ele sacou todo dinheiro que estava na conta da Erica. Uma parte pagou o hotel e a outra comprou a arma usada para roubar o avião."
Enterro
Foi enterrada na tarde desta sexta-feira (13) a menina Penélope, de 5 anos. Cerca de 50 pessoas participaram do sepultamento da criança num cemitério público da periferia de Goiânia. A mãe, Erica Correia, 23 anos, agredida pelo marido horas antes da tragédia foi sedada pelos médicos e não acompanhou o enterro. Acompanhou apenas parte do velório. Kleber seria enterrado no início da noite de hoje num cemitério privado da cidade.
O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, ouviu hoje parentes e amigos da família de Erica. Ele pretende ouvir a mulher na próxima semana, quando deverá concluir as investigações e pedir o arquivamento do caso. "Pelo que ouvi, é o caso de um jovem sem emprego e sem objetivos", disse. A polícia não havia encontrado até a tarde desta sexta-feira a arma usada por Kleber nas ferragens do avião. Os destroços foram retirados do estacionamento do shopping no final da manhã de sexta-feira.
Fonte: Agência Estado
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