Uma conjunção de fatores denominada estol causou o segundo maior acidente aéreo da história do Amazonas - a queda no sábado de um turboélice Bandeirante no Rio Manacapuru, no meio da viagem entre Coari e Manaus, que deixou 24 mortos. O termo aeronáutico significa que houve perda de sustentação provocada por uma queda brusca na velocidade da aeronave. Isso teria ocorrido por causa de três fatores: falha mecânica, chuva e erro humano. Excesso de peso e combustível adulterado, as primeiras hipóteses levantadas, estão descartadas. O detalhamento está no primeiro laudo da queda do PT-SEA, que será entregue amanhã por um perito para a Bradesco Seguros, responsável por segurar o turboélice.
A tragédia começou por uma pane mecânica na turbina esquerda do Bandeirante, por motivos que ainda precisam ser esclarecidos pela Aeronáutica - que ainda pode mandar para o exterior a caixa-preta com as últimas gravações de voz do bimotor. Essa pane não impediria que a aeronave continuasse até a pista, se não fossem os outros dois fatores: as péssimas condições meteorológicas na hora do acidente, um fato, e a possível falha do piloto, afirma o professor de gestão de riscos aéreos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gustavo Mello, contratado pela seguradora do avião para analisar e preparar auditoria sobre as causas do acidente.
Segundo Mello, cada avião tem uma velocidade específica para conseguir sua sustentabilidade no ar. A do Bandeirante é de 130 quilômetros por hora. Essa velocidade baixou com a pane na turbina e por conta do temporal. Por fim, uma curva feita pelo piloto para tentar chegar à pista em Manacapuru ou voltar a Coari também afetou a velocidade. O piloto chegou a dizer à torre que iria retornar.
O engenheiro frisou que uma eventual falha do piloto numa hora de pânico não é decisiva numa análise de seguro, quando em conjunto com outros fatores que causaram a queda. Mello esteve no local do acidente ontem, investigando em paralelo com os técnicos do Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Ceripa). Segundo ele, o impacto da aeronave com a água foi absurdo. As pás da turbina direita, que estariam funcionando na hora do choque, estão totalmente empenadas e há um rombo no piso da aeronave feito por um tronco que está no fundo do rio?, afirmou. Segundo os investigadores, outra prova da velocidade final exagerada está no laudo cadavérico: 80% das vítimas morreram com o impacto, com o pescoço quebrado, e não afogadas.
Fonte: Agência Estado
A tragédia começou por uma pane mecânica na turbina esquerda do Bandeirante, por motivos que ainda precisam ser esclarecidos pela Aeronáutica - que ainda pode mandar para o exterior a caixa-preta com as últimas gravações de voz do bimotor. Essa pane não impediria que a aeronave continuasse até a pista, se não fossem os outros dois fatores: as péssimas condições meteorológicas na hora do acidente, um fato, e a possível falha do piloto, afirma o professor de gestão de riscos aéreos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gustavo Mello, contratado pela seguradora do avião para analisar e preparar auditoria sobre as causas do acidente.
Segundo Mello, cada avião tem uma velocidade específica para conseguir sua sustentabilidade no ar. A do Bandeirante é de 130 quilômetros por hora. Essa velocidade baixou com a pane na turbina e por conta do temporal. Por fim, uma curva feita pelo piloto para tentar chegar à pista em Manacapuru ou voltar a Coari também afetou a velocidade. O piloto chegou a dizer à torre que iria retornar.
O engenheiro frisou que uma eventual falha do piloto numa hora de pânico não é decisiva numa análise de seguro, quando em conjunto com outros fatores que causaram a queda. Mello esteve no local do acidente ontem, investigando em paralelo com os técnicos do Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Ceripa). Segundo ele, o impacto da aeronave com a água foi absurdo. As pás da turbina direita, que estariam funcionando na hora do choque, estão totalmente empenadas e há um rombo no piso da aeronave feito por um tronco que está no fundo do rio?, afirmou. Segundo os investigadores, outra prova da velocidade final exagerada está no laudo cadavérico: 80% das vítimas morreram com o impacto, com o pescoço quebrado, e não afogadas.
Fonte: Agência Estado
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