Soldados russos atacaram tropas da Geórgia nesta sexta-feira (8) em Tskhinvali, capital da província separatista georgiana da Ossétia do Sul, segundo agências russas.
"Posições do exército russo que estavam atirando contra Tskhinvali e forças de paz foram suprimidas pela artilharia e por tanques do 58º Exército russo", disse o comandante russo Igor Konashenkov a uma TV russa.
Ele também disse que os exércitos russos iriam "responder firmemente" se o exército da Geórgia tentasse abrir fogo.
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, disse que o ataque russo matou 30 georgianos, mas negou o recuo e afirmou que as tropas do país ainda controlam a capital da Ossétia do Sul e as vilas ao seu redor. Mas os separatistas contestam a versão e dizem que ainda controlam a cidade.
A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, pediu que a Rússia "respeite a integridade territorial da Geórgia" e retire imediatamente as suas tropas do solo georgiano. Gonzalo Gallegos, porta-voz do departamento, disse que os EUA mandaram um enviado à região para negociar com as partes em conflito.
A Geórgia também anunciou que vai retirar mil soldados que estão no Iraque para ajudar a combater as forças russas na Ossétia do Norte. A informação é do chefe do Conselho de Segurança do país, Kakha Lomaia.
"Nós já comunicamos nossos amigos americanos que vamos retirar metade do contingente do Iraque porque estamos sob agressão russa", disse à Reuters. Segundo ele. vai ser necessária ajuda norte-americana para transportar as tropas por via aérea.
Tropas georgianas atacam a região separatista desde quinta-feira, com a ajuda de tanques e aviões de guerra. Segundo o presidente da Ossétia do Norte, Eduard Kokoity, o número de civis mortos chega a 1.400.
O ministério russo da Defesa disse que os reforços foram enviados à Ossétia do Norte para "proteger as tropas russas de paz e os cidadãos da Geórgia". Segundo a Rússia, 12 soldados russos morreram e 150 ficaram feridos nos conflitos. O governo da Geórgia informou ter abatido cinco caças russos, informação não confirmada pela Rússia.
A Rússia também informou que vai cortar todas as conexões aéreas com a Geórgia a partir deste sábado (9).
O presidente georgiano criticou a Rússia pela incursão e disse que os russos estão "em guerra" contra a Geórgia.
"Isso é uma clara invasão do território de um outro país. Temos tanques russos em nosso território, aviões em nosso território em plena luz do dia", disse Mikheil Saakashvili.
Segundo fontes da Geórgia, a aviação russa também teria bombardeado a base militar de Kakha Lamaia, a 25 quilômetros de Tbilisi, capital do país. Três pessoas morreram em outro ataque, ao aeroporto de Marneuli, segundo o Ministério do Interior.
'Limpeza étnica'
Um correspondente da Reuters disse que o barulho dos aviões e das explosões era ensurdecedor a mais de três quilômetros de distância da cidade de Tskhinvali. Muitas casas estavam em chamas.
Andrei Chistyakov, correspondente da emissora de TV russa Vesti-24, disse ter visto que pelo menos 15 civis foram mortos em Tskhinvali, onde milhares de pessoas se refugiaram em porões.
"Estas são as pessoas cujos corpos foram vistos nas ruas e em seus quintais", disse por telefone.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ter recebido relatos de que cidades na Geórgia teriam sido alvo de "limpeza étnica". Segundo ele, o número de refugiados cresce, e o pânico é crescente na província.
O Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) disse ter recebido relatos de que há milhares de pessoas que tiveram de deixar suas casas na região.
A crise com a Geórgia é a primeira que o novo presidente russo Dmitry Medvedev enfrenta desde que assumiu o cargo, em maio. Ela desperta temores de uma guerra na região, que está se tornando uma importante rota para o trânsito de energia. Tanto a Rússia quanto o Ocidente tentam influenciar a área.
Análise: Geórgia conta com apoio do Ocidente
Repercussão diplomática
O Pentágono informou que está "monitorando de perto" a situação na região e que manteve contato com autoridades da Geórgia, mas não recebeu pedido de ajuda.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu aos Estados Unidos que persuadam a Geórgia a parar com o que Moscou chamou de "agressão" contra a Ossétia do Sul
O ministério informou que Lavrov conversou três vezes com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, por iniciativa dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, um diplomata belga confirmou à France Presse que o Conselho de Segurança da ONU vai reiniciar as conversações de emergência sobre o conflito na região.
A União Européia pediu às partes em conflito o "fim imediato das hostilidades" e o íncio de uma cooperação "sem demora" com a missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) para retomar as negociações.
Fontes: G1 / AFP / EFE / Reuters - Fotos: Guardian
"Posições do exército russo que estavam atirando contra Tskhinvali e forças de paz foram suprimidas pela artilharia e por tanques do 58º Exército russo", disse o comandante russo Igor Konashenkov a uma TV russa.
Ele também disse que os exércitos russos iriam "responder firmemente" se o exército da Geórgia tentasse abrir fogo.
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, disse que o ataque russo matou 30 georgianos, mas negou o recuo e afirmou que as tropas do país ainda controlam a capital da Ossétia do Sul e as vilas ao seu redor. Mas os separatistas contestam a versão e dizem que ainda controlam a cidade.
A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, pediu que a Rússia "respeite a integridade territorial da Geórgia" e retire imediatamente as suas tropas do solo georgiano. Gonzalo Gallegos, porta-voz do departamento, disse que os EUA mandaram um enviado à região para negociar com as partes em conflito.
A Geórgia também anunciou que vai retirar mil soldados que estão no Iraque para ajudar a combater as forças russas na Ossétia do Norte. A informação é do chefe do Conselho de Segurança do país, Kakha Lomaia.
"Nós já comunicamos nossos amigos americanos que vamos retirar metade do contingente do Iraque porque estamos sob agressão russa", disse à Reuters. Segundo ele. vai ser necessária ajuda norte-americana para transportar as tropas por via aérea.
Tropas georgianas atacam a região separatista desde quinta-feira, com a ajuda de tanques e aviões de guerra. Segundo o presidente da Ossétia do Norte, Eduard Kokoity, o número de civis mortos chega a 1.400.
O ministério russo da Defesa disse que os reforços foram enviados à Ossétia do Norte para "proteger as tropas russas de paz e os cidadãos da Geórgia". Segundo a Rússia, 12 soldados russos morreram e 150 ficaram feridos nos conflitos. O governo da Geórgia informou ter abatido cinco caças russos, informação não confirmada pela Rússia.
A Rússia também informou que vai cortar todas as conexões aéreas com a Geórgia a partir deste sábado (9).
O presidente georgiano criticou a Rússia pela incursão e disse que os russos estão "em guerra" contra a Geórgia.
"Isso é uma clara invasão do território de um outro país. Temos tanques russos em nosso território, aviões em nosso território em plena luz do dia", disse Mikheil Saakashvili.
Segundo fontes da Geórgia, a aviação russa também teria bombardeado a base militar de Kakha Lamaia, a 25 quilômetros de Tbilisi, capital do país. Três pessoas morreram em outro ataque, ao aeroporto de Marneuli, segundo o Ministério do Interior.
'Limpeza étnica'
Um correspondente da Reuters disse que o barulho dos aviões e das explosões era ensurdecedor a mais de três quilômetros de distância da cidade de Tskhinvali. Muitas casas estavam em chamas.
Andrei Chistyakov, correspondente da emissora de TV russa Vesti-24, disse ter visto que pelo menos 15 civis foram mortos em Tskhinvali, onde milhares de pessoas se refugiaram em porões.
"Estas são as pessoas cujos corpos foram vistos nas ruas e em seus quintais", disse por telefone.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ter recebido relatos de que cidades na Geórgia teriam sido alvo de "limpeza étnica". Segundo ele, o número de refugiados cresce, e o pânico é crescente na província.
O Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) disse ter recebido relatos de que há milhares de pessoas que tiveram de deixar suas casas na região.
A crise com a Geórgia é a primeira que o novo presidente russo Dmitry Medvedev enfrenta desde que assumiu o cargo, em maio. Ela desperta temores de uma guerra na região, que está se tornando uma importante rota para o trânsito de energia. Tanto a Rússia quanto o Ocidente tentam influenciar a área.
Análise: Geórgia conta com apoio do Ocidente
Repercussão diplomática
O Pentágono informou que está "monitorando de perto" a situação na região e que manteve contato com autoridades da Geórgia, mas não recebeu pedido de ajuda.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu aos Estados Unidos que persuadam a Geórgia a parar com o que Moscou chamou de "agressão" contra a Ossétia do Sul
O ministério informou que Lavrov conversou três vezes com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, por iniciativa dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, um diplomata belga confirmou à France Presse que o Conselho de Segurança da ONU vai reiniciar as conversações de emergência sobre o conflito na região.
A União Européia pediu às partes em conflito o "fim imediato das hostilidades" e o íncio de uma cooperação "sem demora" com a missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) para retomar as negociações.
Fontes: G1 / AFP / EFE / Reuters - Fotos: Guardian
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