O presidente da Alitalia, Maurizio Prato, renunciou nesta quarta-feira à direção da companhia aérea, que anunciou o fim das negociações com a Air France-KLM, depois que a empresa franco-holandesa rejeitou a contraproposta feita pelos sindicatos.
"Maurizio Prato apresentou sua renúncia como presidente. O conselho de administração foi convocado para amanhã (quinta-feira) e decidirá as medidas oportunas", indicou esse comunicado divulgado pela Alitalia.
"Maurizio Prato apresentou sua renúncia como presidente. O conselho de administração foi convocado para amanhã (quinta-feira) e decidirá as medidas oportunas", indicou esse comunicado divulgado pela Alitalia.
O presidente da Alitalia, Maurizio Prato
A renúncia de Prato, que apoiava a proposta de compra feita pela Air France-KLM, foi anunciada pouco depois que seu presidente, Jean Cyril Spinetta, declarou que se retirava das negociações com os sindicatos da Alitalia.
Os sindicatos da Alitalia queriam que a Air France-KLM assumisse todas as atividades da companhia e criasse mecanismos para que a holding pública italiana Fintecna entrasse na sociedade.
"Creio que minha companhia não pode aceitar tal proposta", respondeu Spinetta aos sindicatos.
Depois de se retirar da mesa de negociações, a Air France-KLM indicou em um comunicado que "já não estão reunidas as condições para que as negociações com a Alitalia continuem".
O grupo franco-holandês pretendia fechar o setor de cargas e parte do de manutenção devido às perdas acumuladas, o que os funcionários da Alitalia rejeitavam.
A Air France-KLM impôs como condição para a aquisição da Alitalia que os sindicatos de todas as categorias de trabalhadores aprovassem o projeto de compra da companhia aérea.
Os sindicatos da Alitalia pediam que a Air France-KLM mantivesse todas as atividades da companhia.
As negociações entre a gigante da aviação européia e os sindicatos da Alitalia haviam sido retomadas nesta quarta-feira por pressão do governo italiano, que temia a quebra da companhia italiana.
O projeto de compra da Air France-KLM previa a eliminação de 2.100 empregos.
Fonte: AFP
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