A aeronave pode desempenhar missões militares, vigilância de fronteira, de transporte e ainda busca e resgate
O Irã anunciou ontem a construção de um novo avião não-tripulado para uso militar e de observação, que batizou de Shaparak (borboleta), informou a imprensa local.
A aeronave pode atuar em um raio de 50 quilômetros a partir de sua base, voar a altura máxima de 5 mil metros pelo período de até 3h30, além de ter capacidade de transportar oito quilos de carga, detalhou a emissora oficial iraniana "PressTV".
Reza Danandeh Hakamabad, engenheiro responsável pelo projeto, revelou ontem que o avião é impulsionado por dois motores cilíndricos e equipado com três câmeras digitais de alta resolução, cujas imagens são enviadas à base.
Hakamabad detalhou que a aeronave pode desempenhar missões militares, vigilância de fronteira, florestal, de estradas e de oleodutos, ainda busca e resgate e transporte de pequenas cargas.
Indestrutíveis
Nos últimos anos, o Irã anunciou a fabricação de diversos tipos de aviões não-tripulados, a maior parte variações do modelo Ababil. Desde 2009, o país afirma que dispõem desses equipamentos com tecnologias que os tornam indestrutíveis.
Quase diariamente as autoridades iranianas divulgavam o desenvolvimento de novos equipamentos de fabricação local destinados ao arsenal militar, tanto para as forças terrestres, quanto para as navais e aéreas.
Programa nuclear
Na semana passada, o governo de Mahmoud Ahmadinejad fez um pedido formal para que seja fixada uma data para o reinício das negociações com as seis potências sobre o controverso programa nuclear iraniano.
O negociador nuclear da república islâmica, Saed Jalili, enviou uma carta à chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, na qual afirma que deseja ver "representantes de ambas as partes em contato para marcar uma data e lugar para uma nova rodada de negociações".
Ashton representa o chamado 5+1, grupo formado pelos cinco representantes permanentes do Conselho de Segurança da Organização da ONU, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, mais a Alemanha. Na semana passada, Ashton declarou que o grupo estava pronto "a retomar as negociações com o Irã sobre a questão nuclear", após o país ter aceito em 14 de fevereiro uma proposta que ela fez em outubro do ano passado.
Segundo Jalili, o país está pronto a negociar novamente e insistiu na necessidade de negociações sérias e construtivas.
Fontes: http://diariodonordeste.globo.com / ASN - Foto: Reuters