sábado, 1 de junho de 2024

Aconteceu em 1 de junho de 1973: Voo Cruzeiro do Sul 109 - Queda fatal do Caravelle em São Luís (MA)


Em 1º de junho de 1973, o avião 
Sud Aviation SE-210 Caravelle VI-N, prefixo PP-PDX, da Cruzeiro do Sul (foto acima), operava o voo 109, uma rota aérea que ligava as cidades de Belém, no Pará, e Rio de Janeiro, com escala em São Luís, no Maranhão.

O voo 109 decolou do Aeroporto Val de Cans, em Belém, às 6h30, levando a bordo 16 passageiros e sete tripulantes. 

Cerca de 50 minutos depois, quando estava em fase de aproximação para realizar uma escala no Aeroporto Tirirical, em São Luis, no Maranhão, onde deixaria cinco passageiros e apanharia mais quinze, o comandante Alexandre de Casrilevitz informou que executaria pouso por instrumentos, mesmo com ótimas condições climáticas, vento de superfície calmo e total visibilidade.

Na fase final, a 150 pés de altitude e já com o trem de pouso baixado, o avião subitamente inclinou-se e, após perder sustentação, caiu a 760 metros da cabeceira 06 da pista principal de pouso do Aeroporto de São Luís, explodindo em seguida. Todas as 27 pessoas a bordo do avião, sendo 16 passageiros e 7 tripulantes, morreram.


Logo todo aparato de segurança do aeroporto foi mobilizada para apagar as chamas, prevenindo que as chamas se alastrassem, evoluindo para uma tragédia muito maior através da vegetação, alcançando prédios do aeroporto e, ou, até mesmo moradias circunvizinhas.


Dominadas as chamas, a Aeronáutica, com apoio dos Corpo de Bombeiros, elementos do Sistema de Segurança Pública e funcionários do Aeroporto, iniciaram a operação de rescaldo na busca de algo que justificasse a causa do acidente, AQ Caixa Preta da aeronave foi localizada e recolhida pela FAB para proceder as perícias necessárias.


A Polícia Civil foi acionada para auxiliar nas investigações e coube aos legistas, Israel Perdigão e José Ribamar Carneiro Belfort, da Polícia Técnica, os procedimentos para a identificação dos cadáveres carbonizados, cabendo-lhes a expedição dos respectivos atestados de óbito.


As vítimas do acidente foram: Laudelino Ribeiro, Giovanni Pedonni, Gonçalo Ferreira, Dr. Zahn, Dra. Zahn, Plínio Camargo, José Rodrigues de Melo, Normando Figueiredo, Benoni de Sá Roriz, Milton de Jesus Filho, J.R. Novahy, Ernesto de Andrade, Maurício Barros, Antonio Flávio Soares, Haroldo Clovis Leite, José Pereira Calado Primeiro, Alexandre Casrilevitz (comandante), Soter de Araújo França (copiloto), Sílvio Júlio Rocha dos Santos, Nilze de Jesus Bastos (aeromoça), Ricardo José Castelo Branco, Ana Maria Ojeda e Clodomir Rodrigues de Moraes.

Dois aviões da empresa Cruzeiro do Sul, um da Vasp e um bimotor do Táxi Aéreo Certa, levaram os cadáveres para os estados da Guanabara; São Paulo; Brasília, Distrito Federal; Recife, Pernambuco; Fortaleza, Ceará; e Belém do Pará.


As investigações concluíram que o motor n° 1 motor não desenvolvia nenhuma potência quando a aeronave colidiu com o solo. Foi o primeiro acidente com um modelo Caravelle no Brasil e o segundo no mundo. Essa mesma aeronave, PP-PDX, esteve envolvida num sequestro em 1 de janeiro de 1970.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e O Imparcial 

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