Antes da pandemia, a previsão de crescimento da Iata para este período era de 3,8%.
Avião decola com céu azul (Foto: Divulgação) |
Em 2021, o número global de passageiros de aviões deve recuperar 52% dos níveis pré-pandemia, estima a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês). Para o próximo ano, a expectativa da entidade é que a proporção chegue a 88%. Já em 2023, a quantidade deve superar os índices anteriores à crise sanitária, chegando a 105% ante 2019.
Ainda de acordo com as projeções da Iata, o número global de passageiros deverá crescer para 5,6 bilhões em 2030. "Isso seria 7% abaixo da previsão pré-covid-19 e uma perda estimada de 2 a 3 anos de crescimento devido à pandemia", destaca a associação.
Após 2030, as viagens aéreas deverão desacelerar, devido a dados demográficos mais fracos e a uma suposição de base de liberalização limitada do mercado, dando um crescimento médio anual de 3,2% entre 2019 e 2039, prevê a entidade. Antes da pandemia, a previsão de crescimento da Iata para este período era de 3,8%.
A recuperação no número de passageiros é um pouco mais forte do que a retomada na demanda medida em receita de passageiros por quilômetro (RPKs), que deve crescer em uma média anual de 3% entre 2019 e 2039. Isso se deve à força esperada dos mercados domésticos, como China com grande número de passageiros e distâncias mais curtas, segundo a associação.
"Sempre estou otimista com a aviação. Estamos na mais profunda e grave crise de nossa história. Mas o rápido crescimento da população vacinada e os avanços nos testes trarão a liberdade de voar nos próximos meses. E quando isso acontecer, as pessoas vão querer viajar", afirma o diretor geral da Iata, Willie Walsh.
Para o executivo, o desafio imediato é reabrir fronteiras, eliminar medidas de quarentena e gerenciar digitalmente os certificados de vacinação e teste. "Ao mesmo tempo, devemos assegurar ao mundo que as perspectivas de crescimento da aviação a longo prazo são apoiadas por um compromisso inabalável com a sustentabilidade. Ambos os desafios exigem que os governos e a indústria trabalhem em parceria. A aviação está pronta. Mas não vejo governos se movendo rápido o suficiente", complementou Walsh.
Via Elisa Calmon, da Agência Estado
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