segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comissários de bordo

Simpatia e disponibilidade de viajar são características imprescindíveis para quem sonha com a carreira. Profissionais passaram a atuar em nome da segurança e tranquilidade dos passageiros. Remuneração ainda é tímida

Bruna e Thiago fazem o curso e estão ansiosos em relação ao mercado. Foto: Gabryella Fernanda da Silva - Foto: Gabryella Fernanda da Silva/Divulgação

Uma profissão de puro glamour. Assim era vista a carreira de comissário de bordo. Hoje, no entanto, com a popularização do transporte aéreo, que atende às classes sociais das mais diversas faixas, essa área - que para alguns perdeu em glamour - ganhou e muito com a profissionalização.

Afinal, são eles que têm que prestar o serviço das aeronaves e estar aptos a qualquer emergência junto aos passageiros. Segurança passou a ser palavra com força de lei.

Isso porque na prática, o trabalho do comissário de bordo resume-se a garantir a segurança de todos os passageiros durante o voo. O profissional também atua proporcionando comodidade durante a viagem. Mas nem pense que é tudo muito simples. Para encarar a área é fundamental ser uma pessoa pontual, disciplinada e ter facilidade de se adaptar às mudanças dos fusos horários, e também, com os diversas características culturais de cada localidade.

Para ingressar no mercado de trabalho comocomissário de bordo é exigida apenas idade mínima de 18 anos, ter boa saúde, possuir o ensino médio completo, realizar o curso profissionalizante com duração de quatro meses e passar na prova realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), depois o profissional se cadastra nos sites das empresas e aguarda a abertura de novas vagas. O salário ainda é considerado baixo, iniciando-se na faixa dos R$ 1.500 a R$ 2 mil.

Marcelo Magalhães, do curso NAV, diz que a empregabilidade é garantida - Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Na opinião da estudante do curso profissionalizante de comissário de bordo, Bruna Câmara, de 20 anos, a expectativa é grande em relação à carreira, sobretudo ao ingresso no mercado de trabalho. "Sempre gostei de viajar e me sinto segura com esta minha escolha profissional. Adoro os conteúdos do curso que me preparam para a profissão. Passar na prova da Anac será uma consequência da minha dedicação e estudo. Estou bastante ansiosa para conseguir o meu primeiro emprego", conta a aluna.

Segundo um dos diretores e professor do Cursos NAV, Marcelo Magalhães, a área apresenta boa empregabilidadepara os iniciantes. "As companhias aéreas tiveram um aumento na procura pelas passagens de cerca de 42% em outubro do ano passado. Com isso, houveram muitas contratações. Acredito que com a chegada da copa e da olimpíada a situação deve melhorar ainda mais", explica Magalhães.

O estudante Thiago Soares, de 27 anos, saiu de Minas Gerais para estudar no Recife e se diz apaixonado pelo conteúdo estudado durante o curso. "Adquiri um conhecimento amplo sobre a minha área, como funciona um avião e aspectos meteorológicos. Dessa forma, vou me tornar um profissional completo e apto para qualquer situação de emergência", afirma Soares.

Na visão do professor Marcelo Magalhães a escola deve formar profissionais capacitados para solucionar qualquer situação de emergência junto aos passageiros. Por isso, ao final do curso, é realizado um treinamento na mata com todos os alunos. "Levamos os alunos à Lagoa Azul, em Jaboatão dos Guararapes, e realizamos um treinamento de emergência e sobrevivência. Assim, os estudantes praticam as técnicas de primeiros socorros adquiridas em sala de aula", relata o professor.

Fonte: Diário de Pernambuco

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