segunda-feira, 12 de abril de 2010

Voo 303: O Acidente

Data: 12/04/1980
Hora: 20:38
Aeronave: Boeing 727-27C
Prefixo: PT-TYS
C/n / msn: 19111/297
Empresa: Transbrasil
Primeiro voo: 07.01.1966 (13 anos e 10 meses)
Motores: 3 Pratt & Whitney JT8D-7
Voo número: 303
Natureza do voo: Voo Doméstico Regular de Passageiros
Aeroporto de Partida: Congonhas (CGH/SBSP), São Paulo, SP
Aeroporto de Destino: Internacional Hercilio Luz (FLN/SBFL), Florianópolis, SC
Tripulação: Ocupantes: 8 / Fatalidades: 8
Passageiros: Ocupantes 50 / Fatalidades: 47
Total: Ocupantes: 58 / Fatalities: 55
Local: Serra de Ratones, a 24 km (15 mls) de Florianopolis, SC
Fase: Aproximação para aterrissagem (APR)

Clique na imagem e navegue pelo infográfico:

O voo QD303 decolou de Congonhas rumo a Florianópolis, que encontrava-se sob condições climáticas adversas, sob a influência de forte frente fria passando pela TMA.

Naquela época, o aeroporto Hercílio Luz contava apenas com dois NDBs como auxílio de navegação, instrumentos especialmente sensíveis às descargas magnéticas que se encontravam naquela hora sobre a região. Talvez tenha acontecido um falso bloqueio do NDB, e isto explique porquê o major checador da FAB, que então pilotava a aeronave, tenha se afastado tanto da rota prevista. Além disso, ficou registrado no CVR a preocupação do comandante titular do voo, sentado à esquerda, (e que estava apenas assistindo a pilotagem do major checador) que seguidas vezes alerta o major para observar a altitude mínima nos procedimentos.

O 727 prosseguiu descida para um rebloqueio, mas antes disso, às 20:38 colidiu com a Serra de Ratones. Por mais 60 metros e o PT-TYS teria passado sobre o morro. Apesar da força do impacto e da total destruição da aeronave, dos 58 ocupantes à bordo, 3 passageiros sobreviveram, sendo resgatados na madrugada do dia 13.

O resgate

O chuva que caia no dia do acidente e o local onde o Boeing caiu prejudicaram a ação do resgate das vítimas. As equipes de resgate chegaram três horas após o acidente , o número de vítimas poderia ter sido menor se as equipes de socorro não tivessem demorado para chegar ao local.

Sobreviventes

As pessoas que tinham parentes e amigos no voo 303 da Transbrasil, já haviam sido informadas que havia sobreviventes da queda do Boeing. A empresa criou voos especiais para a cidade e pelo menos uma pessoa de cada família pôde ir até o local para acompanhar os trabalhos de resgate. Os três sobreviventes: Flavio Goulart Barreto, Cleber Moreira e Marlene Moreira. O filho do casal se chamava João Moreira, infelizmente não sobreviveu.

A causa do acidente

O motivo da queda do avião até hoje deixa dúvidas , porém acredita-se que o Boeing tenha sido atingido por uma corrente de ar ao tentar desviar da tempestade que caía sobre Florianópolis.

O major Ronaldo Jenkins do DAC afirmava, no dia seguinte em Santa Catarina, que os destroços permitiam afirmar que o avião estava em configuração de pouso e com seu trem baixado. De acordo com os dados do DAC na época, divulgados logo após a queda do PT-TYS, em sua última conversação com a torre, o avião reportou estar a 5.000 pés.

Porém, como o 727 estava quase oito quilômetros à esquerda da rota, colidiu a uma altura de 1.100 pés. Não havia no 727 nenhum instrumento capaz de mostrar aos seus tripulantes o Morro da Virgínia.

O avião

Inicialmente o Boeing 727 foi encomendado pela Braniff Airways, e entregue no dia 14 de agosto de 1966. No dia 28 de novembro de 1975 foi alugado para a Transbrasil e definitivamente comprado em 1976.

Fontes: Site Desastres Aéreos / Wikipédia / ASN / clicrbs.com.br/diariocatarinense - Fotos: Site Desastres Aéreos / CP Memória / Arquivo/DC

Um comentário:

Unknown disse...

Neste terrível acidente(se assim podemos dizer),nos foi tirado tão cedo um irmão maravilhoso, um filho adorado. Uma familia destroçada até hj. Meu irmão tinha 24 anos e era o co piloto. Nunca nos conformamos com as explicações dadas, meu pai ja se foi e minha mãe ate hj sofre. Seu nome : Paulo Cesar Uzeda Wanderley - nossa saudade eterna.