Duas dezenas de agentes do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) fizeram recentemente o curso de fuga e evasão da Força Aérea Portuguesa (FAP), soube o DN.
Esse curso da FAP, uma matéria reservada pela sua própria natureza, destina-se a treinar procedimentos de actuação e a aprender técnicas de sobrevivência (orientação, alimentação, disfarce, protecção, primeiros socorros) em teatros de operações como o Afeganistão ou o Kosovo (onde Portugal tem agora forças destacadas).
A FAP, que não respondeu ao DN até ao fecho da edição, realiza esse curso de sobrevivência na serra da Malcata, montando um cenário em que os 'recrutas', depois de largados num determinado ponto A, procuram atingir o ponto B num certo intervalo de tempo, tentando não ser capturados.
Funcionando a área do exercício como um espaço controlado, e à luz da escassa experiência obtida num curso da FAP para jornalistas em teatros de guerra, torna-se impossível escapar ao "inimigo". Este escolhe quando, onde e como capturar os formandos - momento a partir do qual se perde a noção de estar num treino face ao realismo da situação imposto pela forma como os militares - pertencentes ao Centro de Treino de Sobrevivência da FAP - que actuam como interrogadores desempenham o seu papel.
Nesta fase do curso aprendem-se técnicas de resistência aos interrogatórios, tendo como prioridade proteger informações ligadas à missão e a própria vida. No caso dos pilotos e membros das tripulações militares da FAP, o curso é obrigatório para se participar em determinado tipo de operações e rege-se por padrões NATO, uma vez que um aviador português abatido num determinado teatro de guerra pode ter de ser recuperado por elementos de outras nacionalidades.
A chamada extracção é feita com helicópteros e por membros da Unidade de Protecção da Força da FAP, com protecção de caças de defesa aérea e acompanhamento de aviões -radar e de guerra electrónica.
Recorde-se que a FAP tem helicópteros EH101 equipados especificamente para operar nas missões de busca e salvamento em combate.
Fonte: DN Online (Portugal)
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