segunda-feira, 24 de março de 2008

Pistola de piloto dispara acidentalmente durante vôo nos EUA

Incidente aconteceu em vôo de Denver a Charlotte e não deixou feridos.

EUA permitem que pilotos viajem armados desde os atentados de 11 de Setembro.

A pistola de um piloto da companhia aérea US Airways disparou acidentalmente durante um vôo de Denver (Colorado) a Charlotte (Carolina do Norte), quando o avião se preparava para pousar, sem que o incidente tenha deixado feridos.

O incidente aconteceu no sábado a bordo do vôo 1536 da US Airways, apesar de não ter causado risco aos 124 passageiros e à tripulação a bordo, disse Greg Alter, do Serviço de Agentes Federais Aéreos.

Um programa criado pelo governo americano após os atentados de 11 de setembro de 2001 permite que pilotos levem armas de fogo para poder se defender em caso de um seqüestro ou um ato de violência criminosa a bordo.

A Administração de Segurança no Transporte, em colaboração com o Serviço de Agentes Federais Aéreos, investiga como a pistola disparou, explicou Alter.

O porta-voz da Administração Federal de Aviação (FAA), Mike Fergus, disse que a agência também estuda se o avião foi danificado pelo incidente. Para isso, o avião não será usado pela US Airways e se encontra em perícia.

Fonte: G1

Objeto metálico cai no interior de Goiás e intriga moradores

Objeto não identificado apareceu em Goiás - Foto: Danilo Cunha (O Popular/AE)

Acima e à direita, uma moto; abaixo e à esquerda, a bola gigante de árvore de Natal que caiu em Rio Verde (GO) - Foto: Sebastião Montalvão

Um objeto metálico, de origem ainda desconhecida, caiu durante o fim de semana numa lavoura de soja no município de Rio Verde (GO).

A queda assustou os moradores da região. "Estamos apreensivos. Não sabemos do que se trata, de onde veio e nem se é alguma coisa perigosa, radioativa", disse Jarbas Gomes, proprietário da fazenda.

O medo das pessoas se deve à origem incerta da peça. "Quem garante que isso aí não é peça de algum equipamento radioativo? Temos medo sim e precisamos que alguém tome uma atitude, pelo menos para nos tranqüilizar", diz Ilma Antônia da Silva, mulher de Jarbas.

O agricultor conta que encontrou a esfera na manhã do último sábado, quando percorria a lavoura junto com dois filhos. "Inicialmente, achei que era um saco plástico, desses de lixo. Só depois vi que era uma esfera. E diferente de tudo que já vi até hoje", conta o agricultor, que somente ontem comentou sobre o achado com os vizinhos.

A peça em questão é uma bola com cerca de 1 metro de diâmetro e um eixo central metálico. Aparentemente, ela é revestida com alguma coisa parecida com fitas plásticas. Por dentro, há um revestimento parecido com metal, e é aparentemente oca.

"O que reveste a esfera é parecido com palha de aço. Por dentro, parece ser de cobre. Parece um novelo gigante", brinca o também agricultor Glauber Totele, vizinho da fazenda.

Experiente em lavoura, Totele descarta qualquer possibilidade de a esfera ser peça de alguma das máquinas agrícolas. "Inicialmente achei que se tratava de um balão meteorológico. Mas já me disseram que não é. Então, suspeitamos que seja alguma peça de satélite ou coisa assim. Não temos a menor idéia do que se trata e essa peça veio do céu", afirmou.

Ele esteve no local ao lado da namorada, a administradora de agronegócios Therezinha Krisley Martins Cruvinel. Ela fez algumas fotos do misterioso objeto. "É muito estranho. Nunca vi nada igual. Estamos curiosos para saber o que é. E preocupados também, já que essa coisa poderia cair em qualquer lugar. Inclusive numa cidade. Já pensou?"

Ninguém tentou levantar o objeto, mas trabalhadores da fazenda chegaram a movê-la com o pé. "Essa peça deve pesar uns 10 quilos mais ou menos. E caiu de bem alto, já que abriu um buraco no chão", ressalta Jarbas. "Pode não ser nada. Mas pode ser alguma coisa que esteja colocando a minha família e todos os vizinhos em risco", preocupa-se.

Avisados da aparição misteriosa, dois técnicos da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) fariam uma visita no final da tarde desta segunda (24) para tentar desvendar o mistério. Até o fim da tarde, a Aeronáutica não havia sido avisada do incidente.

"Estamos enviando dois técnicos ao local. Vamos avaliar apenas se oferece algum tipo de risco para os moradores e tranqüilizar a todos. Mas, se não houver fonte de radiação, não vamos recolher o objeto", disse Rosângela Corrêa, coordenadora da Cnen no Centro-Oeste.

Na região, algumas pessoas já sugerem que a esfera seja parte de alguma nave espacial deixada por extraterrestres. Mas, entre as pessoas ouvidas pelo UOL, ninguém acredita nessa tese. "Não me parece uma nave ou parte de uma. A esfera não tem porta. Tem é duas porcas (partes de parafuso) em cada uma das extremidades. Aquilo é da terra mesmo", finaliza Jarbas Gomes.

Fonte: UOL Últimas Notícias

Passageiro relata momentos de tensão em aterrissagens no Aeroporto de Congonhas

Na última terça-feira, dia 18 de março, tive de viajar para o Rio de Janeiro, partindo de Porto Alegre, com volta no mesmo dia, e escala, infelizmente como vou explicar, em Congonhas, tanto na ida quanto na volta.

Fui pela Varig, de Porto Alegre a Congonhas, no vôo RG2101, às 7h, e do Rio a Congonhas, pelo vôo RG2438, saindo às 18h25.

Na ida, durante o pouso em Congonhas, achei estranho o piloto ter pedido de forma mais enfática para que nós apertássemos o cinto, pois "em Congonhas, a freada tem que ser mais forte". A batida do avião no solo também foi mais forte do que o normal, provocando comentários de preocupação entre os passageiros. Eu, apesar de sempre estar tranqüilo em vôos, senti a diferença nesta aterrissagem.

Na volta do Rio para Congonhas, algo mais estranho ainda ocorreu. A batida do avião no solo foi ainda mais forte. Vários passageiros, incluindo eu, sentiram o avião balançar quando já freava. Na saída do avião, um dos passageiros disse que viu um dos pneus do avião passando ao lado da aeronave durante o pouso. Foi quando olhamos através do vidro vários funcionários em volta do trem de pouso do Boeing 737-700, talvez se perguntando o que poderia ter ocorrido: realmente um dos pneus dianteiros havia caído durante o toque no solo.

Como brasileiro e cidadão, além de aliviado por estar ainda vivo, tenho indagações a fazer. A principal: é mesmo normal ocorrerem tantas anomalias numa pista de pouso, como ocorre em Congonhas? Até quando teremos que nos sentir aliviados após cada pouso?

Com a palavra, nossas quase sempre negligentes autoridades federais.

Fonte: O Globo Online

Controladores protocolam ação contra comandante da Aeronáutica

Associação diz que Juniti Saito teria posto em risco a segurança do tráfego aéreo.

Por quatro dias, espaço aéreo teria ficado em 'mãos de subordinados'; Saito está no Chile.

A Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta) protocolou nesta segunda-feira (24) uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

Segundo a Febracta, a cúpula da Aeronáutica teria posto em risco a segurança do tráfego aéreo brasileiro ao determinar que oficiais deixassem os postos de comando dos Centros de Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) entre os dias 30 de março e dois de abril, após a paralisação nacional dos controladores, que provocou o caos no sistema aéreo brasileiro.

A paralisação foi uma resposta à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de designar o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para negociar com os controladores.

“A partir daí e durante quatro dias o espaço aéreo ficou na mão de subordinados”, disse o advogado da federação, Roberto Sobral, que protocolou a ação contra Saito.

Na ação, a entidade pede que o comandante da Aeronáutica seja condenado pelos crimes de abandono de posto, descumprimento de missão e omissão de eficiência de força e desrespeito a superior, todos previstos no Código Penal Militar.

O G1 procurou o comandante da Aeronáutica, mas ele está viajando. Segundo o comando da Força Aérea, o comandante teria ido em viagem para o Chile na tarde desta segunda-feira.

Segundo Sobral, a ação foi protocolada no Supremo porque uma notícia-crime registrada na Procuradoria-geral da República em fevereiro não teria sido levada à frente. “A Constituição faculta que seja movido esse tipo de ação em caso de inércia do Ministério Público”, afirmou.

O Ministério Público negou que haja inércia. Segundo o MP, o caso ainda está sendo analisado pelo procurador geral.

O advogado disse que “há um conjunto de situações de insegurança que a Força Aérea não tem levado a conhecimento do público”. De acordo com ele, imagens de radar anexadas na ação mostram situações de risco de quase-colisão de aeronaves.

Outra ação

Sobral disse que a federação também protocolou outra ação contra oito tenentes-brigadeiros que, junto com o comandante da Aeronáutica, teriam assinado documento determinando que oficiais deixassem seus postos de comando na ocasião. A ação dos tenentes-brigadeiros foi protocolada no Superior Tribunal Militar. A ação de Saito acabou no STF porque o comandante da Aeronáutica tem foro privilegiado.

Fonte: G1

Brasileira teve apoio da Infraero e da PF na chegada ao Brasil

Andreia Schwartz chegou ao Brasil na manhã de sábado

Andreia Schwartz teve autorização para desembarque especial em São Paulo e Vitória. Segundo órgãos, objetivo era evitar tumultos e preservar integridade física da passageira.

A chegada da brasileira Andreia Schwartz, que teria colaborado para a renúncia do ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, foi marcada por uma série de ações para facilitar seu desembarque e despistar a imprensa. Na chegada ao Aeroporto de Vitória neste sábado (22), um carro da Infraero a aguardava na pista para sua retirada antes dos outros passageiros. Andreia não precisou passar pela área de desembarque e foi levada pela Infraero até um carro que a aguardava na lateral do aeroporto.

Segundo a assessoria da Infraero em Vitória, o órgão entendeu que era procedente tomar a atitude de desembarcar a passageira na pista, evitando a área específica, para evitar possíveis danos à integridade física não só dela como dos outros passageiros. Como os veículos da Infraero são os únicos autorizados a entrar no pátio, Andreia foi recebida por ele, levada até uma área remota do aeroporto, onde outros carros são autorizados, e então foi embora.

De acordo com a Infraero, procedimento especial para o desembarque de Andreia é algo que pode ser pedido por qualquer passageiro. Cada caso é analisado pelo responsável no aeroporto e atendido se houver o entendimento de que há necessidade. Segundo o órgão, houve uma solicitação por parte de amigos de Andreia, quando o vôo já estava no ar.

Além do carro que a aguardava na pista, os passageiros que estavam no vôo 1656 da Gol contaram que Andreia foi a primeira a sair da aeronave. Segundo a assessoria da companhia aérea, a tripulação foi informada de que havia o carro esperando por ela, o que caracteriza desembarque prioritário. Nessas ocasiões, o procedimento é desembarcar o passageiro ou antes ou depois da saída de todos os outros ocupantes – a decisão é do comandante. No caso de Andreia, ele optou por desembarcá-la primeiro.

Chegada

Andreia chegou dos EUA em um vôo que pousou em Cumbica por volta das 8h35. Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal em Cumbica, Marco Antônio Lino, ao desembarcar em São Paulo, ela preencheu a ficha de deportação - trâmite obrigatório aos brasileiros deportados - e deixou o aeroporto por um terminal doméstico, despistando a imprensa que a aguardava na área do desembarque internacional.

A saída de Andreia por um terminal doméstico foi um pedido da própria brasileira e, segundo a PF, foi concedido para evitar confusão devido ao grande número de jornalistas no aeroporto.

Ela deveria seguir para Vitória em um vôo com escala no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 14h30. Entretanto, não embarcou e continuou em São Paulo até por volta das 21h, quando foi direto para Vitória.

Depois do pouso da aeronave e do desembarque dos passageiros em Vitória, um carro saiu com pressa de uma das laterais do aeroporto e foi seguido por equipes de jornalistas. O grupo achava que Andreia estaria no veículo em alta velocidade.

O carro seguiu por diversos bairros da cidade e de Vila Velha, na Grande Vitória. Após meia hora, o veículo parou em um posto de gasolina, mas Andreia não estava dentro. Eram amigos dela, que disseram não saber seu paradeiro.

Mais cedo, pouco antes da chegada da aeronave que trouxe a brasileira, seus pais saíram da casa da família sem dizer para onde iam. Eles não apareceram no desembarque. Na tarde deste domingo, Adriano Lemke, padrasto de Andreia, afirmou que ela está hospedada na casa de amigos.

Fonte: G1

Amigo de brasileira envolvida em escândalo em NY se irrita durante vôo

Homem tentou impedir o trabalho de uma equipe de reportagem.Casal teve tratamento especial no embarque, em São Paulo, e no desembarque, em Vitória.

A viagem para Vitória (ES) de Andreia Schwartz, que teve participação decisiva no escândalo sexual que acabou na renúncia do ex-governador de Nova York, Eliot Spitzer, foi marcada pelo nervosismo de um rapaz que se diz amigo da capixaba. Ele se irritou com a tentativa de aproximação de uma equipe de reportagem da TV Globo e, dentro do avião, chegou a empurrar câmera do cinegrafista.

Andreia embarcou vôo 1656 da Gol. A aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta de 21h20 de sábado (22). Ela esteve acompanhada por um homem. O casal foi o primeiro a embarcar. Andréia e o rapaz não aguardaram na sala de espera como os demais passageiros do mesmo vôo e entraram por acesso restrito do aeroporto.

A brasileira e o amigo se sentaram na oitava fileira da aeronave. Pouco antes de o avião partir eles se mudaram para a primeira fila.

Fonte: G1

F-15e - O briefing e o vôo

Fonte: série de TV 'Extreme Machines' (1998)

Avião da TAM que levava Zeca Pagodinho arremete em SC

O cantor Zeca Pagodinho passou um grande susto ao chegar a Florianópolis na tarde deste domingo (23), num vôo da TAM. O mau tempo fez com que a aeronave arremetesse por volta das 14h ao tentar aterrissar no Aeroporto Internacional Hercílio Luz.

O artista realizou um show gratuito à beira-mar em comemoração ao aniversário da capital catarinense na noite deste domingo. Ao ser recebido por autoridades locais e fãs que pediam autógrafo, o músico disse estar aliviado por "finalmente estar com os pés no chão". "Foi um susto imenso e sobrevoamos a cidade por algum tempo", comentou.

Segundo o relato de fãs que estavam no aeroporto à espera de Zeca Pagodinho, a aeronave chegou quase a tocar o solo antes de arremeter e só teria retornado dez minutos depois. Outros passageiros confirmaram que o piloto teria abortado a aterrissagem pouco antes de tocar a pista.

"Estava esperando a minha filha e vi que a aeronave precisou arremeter", disse o corretor de imóveis Marcos Tadeu de Castro. "Fiquei com mendo pois chovia muito na cidade".

Tanto a Infraero, quanto os funcionários da companhia aérea não quiseram comentar o fato. Zeca Pagodinho e sua equipe ainda foram recepcionados por uma banda de músicos locais na porta da área de desembarque do terminal.

Fonte: Terra

Paquistão faz parada militar com 'esquadrilha da fumaça'

Manobras com aviões aconteceram neste domingo (23) em Islamabad.

Presidente falou em 'nova era democrática' no país.

Jatos do Paquistão fazem manobras durante parada militar em Islamabad neste domingo (23): o presidente Pervez Musharraf discursou e disse que começa uma nova 'era democrática' no país, após meses de violência.

Fonte: G1 - Foto: Amir Qureshi (AFP)

Israel: pilotos foram expostos à substância cancerígena

Um F-16I Sufa da Força Aérea de Israel

A maioria de pilotos dos F-16I da Força Aérea de Israel (IAF) estiveram expostos a uma substância cancerígena, reconheceram hoje as Forças Armadas. A IAF admitiu que seus pilotos estiveram expostos ao cancerígeno formaldeído detectado na cabine de um desses aviões de combate, informou o diário Yedioth Ahronoth em sua versão digital.

Há dois dias, a IAF decidiu deixar em terras todos seus jatos F-16I Sufa (tempestade, em hebraico) após detectar a substância em um destes aviões, no qual vários pilotos tinham informado que se percebia um cheiro fora do normal.

A Força Aérea assegura que os pilotos que estiveram em contato com esta substância têm muito pouco risco de desenvolver um câncer, já que o formaldeído só provoca a doença após uma alta exposição. Mesmo assim, os militares afetados serão submetidos rotineiramente a provas especiais para controlar seu estado de saúde e o possível desenvolvimento de um câncer.

A IAF informou sobre o problema ao fabricante dos aparelhos, a americano Lockheed Martin, que iniciou uma investigação para esclarecer a presença da substância na cabine.

Fonte: EFE - Foto: Global Security

Avião triplo anfíbio cai na Ucrânia e três morrem

Neste domingo (23) por volta das 15:40 (hora local) um avião particular Aeroprakt A24, prefixo L-2410, acidentou-se próximo ao distrito de Nalivaykovka Makarovskogo, localidade a 42 km de Kiev, na Ucrânia.

O piloto e dois passageiros faleceram no local.

O Aeroprakt-24 é um triplo anfíbio categoria JAR-VLA. É projetado para operar no ar, na terra e na água. Alcança a velocidade máxima de 165 km/h e tem autonomia para 800 quilômetros de vôo.

Fontes: ASN / RBC - Foto: PlanePictures

Avião da US Airways perde parte da asa em vôo

A janela rachada pelo painel da asa

No sábado (22), os passageiros a bordo do Boeing 757-225, prefixo N921UW, da US Airways, vôo 1250 ficaram abalados quando um pedaço do painel da asa painel se desprendeu e atingiu a lateral da fuselagem rachando uma das janelas.

O painel em questão é tem cerca de dois a quatro metros de comprimento e cobre a asa esquerda da aeronave.

Nenhum dos 174 passageiros a bordo do Boeing 757 ficou ferido.

O vôo 1250 fazia a rota Orlando - Filadelfia.

Fontes: ASN / My Fox - Foto: Christina Duby (passageira)

Ex-empresário de Schumacher sofre acidente aéreo

O ex-empresário do hetpacampeão mundial Michael Schumacher, o alemão Willi Webber, sobreviveu na última semana (dia 20) a um acidente aéreo com seu jatinho particular na Europa. De acordo com os relatos, o acidente aconteceu entre Genebra e Stuttgart. "De repente, aconteceu o impacto", declarou Willi Webber de 66 anos de idade.

A aeronave do empresário germânico, um modelo da Beechcraft, ficou seriamente danificado. Todavia, nenhum dos passageiros ficou machucado com o acidente.

O avião particular colidiu com quatro gansos a 6.000 metros de altitude. Weber era o único passageiro a bordo do avião.

O nariz do avião destruído

Fontes: BZ-Berlin / Téo José

Infra-estrutura de aeroportos em SP compromete segurança, avalia associação

A infra-estrutura dos aeroportos localizados nas proximidades da cidade de São Paulo não comporta o crescente do tráfego aéreo na região e isso pode pôr em risco os passageiros de vôos comerciais e, principalmente, particulares. O alerta é do vice-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano.

"O tráfego aéreo em São Paulo está aumentando muito e, por conta disso, a infra-estrutura está deficiente”, disse Febeliano. “Essa falta de infra-estrutura está forçando os aviões a usarem aeroportos nas redondezas de São Paulo, que não têm as mesmas condições de segurança encontradas em Congonhas, Guarulhos e Viracopos.”

Estimativas apresentadas pela associação apontam que o Brasil deve ter, até 2010, mais 80 helicópteros de grande porte e 500 aviões circulando em seu espaço aéreo. Dessas aeronaves, 40% seriam adicionadas à frota de São Paulo.

O dado preocupa o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Quanto ao número de helicópteros, o aumento seria de cerca de 10% - existem hoje 600 helicópteros operando só na aviação geral, ou seja, executiva.

Para tentar assegurar os passageiros, um grupo de trabalho foi montado pelo Cenipa e elaborou 49 propostas de medidas de segurança, que estão em análise. De acordo com Febeliano, a maior parte delas diz respeito à infra-estrutura.

“O que nós estamos propondo é: primeiro, melhorar a infra-estrutura dos aeroportos de Sorocaba, Jundiaí, Bragança Paulista e outros aeroportos em volta de São Paulo; segundo, evitar tráfego desnecessário em cima de São Paulo, deixando que aviões fiquem mais de dois dias estacionados em Guarulhos; e terceiro, tornar mais útil o Campo de Marte”, resumiu vice-presidente da Abag.

Uma reunião, que vai avaliar quais das propostas serão postas em prática, deve ser realizada daqui a seis meses.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 23 de março de 2008

Aviões sem piloto vigiarão a Eurocopa na Suíça

A cidade de Zurique empregará aviões sem piloto na vigilância do trânsito e concentrações de torcedores durante a Eurocopa, que será disputada entre 7 e 29 de junho, na Áustria e na Suíça, informaram hoje as autoridades locais.

Estes aviões, equipados com câmeras, funcionarão durante os três jogos do primeiro turno da Eurocopa que serão realizados na capital econômica da Suíça, disse Reto Casanova, porta-voz do Departamento de Polícia de Zurique.

As imagens aéreas servirão, sobretudo, para controle do trânsito, para os deslocamentos dos visitantes e para as concentrações de torcedores. No entanto, por razões de segurança, a identificação das pessoas está proibida.

Os aviões, de aproximadamente 5m de largura, estarão sob controle da Força Aérea, que possui 28 deles.

A utilização destes aparelhos, apesar de aprovada pelo governo suíço, será decidida pelas autoridades das cidades que terão jogos do torneio europeu de seleções.

Fonte: AFP

Endeavour: última caminhada termina com sucesso

Astronauta trabalha durante quinta caminhada espacial da tripulação da Endeavour

Os astronautas Robert Behnken e Michael Foreman concluíram hoje com sucesso a quinta e última caminhada da missão da naveamericana Endeavour na Estação Espacial Internacional (ISS), informaram fontes da Nasa. "Os astronautas permaneceram no espaço aberto durante 6 horas e dois minutos", disse um porta-voz da Nasa citado pela agência oficial russa Itar-Tass.

Behnken e Foreman, que saíram para a missão quase uma hora antes do programado, cumpriram com todas as tarefas atribuídas a eles, em particular, a complexa mudança de um guindaste de inspeção desde a nave até a viga boreste da ISS.

O especialista de missão Rick Linneham coordenou todas as atividades desde o interior do complexo que formam a nave Endeavour e a ISS, que orbita a cerca de 380 km da Terra e a 26 mil km/h.

A saída de hoje estabelece um novo recorde de caminhadas para uma nave americana, pois a Endeavour permanecerá acoplada à plataforma orbital durante 16 dias, quando o normal são três caminhadas em 11 ou 12 dias.

Fonte: EFE - Foto: Reuters

Marinha encerra buscas por sargento desaparecido na Antártida

Segundo nota, família do sargento Laércio continuará a receber conforto e assistência.

Mas a mulher de Laércio explica que caso está sendo tratado sem a devida importância.

Laércio posa no navio em que desapareceu em foto enviada pela internet (Foto: Album de Família)

A Marinha divulgou nota neste domingo (23) para informar que encerrou as buscas pelo sargento Laércio de Melo Olegário, desaparecido desde 15 de março em missão na Antártida. Segundo o comunicado oficial, “todas as medidas de busca e salvamento foram adotadas”, incluindo helicópteros, botes infláveis e um navio de passageiros.

A nota explica ainda que “a família do sargento Laércio continuará a receber conforto e assistência da Marinha, como tem sido feito desde a constatação de seu desaparecimento”. Mas a mulher do militar, que é de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, disse no dia 20 que a Marinha estaria tratando o caso com pouca importância. “Eles não estão me informando nada e querem colocar a culpa em alguém”, reclamou Goretti Olegário, de 42 anos, mulher do segundo-sargento, descartando a hipótese de suicídio. Leia a íntegra da nota oficial da Marinha:

"Encerradas as buscas ao militar desaparecido na Antártica A Marinha do Brasil informa que as buscas no mar pelo Sargento Laércio de Melo Olegário, desaparecido desde 15 de março do Navio de Apoio Oceanográfico (Nap Oc) “Ary Rongel” foram encerradas.

Todas as medidas de busca e salvamento foram adotadas. Foram utilizados os recursos disponíveis na região, dentre os quais dois helicópteros, um da Marinha do Brasil e outro da Força Aérea do Chile, botes infláveis. O Navio de passageiros Ushuaia, que se encontrava na área, também prestou apoio às buscas.

Apesar das condições meteorológicas desfavoráveis, marcadas por tempo instável, com fortes ventos ocasionais e de difícil previsibilidade, associado ao mar revolto, com ondas variando entre 1,5 e 4m, todos os esforços foram despendidos por 7 dias, em prol da localização do militar desaparecido.

A família do Sargento Laércio continuará a receber conforto e assistência da Marinha, como tem sido feito desde a constatação de seu desaparecimento. O Núcleo de Assistência Social da Marinha (N-SAIPM) prosseguirá no auxílio aos familiares do militar, através de equipe multidisciplinar, constituída por assistente social, psicólogo, capelão e advogado.

A apuração dos fatos está sendo realizada no próprio navio, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), aberto desde 15 de março, data do desaparecimento do Sargento. O IPM tem o prazo máximo para encerramento de 60 dias, a contar da data de sua instauração."

Fonte: G1

sábado, 22 de março de 2008

Avião cai e piloto é gravemente ferido em Campo Grande

Uma aeronave modelo Fascination caiu esta manhã no Aeroporto Teruel, em Campo Grande. O proprietário, o empresário e advogado Paulo Lani, ficou ferido gravemente e foi levado para a Santa Casa de Campo Grande pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

Segundo as informações obtidas junto ao Samu, ele teve fraturas expostas em membros superiores e inferiores e ainda um trauma torácico considerado grave.

Lani pilotava o avião experiental de prefixo PU-CDB. Esse tipo de avião tem operação restrita. Normalmente, são montados a parte de kit e só podem voar em áreas desabitadas e transportar apenas o dono e parentes dele. O avião tem vaga para o piloto e mais duas pessoas.

Era ocupado apenas pelo proprietário. O dono do aeroporto, o deputado estadual Pedro Teruel (PT), informou ao Campo Grande News que uma testemunha do acidente viu quando o avião levantou vôo, da forma correta, e depois de tentar fazer uma curva muito fechada, para voltar à pista, acabou caindo, com a força do vento.

O deputado disse que, possivelmente, o avião não tinha velocidade suficiente para enfrentar o vento. Segundo ele, não havia uma ventania no local, mas a velocidade era considerável para uma aeronave leve como essa.

Acidente aconteceu logo após a decolagem

Piloto ferido em acidente é experiente, dizem amigos

O comerciante Paulo Lani, de 38 anos, gravemente ferido hoje após queda de uma aeronave experimental, é um piloto experiente, com muitas horas de vôo, dizem amigos que acompanharam o resgate no Aeroporto Teruel, em Campo Grande.

Outro piloto, Jonny Vargas, garante que toda a documentação do avião do amigo e as vistorias estão rigorosamente em dia e que o aparelho estava em ótimas condições. “Ele tem a aeronave há uns quatro anos”, informou.

O aparelho teve a parte dianteira destruída e Paulo Lani passa por cirurgias neste momento na Santa Casa, por causa da fraturas expostas em braços e pernas e trauma torácico. O piloto ficou preso as ferragens e o estado dele é considerado muito grave.

O avião experimental de prefixo PU-CDB caiu nesta manhã no Aeroporto Teruel, por volta das 9 horas. A aeronave é modelo de operação restrita, montada a partir de kit, só podem voar em áreas desabitadas e transportar apenas duas pessoas, além do piloto. No momento do acidente apenas Paulo Lani estava no avião.

O corpo de bombeiros e a Polícia Civil continuam no local da queda, assim como amigos do empresário. A apuração sobre as causas do acidente ficará sob responsabilidade do DAC (Departamento de Aviação Civil).Segundo testemunhas, a aeronave levantou vôo corretamente e depois de tentar fazer uma curva muito fechada, para voltar à pista, acabou caindo, com a força do vento.

Fonte: Campo Grande News - Foto: Minamar Junior

Cumulonimbus

Os Cumulonimbus são nuvens convectivas de trovoada que se desenvolvem verticalmente até grandes altitudes, com a forma de montanhas, torres ou de gigantescas couve-flores. Têm uma base entre 300 e 1.500 metros e um topo que pode ir até 23 km de altitude, sendo a média entre 9 e 12 km. O topo é caracterizado pela chamada "bigorna": uma expansão horizontal devida aos ventos superiores, lembrando a forma de uma bigorna de ferreiro. São formadas por gotas d'água, cristais de gelo, gotas superesfriadas, flocos de neve e granizo.

Os Cumulonimbus são alimentados por fenômenos de convecção muito vigorosos (por vezes com ventos de mais de 50 nós). Na base, são formados por gotículas de água, mas nas zonas mais elevadas da "bigorna", são já formadas por cristais de gelo.

Podem estar associados a todas as formas de precipitação forte, incluindo grandes gotículas de chuva, neve ou granizo. Uma trovoada é basicamente uma nuvem cumulonimbus capaz de produzir ventos fortes e tempestuosos, raios, trovões e mesmo, por vezes, violentos tornados.

Fonte: Departamento de Ciências Atmosféricas da USP

Veja esta matéria:

Chuva de granizo danifica avião da TAM e assusta passageiros em SP

Folha Online - 29 de março de 2006

Uma pancada de chuva acompanhada de granizo danificou o pára-brisas e a parte frontal de um avião da TAM que seguia de Curitiba (PR) com destino a São Paulo por volta das 20h30 de terça-feira (28).

Um passageiro, que pediu para não se identificar alegando restrições de contrato de trabalho, entrou em contato com a Folha Online. Ele disse que, logo após decolar em Curitiba, o avião já começava a chacoalhar bastante. Diz ainda que sentiu um forte mergulho da aeronave minutos após a decolagem. "[Foi] um mergulho infernal, como num filme de catástrofe. Todos gritaram, parei de respirar", disse.

Segundo o passageiro, o avião estava totalmente instável e houve um estrondo quando as rodas pousaram no chão. Ele afirma que, no desembarque, os passageiros viram assustados que o para-brisas do avião estava completamente quebrado e o "nariz", danificado. "[Vimos] O pára-brisa totalmente quebrado, [com] visibilidade zero [da cabine do comandante]. E a maior surpresa nos esperava quando descemos. Faltava o nariz do avião", disse.

O vôo JJ 3012, que inicialmente iria para Congonhas (zona sul de São Paulo), acabou pousando às 21h25 no aeroporto internacional de Guarulhos (Grande São Paulo). Ninguém ficou ferido.

Veja as fotos


Fotos: Site Desastres Aéreos

Colômbia lançou bombas de alta tecnologia no Equador

No ataque colombiano ao acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Equador, no dia 1º de março, foram utilizadas dez bombas de alta tecnologia, segundo uma investigação da Força Aérea equatoriana, publicada nesta sexta-feira (21) pelo jornal local "El Comercio".

Em 6 de março, especialistas em armas da Força Aérea equatoriana iniciaram uma perícia sobre o bombardeio em Angostura, onde estava o acampamento das Farc e onde morreu o porta-voz internacional da organização, Raúl Reyes, e ao menos outros 16 guerrilheiros.

De acordo com o relatório dos peritos, foram utilizadas dez bombas GBU 12 Paveway 2 de 227 kg, que deixaram crateras de 2,40 metros de diâmetro por 1,80 metro de profundidade, publicou o jornal equatoriano.

O jornal ainda afirmou que, segundo as especificações do fabricante da bomba GBU 12, Texas Instruments, o explosivo pode ser guiado por laser, GPS ou tecnologia intersensorial.

O relatório diz também que foram encontradas cápsulas de projéteis no setor sul do acampamento, disparadas por metralhadoras de helicópteros que, segundo a Força Aérea equatoriana, fizeram a segurança dos soldados que realizaram a infiltração.

As bombas utilizadas no ataque são do mesmo tipo que as usadas durante a operação americana Tempestade do Deserto, no Iraque.

De acordo com o relatório, a maioria das bombas caiu na área de dormitórios e de doutrinamento do acampamento, enquanto as zonas de lavanderia e de treinamento ficaram intactas.

Um guia de identificação de armas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico do Norte) diz que as bombas GBU 12 podem ser transportadas apenas por aviões A7, A10, B52, F111, F117, F15, F16, F/A 18 C/D, F14 e A6, diz o "Comercio".

O Ministério da Defesa colombiano afirmou que a operação Fênix, como foi chamado o ataque à base das Farc em Angostura, usou aviões Super Tucano. No entanto, segundo a Otan, estes aparelhos não estão incluídos entre os que podem levar bombas GBU 12.

Em dezembro de 2006, a Colômbia comprou - como parte do processo de modernização de sua Força Aérea - 25 aviões Super Tucano fabricados pela brasileira Embraer.

De acordo com o relatório da Força Aérea equatoriana, o manual de fabricação dos aviões A-29B Super Tucano diz poder levar armas convencionais e inteligentes, como, por exemplo, o míssil Python 3, a bomba guiada por laser Griffin ou toda a família de bombas MK 82.

Além disso, os aviões podem também carregar metralhadoras dentro das asas, assim como os aviões da Segunda Guerra Mundial.

A Força Aérea equatoriana também descartou de maneira definitiva que no ataque tenham sido usados aviões Kfir, e afirmou que continuará investigando para determinar que tipo de aeronave foi utilizado no ataque.

Segundo dados da Inteligência Naval, um avião HC-130 saiu da base de Manta, às 19h local de 29 de fevereiro e retornou às 16h30 do dia seguinte, publicou o "Comercio".

Na base de Manta operam, desde 1999, soldados americanos no centro de operações para a luta contra o narcotráfico na região.

O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que não renovará em 2009 o contrato que permite aos Estados Unidos permanecer na base de Manta.

Fonte: EFE

Jobim descarta compra de aviões dos EUA

Ministro diz que americanos oferecem modelos impressionantes, mas caros demais e sem transferência de tecnologia

Projeto de recomposição do esquadrão de caças da FAB está focado nos Rafale e nos Sukhoi; na área naval, país busca submarino pequeno

ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou ontem a compra de equipamentos militares dos Estados Unidos, principalmente os aviões de caça F-35 Joint Strike Fighter, da fábrica Lockheed Martlin, alegando que o país veta a transferência de tecnologia e o custo/benefício não interessa ao Brasil. Cada exemplar custa de US$ 50 milhões a US$ 60 milhões.

"Não estou interessado [no F-35], com esse preço, sem transferência de tecnologia e com alto grau de sofisticação, muito acima das nossas necessidades", disse o ministro, que passou toda a quarta-feira na base aeronaval de Norfolk, onde assistiu a filmes sobre os caças e visitou um submarino nuclear USS Scranton.

O projeto de recomposição do esquadrão de caças da FAB (Forca Aérea Brasileira) concentra o foco nos Rafale, da França, e nos Sukhoi, da Rússia. O ministro já visitou os dois países neste ano, e um dos objetivos é adquirir em torno de 30 aviões para substituir o obsoleto esquadrão dos franceses Mirage, cuja primeira leva chegou ao Brasil na década de 1970.

Jobim reconheceu que o F-35 "é impressionante", um jato de quinta geração mais arrojado que os concorrentes: "Não tem comparação com os Sukhoi e os Rafale". Mas, segundo ele, o F-35, de ataque, é bom demais para a expectativa brasileira: "Um dos problemas é a incompatibilidade dos aviões com as nossas necessidades". Dirigindo-se ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, que o acompanhava, Jobim perguntou: "Não é, Saito?" Desconfortável, o brigadeiro foi reticente e pareceu discordar: "Bem... O Brasil teria uma capacidade dissuasória maravilhosa...

"Além do F-35, que tem versões com um ou dois lugares, os americanos expuseram a Jobim e Saito o F-22, um projeto com apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), com participação de nove países. Cada um custa por volta de US$ 180 milhões, mas já há 3.000 encomendas fechadas. Se o F-35 está acima do que o Brasil pode pagar, o F-22 é simplesmente impossível.

Quanto aos submarinos, há dois problemas: os americanos só têm modelos nucleares de grande porte (o que Jobim visitou tem três andares), e o projeto brasileiro prevê a compra do Scorpene, modelo francês convencional (diesel-elétrico), para servir como molde para o futuro submarino de propulsão nuclear "made in Brazil".

A intenção é ter exemplares pequenos e rápidos para fiscalizar a imensa costa brasileira e exportar para outros países, especialmente da América do Sul.

A Alemanha também oferece submarinos convencionais ao Brasil e tem insistido para Jobim visitar as instalações militares do país, mas a compra de modelos alemães está praticamente descartada. A decisão pela parceria com a França na área está cada vez mais sólida.

Jobim, porém, disse ontem, em entrevista na Embaixada do Brasil em Washington, que não bateu o martelo a favor nem contra nenhum dos projetos.

Ontem o ministro participou da tradicional cerimônia de colocação de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, teve almoço de trabalho com o secretário de Defesa, Robert Gates, e foi ao Pentágono. Hoje Jobim vai se reunir com a secretária de Estado, Condoleezza Rice.

Fonte: Folha Online

Avião da TAM bate em pássaro em Londrina e faz pouso de emergência

Uma aeronave da empresa aérea TAM chocou-se na manhã desta sexta-feira (21) contra um pássaro durante pouso no Aeroporto de Londrina (norte do Paraná).

O incidente apenas causou susto aos passageiros e provocou atraso no vôo 3330 em sua decolagem para Curitiba, após escala em Londrina. Segundo a Infraero, o avião decolou às 13h16, sendo que o horário previsto era às 11h40.

Durante mais de 40 minutos os passageiros ficaram aguardando no saguão sem ter idéia do que acontecia. ''Disseram que o avião estava com um problema, mas não disseram qual. Também não deram previsão de quando é que vamos sair. Tomara que não cancelem o vôo'', comentou uma passageira, complementando que ouviu comentários de que uma pomba teria entrado numa turbina do avião.

Em virtude da colisão, a aeronave teve que passar por uma ''manutenção não programada'' na turbina em que foi atingida pelo pássaro. Conforme a Assessoria de Imprensa da TAM, em nenhum momento houve risco à tripulação ou aos passageiros.

Funcionários da TAM chegaram a abrir a turbina direita da aeronave.

O vôo fazia a linha Guarulhos-Curitiba-Londrina e retornaria a Guarulhos, com passagem também por Curitiba.

Manutenção

No segundo semestre do ano passado foram registradas pelo menos três ocorrências envolvendo a TAM.

Em julho, uma aeronave que faria a rota Guarulhos-Curitiba teve que descer em Londrina por causa do fechamento do aeroporto da Capital. Na ocasião, a aeronave passou por uma manutenção não programada.

Em agosto, um Airbus também passou por uma ''manutenção não programada''. E no mês seguinte, passageiros de um tiveram que descer do airbus depois de aguardarem a decolagem por cerca de 30 minutos. A justificativa dada aos passageiros por funcionários foi de que o avião passaria por uma manutenção.

Fontes: Bonde News (PR) / Folha de Londrina - Fotos: Evandro Monteiro

Boeing da Ryanair faz pouso de emergência na França

Um Boeing 737-800, prefixo EI-DAF, da companhia aérea Ryanair vindo do Aeroporto Brussels South Charleroi (BSCA), na Bélgica, saiu da pista na aterrissagem no Aeroporto de Limoges ((Limoges - Bellegarde (LFBL)), na França, na sexta-feira (21), com 186 passageiros, a maioria belgas, seis dos quais ficaram ligeiramente feridos, de acordo com funcionários da empresa.

As más condições meteorológicas foi a causa do incidente. Os passageiros do vôo FR1216, foram evacuados através das rampas de emergência no aeroporto regional Bellegarde Limoges onde as condições climáticas eram ruins, com chuva e vento.

O Boeing 737-8AS, prefixo EI-DAF, o mesmo do incidente em 2007

Fontes: ASN / Lesoir.be

Astronautas fotografam a aurora boreal

Imagem foi capatada da Estação Espacial Internacional.
Da Terra, fenômeno é visto próximo a zonas polares.

Astronautas da Estação Espacial Internacional fotografaram nesta sexta-feira (21) a aurora boreal -e seu efeito ótico na atmosfera da Terra. O fenômeno, uma decorrência do impacto de partículas de vento solar no campo magnético terrestre, é visto como um brilho noturno no céu em regiões próximas a zonas polares.

Fonte: G1 - Foto: Nasa/Reuters

sexta-feira, 21 de março de 2008

Separatistas de Xinjiang executaram suposto atentado contra avião chinês

O suposto atentado fracassado contra um avião chinês ocorrido este mês foi obra das "forças separatistas" da região uigur de Xinjiang (noroeste), segundo os últimos dados da investigação divulgados nesta sexta-feira pela imprensa estatal.

"A investigação descobriu que a tentativa de causar um desastre aéreo no vôo da China Southern Airlines no dia 7 de março foi um grave ato de tentativa de sabotagem instigadado e executado por separatistas do Turquestão Oriental desde o estrangeiro", assegurou Wang Lequan, secretário do Partido Comunista de Xinjiang.

Xinjiang, um dos principais abastecedores de petróleo e gás da China, conta com uma população majoritária de uigures, etnia de religião muçulmana, língua turcomana e cultura indoeuropéia, que sempre quis a independência da China sob o nome de Turquestão Oriental.

No incidente do dia 7, dois suspeitos, uma jovem de 19 anos e um homem foram detidos pela Polícia depois que o avião, que cobria o trajeto entre Urumqi (capital de Xinjiang) e Pequim teve que fazer uma aterrissagem de emergência duas horas após decolar, disse Wang.

Fonte: EFE

Avião faz pouso de emergência na grama em aeroporto da Costa Rica

O tráfego aéreo no Aeropuerto Internacional Luis Muñoz Marín, em Porto Rico, foi interrompido por mais de duas horas após a aterrissagem forçada de um avião de carga, ontem (20).

O avião, um Douglas DC-3, da transportadora de carga Four Star decolou às 10 hs. (hora local) do aeroporto de Isla Verde. A aeronave com 7,000 libras de carga se dirigia a Ilha Antigua, quando o piloto Luis Hernández detectou problemas no DC-3.

O DC-3 da Four Star, prefixo N131FS - Foto: Jose A. Rafols

Quando sobrevoava o município de Culebra, Hernández escutou um ruido que não pode identificar, mas por precaução, decidiu regresar à Isla Verde.

Hernández, piloto com 52 anos de experiência, explicou que durante a aterrissagem um dos pneus da aeronave estourou. Com a manobrabilidade do DC-3 limitada, o piloto decidiu aterrisar na grama ao invés da pista.

Fonte: El Nuevo Dia

Avião faz pouso de emergência em Quebec, Canadá

O avião ambulância Canadair CL-600-2A12 - Challenger 601, do governo de Quebec realizou um pouso de emergência no início da quinta-feira (20) pela manhã no Aeroporto Jean Lesage (CYQB), em Quebec, no Canadá.

Por volta das 6:15 (hora local), o piloto informou a torre de controle que a aeronave apresentava problemas. O piloto teve que realizar uma aterrissagem de emergência. A aeronave não sofreu nenhum dano grave.

Membros da tripulação e os doentes que estavam a bordo não se feriram. Três pacientes, incluindo uma criança recém-nascida foram transportados para um hospital em Quebec.

O Challenger, que serve como uma ambulância aérea foi comprado pelo governo em 1988.


O Canadair CL-600-2A12 Challenger 601, prefixo C-FURG - Foto: Olivier Ferland

No início deste ano, o governo anunciou que estava comprando dois Challenger 300 para assumir o lugar das aeronaves atualmente em operação.

Fonte: Rádio Canadá

ANAC: IOSA para todos!

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), publicou ontem (20) no Diário Oficial da União a Resolução Nº18, de 19 de Março de 2008 que obriga a todas as empresas concessionárias de serviços de transporte aéreo público regular de passageiros operando segundo as regras de operações de bandeira do RBHA 121 (leia-se TAM, GOL, VARIG, OCEANAIR, etc...), a passar a constar, oficialmente, do Programa IOSA (Auditoria Internacional de Segurança Operacional) da IATA e, nele permanecer.

A obrigatoriedade passa a valer a partir de 1 de janeiro de 2009.

As empresas que não tenham obtido o registro IOSA até a data limite, ou que venham a perdê-lo posteriormente, terão negados seus pedidos para aumento de freqüência ou para exploração de novas rotas internacionais.

A ANAC também recomenda que as empresas concessionárias de serviços de transporte aéreo público regular de passageiros não enquadradas nas regras acima, também participem do Programa IOSA.

De todas as empresas aéreas brasileiras, apenas a TAM Linhas Aéreas possui certificação IOSA.

Problemas estranhos com 737

Há uma investigação em curso nos EUA a respeito de problemas com quatro B737-300 da Alaska airlines em um mês. De acordo com a FAA, o defeito similar não foi causado por falhas de operação ou de manutenção. Em um dos episódios foi necessária uma aterrrisagem de emergência. No começo do mês, a FAA concluiu que não seriam necessárias alterações na frota para tratar do assunto. A falha mecânica impede que os jatos da Alaska abram os flaps a 100%. Os incidentes ocorreram nos dias 10,11, 20 e 26 de janeiro.

Quando esse tipo de emergência ocorre, segundo a FAA, as aeronaves necessitam aumentar a velocidade para manter a sustentação, o que também acarreta em mais riscos de passar do ponto no fim da pista na hora do pouso. De acordo com a companhia, todos os 40 jatos desse tipo da frota foram submetidos a uma vistoria em solo. Neste momento, afirma nota da empresa, as avaliações estão sendo estudadas junto à Boeing. Um fator chamou a atenção dos técnicos: segundo relatórios, a companhia removeu os painéis que normalmente cobrem os trailing flaps em toda a frota.

A fábrica analisa se a ausência dessa porta interfere no funcionamento pleno dos flaps. Para a FAA, a decisão de não determinar que os jatos com tais características fiquem no solo se deve ao fato de que "os equipamentos não são nececessários para uma aterrissagem com segurança. Se não abrem como o previsto, o fabricante considera que há uma quebra na rotina". Se não são, para que servem então? Para quem ouviu os que estavam a bordo, a impressão é outra. Um ex-funcionário da Alaska, que possui equipamento de rádio amador em casa, se disse alarmado com o tom das conversas que captou entre os pilotos e os controladores no momento do pouso.

Os 737 têm um histórico de segurança impressionante e quando caíram, na maioria das vezes, foram derrubados por problema ligados à má manutenção e a erros de condução.

Fonte: Marcelo Ambrosio (JBBlog-Slot)

Quarta caminhada espacial do Endeavour é concluída com sucesso

Astronautas estiveram no espaço aberto por 6 horas e 24 minutos.Quinta e última saída para trabalhos externos deve ocorrer neste sábado.


Os astronautas Robert Behnken e Michael Foreman concluíram com sucesso a quarta caminhada no espaço da missão da nave americana "Endeavour" à Estação Espacial Internacional (ISS), informaram fontes da Nasa.

"Os astronautas estiveram no espaço aberto por 6 horas e 24 minutos", disse um porta-voz da Nasa citado pela agência oficial russa "RIA Novosti".

Acrescentou que Behnken e Foreman, que retornaram à cabina de descompressão a 1h28 de Brasília, cumpriram todas as tarefas programadas.

No entanto, segundo o porta-voz, os astronautas experimentaram certas dificuldades para retirar um conector elétrico.

Behnken e Foreman tinham como objetivo principal testar um método de reparação do escudo térmico da nave no qual usaram uma espécie de pistola para aplicar uma solda especial sobre lâminas isolantes danificadas intencionalmente para essa tarefa.

A quinta e última caminhada desta missão da "Endeavour", de 16 dias de duração, está prevista para este sábado e também ficará a cargo de Behnken e Foreman.

Fonte: EFE

Falha faz avião da Gol retornar a aeroporto após decolagem no DF

Um avião da Gol decolou às 23h15 de quarta-feira (19) do aeroporto de Brasília (DF) com destino a Belém (PA). Durante o vôo, porém, ele retornou ao terminal de origem. De acordo com a Gol, a medida foi necessária por causa de um defeito técnico no radar meteorológico da aeronave - um Boeing 737-800.

O vôo 1680 decolou de Brasília com 151 passageiros a bordo. Depois da escala em Belém, ele seguiria para Macapá (AP). Com o desvio, o avião pousou em Brasília à 1h49, e todos puderam seguir viagem apenas no vôo 1928, que saiu de Brasília às 11h20 desta quinta.

Em nota, a Gol informou que o desvio foi adotado por questão de segurança, uma vez que era um vôo noturno e havia previsão de mau tempo nos destinos. Conforme a Gol, durante a espera pelo vôo seguinte, os passageiros que moravam em Brasília foram levados às suas casas e os que eram de outras cidades, hospedados em hotéis.

Fonte: Folha Online

Peça de avião continua sem "dono"

Companhias aéreas dizem não ter registrado perda de pedaço carenagem

IMPACTO: A peça que caiu em Arujá chegaria ao solo com o impacto de uma peça dez vezes maior. Em agosto de 2006, uma porta de um Fokker 100 da TAM caiu sobre um supermercado na capital

Três empresas com rotas que usam o Aeroporto Internacional de Guarulhos negam que qualquer peça de seus aviões seja a provável carenagem que caiu em um matagal numa chácara em Arujá, no parque Rodrigo Barreto.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, com base na cor da peça, três empresas poderiam ser “donas” da carenagem (parte que protege a turbina do avião): Varig, a holandesa KLM, comprada pela Air France, e a Lufthansa (companhia aéra alemã).

A Varig disse que não houve nenhum registro de perda de peça. A Lutftansa também informou que a peça não caiu de um avião da empresa e que todos trafegam normalmente. A KLM disse que o tom de azul da peça não é compatível com o da fuselagem que a empresa usa, mais claro.

Aeronáutica

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo investiga uma lista com cinco empresas suspeitas. O sargento Fábio Carvalho disse que o tamanho da carenagem indica que o avião é de “porte comercial” (e não um monomotor), sem dar mais detalhes.

Piloto sugere tipo de avião

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, a peça que caiu em Arujá pode ter se descolado de um modelo MD 11. “O tamanho indica que é de uma aeronave grande”, afirmou.

De acordo com Camacho, grosso modo, a peça deve pesar cerca de 20 kg. Ao se chocar com o solo, ela faria o estrago de uma peça de aproximadamente 200 kg.

Na quarta-feira (19), o Diário de Guarulhos entrou em contato com a Infraero, mas a estatal informou que não vai divulgar a relação de vôos entregue ao Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, por se tratar de uma investigação ainda sigilosa.

Fonte: Olhão.com

Tragédia do vôo 3054 não tem um só culpado, diz presidente da Associação de Famílias de Vítimas do vôo 3054

O presidente da Associação de Famílias de Vítimas do vôo 3054 da TAM, Dario Scott, que acompanha o inquérito aberto pela polícia paulista para investigar o acidente, que matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007, afirmou que não há um único culpado pela tragédia. Na avaliação dele, a simulação feita em janeiro passado mostrou que os pilotos poderiam ter tentado ação de emergência se a aeronave tivesse pousado no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

- Em Congonhas, não há margem para falhas ou para qualquer tipo de erro. Foi feita uma simulação com pilotos da TAM e a conclusão foi de que o piloto teria tido condições de tentar alguma ação de emergência para controlar a aeronave se o pouso tivesse sido feito em Guarulhos - diz Scott, que acompanha o andamento do inquérito policial conduzido pelo delegado José Carlos Barbosa, do 27º Distrito Policial.

Segundo o delegado Barbosa, o inquérito já acumula 10 mil páginas e 34 volumes. Para que fique pronto, falta justamente o relatório final do perito especializado em aviação Antonio de Carvalho Nogueira Neto. Barbosa confirmou que, em janeiro passado, foi feita uma simulação do pouso do vôo 3054 por pilotos da própria TAM, acompanhada pelo Ministério Público, pelo perito e por ele próprio. O delegado não quis comentar o resultado da simulação.

Barbosa afirmou que testes feitos no laboratório da Airbus, na França, não permitiram determinar se houve falha na aeronave. Ele adiantou, porém, que posicionar os manetes no lugar totalmente errado seria uma falha primária para ser cometida pelo piloto Kleyber Aguiar Lima e pelo co-piloto Henrique Stephanini Di Sacco. Na avaliação do promotor Mário Luiz Sarrubo, o posicionamento do manete pode ter ficado ligeiramente fora do lugar, causando colapso no computador de bordo.

Para Scott, dificilmente a perícia determinará se houve falha nos equipamentos do Airbus da TAM ou se ocorreu apenas um erro do piloto. Para ele, todos os envolvidos - a TAM, a Agência Nacional de Aviação Civil e a Infraero - têm responsabilidade pelo acidente.

- Caberá estabelecer a parte que cabe a cada um deles - diz ele.

No caso da Infraero, diz Scott, há ainda o agravante do cronograma de obras ter sido apressado para que a pista pudesse ser reaberta para a temporada das férias de julho. A TAM, acrescenta, operava uma aeronave com problemas num aeroporto repleto de restrições e, para piorar, com limite máximo de peso permitido.

- No mínimo, a TAM agiu com negligência e irresponsabilidade - diz o presidente da Associação de Familiares de Vítimas do Vôo 3054.

Todos os meses, o grupo de reúne para trocar informações sobre o andamento do inquérito e das negociações para indenização. O próximo encontro está marcado para o dia 29, em São Paulo. Nele, representantes de escritórios de advocacia americanos deverão informar as famílias sobre os procedimentos para processos na Justiça dos Estados Unidos.

A entidade foi comunicada por seis famílias sobre o fechamento de acordo para pagamento de indenizações. Scott afirma que a TAM fala em 50 acordos, mas que este número pode se referir a número de vítimas, já que, em vários casos, morreram mais de uma pessoa de uma mesma família.

A Câmara de Conciliação formada para facilitar as negociações com a seguradora sugeriu como patamar mínimo de indenização por danos morais o valor de 500 salários-mínimos. Por dano material, o valor a ser negociado tem como patamar o valor do salário mínimo para pessoas sem profissão definida ou o equivalente a dois terços do salário do profissional. Os valores são, de acordo com Scott, o mínimo a ser colocado na mesa de negociações. A Associação dos Familiares das Vítimas, no entanto, não pretende cruzar informações sobre os valores negociados pelas famílias.

- São apenas parâmetros mínimos de negociação - diz ele.

Até agora, apenas a família da advogada Priscila Bertoldi Cesário da Silva, de 31 anos, reconheceu e recuperou fragmentos de uma jóia que ela usava no momento do acidente. Nesta semana, os parentes das vítimas começam a receber um CD com imagens dos objetos catalogados pela empresa americana BMS , a mesma que recuperou pertences de vítimas do ataque às torres do World Trade Center, nos Estados Unidos.

Outras seis famílias que já haviam reconhecido objetos e partes de documentos durante a fase de investigação no IML entraram em contato com a Associação para que os pertences sejam entregues. O material está sob responsabilidade do 27º Distrito Policial e à disposição dos parentes. O delegado afirma que no próximo dia 29 os parentes , que estarão em São Paulo, poderão retirá-los.

- Muita gente não quer nem ouvir falar destes objetos. É muito sofrimento, muita dor - afirma Scott, que perdeu a filha de 14 anos no acidente.

Scott afirma que deixou de usar o aeroporto de Congonhas. Para ele, quem usa o aeroporto corre mais do que o risco normal de se andar de avião.

Fonte: O Globo Online

A amarga volta aos negócios

Bruno Caltabiano havia deixado o comando de sua empresa há sete anos e feito os dois filhos seus sucessores. Isso até uma tragédia obrigá-lo a retornar ao trabalho

Até 17 de julho do ano passado, o empresário Bruno Caltabiano, de 64 anos, poderia ser considerado um homem realizado. Fundador de um dos principais grupos de revenda de automóveis do país, Bruno já havia feito o que muitos donos de impérios familiares jamais conseguiram: um processo tranqüilo de sucessão. Desde 2000, o grupo era dirigido por seus dois filhos, João e Pedro, de 37 e 40 anos, respectivamente.

Na mesma época, a Caltabiano passou a contar também com um novo parceiro estratégico, o grupo de revenda de automóveis americano MacLarthy, um dos maiores dos Estados Unidos, que comprou 51% de participação na empresa.

Nas mãos dos herdeiros e com o apoio dos americanos, a companhia ficou seis vezes maior e se preparava para abrir o capital na bolsa de valores. A Bruno cabia o papel de consultor informal da empresa, como ele mesmo gosta de definir.

Isso até a família e o grupo Caltabiano serem colhidos por uma tragédia de proporções inimagináveis.

João e Pedro estavam a bordo do Airbus A320 que fazia o vôo TAM 3054, de Porto Alegre a São Paulo, e se espatifou em um prédio da companhia aérea ao lado da pista do Aeroporto de Congonhas.

Os dois haviam viajado para a capital gaúcha para fechar a compra de uma revenda Volkswagen. Bruno ficou sabendo do acidente por meio de um telefonema da agência de viagens que vendera as passagens aos filhos. "Eu estava assistindo a um filme e um homem no telefone me pediu para sintonizar em um canal de notícias. Logo que vi um avião em chamas, o homem me disse que João e Pedro estavam naquele vôo." Sua reação, relembra, foi jogar o telefone longe. Em seguida, abraçou sua mulher, Susana, e disse: "Os meninos morreram".

Bruno Caltabiano tem ainda na memória cada segundo daquela noite terrível. Quase por obrigação, mas sem muita esperança, tentou ligar para os celulares dos filhos - só ouvia a voz deles na mensagem da caixa postal. Passou então a buscar freneticamente informações, ao mesmo tempo que recebia ligações de apoio dos amigos mais próximos. Não demorou muito para chegar a confirmação de que não havia nenhuma possibilidade de sobreviventes entre os passageiros do avião. Bruno recorda que, naquela noite, os piores pensamentos passaram por sua cabeça. "Há dez anos, um amigo perdeu um filho e eu disse para mim mesmo que se isso acontecesse comigo me suicidaria. Mas não podia fazer isso", afirma.

Por volta das 9 horas da manhã do dia 18 de julho, tomou a decisão que ele diz ter sido uma das mais acertadas de sua vida. "Peguei minha malinha e fui para o escritório continuar o trabalho que eles estavam fazendo", disse em um emocionado depoimento a Exame. "Meu papel agora é continuar o trabalho deles, cuidar dos meus netos, da minha filha, da minha mulher e das minhas noras."

Não tem sido uma tarefa fácil. "Desde o acidente, me sinto como alguém que usa uma máscara. É como se eu estivesse em carne viva, ao mesmo tempo que tento parecer bem para os que estão ao meu redor."

Fonte: Portal Exame

Manetes do Airbus da TAM estão intactos e já passaram por 2 mil exames

A caixa preta do vôo 3054 da TAM que em julho do ano passado bateu num prédio da TAM Express, explodiu e matou 199 pessoas em Congonhas, pode não ser a principal peça do quebra-cabeça que os peritos tentam montar para apontar as causas da tragédia. O mecanismo dos manetes, apontado como uma das possíveis vilões do acidente, foi preservado após o incêndio que se seguiu à colisão. Mesmo com temperaturas próximas de 1000 graus, os manetes de aço e os mecanismos de aceleração do avião resistiram ao calor e já foram submetidos a quase 2 mil tomografias e radiografias para que seja remontada a seqüência de comandos da aeronave.

- Eles resistiram à alta temperatura sem sofrer agressão severa - afirma um dos envolvidos na investigação das causas do acidente.

As análises feitas até agora praticamente inocentam o primeiro acusado pela tragédia, o piloto Kleyber Aguiar Lima, que comandava o avião ao lado de Henrique Stephanini Di Sacco.

- O acidente não foi causado por uma decisão errada do piloto. Sozinho, ele não teria causado a tragédia. A pista contribuiu, mas a hipótese de falha no projeto do Airbus e em sua rotina de operação não está descartada. Os procedimentos recomendados à tripulação podem também ter induzido ao erro - diz a fonte.

Segundo o especialista, a suposta posição errada do manete em condição de aceleração não poderia ser vista a olho nu pelos pilotos. A primeira informação após o acidente foi de que um estava em aceleração e outro na posição reverso. O correto seria os dois na posição reverso, como recomendado pelo Airbus, ou na posição adotada pelo último piloto que comandou a aeronave antes da tragédia. No último pouso de sucesso do avião em Congonhas, por causa da pista molhada e escorregadia, o piloto havia optado por deixar um manete em ponto morto, outro na posição reverso. Esta informação foi repassada ao comandante Kleyber Lima.

Segundo o promotor Mário Luiz Sarrubo, que acompanha o inquérito aberto pela polícia paulista para investigar as causas do acidente, testes feitos em janeiro no simulador da companhia aérea mostraram que a pista do aeroporto não deu ao piloto condições de reagir ao colapso dos equipamentos de bordo. Se o avião tivesse pousado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, a tragédia teria sido evitada.

- Sem nenhuma dúvida, se houve erro do piloto ele foi induzido pela condição da pista do aeroporto. Já temos indicativo claro de que Congonhas não tinha condições de operar com a pista molhada, como ocorreu naquele dia. O sistema de concretagem usado também não foi o mais adequado - diz Sarrubbo.

Para o promotor, as derrapagens de aviões ocorridas nos dias que antecederam a tragédia e a pista escorregadia deixaram os pilotos em pânico. Foi este, segundo ele, o motivo de o comandante ter optado por não seguir à risca a nova orientação da Airbus para pousos com um dos reversos travados - que era o caso do avião que pilotava. Procurada, a Infraero argumentou que a perícia encomendada pela polícia paulista ainda não foi encerrada e que um laudo do IPT, feito 10 dias após a tragédia, concluiu que a pista é segura.

Numa simulação de pouso do avião, feita por pilotos da TAM e acompanhadas por peritos, feita em janeiro passado, ficou demonstrado que se a pista de Congonhas não fosse tão curta a tripulação teria tido tempo de reagir e fazer as correções necessárias.

- Ele tentou usar o freio manual, o pedal, e conseguiu desacelerar um pouco. Em qualquer outra pista, ele teria tido tempo de tomar outra providência, como acionar o freio aerodinâmico. Ainda que varasse a pista, se tivesse área de escape e não um prédio à frente, poderia ter tido sucesso - diz Sarrubo.
O inquérito da polícia paulista que investiga o acidente já tem 10.000 páginas e 34 volumes. Uma nova simulação será feita ainda este mês para avaliar apenas a influência que a falta do grooving teve neste acidente. A pista de Congonhas havia sido reaberta em 29 de junho, sem o grooving, que são as ranhuras para escoar água e contribuir para a frenagem das aeronaves. O dia da tragédia foi o segundo consecutivo de chuva em São Paulo.

A TAM informou que não vai se pronunciar até que seja concluída as investigações da Aeronáutica . Na investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) o objetivo é detectar a causa do acidente para evitar que novas tragédias ocorram. Na Investigação da polícia paulista, o objetivo é determinar os culpados pelo acidente e responsabilizá-los.

Faltam ainda análises do cálculo de peso da aeronave. Há suspeita que o avião estivesse acima do peso e não dentro de seu limite máximo. Outra análise ainda em curso é sobre o concreto betuminoso resinado a quente usado para recapear a pista do aeroporto. Há desconfiança de que o material usado não seja o contratado e de que, por pressa, a pista tenha sido liberada antes da secagem total.

Envolvidos na apuração do acidente dizem que há desejo das autoridades de encerrar os trabalhos antes de 17 de julho, data em que o acidente completa um ano. Há casos, porém, que para determinar com exatidão as causas a investigação dura entre 2 a 5 anos. Se terminar antes da hora, a apuração corre o risco de não dar as respostas que as famílias dos 199 mortos na tragédia esperam receber. Há ainda o risco oposto, de demorar o suficiente para que o assunto caia no esquecimento.

- Estamos acompanhando para tudo não termina em pizza - diz Dario Scott, presidente da Associação de Familiares das Vítimas, que perdeu a filha de 14 anos no acidente. Para ele, houve mais de uma causa e mais de um responsável pelo acidente.

Fonte: O Globo Online