terça-feira, 26 de julho de 2022

Avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, aponta pesquisa


Viajar é uma das atividades preferidas de grande parte da população mundial. Conhecer novas cidades, estados e até países, sair da rotina e aproveitar as férias em uma praia paradisíaca são momentos essenciais para quem quer desapegar um pouco da rotina. Mas quando se trata do meio de deslocamento, cada pessoa pode ter uma preferência. Seja por meio terrestre, aéreo, ou até atravessando os mares, a opinião popular diverge.

Alguns dos principais critérios levados em consideração na hora de escolher o meio de transporte são os custos, segurança, conforto e logística. Muitas pessoas, no entanto, preferem passar dias atravessando as rodovias do que se aventurar pelos céus.

A escolha pode até ser compreensível visto que imagens de acidentes envolvendo aviões podem ser assustadoras. Mas uma pesquisa realizada pela revista norte-americana Condé Nast Traveler aponta que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro, ficando atrás apenas do elevador, que ocupa a primeira colocação no ranking. Isso acontece devido a regulação existente no controle aéreo, fazendo com que a aviação se desenvolvesse cada vez mais. A cada acidente aéreo ocorrido, a chance de um novo acidente acontecer por motivo semelhante cai consideravelmente.

Segundo a pesquisa, é estimado que acidentes aéreos, nos Estados Unidos, causam 0,006 mortes a cada de 1 bilhão de milhas viajadas. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que a maioria dos acidentes aéreos acontecem em aviões pequenos, particulares ou de táxi-aéreo, como foi o caso de artistas como Gabriel Diniz e Marília Mendonça, que perderam a vida quando se deslocavam por este meio.

Em 2021, o risco de uma pessoa sofrer um acidente de avião, não necessariamente fatal, foi de 1 voo a cada 990 mil decolagens realizadas. Chance menor do que no ano anterior, em 2020, quando o risco de acidentes aéreos era de 1 voo para cada 630 mil decolagens. As informações são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Apesar dos números indicarem a alta segurança dos aviões, os acidentes mais desastrosos ocorridos ao longo dos anos são os que atraem maior atenção da mídia, o que dá, ao espectador, a sensação de perigo quando utiliza o meio de transporte. Desta forma, há quem prefira fazer longas viagens de carro, para evitar a chance de acabar sendo vítima de um acidente aéreo fatal.

Sinistros envolvendo carros são mais frequentes e mais perigosos. Em contrapartida, a ideia, muitas vezes equivocada, de que é mais fácil sobreviver a um acidente de carro do que um acidente de avião faz com que muitas pessoas optem pelo veículo de quatro rodas para se deslocar, mesmo que por longas distâncias.

Um empresário que viaja frequentemente pelas fronteiras de Alagoas e Pernambuco explicou os motivos que tem para não utilizar os aviões como meio de transporte. “Eu não consigo viajar de avião, sinto pânico em imaginar que posso estar envolvido em uma catástrofe. Em caso de um acidente aéreo, são muitas variáveis para que haja sobreviventes. Já nos veículos de quatro rodas, a probabilidade de sobreviver é alta e os danos podem ser reparados facilmente com um seguro de carros”, explicou o empresário, que preferiu se identificar.

No entanto, quando analisados, os números apresentam uma realidade diferente. Dados da pesquisa feita pela revista Condé Nast Traveler, dos EUA, mostram que cerca de seis milhões de acidentes de carro acontecem por ano no país. Destes, um a cada 654 são fatais. No Brasil, os números divulgados pelo Ministério da Infraestrutura apontam que quase 12 mil pessoas foram vítimas de acidentes de trânsito no país.

Portanto, é preciso ponderar as melhores formas de viajar. Todos os meios, se utilizados da forma certa, podem ser seguros. Em longas viagens de carro, é preciso estar com as revisões do veículo em dia, pneus calibrados e um seguro de carro eficiente, para qualquer intercorrência que possa acontecer.

Via Correio dos Municípios

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