Para voos longos ou curtos, para pousar em aeroportos ou em gramados de campos de futebol, há opções para todas as necessidades.
Ninguém gosta de errar em uma compra. Agora, imagine se o produto em questão custar US$ 10 milhões, US$ 20 milhões ou US$ 30 milhões! Como a aquisição de um jato executivo ou de um helicóptero significa um investimento de alto valor, é fundamental que a pessoa saiba exatamente o que quer. “Não existe uma aeronave melhor do que a outra. O que define é sua necessidade”, diz José Eduardo Brandão, diretor-geral da Synerjet. “Por isso, a primeira coisa é fazer uma varredura no mercado, conhecer os fabricantes, os modelos, as propostas de financiamento.” A Synerjet é representante exclusiva no Brasil dos aviões da canadense Bombardier, da suíça Pilatus e dos helicóperos da fabricante anglo-italiana AgustaWestland. De acordo com Brandão, tudo vai depender da missão que o aparelho terá de cumprir.
Brandão, da Synerjet: "Não existe uma aeronave melhor do que a outra.
O que define é sua necessidade" - Foto: Daniel Wainstein
“Se for um deslocamento curto (entre 100 km e 400 km), o helicóptero pode ser a melhor opção, pois é possível chegar mais próximo ao local e com menos dificuldade operacional, já que não será preciso pousar em aeroporto”, explica Brandão. A distância a ser percorrida também é outro dado importante. A fase em que o avião mais gasta combustível (que significa de 25% a 30% do custo da aeronave) é na decolagem. Dependendo do modelo pode levar até 20 minutos. “Se o trajeto é curto, o custo fica antieconômico”, diz ele. O tipo de pista em que a aeronave vai aterrissar também é um item fundamental. Para pistas de terra, o mais indicado é um turbo-hélice que opere bem em condições rudimentares, como o Pilatus PC 12, de US$ 4,2 milhões. Os preços das aeronaves variam de acordo com a marca e o modelo.
Um Challenger 300, da Bombardier, custa cerca de US$ 24 milhões. Tem autonomia de voo suficiente para viajar cerca de quatro mil quilômetros, a distância entre São Paulo e Porto Rico, sem escalas de reabastecimento, com oito passageiros. Possui um sofá que pode ser transformado em cama, tem poltronas mais largas e permite que os passageiros tenham acesso ao bagageiro. Já o Legacy 650, da Embraer, que tem o ator chinês Jackie Chan como cliente (ele é o embaixador da marca Embraer Jatos Executivos), custa US$ 30 milhões e consegue voar sem escalas entre Beijing e Dubai ou entre Hong Kong e Adelaide. Com três regiões distintas de cabine, o Legacy 650 tem Wi-Fi e ruído de cabine significativamente reduzido. O avião possui ainda uma cozinha totalmente equipada. Ou seja, tudo depende do gosto – e do bolso – do freguês. As empresas também dão uma mãozinha.
Arnaud, da Helibras: "Levamos em conta distâncias e a frequência dos voos
para identificar a melhor opção" - Foto: Piti Reali
A Helibras, fabricante de helicópteros, do grupo francês Eurocopter, por exemplo, possui uma equipe de vendas preparada para auxiliar o cliente na escolha por meio de uma gama de informações de acordo com o perfil do comprador. “Levamos em conta as distâncias a serem percorridas e a frequência dos voos para que a pessoa possa identificar a melhor opção”, afirma François Arnaud, vice-presidente da empresa. “A pior coisa que pode acontecer é comprar um avião errado”, diz Brandão. “A pessoa se empolga porque o amigo comprou e acaba gerando frustração.” É o caso, por exemplo, da empresa que compra um jato muito pequeno que não consegue transportar sua equipe de executivos ou de quem adquire um avião de longo alcance, quando não pretende viajar pelo mundo todo.
Fonte: Andrea Assef (IstoÉ Dinheiro)
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