segunda-feira, 15 de março de 2010

Greve dos pilotos da TAP causa receios

As agências de viagens antecipam “efeitos desastrosos” da greve dos pilotos da TAP prevista para as férias da Páscoa, de 26 a 31 de Março, como referiu o presidente da associação do sector.

João Passos receia que todos saiam prejudicados, desde a transportadora, aos clientes das agências, tendo em conta a coincidência do protesto com um dos picos anuais do turismo, sendo que, em termos de viagens de e para o exterior, “a TAP detém 50 por cento do share”.

A própria TAP assumiu, no sábado, que a greve vai colocar a empresa numa “situação muito difícil”, prevendo um custo de 30 milhões de euros (cinco milhões por dia), disse o porta-voz da companhia, António Monteiro, citado pela Agência Lusa.

Com a paralisação de seis dias, os pilotos reivindicam aumentos superiores a 1,8 por cento proposto pela administração da TAP, apesar de o governo ter dado indicações de congelamento salarial para todo o sector empresarial do Estado, embora prevendo algumas excepções não especificadas.

Os pilotos da TAP têm um salário mensal de 8.600 euros, mas rejeitam a proposta da administração da companhia, considerando-a “insuficiente, desequilibrada e discriminatória” em relação aos demais trabalhadores da empresa.

A greve foi aprovada com mais de 70 por cento de votos a favor, numa assembleia que demorou quase dez horas. Criados em 14 de Março de 1945 por Humberto Delgado, que, na altura, dirigia o Secretariado da Aeronáutica Civil, os Transportes Aéreos Portugueses inauguram a primeira linha comercial em 19 de Setembro de 1946, entre Lisboa e Madrid.

Fonte: Jornal de Angola

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