segunda-feira, 15 de março de 2010

Aerolíneas Argentinas inicia voos ao Brasil do aeroporto central

A Aerolíneas Argentinas começou ontem a realizar voos ao Brasil a partir do aeroporto central de Buenos Aires. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização para o período de 14 a 27 de março para todas as rotas que a Aerolíneas havia solicitado, inclusive Guarulhos. Com essa permissão, a companhia transfere ao Aeroparque Jorge Newbery, a cerca de 15 minutos do centro da capital argentina, os voos que eram realizados pelo terminal de Ezeiza, a 40 minutos de distância e cujo acesso possui dois pedágios.

Embora tenha obtido a permissão provisória, a companhia argentina continua proibida de vender passagens para voos em outras datas, como informou a Agência Nacional de Aviação (Anac). A Aerolíneas enfrenta ainda um processo administrativo, em andamento, pelo fato de ter vendido passagens antes de estar autorizada. O processo pode resultar em multa contra a companhia. A agência autuou a companhia na última terça-feira.

Segundo a Anac, as passagens só podem ser vendidas após a obtenção prévia de "hotrans", que são faixas de horário para pousos e decolagens. A decisão argentina de abrir o Aeroparque para voos internacionais com cidades do Mercosul foi tomada há um mês pela Secretaria de Transportes. A Aerolíneas enviou o pedido à Anac no final de fevereiro e a análise demora cerca de 30 dias.

TAM e Gol negociam com o governo argentino a mesma autorização para seus voos desde que a Aerolíneas Argentina anunciou que voaria para Guarulhos, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador a partir do Aeroparque. Mas o secretário argentino de Transportes, Juan Pablo Schiavi, ainda não deu sinais de que o pedido será atendido. O governo também demora em conceder a abertura de operação similar para a chilena LAN.

As empresas acusam o governo de discriminação, já que a Aerolíneas é estatal. Contudo, na secretaria, o argumento é que o pedido foi feito somente há 30 dias, enquanto a Aerolíneas o teria feito há seis meses.

Fonte: Marina Guimarães (Agência Estado)

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