A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou, nesta terça-feira, a demissão por justa causa de três ex-diretores e de três outros funcionários nos níveis de superintendência, gerência e procuradoria, da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Porém, a punição só será efetiva para quatro pessoas porque dois deles já haviam sido demitidos. Eles teriam envolvimento com irregularidades na contratação da empresa FS3 Comunicação para instalar um software de gerenciamento de espaços publicitários nos aeroportos.
Os ex-diretores demitidos são José Wellington de Moura e Fernando de Almeida Brendaglia (ex-diretores comerciais) e Adenauher Figueira Nunes (ex-diretor financeiro). Os três funcionários também demitidos são Márcia Gonçalves Chaves (ex-superintendente comercial); Mariângela Russo (ex-gerente de desenvolvimento mercadológico) e Mário de Ururahy Macêdo Neto.
A CGU também advertiu outros quatro funcionários da Infraero por envolvimento nas irregularidades. São eles: Josefina Valle de Oliveira Pinha (então chefe da Procuradoria Jurídica);Érica Silvestri Duttweiller (advogada da empresa); Álvaro Luiz Costa (ex-chefe da Superintendência de Auditoria) e Ozório Lucas Ferreira da Silva (ex-chefe da Área de Licitações e Contratos).
Fernando Brendaglia e Márcia Gonçalves Chaves já tinham sido punidos antes, por determinação da CGU, por envolvimento em irregularidades na concessão, sem licitação, de uma área para funcionamento de um posto de combustíveis no Aeroporto de Brasília.
Brendaglia foi demitido por justa causa e Márcia Chaves suspensa por trinta dias. Já Adenauher Figueira Nunes tinha sido demitido por justa causa, também por determinação da CGU, em conseqüência de enriquecimento ilícito.
A FS3 foi contratada pelo valor de R$ 26,8 milhões, dos quais, no início das apurações, já tinham sido pagos R$ 20 milhões. A apuração foi solicitada pelo então ministro da Defesa, Waldir Pires.
A decisão da CGU foi encaminhada para a presidência da Infraero adotar as medidas no prazo de cinco dias. Na decisão, o ministro do CGU, Jorge Hage, determina ainda a criação de outra comissão de sindicância para apurar as responsabilidades de outros seis funcionários da Infraero nas irregularidades envolvendo a contratação da empresa.
Fonte: Terra
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