Chung (foto), que mora no condado de Orange, na Califórnia trabalhava desde 1973 na Rockwell International, unidade de defesa e espaço que em 1996 foi adquirida pela Boeing e foi condenado após três semanas de julgamento por conspirar para cometer espionagem econômica, além de seis acusações de espionagem econômica em benefício de um país estrangeiro, um por atuar como agente da República Popular da China e uma por ter dado falsas declarações ao FBI.
Ele trabalhou na Rockwell e na Boeing em um programa especial e secreto espacial. Aposentou-se em 2002, mas no ano seguinte voltou à Boeing como funcionário terceirizado.
"O Sr. Chung foi um agente da República Popular da China por mais de 30 anos", escreveu o juiz Cormac Carney em um veredicto de 31páginas. "A confiança que a Boeing depositou no Sr. Chung de salvaguardar suas informações secretas de propriedade e de comércio obviamente significavam muito pouco para o Sr. Chung [...] ele deixou isso de lado para servir à República Popular da China, que ele proclamou com orgulho ser sua ' pátria mãe'. O tribunal deve, agora, fazer o Sr. Chung responsável pelos seus crimes."
Chong foi preso em 11 de setembro de 2006, depois que agentes federais fizeram buscas em sua casa e encontraram mais de 300 mil páginas de documentos relacionadas com lançamento espacial, o foguete Delta IV, os caças F-15, o bombardeiro B-52, o helicóptero CH-46/47 Chinook e outras tecnologias aeroespaciais e militares americanas. Eles também descobriram cartas, listas e diários detalhando a comunicação de Chung com funcionários do governo chinês.
O réu, que estava solto depois de ter pagado uma fiança de US$ 250 mil (R$ 485,3 mil) durante o julgamento, foi preso após o veredicto e espera a determinação da sentença, que deve ser definida em 9 de novembro. Para cada acusação de espionagem econômica, a lei americana fixa um máximo de 15 anos de prisão mais multa de US$ 500 mil (R$ 970,6 mil), enquanto que, por atuar como agente estrangeiro, a pena pode chegar a 10 anos.
Fonte: Folha Online - Foto: Christina House (Associated Press)