terça-feira, 20 de agosto de 2024

Em cinco anos, FAB intercepta 4.000 aviões suspeitos no espaço aéreo brasileiro

Piloto da Força Aérea Brasileira em caça A-29 Super Tucano durante treinamento de interceptação contra tráfico de drogas realizado com Peru e Colômbia na região amazônica (Foto: Sargento Johnson Barros - 21.jun.17/Divulgação Força Aérea Brasileira)
Aviões e helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) interceptaram, de janeiro de 2019 até o último dia 3 de julho, 4.020 aeronaves sem autorização para voar no espaço aéreo brasileiro ou que pudessem significar alguma ameaça à segurança pública.

Em 90 dessas operações houve a necessidade de disparos para que o piloto advertido pousasse ou mudasse sua rota para uma indicada.

Números obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Comando da Aeronáutica mostram que, somente neste ano, 207 aeronaves foram interceptadas no país até 3 de julho, —ou seja, quase uma por dia.

Esses aviões suspeitos são na sua maioria usados para tráfico de drogas ou que voam em áreas proibidas, como a Terra Indígena Yanomami, que teve seu espaço aéreo fechado no ano passado, entre outros, por causa de ações contra o garimpo ilegal.

Nessa conta não entra um avião modelo Cessna 172, identificado na fronteira com o Peru no último dia 28 de julho. Houve disparo de alerta, e a aeronave acabou queimada pelos próprios ocupantes, que fugiram após pouso de emergência no município de Barcelos (AM). Junto aos destroços, policiais federais encontraram 95 quilos de pasta base de cocaína e clorídrico de cocaína.

O número até 3 de julho é menor que o dos anos anteriores. No mesmo período do ano passado, por exemplo, 232 aeronaves entraram para as as estatísticas dessas ocorrências aéreas no Brasil.

Nesses cinco anos e meio desde 2019, o ano de 2021 foi o que registrou a maior quantidade de ações: 1.147 entre janeiro e dezembro.

(Imagem: Reprodução)
Via Fábio Pescarini (Folha de S.Paulo)

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