segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Montanhista vai receber metade das pedras preciosas, relacionadas com acidente de avião, que encontrou em Mont Blanc

Acredita-se que as esmeraldas, rubis e safiras descobertas em 2013 sejam de um dos aviões indianos acidentados em 1955 e em 1966 no Mont Blanc.


Enterrado no glaciar de Mont Blanc, na França, durante mais de 50 anos, um tesouro composto por esmeraldas, rubis e safiras descoberto por um montanhista há oito anos foi agora partilhado entre o aventureiro e as autoridades locais.

“As pedras preciosas foram divididas em dois valores iguais esta semana”, afirmou à AFP, citada pela France24, o presidente do município de Chamonix, Eric Fournier. O valor atribuído a cada uma das partes ronda os 150 mil euros.

As pedras preciosas, que estavam dentro de uma caixa de metal, foram descobertas em 2013, e pertenciam a um de dois aviões que se despenharam no glaciar, um deles no ano de 1950 e o outro em 1966.

Eric Fournier louvou ainda a integridade do montanhista, que entregou as gemas às autoridades na altura da descoberta, conforme é exigido pela lei.

No início deste ano, altura em que foi anunciada a devolução de metade das joias, o explorador contou ao jornal francês Le Parisien, citado pelo The Guardian, que “não se arrependia de ter sido honesto” em relação à devolução das pedras encontradas, e que planeava utilizar algum do dinheiro vindo das gemas para renovar o seu apartamento.


É provável, segundo as autoridades locais, que as pedras preciosas estivessem no voo que terminou de forma fatal para 117 pessoas em 1966. O Boeing 707, que partiu de Mumbai, e tinha como destino final Nova Iorque, acabou por despenhar-se no Mont Blanc a 24 de janeiro de 1966.

Esta não foi, contudo, a primeira vez que foram descobertos vestígios do voo por montanhistas. Em 2012, foi entregue ao Estado indiano uma mala que continha correspondência relacionada com questões de diplomacia. Em 2017, vestígios humanos foram descobertos no glaciar, embora não se tenha confirmado a qual dos aviões pertenciam.

Leia mais sobre os acidentes AQUI e AQUI.

Via Observador (Portugal)

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