O Conselho de Turismo (CTur) da CNC deu início hoje aos debates referentes ao segundo dos macrotemas definidos para este ano, dentro da nova filosofia de trabalho da entidade. O primeiro macrotema tratou sobre visto e reciprocidade. Agora o tema é “o futuro da aviação comercial brasileira”. O primeiro palestrante foi o brigadeiro Allemander Pereira Filho, que falou sobre “liberdade tarifária e os reflexos no turismo”.
Pereira já iniciou sua palestra questionando a veracidade dos fatos divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em relação ao real benefício da recente liberação tarifária para voos de longo curso com origem no Brasil. Segundo o brigadeiro, algumas empresas já começaram a praticar as novas regras (British, Air France e Iberia) e a previsão é de queda cada vez maior no preço das tarifas, até chegar à liberdade total, no fim do ano. “Se por um lado isso é bom, pois estimula o mercado e otimiza resultados, por outro lado pode prejudicar o desenvolvimento das empresas nacionais no mercado internacional”, alertou Allemander.
“As empresas internacionais têm uma série de vantagens competitivas sobre a única brasileira que opera no segmento de longo curso. E se ela (no caso a Tam) se desinteressar pelo internacional, como ficamos?”, questionou ele, lembrando a saída da Varig do mercado. Segundo ele, “para as companhias internacionais, o mercado brasileiro, embora estratégico a longo prazo, ainda é marginal”. "O Brasil representa apenas 1,1% dos resultados gerais da American Airlines, e 0,6% da Lufthansa, por exemplo. Assim, essas empresas tem flexibilidade para impor preços baixos aqui, pois perder dinheiro no Brasil não afeta o resultado total da empresa. Mas inviabiliza a atuação das companhias nacionais, que são muito menores em termos de competitividade”, explicou.
De acordo com o conselheiro do CTur da CNC, “é preocupante o fato de a Anac atuar muito mais voltada para os interesses do usuário em detrimento do desenvolvimento do setor aéreo brasileiro, que também é uma das prerrogativas para o trabalho da agência”. “Hoje, as companhias estrangeiras detêm 78% da participação de mercado nas rotas internacionais no Brasil e levam vantagem em praticamente 78% dos custos de operacionais. A decisão da Anac foi muito rápida e não deu tempo para as companhias se adaptarem ou avaliarem se essa medida vai nos fortalecer ou enfraquecer”, avaliou.
Fonte: Felipe Niemeyer (Panrotas)
Pereira já iniciou sua palestra questionando a veracidade dos fatos divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em relação ao real benefício da recente liberação tarifária para voos de longo curso com origem no Brasil. Segundo o brigadeiro, algumas empresas já começaram a praticar as novas regras (British, Air France e Iberia) e a previsão é de queda cada vez maior no preço das tarifas, até chegar à liberdade total, no fim do ano. “Se por um lado isso é bom, pois estimula o mercado e otimiza resultados, por outro lado pode prejudicar o desenvolvimento das empresas nacionais no mercado internacional”, alertou Allemander.
“As empresas internacionais têm uma série de vantagens competitivas sobre a única brasileira que opera no segmento de longo curso. E se ela (no caso a Tam) se desinteressar pelo internacional, como ficamos?”, questionou ele, lembrando a saída da Varig do mercado. Segundo ele, “para as companhias internacionais, o mercado brasileiro, embora estratégico a longo prazo, ainda é marginal”. "O Brasil representa apenas 1,1% dos resultados gerais da American Airlines, e 0,6% da Lufthansa, por exemplo. Assim, essas empresas tem flexibilidade para impor preços baixos aqui, pois perder dinheiro no Brasil não afeta o resultado total da empresa. Mas inviabiliza a atuação das companhias nacionais, que são muito menores em termos de competitividade”, explicou.
De acordo com o conselheiro do CTur da CNC, “é preocupante o fato de a Anac atuar muito mais voltada para os interesses do usuário em detrimento do desenvolvimento do setor aéreo brasileiro, que também é uma das prerrogativas para o trabalho da agência”. “Hoje, as companhias estrangeiras detêm 78% da participação de mercado nas rotas internacionais no Brasil e levam vantagem em praticamente 78% dos custos de operacionais. A decisão da Anac foi muito rápida e não deu tempo para as companhias se adaptarem ou avaliarem se essa medida vai nos fortalecer ou enfraquecer”, avaliou.
Fonte: Felipe Niemeyer (Panrotas)
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