O ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, diz que a suspensão das atividades da BRA, que anunciou ter vendido 70 mil passagens até março de 2008 é um "problema pequeno", se comparado com a paralisação das operações da Varig. Segundo Zuanazzi, a Varig havia deixado 6 milhões de tíquetes vendidos, além de passageiros com direito a viagens pelo programa de milhagem.
" É uma situação bem mais confortável do que quando a Varig parou de operar. Esse é um problema pequeno, perto dos 6 milhões de bilhetes vendidos que tinha a Varig, fora o programa Smiles", salienta Zuanazzi.
O ex-presidente diz que a situação da BRA era delicada há algum tempo. "Nós sabíamos que a situação era delicada, tanto que das dez aeronaves deixamos apenas cinco em operação. Mas, sempre primando pela segurança, eu nunca quis ver empresas saindo do mercado. Isso é ruim para a oferta de passagens. Até porque a retomada de atividades é mais difícil quando uma aérea sai do mercado", revela. Zuanazzi chegou a suspender a venda de passagens para trechos internacionais da BRA em meados de outubro, quando ele era o único diretor ativo da Anac.
Para ele, uma solução possível para que BRA continue suas operações seria recorrer à recuperação judicial, instrumento criado pela nova Lei de Falências. Esse foi o caminho seguido pela Varig no ano passado e que fez surgir uma nova companhia, livre de dívidas, que foi adquirida pela Gol.
"Eles podem entrar no processo de recuperação judicial como fez a Varig", sugere o ex-presidente da Anac. Essa pode ser uma saída para a companhia, já que as dívidas não são tão altas como eram as da Varig. Nesse caso, a companhia teria que pedir intervenção judicial e renegociar suas dívidas com os credores por meio de um plano de reestruturação. Esse plano tem que ser aprovado pela maioria dos credores.
Zuanazzi deixou a Anac no último dia 31 e entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta de demissão bastante dura com críticas ao governo e em especial ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ex-presidente da Anac disse na carta que "após 30 anos de serviço público" continuava vendo as coisas acontecerem da mesma forma, "onde a verdade, a seriedade, no trato das coisas públicas, e, especialmente, as instituições e as leis do Estado democrático serem vilmente desrespeitadas" e que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) criada pelo ministro nada havia produzido a não ser "ações midiáticas, manifestações desesperadas, discursos sem qualquer conteúdo técnico, revelando um jogo pobre, que tanto mal tem feito ao Brasil".
Ontem, somente dois dias depois da BRA anunciar a suspensão de suas atividades Jobim se pronunciou sobre o tema e disse que o mercado teria que resolver o problema dos consumidores que compraram passagens da companhia para as férias ou para voar em 2008. " Aqueles que compraram passagens para o ano que vem ou para as férias terão problemas. Eles não serão resolvidos pelo contribuinte brasileiro, é um problema de mercado", disse Jobim, que desde o início da crise não se privava de dar declarações como nesse episódio.
" É uma situação bem mais confortável do que quando a Varig parou de operar. Esse é um problema pequeno, perto dos 6 milhões de bilhetes vendidos que tinha a Varig, fora o programa Smiles", salienta Zuanazzi.
O ex-presidente diz que a situação da BRA era delicada há algum tempo. "Nós sabíamos que a situação era delicada, tanto que das dez aeronaves deixamos apenas cinco em operação. Mas, sempre primando pela segurança, eu nunca quis ver empresas saindo do mercado. Isso é ruim para a oferta de passagens. Até porque a retomada de atividades é mais difícil quando uma aérea sai do mercado", revela. Zuanazzi chegou a suspender a venda de passagens para trechos internacionais da BRA em meados de outubro, quando ele era o único diretor ativo da Anac.
Para ele, uma solução possível para que BRA continue suas operações seria recorrer à recuperação judicial, instrumento criado pela nova Lei de Falências. Esse foi o caminho seguido pela Varig no ano passado e que fez surgir uma nova companhia, livre de dívidas, que foi adquirida pela Gol.
"Eles podem entrar no processo de recuperação judicial como fez a Varig", sugere o ex-presidente da Anac. Essa pode ser uma saída para a companhia, já que as dívidas não são tão altas como eram as da Varig. Nesse caso, a companhia teria que pedir intervenção judicial e renegociar suas dívidas com os credores por meio de um plano de reestruturação. Esse plano tem que ser aprovado pela maioria dos credores.
Zuanazzi deixou a Anac no último dia 31 e entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta de demissão bastante dura com críticas ao governo e em especial ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ex-presidente da Anac disse na carta que "após 30 anos de serviço público" continuava vendo as coisas acontecerem da mesma forma, "onde a verdade, a seriedade, no trato das coisas públicas, e, especialmente, as instituições e as leis do Estado democrático serem vilmente desrespeitadas" e que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) criada pelo ministro nada havia produzido a não ser "ações midiáticas, manifestações desesperadas, discursos sem qualquer conteúdo técnico, revelando um jogo pobre, que tanto mal tem feito ao Brasil".
Ontem, somente dois dias depois da BRA anunciar a suspensão de suas atividades Jobim se pronunciou sobre o tema e disse que o mercado teria que resolver o problema dos consumidores que compraram passagens da companhia para as férias ou para voar em 2008. " Aqueles que compraram passagens para o ano que vem ou para as férias terão problemas. Eles não serão resolvidos pelo contribuinte brasileiro, é um problema de mercado", disse Jobim, que desde o início da crise não se privava de dar declarações como nesse episódio.
Fonte: Invertia
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