quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Mulher passa mal e morre dentro de avião no ar a caminho de Minas Gerais; causa da morte é investigada pela polícia

Idosa embarcou em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, e chegou sem vida ao aeroporto na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Aeroporto de Confins (Foto: BH Airport)
A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher idosa, que estava no voo AD8733, da Azul, que saiu de Fort Lauderdale, nos EUA, na noite de segunda-feira (6/10), para o Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde aterrissou nas primeiras horas da manhã desta terça.

De acordo com testemunhas, a mulher estava na classe executiva e morreu na primeira hora de voo. Segundo informações da Polícia Civil, a mulher embarcou nos Estados Unidos, e portava um cilindro de oxigênio. Pouco depois do avião levantar voo, a passageira sentiu-se mal.

Os comissários procuraram ajuda dentro do avião, com o comandante fazendo uma chamada de voz perguntando se havia algum médico a bordo, no entanto, nenhum passageiro se apresentou.

A Azul informou que mulher passou mal durante a viagem, e a morte foi constatada quando o avião ainda estava no ar. A Companhia lamentou o ocorrido e afirmou que está prestando toda assistência aos familiares da vítima.

A comprovação da morte da idosa foi feita por peritos da Polícia Civil, quando do pouso da aeronave. O corpo foi levado pelo rabecão da Polícia Civil para o Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados os exames de corpo de delito, para se saber o motivo da morte.

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Especialistas em aviação explicam que uma situação desse tipo demanda seguir algumas regras — que podem, sim, incluir viajar por horas com a pessoa que morreu.

“O Código Brasileiro de Aeronáutica é lacônico”, introduz o advogado, piloto e membro da Comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wagner Cláudio Teixeira. Isto é, a norma nacional resume em poucas palavras e sem detalhes o que deve ser feito nesse tipo de situação.

Ela especifica, somente, que o comandante da aeronave é o responsável pelo que ocorrer no avião e que deve registrar “no Diário de Bordo, os nascimentos e óbitos que ocorrerem durante a viagem”. As companhias têm manuais próprios para lidar com esses cenários —  procurada pela reportagem, a Azul não divulgou o seu. 

Os comissários de bordo são treinados para prestar primeiros socorros — atuar em situações de emergência é a principal função deles, o que é ensinado no curso para obter a licença da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, todo avião comercial tem um kit de primeiros socorros que inclui reanimador e máscara para ventilação boca-a-boca, por exemplo.

Mas há um limite para a atuação dos comissários. Por isso, em situações de emergência, procura-se um médico a bordo. Foi o que a Azul afirma ter feito no caso da passageira morta a caminho de BH. Foram médicos, e não comissários, que atestaram o óbito. 

Via g1, Estado de Minas e O Tempo

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