quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Passageiros recorrem a juizados

Neste de fim de ano, os passageiros têm usado cada vez mais um serviço que já se tornou bem conhecido nos aeroportos: os Juizados Especiais. Veja na reportagem de Rodrigo Bocardi.

O pai briga para a companhia aérea cumprir uma decisão judicial e levar os três filhos dele para Santa Catarina acompanhados apenas pela babá.

"Nunca vi um negócio desses. O juiz manda entrar, manda embarcar e eles não respeitam. A lei vale pra mim, pra você, vale pra todos. Agora pra Gol vale o que eles inventaram aqui dentro", dispara o editor de livros Miguel de Almeida.

Neste período de Natal, várias pessoas depois de passar pelos balcões das companhias aéreas tiveram que percorrer um desagradável caminho. Em vez de ir para a sala de embarque, entrar no avião, precisaram passar pelo Juizado Especial em busca dos direitos do consumidor.

O médico Felipe de Souza Suplicy comprou passagem e não viajou. “Foi dito que o vôo foi cancelado há mais de três dias, como se fosse uma coisa que eu deveria saber".

A conexão da psicóloga Solange Abranches também deixou de existir. "Não vou dormir no aeroporto e nem pagar hotel por minha conta já que o cancelamento é deles, a culpa não é minha".

De 22 a 25 de dezembro, foram mais de 100 queixas contra empresas em Congonhas e Guarulhos. E desde a criação dos Juizados Especiais, em outubro, foram cerca de três mil ações contra as companhias. O passageiro reclama principalmente de atrasos e cancelamentos.

"Quando não obtém o seu direito junto a sua empresa, ele deve buscar responsabilidade da empresa, ele vai estar contribuindo inclusive pro aprimoramento de todo o serviço", diz o juiz Ricardo Cunha Chimenti.

O vôo do consultor técnico Marcelo da Silva Batista não saiu na hora. Ele perdeu a conexão e a bagagem. No juizado, audiência imediata com a companhia aérea e as malas apareceram. "Espero ser indenizado. Afinal de contas, a gente paga pra viajar e a gente quer ser bem tratado".

No caso dos menores, a Gol informou que respeitou os procedimentos de segurança para o transporte de crianças desacompanhadas dos pais. Elas viajaram depois que o juizado do aeroporto determinou o cumprimento da ordem de embarque.

Fonte: Jornal Nacional

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