domingo, 5 de julho de 2009

Professor vê preconceito em cobertura de tragédia em Comores

Seja no oceano Atlântico ou no Índico, 137 franceses perderam a vida em um acidente de avião em menos de um mês - 72, dos quais 11 eram da tripulação, no voo AF 447 da Air France, e 65 no voo IY 749 da Yemenia. No entanto, esta segunda tragédia, que deixou como saldo um número vítimas semelhante à primeira, não suscitou a mesma comoção no país. E o motivo, lamenta Jérémie Gandin, da Escola Superior de Jornalismo, é o que pode ser definido no mínimo como preconceito.

"Infelizmente, no imaginário dos franceses, um francês de origem comoriana parece ser menos francês do que um que nasceu em Paris. É triste. Como os passageiros eram todos negros, parece que a França e a mídia francesa se interessam menos por essas vítimas, sendo que, na verdade, eles são igualmente compatriotas", afirma o professor, especialista em televisão e titular da escola que uma das mais respeitadas na formação de comunicadores no país.

Ao longo da terça-feira, dia do segundo acidente, os telejornais não gastaram mais do que dez minutos para falar da catástrofe, mesmo que mais do que um terço das 152 vítimas fosse de nacionalidade francesa. Nos sites dos principais jornais, como o Le Monde ou o Libération, o acidente, por poucos instantes, ocupou os espaços de maior destaque, como a manchete. O interesse era nitidamente menor, se comparado ao vôo proveniente do Brasil.

No acidente da Air France, ao contrário, a mídia francesa não falou de outro assunto durante diversos dias consecutivos. Tal como na imprensa brasileira, na França todas as abordagens relativas ao acidente - investigações, causas, localização de destroços e corpos, famílias de vítimas ou indenizações - recebiam atenção especial.

O fato de este novo drama não envolver uma companhia aérea francesa e de o acidente ter ocorrido no último percurso de um trajeto com três escalas influencia a cobertura menos intensa. Resta saber o quanto pesa o fato de os 65 mortos serem humildes, de origem africana, e em sua maioria habitantes da periferia de Paris ou, principalmente, Marselha. A cidade litorânea abriga a segunda maior comunidade imigrante e muçulmana do país.

Nos debates televisivos que se sucederam a esta segunda tragédia, o tema da segurança aérea imperou. A França se exime de toda a responsabilidade na queda da aeronave, uma vez que os passageiros que tinham como destino a capital do Comores, Moroni, trocaram de aeronave tão logo pousaram pela primeira vez além do espaço europeu, no Iêmen. Em Sanaa, os passageiros deixaram o avião no qual partiram de Paris, um Airbus A330-200, e embarcaram em um Airbus A310, cujas condições de segurança estavam sob suspeita desde 2007, quando a aeronave foi proibida de sobrevoar a Europa.

Mesmo que as responsabilidades não sejam as mesmas que as implicadas no vôo entre Rio de Janeiro e Paris, a comunidade comoriana vem pedindo, desde que o acidente se confirmou, que a França se engaje com o mesmo vigor na busca por corpos ou pelas caixas-pretas da aeronave. Por enquanto, mergulhadores e um número incerto de navios e helicópteros foram postos à disposição no local e estão auxiliando nas buscas, junto com um apoio norte-americano. O número de mergulhadores americanos é maior do que os franceses: são 15 dos Estados Unidos e nove da França.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, prometeu comparecer a uma cerimônia em homenagem às vítimas, que acontecerá no final da tarde de hoje na Grande Mesquita de Paris.

Sobrevivente causou comoção

Em meio a tanto desânimo na cobertura jornalística, uma história enfim desperta a mídia francesa: a única sobrevivente do drama era uma adolescente francesa: Bahia Bakira. Os relatos de seu pai, Kassim Bakira, ocuparam o espaço que o acidente, sozinho, não tinha conseguido atingir.

"Foi o evento que de fato despertou a França para a história", atesta Gandin. "A partir de então, todos quiseram saber sobre o milagre que aconteceu com a jovem francesa."

Fonte: Lucia Jardim (Terra) - Imagem: AFP

Boeing entrega um avião a menos que no 2º trimestre de 2008

A Boeing anunciou na quinta-feira que entregou 125 aviões comerciais durante o segundo trimestre, acumulando 246 unidades na primeira metade do ano. O dado referente ao período de abril a junho se compara com 126 aeronaves comerciais entregues em igual período do ano passado.

Para o analista Alex Hamilton, da Jesup & Lamont Securities, os números apresentados pela Boeing não trazem nada de incomum.

"Onde eu acho que realmente não há visibilidade, e que tem pressionado as ações, são as novas encomendas, as entregas previstas para 2011 e para depois disso", disse o analista.

As ações da Boeing têm caído desde que a fabricante de aviões anunciou na semana passada que iria adiar o voo teste de seu revolucionário jato comercial Dreamliner 787. O voo deveria acontecer durante o segundo trimestre.

A Boeing, segunda maior fabricante mundial de jatos comerciais depois da europeia Airbus, também divulgou nesta quinta-feira que suas operações de Defesa entregaram 33 aviões no segundo trimestre, com um total de 59 unidades de janeiro a junho.

Fonte: Reuters via Invertia

Homem passa mal e obriga avião com ex-BBBs a pousar em MG

Um avião da TAM, que partiu de Guarulhos (SP) em direção a Salvador, na quinta-feira (02), teve que fazer um pouso urgente por volta das 12h no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, por causa de um passageiro que passou mal. Estavam na aeronave os ex-participantes da nona edição do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo, Nana, Maíra Cardi e Leo Jancu.

Segundo a companhia aérea, não ocorreu um pouso de emergência, mas um procedimento de urgência para que o passageiro recebesse atendimento médico. Depois de deixar o homem, o avião partiu para Salvador.

Fonte: Terra

easyJet abre novas rotas em Portugal a partir de 2 de Novembro

A low-cost easyJet vai começar a voar diariamente entre Lisboa-Roma e Porto-Londres a partir de 2 de Novembro e vai reforçar a ligação entre a capital portuguesa e Madrid para três voos diários a partir de Outubro.

A companhia colocou hoje no mercado tarifas desde 26,99 euros por trajecto, com taxas incluídas para a nova rota que liga Lisboa e o aeroporto de Fiumicino em Roma.

Os voos de segunda a sexta-feira saem de Lisboa às 14h30 e chegam a Roma às 18h25. No sentido inverso a ligação efectua-se às 12h00 e chega a Lisbo às 14h00. Aos sábados o voo sai da capital portuguesa às 13h25 e chega a Roma às 17h20 e no sentido inverso saí às 10h55, chegando a Lisboa às 12h55. No domingo os voos realizam-se de Lisboa às 15h25 com chegada a Roma às 19h20, enquanto que no regresso o voo sai de Roma às 12h55 e chega a Lisboa às 14h55.

Londres/Gatwick será para a easyJet, o quinto destino no aeroporto do Porto, depois de Lyon, Basileia, Paris e Genebra, e a nova rota foi colocada à venda com preços desde 30,99 euros por trajecto.

Os voos para Londres realizam-se de segunda a sexta-feira às 14h30 com chegada à capital inglesa às 16h55. No sentido inverso os voos saem às 11h40 e chegam ao Porto às 14h00. Aos sábados os voos saem da Invicta às 14h20 e chegam a Londres às 16h45, sendo o voo no sentido inverso às 11h30 com chegada às 13h50. No domingo os voos saem às 15h05 do Porto e chegam às 17h05 a Londres, no sentido inverso sai às 12h15 e chega ao Porto às 14h35.

A low-cost easyjet está presente em Portugal há dez anos e opera voos de Lisboa, Porto e Funchal.

Fonte: PressTur (Portugal)

Ryanair cria base no Porto com dois aviões e 16 rotas

A Ryanair anunciou a criação da base no Porto, que há cerca de dois anos o CEO da companhia, Michael O’Leary, dizia estar nos seus planos mas que não avançava por os custos do aeroporto serem “muitos altos” e faltar às “autoridades de Lisboa” uma “atitude mais comercial”.

A abertura da base do Porto, a 33ª da low cost e a primeira em Portugal, com dois aviões baseados e quatro novas rotas (Basileia, Eindhoven, St. Etienne e Tours), com as quais passa a ter na Invicta 16 rotas e até 50 voos diários ida e volta, foi anunciada hoje por Michael Cawley, CEO Adjunto.

A Ryanair começou a operar de e para o Aeroporto do Porto em 2005, no ano seguinte ascendeu à posição de terceira maior companhia aérea na Invicta, depois da TAP e da Portugália, e a partir do ano seguinte passou a ser a segunda maior.

Em 2006, a Ryanair transportou de e para o Porto 521.475 passageiros, mais 122,5% que em 2005, em 3.305 voos, mais 122,3% que um ano antes, e em 2007 já era a segunda maior companhia, com 798.700 voos, mais 53,2% que no ano anterior, e 5.388 voos, mais 63% que um ano antes.

Em 2008, a Ryanair passou o milhão de passageiros, tendo transportado 1.063.624 passageiros (+23,5% que em 2007) em 7.119 voos (+32,1% que um ano antes).

A Ryanair representou, assim, em 2008, 23,5% do total de passageiros em voos de e para o Porto, apenas atrás da TAP (39,6%) e a grande distância da easyJet, nº 3, com 7,1% (321.058 passageiros).

Fonte: PressTur (Portugal)

Queda de helicóptero mata 26 em região tribal do Paquistão

A queda de um helicóptero militar Mil Mi-17 em uma região tribal no norte do Paquistão deixou 26 soldados mortos, segundo informações divulgadas na sexta-feira (03) pelo Exército do país.

O porta-voz das Forças Armadas, Athar Abbas, disse à BBC que o helicóptero MI-17 viajava da região tribal de Orazkai, perto da fronteira com o Afeganistão, para a cidade de Peshawar e caiu em uma "região hostil".

O piloto teria acionado o alerta de emergência ao atravessar a área. O porta-voz não soube dizer se o piloto relatou tiros durante o alerta.

Abbas afirmou ainda que soldados paquistaneses foram enviados ao local do acidente e trocaram tiros com militantes na tentativa de manter a segurança dos destroços.

Segundo ele, o acidente não deixou sobreviventes.

Talebã

Ainda não se sabe o que teria provocado a queda, mas Abbas afirma que poderia se tratar de uma falha técnica.

As Forças Armadas informaram ainda que realizarão uma investigação sobre o incidente.

De acordo com o correspondente da BBC em Islamabad Mike Woodridge, o incidente acontece quando o Exército se prepara para levar a ofensiva contra o Talebã para o principal reduto da milícia na região tribal no noroeste do país, perto da fronteira afegã.

Na ofensiva mais recente, aviões militares teriam atacado posições do Talebã no Waziristão do Sul e do Norte.

A região, na fronteira afegã, é controlada por Baitullah Mehsud, um dos líderes mais importantes do Talebã.

Fonte: BBC Brasil via O Globo - Mapa: NY Times

40 anos de conquista da lua

Como o evento que marcou a humanidade contribuiu para o avanço da astronomia e da ciência em geral


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Foi às 23 horas, 56 minutos e 20 segundos (horário de Brasília) da fria noite de 20 de julho de 1969 que o homem pisou a Lua pela primeira vez. Há 40 anos, portanto. E pisou com o pé esquerdo. Não vai aqui nenhuma superstição, é que de fato foi esse o pé que o astronauta americano Neil Armstrong conseguiu pôr em primeiro lugar no poroso e irregular solo lunar, após descer a escada metálica do módulo (batizado de Águia) da Apollo 11. Armstrong era um homenzarrão de quase 100 quilos. Naquele momento, sem a gravidade da Terra, começou a andar em leves saltos e experimentou em seu corpo a sensação de pesar feito uma criança de 15 quilos. Nosso planeta conquistara a Lua.


HISTÓRICO: Armstrong vai pisar a Lua e revolucionar a astronomia. Uma de suas pegadas ficou em nosso satélite natural

A ciência espacial, dali para a frente, nunca mais seria a mesma - e seu desenvolvimento chegou ao inimaginável. Na verdade, deve-se à Lua - tal foi a tecnologia que se teve de criar para alcançá-la - um legado fantástico não somente nesse setor, mas em diversas áreas científicas. Também esse é um precioso ganho da conquista do nosso satélite natural. No que se relaciona diretamente ao espaço, hoje se sabe, por exemplo, que existe água em Marte e as sondas que lá estiveram devem um tributo à quarentona Apollo 11 - e, se lá há água, é bem provável que tenha havido vida ou, quem sabe, ainda existam formas de vida bacterianas em condições de sobrevivência em ambientes extremos.

Fora do campo da astronomia e das metas espaciais, a herança tecnológica daquela noite do pé esquerdo é diversificada. Por exemplo: na medicina foi possível a criação do marca-passo e da tomografia computadorizada. Na dieta, criaram-se os alimentos desidratados. No vestuário, foram desenvolvidos materiais sintéticos, mais leves e resistentes, que atualmente entram na confecção de tênis e roupas. Na cozinha, quem diria, a revolucionária panela revestida de teflon tem um pé na Lua: ele foi criado para revestir a Apollo 11 com a finalidade de ela resistir a altas temperaturas.

No campo da política internacional, os americanos conquistaram a Lua no cenário da chamada Guerra Fria entre EUA e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (a ex-URSS), na qual a corrida ao espaço era também um fator para se marcar a hegemonia da democracia capitalista sobre as ditaduras comunistas. Some-se tudo que derivou daquela noite de 20 de julho de 1969, some-se ciência e ideologia, e se verá que faz sentido o fato de Armstrong ter cravado no satélite a bandeira de seu país. "Esse é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade", disse o astronauta.

Na Terra a Agência Espacial Americana (Nasa) transmitiu a cena ao vivo (a primeira transmissão ao vivo via satélite para televisão) a cerca de 1,2 bilhão de pessoas - muitas maravilhadas, outras temerosas, sem falar nas incrédulas. A comerciante da cidade paulista de Rio Claro Maria de Lourdes Marchiori relembra, emocionada. "Minha família estava toda reunida ao redor da tevê. A imagem era em preto e branco. Ficamos impressionados e ao mesmo tempo não acreditávamos", disse ela à ISTOÉ na semana passada. "Mas jamais esqueci aquela noite. Eu tinha 15 anos, meus pais não permitiam que eu ficasse acordada até mais tarde, mas naquela ocasião essa regra se quebrou."


MISSÃO: O satélite LRO foi lançado pelo foguete Atlas em junho para procurar água na Lua

Na cidade mineira de Capitólio, outra família uniu-se na sala. "A tevê que tínhamos na época exigia que um parente ficasse sentado ao lado dela porque a todo momento a tela corria verticalmente e era preciso regulá-la no botão. Mas vimos o homem pisar a Lua. Ninguém nem respirava", diz João Vianei Soares, hoje coordenador-geral de Observação da Terra do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Eu era criança e acho que ali se definiu a minha vocação profissional".

As imagens através da tela que teimava em correr e lhe ficaram na lembrança dão conta também dos dois companheiros de Armstrong, os astronautas Michael Collins e Edwin Aldrin: o primeiro em estado contemplativo, o segundo retirando uma hóstia de um estojo e levando- a à boca. Aldrin era católico fervoroso e, ao mesmo tempo, um homem convicto da racionalidade de sua missão espacial. Ciência e Deus se entrelaçaram. Foi a primeira comunhão na Lua. Quatro anos depois ele mergulhou no alcoolismo: "Alguns de nós sofrem de tendências ao vício. As minhas vieram à tona depois de meu voo à Lua." Aldrin passou seis anos em clínicas e hoje se dedica a divulgar o turismo espacial.


SPIRIT: O robô munido de alta tecnologia explora Marte desde 2004 e já enviou 250 mil imagens

Com intervalos entre maiores e menores investimentos, é certo que a Nasa, em média, acelerou a produção de equipamentos para uma série de lançamentos da missão Apollo - US$ 25 bilhões foram gastos e 400 mil profissionais envolveram-se no projeto. Desde que a Apollo 11 e os três astronautas pioneiros retornaram à Terra na madrugada de 24 de julho de 1969 (pousando no oceano Pacífico), foram seis as missões tripuladas que alunissaram - ao todo 12 homens - em diversos pontos do satélite, mas sempre em sua face que está voltada à Terra, para segurança de comunicação. A última visita humana se deu em 1972.

Na exploração do universo, as agências espaciais americana e europeia voltaram então seu interesse para a descoberta de galáxias e a exploração de Marte. Mas a Lua, pelo menos em planos, continuou presente. Foi a partir de um jipe lunar que se chegou ao robô Spirit e à sonda Phoenix, que em 2008 encontrou água em Marte. Quarenta anos, em termos de história da humanidade, é ainda ontem, mas em termos de tecnologia já é uma eternidade, dada a velocidade com que ela progride. E o futuro é amanhã. Prova disso é que a Nasa se prepara para montar bases de colonização na Lua, com o satélite LRO. E, dela, saltará para Marte.

Fonte: Luciana Sgarbi (IstoÉ) - Fotos: NASA/REUTERS - Arte: Fernando Brum

Astronauta cria primeiro Twitter bilíngue da Nasa

O astronauta José Hernández pôs em marcha o primeiro Twitter bilíngue da Nasa, com mensagens em inglês e em espanhol. Hernández, que integrará a tripulação da Discovery em uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS) em agosto, destacou que o objetivo é compartilhar suas experiências por meio desta moderna forma de comunicação.

Hernández, de origem mexicana, disse que sempre sonhou com o espaço quando trabalhava nos campos ao norte da Califórnia. "Espero poder expandir esse entusiasmo pelo espaço, pela ciência e pela engenharia e inspirar outras pessoas a seguirem seus sonhos compartilhando minhas atividades através do Twitter", disse.

Os posts do astronauta podem ser seguidos em:

http://www.twitter.com/astro_jose

Além de Hernández, a missão STS-128 levará em sua tripulação o astronauta hispânico Danny Olivas, que realizou duas caminhadas espaciais durante a missão STS-117, em 2007.

Fonte: EFE - Foto: NASA

Aeroporto de Sorocaba (SP) é alternativa para a capital

Nos primeiros cinco meses deste ano o número de passageiros cresceu perto de 30%

O Aeroporto Estadual de Sorocaba Bertram Luiz Leupolz (foto acima) já é opção para o problema do tráfego aéreo de aviões particulares na Capital. Os proprietários estão optando por locar garagens no interior devido à falta de espaço em São Paulo. Em Sorocaba, o reflexo é sentido no aumento de passageiros e no total de garagens alugadas. O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), não descarta a possibilidade de o aeroporto ajudar a desafogaro tráfego aéreo de aviões particulares de São Paulo.

Conforme os dados repassados pelo órgão, nos primeiros cinco meses deste ano o número de passageiros cresceu perto de 30% comparado ao mesmo período no ano passado, saltando do total de 19.811 passageiros entre janeiro e maio de 2008 para 25.538 no mesmo período neste ano. Segundo uma fonte ligada ao aeroporto que preferiu não se identificar, esses passageiros são provenientes de voos particulares e táxi aéreo. Tanto que não há mais vaga para locação de garagem nos 38 hangares locais.

Questionado sobre a procura pelos hangares do aeroporto, o informante disse que não se trata do preço praticado com a locação do espaço no interior, comparado à Capital, mas sim que a aviação está num crescente muito grande e está entrando muitos aviões no país, assim torna-se inviável para o empresário manter o avião na Capital por falta de espaço e estes optam pelo interior.

E para preparar o aeroporto, o Daesp anunciou a instalação, ainda este ano, de uma estação prestadora de serviços de telecomunicações Aeronáuticas (Epta), para auxiliar no tráfego aéreo do aeroporto. Segundo o órgão, há a possibilidade do aeroporto local desafogar o tráfego aéreo de vôos particulares na Capital com a instalação desta torre de controle. Mesmo assim, o Daesp afirmou que não há previsão de o aeroporto começar a operar voos comerciais; por enquanto, apenas voos particulares.

Mais investimentos

Além da instalação da torre, o governo irá investir um total de R$ 2,8 milhões em melhorias, para garantir um aumento ainda mais contundente no número de passageiros.

O Daesp divulga no próximo dia 27 o nome da empresa vencedora da licitação para a realização das obras de melhorias no aeroporto. A principal obra apontada pelo órgão é a extensão e pavimentação de mais 542 metros da atual pista de rolamento e de acessos. Além desta obra o investimento de R$ 2,8 milhões garantirá ainda a construção do anexo operacional e fechamento do beiral frontal e lateral do terminal de passageiros.

Ao todo 30 aeroportos administrados pelo Governo do Estado receberão benfeitorias. Um total de R$ 21 milhões será investido tanto para a modernização e segurança da infraestrutura aeroportuária; manutenção e recuperação dos sistemas de pátios e pistas (taxiamento, pouso e decolagem), ampliações e reformas de terminais de passageiros e instalação de equipamentos de auxílio à navegação aérea.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Foto: Daesp

Caça britânico cai na Escócia

Caças Tornado da RAF semelhante ao acidentado - Foto: RAF

Um caça da Força Aérea britânica (RAF) caiu, às 11:45 (hora local), na Escócia, causando a morte aos dois tripulantes. Desconhecem-se as causas do acidente.

De acordo com a polícia, o avião Panavia Tornado F3, prefixo ZE982[FR], do 43º Esquadrão, caiu junto ao Loch Lomond, o maior dos lagos escoceses.

O Ministério da Defesa não se pronunciou ainda sobre o incidente, mas a BBC adiantou que o Tornado pertence à base de Leuchars, em Fife, no Sul da Escócia. Informa ainda que nenhum civil ficou ferido na queda.

A zona é habitualmente usada para voos de treino da força aérea britânica, mas testemunhos ouvidos no local e citados pela agência Reuters dizem que os aparelhos voavam a uma altitude inferior ao habitual.

Justiça acusa empresário por acidente aéreo na Venezuela


A Procuradoria da Venezuela acusou na quarta-feira passada o dono da empresa aérea Transaven, Efraín Rodríguez, por homicídio devido a um acidente de avião ocorrido em janeiro de 2008, no qual 14 pessoas morreram, entre elas oito italianos.

O procurador José Gregorio Morales responsável pelas investigações declarou à ANSA que Rodríguez também foi acusado de interferência ilícita, pela qual o empresário pode enfrentar penas de 6 a 18 anos de prisão.

Morales preparava ainda acusações contra outros sócios da Transaven, e responsáveis da manutenção das aeronaves.

No dia 4 de janeiro de 2008, o bimotor let 410 da Transaven saiu do aeroporto de Maiquetía em direção ao arquipélago de los Roques. O piloto relatou falhas nos dois motores e disse que tentaria fazer um pouso forçado.

O avião desapareceu do espaço aéreo próximo da ilha Gran Roque e apenas o corpo do co-piloto foi resgatado.

Segundo informaram pessoas que participaram das investigações, a acusação aponta para uma falha de manutenção na aeronave, já que ela havia sobrevoado na data em que deveria passar por uma revisão.

Rodríguez negou as acusações, às quais atribuiu ao interesse econômico por parte das famílias das vítimas.

"Aqui não há elementos de convicção para abrir uma investigação penal contra pessoas. Existe um interesse particular em estabelecer uma responsabilidade penal para possibilitar uma demanda civil, que lhes permita exigir uma indenização adicional", afirmou o acusado à imprensa local.

O empresário disse que "seis dos italianos cobraram indenização". "Através de uma lei na Itália demonstraram que houve um acidente e lhes deram uma ata de óbito. Eles a trouxeram e meu seguro os indenizou", assegurou Rodríguez.

Na época do acidente, familiares das vítimas vieram à Venezuela para pedir o esclarecimento do caso, enquanto especialistas italianos colaboraram na busca pelos restos da aeronave.

Fonte: ANSA (02/07/2009)

Aérea mostra funcionários nus em vídeo de segurança a bordo

Com objetivo de chamar a atenção dos viajantes para as tradicionais instruções de segurança a bordo de aeronaves, a Air New Zealand colocou seus funcionários sem roupa, mas com os corpos pintados no mesmo estilo do uniforme, em um vídeo para mostrar aos seus clientes o que fazer em casos de emergência, procedimentos de pouso e decolagem.



O vídeo de 3min28s é o segundo de uma campanha iniciada pela empresa em maio. Na primeira ação, a intenção da aérea de baixo custo era mostrar que as tarifas cobradas "não têm nada a esconder". No vídeo de segurança, uma comissária dá a dica logo no começo: "mesmo que você faça vôos regulares conosco, gostaríamos que desse uma segunda olhada dessa vez".

Enquanto dão as instruções, máscaras de oxigênio, coletes salva-vidas, cintos de segurança e malas de viagem são estrategicamente colocados em frente às partes íntimas dos funcionários. Apenas no fim, uma comissária caminha no corredor do avião mostrando a parte de trás do seu corpo. Os tripulantes não receberam nada a mais pela participação no vídeo, segundo o jornal britânico Telegraph.

Um porta-voz da aérea neozelandesa informou ao The New York Times que o vídeo custou apenas de 10% a 15% de uma campanha comercial regular. Em um site de vídeos na rede mundial, as instruções de voo com os comissários pintados já foram acessadas cerca de 2 milhões de vezes.

Fonte: Terra

Localizados sinais das caixas-pretas do avião da Yemenia

Investigadores receberam um sinal das caixas-pretas, no sábado, do avião da Yemenia Air que caiu nas ilhas Comores na semana passada, segundo a CNN.

- Um sinal foi captado de dois transmissores acústicos dos registros de informação do avião durante uma busca marítima esta manhã - anunciou o Escritório de Investigação e Análise francês, em um comunicado.

As caixas-pretas contêm informação importante para determinar o que causou o a queda do avião. O Airbus A310 da Yemenia transportava 142 passageiros e 11 tripulantes. Ele saiu da capital do Iêmen, Sanaa, e caiu a poucos quilômetros de Moroni, capital das ilhas Comores. Apenas uma adolescente de 13 anos sobreviveu.

Fonte: O Globo

Coreia do Norte pode ter lançado mísseis de médio alcance

O representante dos EUA nas discussões de sanções contra a Coreia do Norte inicia conversações na Malásia no domingo, possivelmente sobre os vínculos de bancos com as finanças norte-coreanas, enquanto uma informação dava conta de que Pyongyang pode ter lançado mísseis de médio alcance numa série de disparos feitos no sábado.

O Ministério da Defesa sul-coreano disse que a Coreia do Norte lançou sete mísseis balísticos, num ato de desafio aos Estados Unidos no Dia da Independência dos EUA, intensificando mais ainda as tensões regionais, já altas devido ao teste nuclear feito por Pyongyang em maio.

"Estamos em estado de alerta alto", disse uma fonte do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, acrescentando que não havia sinais iniciais de mais disparos de mísseis no domingo.

O lançamento dos mísseis, que marca uma escalada das tensões promovida pela Coreia do Norte, provavelmente vai se refletir nos mercados asiáticos quando abrirem na segunda-feira, mas os investidores não prevêem um impacto grande.

Aparentemente a Coreia do Norte disparou dois mísseis de médio alcance Rodong, que têm alcance suficiente para atingir toda a Coreia do Sul e a maior parte do Japão, e cinco mísseis Scud, que podem atingir quase toda a Coreia do Sul, teria dito um representante sul-coreano, segundo a agência de notícias Yonhpa.

O representante disse que dois dos mísseis se deslocaram em velocidade maior que os outros, indicando que teriam sido do tipo Rodong.

"Constatamos que cinco dos sete mísseis caíram perto do mesmo ponto no Mar Oriental (Mar do Japão), o que indica que sua precisão melhorou", disse outro funcionário à Yonhap.

Os mísseis percorreram aproximadamente 420 quilômetros, e levará alguns dias para se confirmar o que foi disparado, disse o funcionário. Os relatos iniciais no sábado disseram que aparentemente todos os mísseis teriam sido Scuds.

Resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de disparar mísseis balísticos. O Japão estuda a possibilidade de instalar um novo sistema de defesa terrestre antimísseis para complementar os interceptores que já possui, informou o diário japonês Mainichi.

O lançamento acontece no momento em que os EUA estão reprimindo empresas suspeitas de ajudarem a Coreia do Norte com seu comércio de armas e mísseis, que foi sujeito a sanções da ONU impostas após o teste nuclear.

Fonte: Jon Herskovitz e Seo Eun-kyung (Reuters) Via UOL Notícias

Neeleman celebra Azul em aeroportos menores, mas mira Congonhas

A Azul alcançou em maio a terceira posição em termos de passageiros transportados no mercado brasileiro de aviação. Seis meses após a estréia da companhia, em dezembro, o fundador da Azul, David Neeleman, diz estar satisfeito com a estratégia implementada. O executivo defende as vantagens de operar em aeroportos localizados em cidades vizinhas a grandes centros (casos de Campinas, Maringá e Navegantes), mas também reclama do acesso a Congonhas. "Nossos concorrentes (Gol e TAM) têm 92% dos slots (permissões de pouso e decolagem) e essa política não é muito boa", diz Neeleman.

O executivo também comentou em entrevista exclusiva ao Terra que a aposta em tentar diferenciar-se da concorrência com melhor serviço e promoções de bilhetes têm dado certo e explicou porque não possui transmissão de TV ao vivo em suas aeronaves. "Nossa meta é para ter, antes da Copa do Mundo, todas as aeronaves com TV ao vivo, para que as pessoas possam assistir aos jogos."

Confira a entrevista com o presidente da Azul.

Terra - A Azul aposta muito - mais do que as outras aéreas brasileiras - na divulgação de bilhetes com desconto. A estratégia tem dado certo? Quais os benefícios da Azul com esse tipo de estratégia comercial?

David Neeleman - Acreditamos que o mercado brasileiro para passageiros deve ser dois, três, quatro vezes maior do que é hoje. Temos 250 milhões de pessoas que andam de ônibus de longa distância e acreditamos que esse número seria bem maior se não fosse tão chato andar de ônibus. Então temos as pessoas que estão viajando de ônibus, mas o número, talvez maior, é o de pessoas que não estão viajando. Porque é caro demais, elas não têm dinheiro para viajar de avião e é difícil por ônibus. Para criar esse novo mercado criamos essa tarifa chamada Azul 30, que você pode comprar com 30 dias de antecedência, que é o preço de ônibus ou menos. Às vezes, dá até para comprar (por este preço) com menos antecedência, porque a concorrência está com preços bem baixos.

O importante é que todo mundo que queira viajar tem que tentar pelo avião, tem que ter uma opção que eles não tinham antes. É uma maneira para tentar criar esse mercado e estamos fazendo. Nós acreditamos que 80% das pessoas que viajam com a Azul - 80% a 85% - são viajantes novos, que não estariam viajando naquele dia se não fosse pelos preços bons, o Azul 30, com frequência e com voos entre cidades que não tinham voos antes. A maioria de nossos voos é entre cidades que não tinham ligação direta.

Terra - Como tem sido a experiência de montar "hubs" em cidades com aeroportos menores, mas próximas de mercados maiores, como é o caso de Campinas-São Paulo? Como tem sido a receptividade a ligação por ônibus saindo da capital até Viracopos?

Neeleman - Se você mora na zona oeste, na zona norte, vamos pegar Alphaville (Barueri), por exemplo, e de manhã quer ir para Congonhas ou Guarulhos, é muito mais rápido ir diretamente para Viracopos. Se você sai (com o ônibus da Azul) da Barra Funda, se você sai do (shopping) Eldorado, se você sai de Alphaville, todos eles (até Viracopos) são menos de uma hora. Se você vai pela Marginal Pinheiros (até Congonhas), não sabe. Da marginal até a (avenida dos) Bandeirantes, pode demorar mais de uma hora, uma hora e meia, pela manhã. Se você vai para Guarulhos, mesma coisa: pode ser (um trajeto de) duas horas, três horas. Então as pessoas que estão pegando ônibus estão vendo isso. Mas a maioria de nossos clientes é do interior de São Paulo.

Outra coisa, se você mora no lado oeste e quer ir para o Nordeste, não tem voos diretos de Congonhas para o Nordeste. Tem que ir para Guarulhos. Então a decisão é fácil, principalmente à tarde. Viracopos é muito mais fácil. Se você vai de táxi, fica muito caro, até pelo pedágio. Então nós aproveitamos para dar o ônibus e uma carona para o aeroporto. É uma coisa que as pessoas estão gostando bastante, embora a maioria dos nossos clientes venha mesmo do interior.

Terra - Existe prazo para que o ônibus deixe de ser gratuito?

Neeleman - Não. Ainda não existem planos para uma cobrança nos ônibus.

Terra - Quanto ao ônibus Blumenau-Navegantes, porque não uma ligação até Florianópolis?

Neeleman - Há muitos voos para Florianópolis, precisamos ver o preço das tarifas cobradas (pela concorrência). A ligação (rodoviária) é um pouco longe, pensamos sobre isso no início, mas Navegantes está indo bem. Talvez essa ligação não seja necessária.

Terra - Há planos no curto prazo de voar para Brasília?

Neeleman - Brasília seria um mercado muito bom. Mas, tem muito serviço para lá por conta do hub (ponto de conexões) das outras companhias, por isso tem muitos voos diretos. Mas, Brasília é um lugar que estamos olhando, mas tem outros lugares que têm menos voos. Lugares como Goiânia, Cuiabá, tem muitas outras cidades que talvez tenham menos concorrência e que vamos fazer antes de voar para Brasília.

Terra - Como tem sido a experiência de operar os jatos E190 e E195 da Embraer?

Neeleman - São aviões muito bons, eles estão voando muito bem. É interessante, porque quando viajo, pergunto "quem aqui já viajou com avião brasileiro?". A resposta é ninguém. A maioria, 99% dos brasileiros, nunca voou com um avião brasileiro, principalmente o E190 e o E195. Fico muito orgulhoso, tenho muito orgulho deste avião. Porque é muito mais confortável do que o (Boeing) 737 e que o (Airbus) A320. Eles (os clientes) estão gostando muito, nós estamos gostamos muito, então é muito bom para nós.

Terra - A Azul pensa em encomendar aeronaves maiores?

Neeleman - Não. Estamos muito felizes e temos muita oportunidade com o E190 e o E195. Temos opções e pedidos firmes, temos mais de 70 encomendas vindo e estamos muito felizes com estas aeronaves.

Terra - O sr. abriu uma companhia aérea nos Estados Unidos e agora uma no Brasil. Quais as vantagens e desvantagens do Brasil para fazer negócios?

Neeleman - O mercado brasileiro tem o desafio de tentar convencer as pessoas que você pode viajar de avião. Pelo passado, as pessoas têm um pouco de medo de voar. Muito mais do que acontece nos EUA. Então esse é um desafio: convencer as pessoas de que é bom para viajar, é mais seguro ir de avião do que de ônibus. O desafio aqui é grande, mas a oportunidade é muito maior. Até hoje a JetBlue (aérea fundada por Neelemn nos EUA) só tem, depois de dez anos, 6%, 7% de mercado nos EUA e, depois de seis meses, nós temos 4,5% do mercado brasileiro. Isso mostra que tem muita oportunidade e o mercado pode ser muito maior do que é.

A única coisa que queria ter era acesso para Congonhas, (atualmente) não temos isso. Nossos concorrentes (Gol e TAM) têm 92% dos slots (permissões de pouso e decolagem) e essa política não é muito boa. Isso vai mudar depois de algum tempo, a capacidade de Congonhas pode aumentar. Essa é uma coisa que, depois do acidente, as pessoas ficaram muito assustadas. Então eles abaixaram o número de operações e nós acreditamos que é bem seguro para voar mais.

Terra - Ainda em relação aos planos anunciados durante o lançamento da empresa, o sr. disse que a Azul pretendia diferenciar-se pelos serviços prestados. Após seis meses, essa estratégia deu certo?

Neeleman - As pessoas gostaram. Não é só mais espaço para as pernas e a falta do assento do meio nos aviões. A palavra que mais ouço quando estou andando nos corredores dos aviões é atendimento. "Vocês têm um atendimento muito bom". Nós temos uma meta para que as pessoas não tenham um filho no aeroporto quando os voos não saem na hora. Espero que quando as pessoas liguem para nós, cheguem ao aeroporto, entrem nos aviões, elas sintam a diferença. Nosso pessoal aqui tem essa preocupação para ser o melhor. Não apenas a melhor aérea do Brasil, mas o melhor serviço para os clientes. É importante para que as pessoas se sintam bem enquanto viajam. Não apenas para que elas voltem a voar conosco, mas falem para todos os amigos.

Terra - Por que o serviço de TV ao vivo está sendo tão difícil de implementar?

Neeleman - O problema é que no hemisfério sul há outra tecnologia para o satélite. Então estamos desenvolvendo um novo disco que vai ficar em cima da aeronave. Há uma empresa nos EUA que está fazendo isso e está demorando para que eles terminem essa adaptação. Mas, esperamos que ao fim do primeiro trimestre do ano que vem vamos ter o primeiro avião. Nossa meta é para ter, antes da Copa do Mundo, todas as aeronaves com TV ao vivo, para que as pessoas possam assistir aos jogos.

Terra - Qual a maior dificuldade em se lançar uma empresa aérea durante a maior crise econômica dos últimos 80 anos?

Neeleman - Conseguir o financiamento das aeronaves, porque ninguém pode pagar à vista por isso. Conseguimos com a ajuda de bancos internacionais e também do BNDES, mas foi a coisa mais difícil para conseguir atualmente. Conseguimos tudo para esse ano, as 14 aeronaves que vamos ter, e vamos ter sete no ano que vem. Estamos trabalhando com isto agora e acho que vamos conseguir. Vai ser muito mais fácil porque são menos aeronaves e também o mercado está ficando melhor agora.

Terra - Há uma percepção de que São Paulo capital está saturada com relação a operação em aeroportos. O que seria melhor, ampliar os aeroportos atuais ou construir um terceiro aeroporto?

Neeleman - No curto prazo podemos aumentar as frequências. Podemos colocar mais pátio também em Guarulhos, porque falta isso lá. Mas, no longo prazo, é preciso um terceiro aeroporto. Então tem que achar um lugar, começar a planejar e fazer a construção. Isso demora mais de dez anos para fazer. Então tem que começar agora, para pensar onde colocar o terceiro aeroporto.

Fonte: Fabiano Klostermann (Terra)

Mais oito corpos de passageiros do voo AF 447 são identificados

São três brasileiros, dois homens e uma mulher, e cinco estrangeiras.

Dos 51 corpos resgatados em alto-mar, 43 já foram identificados.


Carro da Polícia Científica estacionado próximo ao IML do Recife, após a chegada dos primeiros corpos de vítimas do voo 447

Mais oito corpos de vítimas do acidente com o voo 447 da Air France foram identificados. A informação foi divulgada pela Secretaria de Defesa Social em Pernambuco (SDS-PE) em nota na manhã deste sábado (4). O avião da Air France, que seguia do Rio de Janeiro com destino a Paris, caiu no Oceano Atlântico, próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha, no dia 31 de maio.

De acordo com a Força Tarefa composta pela Polícia Federal e pela SDS, três corpos são de brasileiros, sendo dois homens e uma mulher, e cinco são de estrangeiros do sexo feminino.

As identificações confirmadas foram feitas por análise de impressões digitais, da arcada dentária e também por meio de exames de DNA. Duas vítimas foram identificadas a partir dos exames na arcada dentária combinados com DNA, uma por impressão digital combinada com DNA e as outras cinco apenas por exames de DNA.

O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris no dia 31 de maio às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.

As buscas pelas vítimas foram encerradas no dia 26 de junho. Até este sábado, a Força Tarefa identificou 43 vítimas dos 51 corpos encontrados. Por solicitação dos familiares das vítimas, as identidades serão mantidas em sigilo.

Fonte: G1 (com informações do pe360graus/Globo Nordeste) - Foto: Maurício Lima (AFP)

FAB divulga nota sobre relatório do acidente do voo 447

Investigadores franceses disseram que avião não foi destruído no voo.

Aeronáutica diz que tomou as providências necessárias para a busca.




A Aeronáutica divulgou nota, nesta sexta-feira (3), sobre o relatório preliminar sobre o acidente do voo 447, divulgado na quinta-feira (2), na França. No texto, a Força Aérea Brasileira diz que foi acionada às 3h40 do dia 1º de junho e "o primeiro avião, já ao nascer do sol, encontrava-se em deslocamento para realizar as buscas visuais". Além disso, a FAB informa que encaminhou aos técnicos franceses as conversas relacionadas ao avião da Air France.

O documento da BEA (Escritório de investigações e análises, na sigla em francês), órgão do governo francês que investiga o caso, informa que o Airbus A330 não foi destruído durante o voo.

O relatório diz ainda que o Brasil não fez a transferência do voo do controle aéreo brasileiro para o controle aéreo do Senegal. Segundo o investigador-chefe francês, Alain Bouillard, o controlador brasileiro realizou a coordenação, mas não a transferência. Os dois procedimentos são obrigatórios. A Aeronáutica nega.

O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris no dia 31 de maio às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. As buscas pelos corpos foram encerradas na sexta-feira passada, dia 26. No total, 51 corpos foram retirados do mar. Desses, 35 foram identificados.

Leia na íntegra a nota da FAB:

"No dia 2 de julho de 2009, às 10h (horário de Brasília), o Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de I´Aviation Civile (BEA) divulgou o Relatório Preliminar sobre as investigações do acidente com o voo AFR 447, ocorrido no dia 31 de maio.

Com o objetivo de eliminar dúvidas sobre os procedimentos adotados pela autoridade aeronáutica brasileira em relação a essa ocorrência, este Centro esclarece o seguinte:

- o Voo AFR 447, como a maioria dos voos regulares de aviões comerciais internacionais, utiliza um plano de voo denominado Plano de Voo Periódico, haja vista que o desempenho, a rota e os horários das aeronaves são normalmente os mesmos. Esses planos são disponibilizados pelas respectivas companhias aéreas a todos os órgãos de controle de tráfego aéreo encarregados do controle da aeronave na rota prevista para o voo, independentemente do país a que pertencem. Esse procedimento foi seguido no caso do AFR 447.

- às 22h33 do dia 31 de maio, a tripulação do AFR 447 fez o último contato rádio com o órgão de controle de tráfego aéreo brasileiro, informando a hora estimada em que sobrevoaria as próximas posições virtuais previstas na rota. Imediatamente depois, o órgão de controle de tráfego aéreo brasileiro (ACC ATLÂNTICO) informou ao Centro de Controle de Dacar (ACC DAKAR) que o AFR 447 estaria na posição virtual TASIL às 23h20, haja vista que, a partir dessa posição, caberia a DAKAR o controle sobre a movimentação dessa aeronave rumo à França. O ACC DAKAR confirmou o recebimento dessa informação.

- cabe salientar que, por meio de um acordo operacional entre os dois países (Brasil e Senegal), se uma aeronave entrar no espaço aéreo de Dacar no horário previsto, ou até três minutos depois desse horário, não se faz necessária qualquer comunicação entre os órgãos de controle de tráfego aéreo em questão para formalizar a transferência desse vôo. Consequentemente, às 23h20 o controle sobre o AFR 447 passou, teoricamente, para o controle do ACC DAKAR, visto que não houve qualquer questionamento daquele ACC sobre a aeronave.

- por se tratar de uma região onde o controle de tráfego aéreo é realizado essencialmente por comunicação, caberia ao ACC DAKAR conferir o ingresso da aeronave no seu espaço aéreo, às 23h20, e alertar sobre eventuais problemas, como por exemplo a impossibilidade de contato rádio com o AFR 447.

- no caso do AFR 447 não houve, em momento algum, captação por satélites da transmissão do sinal do equipamento de emergência (ELT) e, também, nenhuma aeronave sobrevoando a rota recebeu pedido de socorro por meio da frequência internacional de emergência (121,5MHz).

- somente à 1h20 do dia 1º de junho, o ACC DAKAR questionou o órgão de controle de tráfego aéreo brasileiro sobre a posição do AFR 447. Assim, às 2h20 o SALVAERO Recife iniciou as ações necessárias para o início da operação aérea para localizar a aeronave desaparecida, por meio dos procedimentos iniciais de busca de informações.

- em consequência, às 03h40 do dia 1º de junho, o SALVAERO Recife acionou os meios da Força Aérea Brasileira (FAB), sendo que o primeiro avião, já ao nascer do sol, encontrava-se em deslocamento para realizar as buscas visuais na rota sobrevoada pelo AFR 447.

Por fim, cabe destacar que toda a gravação da fraseologia relacionada ao Vôo AFR 447 foi encaminhada ao BEA, sendo este um procedimento previsto e que faz parte da coleta de dados necessária à análise da dinâmica do voo.

Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA"

Fonte: G1

sábado, 4 de julho de 2009

Embraer expõe três jatos na 12ª Expo Aero Brasil

A Embraer participa da 12ª Expo Aero Brasil – Feira Internacional de Aeronáutica e Defesa (www.expoaerobrasil.com.br), que será realizada de 2 a 5 de julho no Aeroporto Internacional de São José dos Campos, situado no comando-geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), na cidade de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo.

A Empresa ocupará o estande número 1, localizado no setor roxo, e exibirá na exposição estática os jatos executivos Phenom 100 e Legacy 600, respectivamente das categorias entry level e super midsize, juntamente com um jato comercial Embraer 190, aeronave com capacidade de 98 a 114 passageiros, nas cores da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. Criada em 1997, a Expo Aero Brasil ocorre este ano pela segunda vez consecutiva em São José dos Campos. Segundo a organização do evento, a última edição da EAB contou com a participação de 172 expositores, representando mais de 400 empresas de 18 países. www.embraer.com.br.

Fonte: Portal Fator Brasil

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Empresa dona do avião que caiu no Índico suspende voos a Paris, segundo a França

Companhia não teria explicado a medida, diz autoridade aeroportuária.

Escritório parisiense da Yemenia não confirmou a informação.

A companhia iemenita dona da aeronave do Iêmen que caiu nesta semana no Oceano Índico, próximo às Ilhas Comores, suspendeu seus voos com partida de Paris, disse nesta sexta-feira (3) uma porta-voz da autoridade aeroportuária da capital francesa.

A porta-voz disse que a autoridade aeroportuária recebeu uma carta da companhia aérea Yemenia informando da decisão de suspender os voos.

"Eles não deram uma razão, apenas disseram que os voos estarão cancelados até segunda ordem", disse ela.

O escritório da Yemenia em Paris não comentou a decisão.

A Yemenia, que já havia suspendido os voos da cidade francesa de Marselha, enfrenta sérios protestos de expatriados comorenses na França de que seus aviões são sujos e com manutenção ruim.

Apenas uma sobrevivente foi encontrada após o acidente, no qual um Airbus A310-300 com 153 pessoas a bordo caiu no mar antes de aterrissar na capital comorense, Moroni.

Equipe de mergulhadores de EUA, França e Iêmen faz pausa para reabastecimento nesta sexta-feira (3) na praia de Galawa, nas Ilhas Comores, durante as buscas por sobreviventes e corpos de vítimas do avião da Yemenia

A aeronave havia decolado da capital iemenita, Sanaa, mas muitos dos passageiros a bordo eram provenientes da França.

Com uma população de cerca de 800 mil pessoas, o arquipélago de Comores, de ex-domínio francês, é composto por três ilhas na costa africana ao noroeste de Madagascar. Há uma grande comunidade de expatriados na França.

Há tempos comorenses reclamam da situação dos voos da França às ilhas Comores, e grupos de manifestantes bloquearam os balcões da Yemenia nos aeroportos de Marselha e Paris desde o acidente, impedindo a decolagem de alguns voos.

Fonte: Reuters via G1 - Foto: AFP

Empresa aérea chinesa estuda transportar passageiros em pé

Passageiros poderiam viajar de pé ou sentados em bancos menores, sempre afivelados ao cinto de segurança

- A companhia aérea Spring Airlines considera a possibilidade de fabricar aeronaves para transportar passageiros em pé durante as viagens, informou a estação de televisão CCTV.

"A empresa tem uma possibilidade de discutir este ano, mas o processo de fabrico de um avião deste tipo é muito demorada", disse o porta-voz da Spring Airlines, Zhang Wuan.

De acordo com Zhang, tanto os bancos como a distância entre eles seria reduzida, de modo a que o avião tenha capacidade de transportar até 40% de passageiros a mais. A empresa calcula uma redução de custos de 20%, que poderia resultar em diminuição da tarifa.

A ideia é que os viajantes possam viajar de pé ou sentados, mas sempre com o cinto de segurança atado à cintura.

A companhia aérea deverá apresentar até o final do ano o seu plano para os órgãos reguladores do setor de aviação.

Fonte: Agência Estado

Nota do Autor

Imagine a cena:

Sonda da Nasa divulga suas primeiras imagens da superfície da Lua

Lunar Reconnaissance Orbiter está calibrando suas potentes câmeras.

Missão vai realizar mapeamento preciso do satélite natural da Terra.


A sonda não-tripulada Lunar Reconnaissance Orbiter, da Nasa, transmitiu suas primeiras imagens após atingir a órbita da Lua. Ativas desde terça (30), as câmeras mandaram panoramas de uma região a leste da cratera Hell E, na região lunar conhecida como Mare Nubium. Um dos objetivos da missão robótica é mapear com grande precisão a superfície da Lua, com vistas a uma futura visita tripulada ao satélite.

Imagem mostra região vizinha da cratera Hell E

Fonte: G1 - Foto: NASA

Falta espaço no Aeroporto de Navegantes (SC)

Movimento de passageiros cresce quase 50% em apenas um ano, mas estrutura não acompanha

O espaço do Aeroporto de Navegantes está pequeno para a demanda de passageiros, que cresceu 47% em maio deste ano em relação ao mesmo mês de 2008. A ampliação do número de voos diários de seis para 12, a inclusão de três novos destinos Guarulhos, Porto Alegre e Campinas , e o início das operações da Azul Linhas Aéreas atraíram parte da histórica demanda reprimida de viajantes do Vale do Itajaí. Depois da chegada da Azul, há três meses, e do novo voo da Gol para Guarulhos, o número de embarques e desembarques quase dobrou.

Mas a combinação de atrativos para voar a partir do Litoral Centro-Norte resulta em falta de espaço no estacionamento, nas salas de embarque e desembarque e até na esteira de bagagens. A situação se complica nos horários de voos simultâneos, conforme a superintendência do terminal. Segundo o superintendente Marcos das Neves Souza, a Infraero percebeu a necessidade de mais conforto e infraestrutura que a situação impõe, já que a tendência de aumento no movimento do terminal continua.

– O aeroporto está sendo visto com outros olhos, companhias estão sondando novas possibilidades de destinos, como o Rio de Janeiro. E todas apresentaram crescimento, o que comprova o potencial da região – avaliou Souza.

O que freia a entrada de novas rotas no terminal, por enquanto, é a falta de efetivo do Corpo de Bombeiros. Hoje são cinco soldados, quando nove são exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de acordo com o porte das aeronaves. Segundo Souza, o aeroporto teve o nível de segurança contra incêndio rebaixado em março, o que não permite a entrada de mais voos na escala até a adequação.

Aeroporto contratará empresa para substituir bombeiros

O Comando Geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina informou que não pode tirar das ruas o efetivo solicitado e que já foi notificado que o convênio entre aeroporto e governo do Estado será encerrado em outubro. Uma empresa será contratada pela Infraero para o serviço.

O diretor Técnico da SC Parcerias, Ricardo Stodieck, responsável por planejar a futura estrutura aeroportuária do Estado, diz que o aumento na movimentação em Navegantes deixa clara a demanda reprimida.

– As companhias precisam melhorar horários e oferecer mais destinos. Estas regiões (Vale, Litoral e Norte) precisam de um aeroporto que possa crescer e ter uma pista de até 4 mil metros no futuro – avaliou.

Fonte: Sicilia Vechi (Jornal de Santa Catarina)- Foto: Marco Porto

Secretaria Nacional de Aviação Civil confirma R$ 6 milhões para aeroporto de Ji-Paraná

Em reunião com o Secretário Nacional de Aviação Civil, Brigadeiro Jorge Godinho, na manhã de quarta-feira (01), o deputado federal Anselmo de Jesus (PT/RO) obteve a confirmação da liberação de R$ 6 milhões para execução do projeto de reforma e ampliação do aeroporto José Coleto, em Ji-Paraná. O recurso é oriundo de emenda de bancada, coordenado pelo parlamentar petista.

Durante a reunião foi apresentada documentação exigida e checada a regularização dos processos para o projeto, que tem coordenação do 7ª Comando Aéreo Regional (Comar). A análise positiva da documentação assegurou a destinação do recurso.

O deputado Anselmo representou o Estado de Rondônia no encontro, uma vez que a Casa Civil, representação estadual convocada por meio de ofício no último dia 24 de junho, não compareceu.

O deputado Anselmo recebeu ainda a informação de que na próxima segunda-feira (6) será publicada portaria com o Plano de Investimentos contendo o valor dos recursos financeiros que cada Estado receberá para suas obras. No caso de Rondônia, para o aeroporto de Ji-Paraná, serão inicialmente R$ 6 milhões oriundos de emenda de bancada no valor de R$ 12 milhões, coordenadas pelo deputado Anselmo de Jesus.

“A relevância para o desenvolvimento de todo o Estado e não só da região central com a execução desse projeto me impulsiona a lutar constantemente para que isto aconteça o mais breve possível”, disse Anselmo ao lembrar, durante a reunião, que desde o último mês de dezembro, ao saber do contigenciamento do recurso inicial de R$ 16 milhões, não mediu esforços para que Ji-Paraná e toda Rondônia não perdesse tamanho investimento.

Fonte: Rondônia Dinâmica - Foto: portaljipa.com.br

GE quer investir em aviação e ampliar unidade de turbinas

A General Electric (GE) quer expandir a Celma, unidade especializada em manutenção de turbinas de aviões sediada em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O plano foi revelado pelo vice-presidente do conselho da GE mundial, John Rice, que esteve em visita de dois dias ao país e concedeu uma entrevista exclusiva ao Valor.

A ideia do grupo é ampliar os investimentos no braço que cuida do setor, a GE Aviation, para atender tanto o mercado interno, quanto para ser uma fonte de exportações no país. Desse modo, a Celma deverá ser expandida e alocar mais empregos, segundo as expectativas de Rice. Ele, no entanto, ainda não revela os números nem as projeções de elevação nos lucros do grupo.

"Não há razões para a Celma não ser muito maior do que é hoje. Ela tem sucesso e nós estamos preparados para investir", afirma o executivo, destacando que ainda não há um plano estruturado de investimentos desenhado, mas que "isso não leva muito tempo" para ser feito. "Queremos alocar mais valor em Celma. Vamos olhar o mercado, analisar a competitividade e, se pudermos ampliar o que a fábrica tem, vamos fazê-lo", completa Rice.

O braço de aviação da GE no Brasil tem clientes de peso, como a Fedex, a Southwest e a KLM, e engloba a Celma e a estrutura de vendas de turbinas da companhia - cuja produção é feita no exterior e enviada para TAM, Gol, Azul e Embraer. Mas o peso nos resultados vem mesmo da Celma que, no ano passado, gerou um faturamento de US$ 850 milhões, representando 72% do que a GE Aviation no Brasil ganhou no período com este serviço e 26% das operações gerais da GE no país.

No ano passado, a fábrica reparou 300 turbinas e a meta para este ano era de 500, antes do anúncio da ampliação produtiva da fábrica. "Esse número deve crescer. É isso que vamos discutir aqui. Vamos falar com o governo, com os representantes da Celma, com os envolvidos e definir como será essa expansão", garantiu Rice.

O executivo não tem medo da difícil situação do setor de aviação em todo mundo. Ele explica que a crise não vai abalar seus planos de investimentos na área, pois sua visão é de longo prazo. "Acredito que a aviação global será muito forte em cinco ou dez anos, pois o potencial do setor é muito grande. Hoje poucas pessoas voam no Brasil, mas isso mudará", prevê Rice.

O principal impulsionador dos negócios neste âmbito, na opinião dele, serão os governos, que tendem a dar cada vez mais importância para corrigir as falhas na infraestrutura de seus países.

Outro motivo de tranquilidade para a empresa é que os trabalhos da Celma, hoje, são resultado da situação do mercado há cinco anos atrás - pois leva cinco anos para que uma turbina necessite de um reparo robusto.

O segmento em que a Celma atua também tem uma vantagem: os serviços de manutenção de aeronaves não dependem exclusivamente do mercado interno. No ano passado, 70% das turbinas reparadas foram de aviões que vinham para o Brasil para a realização do serviço e depois voltavam para o país de origem.

O segmento de aviação da GE tem apresentado crescimento importante, em ritmo mais acelerado do que o dos resultados gerais da companhia. No último ano, o faturamento da GE Aviation cresceu 18,58% frente a 2007, para US$ 19,24 bilhões, enquanto o faturamento geral do grupo teve avanço de 6%, para US$ 183 bilhões no mesmo período.

Fonte: Vanessa Dezem (Valor Online) via O Globo

Governo pode dar subsídios para desenvolver aviação regional

O governo vai lançar dentro de três meses um plano de incentivo à aviação regional, dirigido principalmente às cidades médias das regiões Norte e Nordeste do País. A taxa de ocupação dos voos será subsidiada, para manter a rentabilidade mínima das linhas regionais.

Outro incentivo: a empresa que ganhar a licitação de uma linha vai poder explorar a rota com exclusividade por um tempo determinado.

Segundo dados da Secretaria de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, dos 5,5 mil municípios brasileiros, apenas 133 recebem hoje aviões comerciais.Este número já foi bem maior: 180 cidades tinham transporte aéreo regular em 1988. Duas décadas atrás, esse número chegou a 300 cidades.

O problema, hoje, é que os roteiros aéreos estão concentrados no tronco Brasília, Rio e São Paulo, explica o ministro da Defesa, Nelson Jobim. "Os voos que temos são muito verticais. Precisamos ter voos horizontais, cortando o País na longitudinal", acrescentou o ministro. Apesar de admitir a necessidade de aumentar o número de cidades atendidas pelo transporte aéreo em todo o País, Jobim deixou claro que, no momento, a prioridade são as regiões Norte e Nordeste.

No caso da concessão de subvenção, se a viabilidade da linha depender do fato de que as aeronaves precisam voar com 70% de assentos vendidos, o governo pode, por exemplo, bancar até 50% dessa ocupação para tornar a linha minimamente rentável. Caberá ao órgão regulador, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), definir o valor de subsídio de cada linha.

A execução do plano de aviação regional dependerá de aprovação de algumas medidas pelo Congresso Nacional - poderá haver resistências da área econômica, uma vez que o plano depende de desembolsos adicionais de recursos da União, em um momento em que o governo enfrenta o problema de queda de arrecadação por causa da crise econômica.

O plano a ser apresentado pela Fazenda dependerá da aprovação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os governos estaduais também serão chamados para participar do esforço de interiorizar as linhas aéreas no País. O governo federal vai pedir a governadores que reduzam o ICMS do querosene de aviação nos Estados que tiverem rotas incluídas no plano de incentivo.

Outra medida em negociação é a abertura de linhas de financiamento especiais para aquisição de aviões a serem usados nas linhas regionais.

No plano, estará incluída ainda a liberação, para aeroportos localizados nos destinos de baixa densidade, de exigências burocráticas feitas hoje para aeroportos de grande circulação. "Haverá gradação deste quesito, cujas exigências dependerão do volume e do tráfego aéreo", explicou Fernando Soares, diretor do Departamento de Política de Aviação da Secretaria de Aviação Civil. "Não é possível haver a mesma exigência de operação nos aeroportos de Tefé, no Amazonas, e Guarulhos, em São Paulo", declarou ele, lembrando que nesses aeroportos menores, não são necessários caminhões anti-incêndio, equipamentos de segurança usados em áreas de alto tráfego e por onde trafegam voos internacionais.

O plano prevê ainda o estabelecimento de regras de descontinuidade de serviço, com base no direito do consumidor, conforme explicou Fernando Soares. Segundo ele, isso significa que uma linha não poderá ser desativada de uma hora para outra, deixando o passageiro desassistido. Por isso, será estabelecido pela Anac o prazo de funcionamento da linha e haverá uma prazo para aviso de encerramento do serviço.

Isso não quer dizer que a Anac vai ferir a liberdade da empresa de operar. O governo vai proteger o direito de exploração para não acontecer o que aconteceu recentemente na região Norte. Uma grande empresa aérea entrou na rota Acre-Roraima-Amazonas com passagens baratíssimas e levou à falência uma tradicional e pequena companhia que explorava a área. Quando ficou sozinha, a grande empresa subiu os preços das passagens.

Fonte: Agência Estado via Último Segundo - IG

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aeronáutica divulga áudio de contato de controle aéreo do Brasil com Senegal

Franceses alegavam que Brasil não avisou país africano sobre o voo 447.

Acidente no dia 31 de maio na rota Rio–Paris deixou 228 mortos.




A Aeronáutica negou nesta quinta-feira (2) a informação das autoridades francesas de que o Brasil não teria avisado o controle aéreo do Senegal sobre saída do voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio, quando fazia a rota Rio de Janeiro–Paris.

Segundo a Aeronáutica, às 22h35 o controle do Brasil informou ao controle do Senegal que o avião passaria por uma posição virtual chamada tasil e que entraria no espaço aéreo daquele país às 23h20.

O relatório da comissão de investigação do governo francês divulgado nesta quinta diz que o Brasil não fez a transferência do voo do controle aéreo brasileiro para o controle aéreo do Senegal. Segundo o investigador-chefe francês, Alain Bouillard, o controlador brasileiro realizou a coordenação, mas não a transferência. Os dois procedimentos são obrigatórios.

"O controlador do centro de controle Atlântico coordenou a transferência do voo com o controlador de Dacar e lhe transmitiu os elementos do voo, mas ultrapassando o ponto Tavil não houve uma transferência oficial, ou seja, não houve contato entre o avião e Dacar, e Dacar não informou o Atlântico de que não tinha havido contato, e o Atlântico não ligou para Dacar para saber se ele tinha feito contato com o avião", detalhou.

A aeronáutica divulgou a gravação da conversa entre as duas torres. Os controladores falam em inglês e usam códigos internacionais.

Fonte: G1 (com informações do Jornal Nacional)

Famosa por ligar Rio e SP pelos ares, ponte aérea faz 50 anos

Rota já existia, mas foi regularizada em 6 de julho de 1959.

Viagem de 40 minutos é muito procurada por executivos e artistas.

Avião Avro 748 da Varig fez a ponte aérea. Foto em Congonhas em 1974 - Foto: Fernando Tibiriçá/Divulgação

“Embora sem redução de tarifas, mas com grande afluência do público, iniciou-se ontem a ‘ponte aérea’ entre São Paulo e Rio”. Assim começou a reportagem de 7 de julho de 1959 do extinto jornal Folha da Tarde, um dos veículos de imprensa a noticiar as operações regulares ligando as duas cidades. Em 2009, a ponte aérea faz 50 anos.

Mais precisamente, em 6 de julho. Nesta data, há meio século, uma segunda-feira, um avião saiu do Aeroporto Santos Dumont (Rio) e outro do Aeroporto de Congonhas (São Paulo) para marcar o início dos voos, que passaram a ter intervalos de 30 minutos. A rota já existia, mas sem regularidade.

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Aos 81 anos, Harro Fouquet dedicou a vida ao setor aéreo e cuida com muito “ciúme” dos documentos da época. Nunca foi piloto. Trabalhava nos bastidores. Começou em 1948 e aposentou-se pela Varig em 1993 como diretor de planejamento. Ele lembra que os aviões eram mais confortáveis do que os atuais. “Como tinha muita viagem de negócios na hora do almoço, serviam dois sanduíches, maçãs e até garrafas de vinho em caixinhas de papelão”.

Mas o lanche durante o trajeto que podia levar uma hora e hoje é feito em 40 minutos nem sempre foi farto. Diz a reportagem da Folha da Tarde: “quanto ao serviço de bordo, foram cortadas as comodidades julgadas supérfluas para uma viagem curta. A aeromoça continua a servir os passageiros, mas estes, agora, têm direito somente a café e refrigerantes”.

Rotina no ar

Os atores Paulo Goulart e Nicete Bruno em Congonhas e indo para o Rio - Foto: Carolina Iskandarian (G1)

Duzentas e vinte milhas náuticas ou 365 km separam, pelos ares, Rio e São Paulo. A chance de chegar a um dos destinos bem rápido faz a ponte aérea ser muito procurada por executivos e artistas. De carro, a viagem leva cinco horas.

Estar na sala de embarque dos dois terminais é mais do que rotina para o casal de atores Paulo Goulart e Nicete Bruno. “Já tenho tantas horas de voo que poderia ser comissário [de bordo]. Nossa vida está nas duas cidades”, brinca Goulart. Ele diz estar acostumado a passar horas por semana na ponte área por causa dos compromissos profissionais.

“Já fiz novela em São Paulo e peça no Rio”. Apesar da correria, ele lembra os bons tempos do L-188 Electra, um dos aviões que marcaram esse trajeto. “Os fumantes sentem saudade da época em que podiam fumar no avião.” E no Electra podia. Para Nicete Bruno, tantos anos de ponte aérea exterminaram o temor de voar. “Hoje não tenho mais medo”, conta, rindo. Do passado de glamour na aviação, ela se recorda do serviço de bordo. "Era extraordinário, mas não sou saudosista. Guardo tudo na memória”.

O rei da ponte aérea

Por 17 anos, o Electra fez a ponte área e foi o avião mais famoso nessa rota - Foto: Fernando Tibiriçá/ Divulgação

A ponte aérea com este nome foi criada a partir da junção de três empresas em forma de “pool”. Cruzeiro do Sul, Varig e Vasp se uniram em 1959 para competir com o Consórcio Real, companhia aérea que detinha a maior fatia na rota. Harro Fouquet explica que a Real programava os voos com intervalos que iam, no mínimo, de uma hora. Isso deixava “buracos” em alguns períodos do dia.

“Pelo pool, juntando as três, a ponte aérea foi operada de meia em meia hora. Antes, eram horários completamente salteados”, explica o pesquisador. A Real funcionou de 1946 a 1961, quando foi incorporada à Varig. Na década de 1970, a Varig também comprou a Cruzeiro do Sul, tornando-se uma das maiores companhias aéreas na época.

A ponte aérea teve aviões modelo Avro, Convair, Scandia, mas quem ganhou fama mesmo foi o Electra. Conhecido como o “príncipe da ponte aérea”, operou a rota Rio-São Paulo entre 1975 e 1992. A viagem levava entre 50 e 55 minutos. Nesses 17 anos, “realizou mais de 500 mil viagens, o equivalente a 5 mil voltas ao redor da terra”.

É o que diz o “Certificado do voo de despedida” do avião, que Fouquet guarda em casa. Ele participou desta viagem final em 6 de janeiro de 1992. “Teve um voo saindo do Rio e outro de São Paulo. O comandante chorou”, lembra o ex-funcionário da Varig. O certificado aponta ainda o avião como “campeão absoluto de eficiência e pontualidade” e como “símbolo da ponte aérea”.

“O Electra marcou pelo conforto. Na cauda [nos fundos], tinha uma espécie de sala onde aconteciam conversas muito animadas”, diz Fouquet. Nessa saleta, os passageiros se sentavam para beber e fumar. “Era uma confraternização muito grande. Todos nós éramos clientes”, relata o ator Paulo Goulart.

Rota executiva

Hoje aposentados, a aeromoça Helena e o comandante Tibiriçá trabalharam na ponte aérea - Foto: Carolina Iskandarian (G1)

Com o pouso derradeiro do Electra, os jatos passaram a dominar a rota Rio-São Paulo, ainda bastante utilizada. “Ela liga as duas cidades mais importantes do país. Foi um facilitador dos negócios”, diz Harro Fouquet. Quem sente saudades dos passageiros engravatados, que pegavam a ponte aérea a trabalho, é a ex-aeromoça da Varig Helena Tibiriçá, de 51 anos.

“A maioria já conhecia o serviço de bordo e, às vezes, a gente encontrava o passageiro na ida e na volta”, diz a ex-comissária, que fez parte do grupo de funcionários demitidos com a crise da empresa em 2006. “Nos fins de semana, eram turistas que viajavam na ponte aérea. Pediam coisas que a gente não tinha”, lembra Helena, que "ficou na ponte" entre 1985 e 1988. Para ela, o Electra, era “o mais espaçoso”, mas algo a incomodava. “Aquela fumaça dos passageiros que fumavam era horrível”, brinca.

Helena casou-se há mais de 20 anos com o comandante Fernando Tibiriçá, de 63 anos, que também fazia a ponte aérea. Mas essa nem era a viagem preferida dele. “Não fazia questão de voar. A performance é limitada nos dois aeroportos e o voo era muito na ponta do lápis. Tinha que levar em conta o peso do avião, o combustível”, conta Tibiriçá, referindo-se às pistas ainda curtas do Santos Dumont e de Congonhas.

Hoje aposentado após 36 anos de profissão, o piloto diz que sempre gostou de fazer voos panorâmicos em pontos turísticos do Brasil para mostrar aos passageiros. E fazia isso antes de pousar quando chegava ao Rio de Janeiro. “Eu passava por Copacabana. Todo mundo adorava. Hoje nem dá, o tráfego aéreo é muito intenso”.

Aos pés de gente famosa

Intenso mesmo é o fluxo de personalidades que passaram pela flanela do engraxate Percival Figueiredo, de 59 anos. Há 45 anos, ele trabalha em Congonhas e jura ter estado aos pés de Pelé, de Jânio Quadros, de Roberto Carlos, do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros e até do presidente Lula. “Mas depois que ele se elegeu nunca mais veio aqui”, comentou Figueiredo.

Impossível saber quantos sapatos ele lustrou de executivos vindos da ponte aérea, mas de algumas histórias curiosas o engraxate se lembra. “Aqui já teve muito tiroteio. Era mulher chegando no desembarque com o amante e o marido dando o flagra. Era tiro para todo o lado”, diz, rindo.

Caçando artistas

Zé Congonhas fotografa artistas no aeroporto há 20 anos - Foto: Carolina Iskandarian (G1)

Sabendo que a ponte aérea funciona como imã de artistas, o pernambucano Zé Congonhas bate ponto no aeroporto quase todos os dias. O apelido dado ao pernambucano Irineu Bernardo da Silva, 50, partiu de um cantor, que o via com a câmera na mão toda vez que desembarcava em São Paulo.

Zé Congonhas é zelador, mas gosta mesmo é de tirar fotos de celebridades. E sabe que na ponte aérea não poderia estar melhor “abastecido”. “Eu me sinto realizado estando próximo dos artistas”, conta ele, que dá plantão no aeroporto há 20 anos. Calcula ter tirado cinco mil fotos. Atores, atrizes, modelos e políticos estão no acervo do zelador, que separa os famosos por categorias.

“Tem o ‘artista celular’, que é aquele que me vê e finge que está falando ao telefone só para eu desistir. Tem também o ‘artista me engana que eu gosto’, que diz que está apressado para voar e não pode tirar foto, mas fica esperando horas na sala VIP”, relata o pernambucano, que conta ter visto “de tudo”. “Vi um artista chegando tão bêbado que nem conseguia subir a escada rolante”, afirma ele, sem revelar o nome do cantor.

Fonte: Carolina Iskandarian (G1)

Jornalistas questionam neutralidade da investigação francesa sobre o voo 447

Investigador defendeu-se lembrando do caso do Concorde em 2000.

Entrevista para divulgar relatório preliminar foi marcada pela cautela.


Jornalistas franceses e estrangeiros questionaram a neutralidade do BEA (Escritório de investigações e análises, na sigla em francês), órgão do governo francês que investiga o acidente do voo 447, durante entrevista nesta quinta-feira (2) na França.

A entrevista divulgou o relatório preliminar sobre a queda do avião, que mostrou que ele não explodiu no ar e foi destruído no impacto com a água. As causas do acidente continuam desconhecidas.

O questionamento da parcialidade do órgão francês ocorre porque a investigação envolve duas das maiores empresas francesas, a Air France e a Airbus.

Alain Bouillard, investigador-chefe da BEA, assegurou que o órgão “é e continuará sendo neutro” e lembrou que o órgão já realizou a investigação sobre o acidente do Concorde, em 2000, no qual a Air France também estava implicada. Na época, Bouillard propôs a suspensão da licença de voo do Concorde, que ficou no chão por mais de um ano.

Ele afirmou que atualmente não vê razões para fazer o mesmo com o Airbus 330, e acrescentou que as duas empresas colaboram com a investigação, fornecendo todas as informações necessárias.

Entrevista concorrida

Os jornalistas lotaram o auditório do BEA em Le Bourget, cidadezinha ao lado de Paris onde foi realizada a apresentação do relatório

Muitos dos jornalistas tiveram que se sentar no chão porque não havia cadeiras suficientes, e os cinegrafistas se acotovelaram para conseguir os melhores ângulos de gravação.

Apesar da insistência dos repórteres, que pediam informações mais claras sobre causas e responsáveis do acidente, Alain Bouillard se manteve cauteloso nas respostas. O que mais se ouviu foi “ainda não temos elementos para responder a essa pergunta”.

Fonte: Kênya Zanatta (especial para o G1)

Famílias de vítimas do voo 447 exigem respostas da Air France

Representante pediu divulgação das mensagens automáticas pré-acidente.

Investigadores franceses divulgaram 1º relatório sobre a queda do Airbus.

A associação de defesa das famílias de vítimas do voo AF 447 exigiu nesta quinta-feira (2) da Air France informações sobre as mensagens automáticas transmitidas pelo avião antes do acidente, "para conhecer os fatos que saem do domínio público".

Em uma carta aberta, a Associação para a Verdade, Ajuda e Defesa das Vítimas do AF447 formulou "certo número de perguntas às quais gostaria de ter respostas" para "compreender melhor" e ser tranquilizada "quanto à transparência total da investigação e à boa fé da Air France no tocante a esse assunto".

O presidente da associação, Christophe Guillot-Noel, pediu explicações sobre as mensagens automáticas destinadas à manutenção da Air France (Acars), "a explicação factual e completa sobre cada uma das informações recebidas" e a divulgação "da sequência inteira das mensagens".

A íntegra das mensagens Acars não foi divulgada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA), encarregado do inquérito administrativo. O site Eurocockpit (www.eurocockpit.com) diz ter tido acesso às mensagens e afirma que elas evidenciam o fato de o congelamento dos tubos pitot ter tido responsabilidade pelo acidente.

O BEA divulgou na quinta-feira, num primeiro relatório, que os tubos foram "um dos elementos" responsáveis pela catástrofe do Airbus A330 que desapareceu sobre o Atlântico no dia 31 de maio com 228 pessoas a bordo, mas não sua causa.

Christophe Guillot-Noel questionou também "os procedimentos empregados pela Air France para voos em célula tempestuosa" e, especialmente, perguntou sobre a possibilidade dos pilotos evitarem essas massas de nuvens.

"Nossas perguntas requerem apenas respostas factuais e não pedem à Air France nenhuma interpretação quanto às causas ou outra interpretação dos fatos", diz ele na carta endereçada ao diretor-geral, Pierre-Henri Gourgeon.

O advogado das famílias, Sylvain Maier, disse à Reuters que vários familiares de vítimas foram à sede do BEA em Le Bourget na tarde da quinta-feira.

Em comunicado no qual disse ter acompanhado com especial atenção o primeiro relatório do BEA, a Air France afirmou que "ainda é primordial que se encontrem os registros de voo - as caixas pretas - que permitiriam conhecer as causas deste acidente".

Fonte: Reuters via G1